Único

 

E você está morto. Não o corpo, a alma. E você não tem vontade nenhuma, virou um nada. Um Buraco Negro... Seus sorrisos não demonstravam nenhuma felicidade, nem raiva, nem qualquer sentimento idiota. E suas palavras já não possuem qualquer significado nem para você nem para seus amigos... Amigos? Não, eles se foram há muito tempo.

E você caminha pela rua em busca de algo que lhe dê algum sentido, algum sentimento, alguma dor... Porque pior que uma angustia, uma insurpotável tristeza, uma inútil euforia é não senti absolutamente nada, é estar anestesiado do mundo...

E todos disseram que tudo ficaria bem, que a depois da guerra a felicidade surgiria e seria eterna... Então o que deu errado? Que droga estava acontecendo que sua felicidade não chegava, ou melhor, nada chegava... E ele caminhava pela rua... Sozinho. Despedaçado...

E embora por maior que esta estrada pareça
Eu sei que ela chama rua dos sonhos
Mas isso não é poeira em meus pés
Ela deixou um sabor agridoce
Isso se chama depressão.

O pior é saber o nome do próprio mal, como alguns apontavam comentando, a maldita da depressão... E muitos não entendiam e poucos realmente se importavam. Mas, ele só queria de volta sua vida e pensar nisso lhe trazia a estranha sensação de querer novamente ser caçado por Lord Voldemort, ao menos o temível Lord das Trevas se preocupava com ele, em mata – lo é verdade, mas se preocupava...

Então uma lágrima desceu pelos olhos esmeraldas, uma gota salgada e fria, e o menino que merecia ter tudo descobriu que não tinha nada; e o menino que sonhará ter um futuro brilhante descobriu que brilhantes eram mesmo os sonhos porque o resto era apenas sombria ilusão...

O que antes eu pensava que era verdade
Eram mentiras que eu não conseguia ver
O que eu pensava que era bonita
São só memórias.

E a rua acabou perto de um grande penhasco, o mar abaixo batia com violência nas rochas e naquele lugar ele sentou – se e balançando os pés numa imensa altura ele sorriu. E o vento era deveras forte bagunçando os cabelos negros e fazendo sua pele arrepiar. E ele reviveu sua vida até ali, viu todas as alegrias, todas as dores, todos os medos... E tudo que ele acreditava como verdades absolutas não passavam de mentiras disfarçadas.

E finalmente ele sentiu, e gritou. Porque chegou a conclusão que não merecia viver de memória, que não merecia viver na depressão... E já na sua distorcida visão não merecia viver... Ele era um estranho pra si mesmo, um estranho que ele odiava...

Levantou – se chegando mais perto do penhasco, um meio sorriso se misturava as poucas lágrimas e com um último gritou jogou – se...

Enfim, agora Harry Potter era um nada... Apenas um corpo boiando no mar...   

 

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Sim, essa garota só sabe fazer fic suícida... Não! Mais elas insistem em surgir em minha mente...

Comentem!!!

Srta. Zabini

 

 

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