Um empurrãozinho 2

UM EMPURRÃOZINHO Part. 2
“Como dizer que eu te amo?”

N\A: Existem milhoes de fic na floreios sobre essa conversa que Rony e Hermione vão ter, mais cedo ou mais tarde.
Eu tinha que dar minha contribuição também!!

N\A:² Para a fic ficar um pouco mais emocionante, ouça a musik mais linda q tiver.

[...]
Rony respirou fundo, tentando não ficar ainda mais nervoso. Tinha pensado em tantas formas de dizer aquilo, que agora que tinha chegado a hora, ele não sabia quais palavras usar. Hermione, sentado ao seu lado, também parecia um pouco asssutada. Nenhum dos dois imaginou que aquele momento seria tão constrangedor.
--Bem, hum... ele pigarreou, procurando um pouco de coragem.
“ Vamos lá, ela é só uma garota, não um bicho-papão. Diz logo o que você tem que dizer”
Rony não conseguia. As mandíbulas pareciam ter sido travadas.
-- Eu sei que é estranho. Murmurou Hermione, tentando sorrir.-- Eu nunca pensei... você sabe. Quero dizer, até pensei. Na verdade, sempre achei que esse momento chegaria.
-- É, eu também. Eu soube disso desde que descobri, você sabe, que havia algo a mais entre nós. Mas, por favor, Mione, se é para fazer... deixe que eu faça direito.
Hermione assentiu, sem saber se o que sentia, era felicidade ou alívio. Talvez os dois. A raiva que sustentava por Rony havia sumido. Ou será que um dia ela estivera ali?
-- Acho que tenho um monte de coisa pra te falar. Mas eu também acho que tenho que pedir desculpas. Eu agi feito um babaca com você, todos esses anos. Ele sussurrou.
-- Eu já te perdoei. Eu nunca consegui ficar com muito ódio de você. Eu só ficava... com raiva, porque por mais que eu tentasse te odiar, eu nunca conseguia.
Ele riu e ela sentiu-se menos nervosa.
-- Mas eu não sou assim. Céus, eu não sou assim. Quero dizer, até sou, quando estou fora de mim. Comentou Rony, um pouco confuso-- O lance Hermione, é que talvez esse seja o efeito que você provoca em mim. Eu fico fora de mim. No começo, eu achava que estava ficando louco. Porque quando a gente passa a ver a pessoa de uma forma diferente, tudo muda. Ate o próprio comportamento. Em mim, isso aconteceu bem escondido. Eu tentava não deixar ninguém notar o jeito que eu ficava vermelho quando tava perto de você. Eu fracassei. Porque ao que parece, estava escrito na minha testa.
-- Não, não estava. Interrompeu Hermione-- Eu nunca soube realmente o que você tinha por mim. Sempre achei que era algum tipo de obsessão, porque você não largava do meu pé. Algumas vezes, desconfiei que talvez você gostasse de mim. Mas essa hipótese eu sempre descartava assim que te encontrava. Nossa, parece que metade das recordações que tenho com você são de nossas brigas.
-- Brigar com você era o único jeito que eu encontrava para me expressar. E eu sempre fui meio explosivo.
-- Meio??
-- O.k. Você venceu. Eu sempre fui totalmente explosivo.
Hermione não conseguia deixar de sorrir. O jeito como Rony ficava, quando estava envergonhado... céus, sempre a encantou. Agora ele estava assim. Desconcertado. Amendrontado.
Ela sentia vontade de abraçá-lo e acabar com aquela insegurança que o assaltava. Queria poder dizer a ele que não havia nada que ter vergonha, que temer. Que ele tinha conseguido. Habitar seu coração. Protagonizar seus sonhos.
-- Rony, você não precisa dizer nada. Ela sussurrou, vendo que ele parecia diferente.
Ele ergueu os olhos, encarando-a pela primeira vez em muitos dias. Hermione não quebrou aquele contato. Era bom, mergulhar nas profundezas daqueles olhos azuis.
-- Não é isso Mione. Eu não preciso, realmente. Eu posso arrombar a porcaria dessa porta e te dar as costas, para deixar outro cara vir e tomar você de mim. Eu posso muito bem fazer isso.
Ela se assustou. Ele parecia violento.
-- Eu não preciso dizer. Mas eu quero.
-- Ron...
-- Só me deixa... pensar um pouco. Eu não sou bom em falar coisas bonitas, você sabe. Aliás, eu sou bom em poucas coisas. Não sou feito você, você sim. É boa em tudo que faz.
-- Não é verdade...
-- Ah, é sim. Eu tenho convivido com você tempo suficiente para tirar uma importante conclusão. Você é tão... tão certa das coisas que faz, você faz de uma maneira tão segura, você barra qualquer uma.
Ele suspirou, agitando a mão que ardia.
-- Por Merlin Mione, você é perfeita.
Ela poderia ir até a lua e voltar. Seu rosto ficou vermelho, e mesmo estando sentada, sentiu suas pernas trêmulas.
-- Eu... olha bem para mim. Eu sou eu. O Rony. O velho Rony, pobre e desengonçado. Perto de você, eu sou só uma graozinho de areia... você é como... nem sei como. Mas eu me sinto assim.
-- Rony, eu não sou isso tudo que você tá falando. Eu não sou... céus, não sou perfeita.
Ele sorriu, mas de um modo estranho, tristonho.
-- Pode não ser. Mas para mim, é.
Um silêncio sepulcral se abateu sobre aquele armário de vassouras. Nenhum dos dois sabia o que fazer. Hermione prendia a respiração, sentindo que Rony podia ouvir o ritmo do seu coração batendo. Rony sentia um sentimento estranho crescendo dentro de seu peito com o silêncio de Hermione.
“Eu não devia ter dito isso” “Eu sou um completo idiota!”
“Eu assustei ela”
-- Eu não... você, eu sempre pensei que você... Balbuciou Hermione, com os olhos brilhantes. Inevitavelmente brilhantes.-- Que você me achava chata, irritante e sabe- tudo. Sabe, eu nunca fui feito a Lilá... Nunca me preocupei em me arrumar, essas coisas. Sei que nunca fui muito bonita, como você pôde acabar...
-- Não sei. Você pode não entender, mas eu acho que é isso, o x da questão.
-- Como assim?
-- Foi por causa do jeito que você é que eu me apaixonei. Foi por isso. Eu simplesmente nunca conheci ninguém como você, Mione. Ao mesmo tempo que eu ficava irritado, eu ficava meio que pensando como você conseguia saber tanta coisa, ser tão inteligente. Nos primeiros anos, eu me contentava, porque quase nenhum outro menino se aproximava de você. Eu agradecia por você ter a fama de sabe tudo. Eu me sentia, não sei, diferente quando estava ao seu lado.
Rony sorriu, aliviado por estar desabafando tudo.
“Então veio aquele maldito quarto ano. O baile. Você nunca soube, mas quando anunciaram que ia ter um baile, eu pensei em você. Mas... eu simplesmente não sabia como fazer para te convidar. Quero dizer, você era minha amiga, e eu tinha medo da reação das pessoas ao meu redor. Tinha medo de você também. Eu ficava um pouco mais confiante, porque achava que ninguém iria convidar você. Procurei outras garotas, você tinha razão, porque eu era um idiota e bolava um plano de convida-la assim, como se não fosse nada. Ainda éramos tão... tão jovens. Eu nem sabia o que estava sentindo direito. Então, você disse que ia com alguém. Eu duvidei que isso fosse verdade, mas estive preocupado. Preocupado porque acontecera o que eu não tinha previsto. Alguém mais além de mim tinha te notado.”
-- Ron... calma. Sussurrou Hermione, sorrindo.
-- ... Então você apareceu, com o Krum. Você estava tão... linda! Eu fiquei tão raivoso com aquilo, porque você estava... você era a garota mais linda do baile. Nenhuma passava perto. E você estava dançando com o Krum, conversando com o Krum, rindo com o Krum e como descobri recentemente, beijando o Krum. E podia ter sido eu, se eu tivesse acabado com o meu orgulho e te convidado.
-- Eu queria que fosse você. Eu já tinha entendido que sentia algo... quando você estava perto. Na Toca, quando Harry se ausentava, quando a gente ria junto. Eu sentia que você era tão especial. Eu também fiquei aterrorizada na época, céus, e como fiquei. Meu medo era de acabar sozinha, mas eu preferia ir sozinha do que fazer igual algumas meninas que eu encontrava no banheiro, todas loucas para ir com quem quer que fosse. Eu queria que você me convidasse, mas você nunca faria isso. Eu tinha poucas esperanças. Aliás, tinha quase nenhuma. Quando o Krum me convidou, eu fiquei em dúvida. Mas aceitei. E me senti vingada quando vi que você e o Harry não estavam conseguindo achar um par.
-- É, Mione, eu... desculpa. Depois que você me disse aquelas coisas depois do baile, eu parei um pouco para refletir sobre tudo. Sobre nós. No quinto ano, eu me senti cada vez mais apegado a você, porque o Harry começou a ter aulas de oclumência. E enfim, no ano passado... eu prefiro não comentar.
Hermione concordou, emitindo um barulho esquisito com a garganta.
-- Porque você fez aquilo Rony? Eu tinha te convidado para ir ao baile de Slughorn comigo. Eu só queria saber, pelo menos uma vez na vida, porque você fez aquilo comigo. Com nós. Você estilhaçou tudo! Tudo!
-- Eu fiz por sua causa. Por ciúmes, por insegurança. Pelo mesmo motivo que as outras vezes. Eu fiz por... vingança. Porque eu estava com raiva.
Ela assentiu, decidindo não estragar aquele momento tão importante com pessoas como Lilá e Krum. Ela queria beijá-lo de novo, para se convencer de que não era sonho.
Ela queira abraço-lo, e nunca deixá-lo ir.
Ele queria envolvê-la com todo o amor do mundo, sem deixar que nada atrapalhase. Que se isolassem num casulo, quem sabe. Queria tê-la nos braços, pelo menos uma vez, poder dizer a todos que ela não era apenas sua amiga. Ela não era só sua amiga.
-- Eu amo você.
-- Rony, você está dizendo...
-- Estou dizendo a verdade. So isso. Nunca mais vou te machucar. Nunca mais vamos ficar distantes um do outro. Eu amo você. Eu te amo com tudo o que tenho para oferecer, mesmo que tenha muito pouco. Você é simplesmente a minha... a minha menina. A minha Mione e...
Ela estendeu o indicador nos lábios dele suavemente e impediu que ele continuasse. Delicadamente, se aproximou, ajoelhando para que pudesse encará-lo nos olhos. Enlaçou seu pescoço, de modo que pudesse ficar muito próximo dele. Muito próximo.
-- Não perca tempo com bobeiras. Você é tudo que eu quero. Porque eu te amo do mesmo jeito que você. Ela sussurrou, bem próximo ao seu ouvido.-- Amo você. De verdade.

N\A: Tá, podem me espancar agora.
Eu sei que todo mundo ficou curioso para ler a segunda parte e agora, frustrados por ela não ter saido tao boa assim.
Entaum, tô postando essa continuação fajuta aki no começo da semana, mas prometo um cap novo para sexta feira.
Deixem um mísero comentário, nem que seja para fazer ameças de morte!

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