O Significado das Coisas



  N/A - Mais um capítulo no ar, finalmente. Mas eu não andei parada por todo esse tempo, não.
          Ok, eu estive criativamente parada até o dia 29. Tive aula, provas, exames, simulados e uma série de outras coisas trabalhosas que não me deixaram sequer pensar em escrever outro capítulo. Mas entrei em férias quarta-feira, e a partir de então estou a todo vapor.
            Revisei e substituí o capítulo 3. Adoraria que vcs dessem uma olhada por lá, porque eu acho que os caps estão ficando muito melhores do que antes. Acrescentei detalhes e até mesmo algumas cenas, para que o enredo ficasse mais entrelaçado. A opinião de vcs sobre isso seria exelente.
          Além disso, dei uma remasterizada em uma outra fic minha, que vcs podem encontrar nesse link: http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=34083. Mudei a cara da fic completamente, e pessoalmente estou muito satisfeita com o resultado. Mas, se não for pedir demais, alguns de vcs poderiam dar uma passada por lá e deixar comentários, não?
            Finalmente, comecei a escrever este cap. Vcs não tem idéia de como foi difícil. Tem muita coisa explicada aí, e eu considero uma daquelas raridades em que tudo, absolutamente tudo, tem uma causa e consequencia. É muito dificil unir bom e útil em um cap só. 
           Não vou me prolongar muito mais. Não prometo nada, mas geralmente a frequencia de caps aumenta em dezembro e janeiro. Farei o possível. 
            Gente, falando sério: comentem. Tem muita gente que comentava com frequencia que anda meio sumido. E eu também acompanho o marcador de numero de visitantes subir, mas não vejo o mesmo acontecer com o numero de comentários. Eu sei que é chato, que custa tempo e imaginação, mas é muito importante para mim. Por favor, ok? Comentem.

       Bjos, Giovanna de Paula


Capítulo 43        


 


   Avery aterrissou desajeitadamente no chão. Nunca gostara de aparatar. Respirou o ar quente do dia que entardecia, e sorriu. Sentia-se honrado. Até mesmo, maravilhado. Ele fora a escolha do Lorde das Trevas para executar parte de seu plano. É claro, não o conhecia inteiramente. E jamais conheceria. Contudo, ele sabia que, eventualmente, seria informado de tudo. Você será o meu homem mais importante, Avery, dissera ele. Não me decepcione.


      Não iria decepcioná-lo, de forma alguma. Mesmo que lhe custasse a vida, era uma causa pela qual estava disposto a morrer.,


     Contemplou a paisagem a sua volta. A pequena cidade inglesa era simples e pacata. A sua frente, o sobrado em estilo alemão se destacava da paisagem. Era este o endereço que o Lorde Negro lhe havia dado. Aja rapidamente, fora sua recomendação. Invada a casa. Cubra o perímetro. Mate todos os habitantes. E siga para o próximo destino.


      Não sabia quem eram os moradores. Sabia apenas que eram trouxas, e que tinham ligação com Harry Potter. Voldemort havia enfatizado a importância da execução. Quando Avery perguntou de quem se tratava, e qual sua tamanha importância, obteve uma resposta rude e raivosa, perfeitamente condizente com sua falta de respeito. Ele merecera o silencio, mas o mestre lhe respondera mesmo assim. De suas perguntas, lhe forneceu apenas uma única informação. O nome da família.


        Naquela noite, mataria os Dursleys.


 


        Hermione despertou abruptamente, ofegando. Havia tendo o mesmo pesadelo desde sua internação. Apenas pensar em Willian Kenbril lhe dava arrepios. Como se em um aviso, seu ferimento formigou incomodamente. Aquilo também a incomodava, mas não era o motivo de seus sonhos atormentados. Havia mais. Muito mais.


         Olhou para sua esquerda e tomou outro susto, apesar de agradável. Harry dormia desajeitadamente sentado na cadeira, a cabeça recostada na cômoda. Em seu colo ela pode ver um livro e alguns pergaminhos empilhados. No topo, um bilhete: ”Para Hermione”.


       Ela sorriu. Exercitando um pouco sua capacidade de percepção, Hermione imaginou que Harry lhe viera trazer a matéria, mas a encontrá-la dormindo. Sem querer acordá-la, ele provavelmente teria dado início a alguma tarefa, e acabara por adormecer também. A morena virou-se e apoiou a mão na cabeça do rapaz, acariciando delicadamente seus cabelos revoltos. Só assim conseguia aproximar-se dele ultimamente. Ela compreendia o quanto ele havia se chateado, magoado. Mas havia tanta coisa que ele não sabia... Tanta coisa que ela simplesmente não estava pronta para contar...


         Willian a ameaçara, era verdade. Também era verdade que ela não era de se acovardar diante de qualquer coisa. Ela se manteve firme até mesmo quanto ele ameaçara Harry. Mas ele era violento, impaciente. E sabia demais.


          Sabia o endereço de seus pais. De seus avós. Ameaçou-os. Normalmente ela não levaria a sério, ou ao menos não demonstraria. Mas houvera uma frase que ele dissera que a convencera de que era tudo verdade. Em um flash de memória, o aniversário de tantos anos atrás lhe voltou a mente.


             -Feliz Aniversário, minha querida – lhe disse sua mãe, entregando-lhe uma grande caixa embrulhada a uma Hermione sorridente de apenas dez anos.


          - Obrigada, mamãe – agradeceu a menina, rapidamente tomando o embrulho das mãos da mãe e rasgando o papel. Para sua decepção, o presente em si não passava de uma pequena caixinha de madeira polida, envolta a várias camadas de papel de presente, que dava a impressão de seu tamanho avantajado. Antes que ela tivesse oportunidade de abrir o fecho, a mão de seu pai repousou em seu ombro e a deteve.


         - Hermione – ele disse, sério – Preciso que você preste bem atenção em uma coisa. Dentro desta caixa, está a prova do que nós sempre lhe dissemos. O que nós sempre dissemos para você?


          - Sempre disseram que eu era especial – respondeu ela, tímida.


        - Exatamente. Você é a única da nossa família. Você é especial. Você nasceu com um dom, minha filha. Mas é muito importante que você saiba como usá-lo. Entende o que eu quero dizer? – perguntou o pai. Hermione concordou. – Você tem potencial, eu tenho certeza disso. E você poderá ter um significado verdadeiro.


 


                 Ela lembrava o quanto ficara confusa na época. Muitas divagações para uma criança de dez anos. Mas, de certa forma, aquela conversa breve ficou gravada em sua memória. A fez a pessoa que é. Afinal, não era isso que buscou por todos esses anos em Hogwarts? Significado? Fora isso que a incomodara tão profundamente quando Willian a ameaçara. Aceitar fazer parte daquilo, ceder às ameaças, a fazia perder o significado. Ela sentia-se traindo ela mesma. Isso a deixara muito inquieta, e o loiro percebera. Só então ele disparara a frase que fez sua percepção cair aos pedaços:


                   - O que a incomoda, Hermione Granger? Medo de trair seu namorado? Ou simplesmente temor de perder o significado? Tive uma conversa muito agradável com seu pai, um tempo atrás. Você tem medo de desapontá-lo?


                 E fora assim que ela, sempre tão corajosa diante das adversidades, tornara-se uma mera marionete nas mãos de Willian Kenbril. E a vergonha queimava dentro de si, pois ela tinha a nítida impressão de que aquela justificativa não era suficiente.


 


              Hermione entrou apressada no castelo. Precisava encontrar Willian Kenbril urgentemente. Que diabos fora aquela maldita carta? Ela não tinha a menor idéia do que se tratava, e muito menos qual seria o objetivo do rapaz com isso. E ela precisava descobrir, para que pudesse apresentar a Harry uma justificativa razoável.


              Ele encontrou-a primeiro. No minuto em que ela olhou em seus olhos, percebeu que havia algo errado. Ele se aproximou e tascou um beijo em sua orelha. Enraivecida, Hermione levantou a mão para dar-lhe um tapa, mas ele a deteve. Aproximou seu rosto do dela e sussurrou:


            - Eu não ficaria muito violenta em seu lugar, minha querida. Não seria sensato – havia algo terrivelmente diferente em sua voz. Terrivelmente ameaçador. Antes que ela pudesse reagir, Willian enfiou a mão dentro de suas vestes e confiscou-lhe a varinha, ao mesmo tempo que sacava um punhal do bolso e pressionava-o contra suas costelas – Não vamos fazer uma cena. Estamos apenas namorando, lembra-se? – o loiro sorriu – Agora, me puxe pela mão até as escadas. Potter está olhando para nós.


          Sem ter outra opção, Hermione obedeceu. Subiram três lances de escada e entraram em um corredor deserto, onde não havia salas de aula. Willian continuava a pressionar o punhal perigosamente contra seu corpo, e ela tentava desesperadamente encontrar uma saída. No meio da passagem, o loiro a agarrou pelos ombros e a jogou contra a parede. Surpresa, ela perdeu o equilíbrio e caiu. Willian agachou-se ao seu lado, sorrindo. Seus olhos tinham algo diabólico.


            - O que você quer? – perguntou ela, desafiadora. Ele riu.


           - Hermione, Hermione... Vai realmente manter essa pose petulante? – questionou, retórico – É melhor que você preste bem atenção no que eu vou lhe falar. Como você logo irá descobrir, a vida de mais de uma pessoa está em jogo. Sei que você deve ter muitas perguntas em aberto nessa sua cabecinha perspicaz, mas vou poupar-lhe do trabalho de fazê-las. A primeira delas, eu imagino, deve ser algo como “por que você, seu tarado homicida, mandou-me aquele raio de carta?!” – Willian riu-se novamente, com gosto – Bem, a resposta para isso é um tanto óbvia: porque você, a partir deste momento, é minha namorada. Mas vamos com calma, certo? Digamos que eu tenha um certo interesse em Potter, interesse este que necessita da sua ajuda para se concretizar. Oh, meu Merlin, Hermione, a próxima pergunta está estampada na sua testa! Não, minha querida, eu não sou um comensal da morte. Não, eu não trabalho para Voldemort. E sim, eu não tenho nenhum problema em dizer seu nome em voz alta. VOLDEMORT! – ele gritou, fazendo sua voz ecoar pelo corredor. Seus olhos voltaram a mirá-la. Olhos loucos – Mas vamos seguir adiante, certo? “Que interesse você tem em Harry, esse meu frouxo projeto de namorado?”. Não minta, Hermione, se eu não acertei essa, passei muito perto. Bem, sejamos breves. Potter é um peão no meu jogo. Quem é o rei, não vou te dizer, mas Potter é o peão do sacrifício. Então sim, Hermione. Quero matá-lo. – o olhar arregalado da morena arrancou outra risada dele – Felizmente para ele, as coisas não são assim tão simples. Exigirá algum tempo. Seu papel, por enquanto, é fingir-se de minha amante. Temo que a próxima coisa que venha a sua mente não seja uma pergunta, e sim uma afirmação. Detesto quando quebram as regras do meu jogo, Hermione. “Não irei fazer isso. Você terá de me matar”. Ou qualquer outra baboseira sentimentalista semelhante. O problema, minha cara, é que você não tem escolha. Você não é interessante para mim morta, mas esteja certa de que Potter não é o único em minha mira. Sabe, Hermione, seu pai é um homem muito agradável. Foi delicioso extrair dele toda e qualquer memória relacionada a você, nos últimos sete ou oito anos. Não acredita? Você vai fazer o que eu mando. Do contrário, Potter, seus pais, avós, amigos ou qualquer outra pessoa meramente próxima a você terão suas vidas desagradavelmente abreviadas. E você? Você, Hermione, estará condenada a viver com a sombra das mortes em suas costas. Você, Hermione...perderá o significado.


 


              Hermione terminou de reviver a lembrança. Levando a varinha a têmpora, extraiu o fino feixe prateado correspondente a memória daquele dia. Tomando o cuidado de não acordar Harry, ela depositou a lembrança em um frasco, e selou-o magicamente. Escondeu o vidro embaixo do travesseiro, suspirando.


             - Um dia, Harry... – murmurou ela, acariciando a face do moreno com delicadeza – Você vai entender o porque de eu ter feito o que fiz. Você vai ver o quanto estava em jogo. Não espero que você me perdoe... mas eu queria que você pudesse entender o quão desesperadamente eu preciso de você... e o quanto eu estava disposta a arriscar por você.  


 


             Valter resmungou e remexeu-se em sua poltrona, mal humorado. Estivera cochilando até alguns instantes antes, diante da televisão muda. Suspirou e levantou-se, olhando a sua volta. Podia ouvir passos regulares no andar de cima. Petúnia provavelmente estava provando o novo vestido que comprara naquela manhã. E, a julgar pelas vibrações rítmicas que ecoavam pelas paredes, Duda estava absorto em sua música.


            As batidas secas na porta se repetiram. Fora isso que o acordara. Xingando baixinho, ele aproximou-se da porta e a abriu, abrupto. Não se dera ao trabalho de olhar pelo olho-mágico. A figura parada em sua soleira parecia saída de uma história em quadrinhos: vestia uma capa preta e um chapéu pontudo, muito parecido com um bispo. Ao encará-lo, o homem levantou a cabeça, revelando um sorriso quase sem dentes.


             - Isso é algum tipo de brincadeira? – disparou Valter – Se você veio me vender religião, pode ir embora. Comprei islamismo ontem – disse ele, rindo-se internamente.


              - Valter Dursley? – perguntou Avery, com a voz extremamente calculada entre o frio e o ameaçador. Um tremor percorreu a espinha de Valter.


              - O que diabos você quer?!


             - Entenderei essa resposta como um sim – sorriu o comensal, sacando a varinha do interior das vestes. Valter abriu a boca para gritar, mas não teve tempo. O jato de luz verde irrompeu da varinha do bruxo, atingindo o homem n a fração de segundo seguinte. Avery, experiente, adiantou-se para agarrá-lo pelas vestes antes que este caísse no chão. Silenciosamente, arrastou seu corpo gordo para dentro da casa, deixando-o na sala.


              Parou e escutou atentamente. A música pop retumbava pelas paredes da casa. Mirou a porta fechada no fim do corredor. “ENTRADA PROIBIDA”, dizia uma placa pintada à mão, pendurada na maçaneta. O comensal sorriu.


         Adiantou-se e abriu a porta rudemente, varinha apontada à frente de seu rosto. O garoto, quase tão gordo quando o pai, levantou-se da cama de um salto. Novamente ágil, disparou o feitiço antes que ele pudesse emitir qualquer som.  Duda caiu de volta em sua cama, olhos congelados no pavor de quem percebe o que estava acontecendo. Contudo a cama, maltratada por meses de uso sem dó, diante desde peso morto finalmente cede com um estrondo. Amaldiçoando-se mentalmente pelo descuido, Avery vira-se e mira as escadas, por onde Petúnia desce apressada. Ao vê-lo, ela estaca.


           - Não... – murmura ela, apavorada. Seus olhos acompanham o rastro de destruição até o corpo inerte do único filho.  – NÃO!


           Seus joelhos cedem e ela irrompe em lágrimas, entre o ultimo e o penúltimo lance das escadas. Avery aproxima-se a ajoelha-se ao seu lado, sorrindo doentio.  Petúnia soluça diante do fim de sua família, e se desespera ao perceber a eminência da própria morte. O comensal calmamente encosta a varinha em sua nuca. Antes de disparar o feitiço, murmura:


           - Foi sua a idéia de acolher Harry Potter em sua casa. Nada mais justo do que ser você, também, a culpada pela morte de sua família.


             No momento em que a cabeça de Petúnia Dursley foi ao chão, Avery suspirou. Seu mestre ficaria muito satisfeito. Saiu sem pressa para o jardim bem-cuidado, cobrindo o rosto novamente com o capuz. Erguendo a varinha aos céus, extravasou sua glória.


             A Marca Negra pairava, ameaçadora, na noite clara.


 


           Ella terminou de empacotar suas coisas. Apesar de Jason não ter lhe sugerido nenhuma data específica, ela decidira ir imediatamente à Hogwarts. O quanto antes pudesse entrar em ação, melhor. Não suportaria ficar parada por muito tempo mais. O sonho da noite anterior renovara a determinação de estar novamente agindo, colaborando em prol de alguma coisa. E também, lhe daria a oportunidade de dar vazão a uma ambição secreta. O rosto do principal carrasco de seu marido ficara gravado em sua mente. Algumas semanas atrás, revirando por acaso os arquivos de alguns comensais da morte que permaneciam em liberdade, Ella surpreendeu-se em encontrá-lo. Avery era seu nome.


           Pegou a passagem aérea que deixara encima da cômoda. Com a agilidade de alguém que possuía anos de experiência, protegeu cada aposento com uma série de feitiços. Uma pontada de orgulho aflorou em seu peito enquanto realizava a tarefa. Em nenhum momento sentira necessidade de uma varinha. A magia fluía por seus dedos com a mesma facilidade. Não havia a necessidade de um instrumento canalizador.


            Era isso que pretendia ensinar Harry Potter a fazer. E tal oportunidade seria motivo de honra pessoal para ela. Ao menos, ao fim daquela confusão toda, poderia dizer que ele se saiu melhor na batalha por influencia dela. Ela sabia o quanto jovens como ele eram ansiosos diante de um inimigo, qualquer que fosse. Diante do Lorde das Trevas, não podia imaginar o tamanha da pressão. Ella considerava responsabilidade sua ensiná-lo não só a aprimorar seus poderes mágicos, mas também a usar a mente. Queria provar para Harry que uma batalha tratava-se não apenas do embate de poderes, mas também do planejamento e da perspicácia antes e durante ela. Afinal, Ella sabia o quão prejudicial a impulsividade poderia ser.


 


               Draco estava concentrado em seus deveres para a próxima semana, e estava muito atrasado. Não entrava em sua cabeça que em apenas um ou dois meses seria obrigado a prestar os NIEMS. Sinceramente, não estava muito preocupado com os estudos. Havia coisas mais importantes acontecendo.


               Suspirou, fechando o livro de Poções sobre o qual se debruçara por toda a noite. Sua mente não estava conseguindo se concentrar em algo tão banal. Na verdade, um assunto mais urgente lhe ocupava a cabeça. Há cerca de uma hora, seu braço começara a formigar incomodamente. Seu braço?, perguntou-se, irritado. A quem você quer enganar? Sua marca. A Marca Negra que tatuaram no seu braço quando foi incumbido de matar Dumbledore.


              Ele não se orgulhava daquela marca. Mesmo em dias de calor, evitava usar mangas curtas. Infelizmente, Voldemort insistia que a tatuagem deveria ser vitalícia. Nenhum composto mágico, por mais forte que fosse, era capaz de retirá-la.


           Coçou seu braço, incomodado. Aquilo nunca ocorrera antes. É claro que poderia ser algo meramente psicológico, uma idiotice de sua mente. Nada que tivesse relevância. Contudo ultimamente, quase nada relacionada ao Lorde Negro parecia ser coincidência.


          Aborrecido, Draco desabotoou a manga da camisa preta que usava e a levantou até a altura do antebraço. No momento que olhou sua tatuagem, percebeu que algo havia ocorrido. Algo sério. A Marca Negra contorcia-se em sua pele, sua língua de serpente formando círculos em torno de seu braço. Ele fora ensinado a entender aquela mensagem, mas recusava-se a acreditar. Levantou-se bruscamente, jogando sem nenhum cuidado seus materiais na mochila. Precisava ver Dumbledore com urgência.


            A marca tinha sido conjurada. Alguém fora morto. 

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Comentários (2)

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