Possibilidades



N/A: Olha pessoal, o vocabulario da primeira parte desse cap ficou um tanto quanto diferente. Acabei usando alguns palavrões (em vista que nunca tinha usado nenhum até agora). Nada muito pesado, mas eu não quero ninguem reclamando depois, e por isso estou aqui dando esse pequeno aviso. Apenas por via das duvidas, porque sempre tem alguem que implica com a censura. 
   Detalhe: tenho coisas importantes para falar, então eu peço que, por gentileza, leiam o que eu escrevi no fim do cap, ok? 


Harry ansiava profundamente a aula de Poções daquela tarde. Confrontar-se diretamente com Willian novamente não era exatamente o que poderia chamar de opção agradável de estudo. Devido à presença de Snape na sala, teria de evitar fazer uma bobagem. Mal sabia o que pensar daquilo tudo.


    Pela primeira vez, chegou cedo a aula, encontrando apenas alguns alunos da Sonserina conversando em um canto. Como não poderia deixar de ser, não demoraram a começar a zombar dele:


    - Ei, Potter! Ainda triste por perder a namoradinha? – gritou um deles, sorrindo para os amigos.


     - Você deve ser péssimo mesmo! Nem a sangue-ruim da Granger agüentou ficar com você, não é? – emendou uma outra, indo na onda do colega.


       O moreno não deu atenção aos comentários. Passara há muito tempo disso, e não deixaria aquilo lhe aborrecer. Não mesmo.


        Encostou-se, indiferente, a parede oposta, esperando o inicio da aula. Não demorou para Willian chegar, dessa vez sem Hermione ao seu lado. Aquilo não o incomodou, como achou que aconteceria. Percebeu que estava, muito vagarosamente, se desligando da garota e a afastando de sua vida. O que lhe surpreendeu era que isso acontecia de forma quase involuntária.


         Quando Snape chegou, ordenou que se sentassem nas duplas pré-determinadas. Rony, que chegara em cima da hora, foi até o grupo de sonserinos a fim de encontrar seu par. Harry, a contragosto, sentou-se ao lado do loiro que tanto desprezava.


          O professor passou as instruções da aula na lousa, e o moreno trabalhou em silencio por alguns minutos. Até que, em certo momento, Willian o cutucou e apontou para uma formula que havia acabado de escrever.


           - Isso aqui está errado. Usa-se raiz de mantícora, e não de andrômeda-verde. – disse o rapaz.


           - Como se você se importasse – murmurou, sem se dar o trabalho de olhá-lo.


            - Tem razão. Não me importo. – disparou Willian. – Apesar de que... Isso é um trabalho em dupla. Devemos trabalhar juntos. Alem do mais, a nota também é pelo trabalho em conjunto. Não quero me ferrar por sua causa, Potter.


            - Faça o seu trabalho que eu farei o meu. Aí veremos se nossa nota será assim tão ruim. – disse Harry, ainda sem desviar os olhos e seu pergaminho.


            - Isso não é a única coisa que conta. É bom conhecer gente nova, não acha?


            - Não me faça rir – disse o moreno, sarcástico – Se você quisesse realmente me conhecer, já o teria feito. 


             - Você não, mas quero conhecer ainda mais a Mione. Se bem que acho que não tem mais nenhuma parte dela que eu nunca tenha visto – provocou o loiro, fazendo Harry se enfurecer.


             - O que quer dizer com isso? – perguntou, finalmente o olhando.


              - Ora, ora, ora, ele ficou bravinho. O que eu quero dizer é que eu já vi de tudo nela. Até a ponte dos pés. A conheço inteirinha. – disse ele com um sorriso malicioso.


              - Você...


              - Isso aí. Aparentemente, sou tão irresistível que ela não conseguiu agüentar. Ela me contou que vocês já fizeram na Sala Precisa, mas que ela não ficou completamente satisfeita. Só não te falou por que tinha pena. – prosseguiu Willian, deliciando-se a cada frase – Eu ainda posso ouvir os gemidos dela nos meus ouvidos...


               - O que você fez, seu filho da...


               - Claro que ela se mostrou meio relutante no começo, mas sabe como é, não? A gente sempre começa um pouco agressivo demais – disse o loiro, fingindo que não o ouvia. – Então, eu fui na medida da força. Mas depois ela gostou, tenho certeza. Pelo menos mais do que com você.


                 Harry serrou os punhos de raiva e sua cabeça rodou apenas por imaginar Willian com ela, a força, fazendo-a sofrer... Mas não, ela queria isso, não queria? Deve ter colaborado... ele estava tão confuso, mas acima de tudo estava bravo. Muito bravo. Furioso.


                  - Agora vamos falar sério. De homem para homem. Hermione é uma mulher deliciosa, não é? Tenho sonhos com o corpo dela até hoje... – completou, fingindo um sussurro de confidencias. Aquilo foi suficiente para tirá-lo completamente do sério. De repente, seu poder mágico explodiu, lançando Willian para fora da carteira.


                 - COMO É QUE PODE, POCHA! VOCÊ PERCEBEU A QUANTIDADE DE MERDA QUE VOCÊ FALOU? O QUE VOCÊ QUERIA? USA-LA? VOCÊ É UM TREMENDO CANALHA, VINDO ME CONTAR DAS SUAS FANTASIAS SEXUAIS! – gritou Harry, mal se dando conta da enorme quantidade de baixarias que colocava na frase. Para falar a verdade, ele nem se importava com isso. Estava completamente descontrolado. O restante da classe olhava-o abismada enquanto metia um soco muitíssimo bem colocado no nariz de Willian. O moreno sentiu a cartilagem ceder sob seus dedos e o sangue espirrou, sujando-o um pouco.


                  - POTTER! CALE A BOCA! – gritou Snape, sobrepondo-se a zoada de conversas e murmúrios pasmados que tomava conta da sala de aula. – FORA DA MINHA AULA!


                 Harry recuou alguns passos, mirando furiosamente o professor, e vendo nele um ótimo alvo para descarregar sua raiva. Motivos não faltavam.


                 - NÃO ME MANDE CALAR A BOCA, SNAPE! VOCÊ FICA AÍ, NA POSE DE PROFESSOR CERTINHO E BEM COMPORTADO, OCULTANDO O QUE REALMENTE ESTÁ FAZENDO! VOCÊ É UM TRAIDOR, E NÃO SEI COMO DUMBLEDORE FOI BURRO O SUFICIENTE PARA MANTÊ-LO AQUI, MESMO VOCÊ O TENDO...


                   - NÃO ME VENHA COM ASNEIRAS, POTTER! – interrompeu-o Snape. – VÁ EMBORA ANTES QUE EU PROVIDENCIE SUA EXPULSÃO!


                    - VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE... – não chegou a completar a frase, pois sentiu uma mão quente em seu ombro. Virou-se e se deparou com Hermione encarando-o.


                    - Harry. Chega. – disse ela, pausadamente. Harry a repeliu com um movimento brusco, mas não voltou a gritar com o professor. Juntou rapidamente suas coisas e saiu da classe enfurecidamente, deixando Hermione parada no meio de todos, trinta alunos surpresos, um inconsciente e um Snape incrivelmente pálido.


 


                   


                   Seguiu quase inconscientemente até a beira do lago, largando suas coisas pelo caminho. Chegando lá, não se conteve e chutou a árvore mais próxima, causando um dolorido machucado em seu pé. Mas ele não se importou. Sua cabeça ainda rodava. Apanhou uma pedra de jogou-a no lago, fazendo-a atravessá-lo de uma margem a outra, em forma de torpedo, erguendo um “caminho” de água por onde passou.


                     - Posso saber o motivo de tanta raiva? – perguntou uma voz grave e calma as suas costas. Vestia-se de uma forma irritantemente parecida com Snape, todo de preto. Mas o homem era mais alto e mais forte, alem de esboçar um sorriso acolhedor, coisa que Snape nunca tinha feito. Harry não o deu muita atenção, e preferiu jogar outra pedra no lago. Esta, por sua vez, fez uma considerável quantidade de terra se desprender da margem oposta – Faça o favor de se controlar. Minerva não ia gostar de ver o seu tão adorado lago destruído por um estudante raivoso.


                      - Quem é você? – perguntou, um tanto ríspido.


                    - Dumbledore já deve ter falado de mim para você. Sou Jason Mayer. – respondeu ele.


                    Harry levantou as sobrancelhas para o auror. Sempre havia imaginado a maioria dos aurores do Ministério como homens carrancudos e frios. Aquela figura sorridente era o exato oposto. “A exceção confirma a regra” pensou, um tanto amargo.


                      - O seu poder mágico está ondulando. É muita intensidade para um garoto de 17 anos, sabia? – comentou Jason, mirando o horizonte.


                     - Humpf – fez Harry, não dando muita atenção ao fato.


                     - A pedra que você jogou. Descarregou muito do seu poder nela, o que a fez ir daquela forma até o outro lado. Com outras palavras, está direcionando seu poder mágico para um alvo especifico sem nenhum objeto condutor. Não duvido que consiga fazer exatamente a mesma coisa em outras situações. Pode ser bem útil quando lutar contra o Lorde das Trevas. – disse o auror, ignorando o fato do moreno não ter lhe perguntado nada.


                       - Como assim? Explique – pediu Harry, interessando-se um pouco.


                      - Veja bem... Bruxos poderosos são capazes de fazer magia sem o uso da varinha, não é? Dumbledore, por exemplo. Mas há alguns bruxos, muito poucos na verdade, que conseguem desenvolver seu poder e levá-lo para uma patamar superior. Falando em termos populares, eles são capazes de moldar a magia, e usá-la da forma que bem entenderem. – explicou Jason.


                         - Sério? – questionou Harry, não conseguindo conter a admiração em sua voz. Jason riu.


                      - Sério! E digo mais: não duvido que você consiga. É mais poderoso do que pensa. – disse ele – Basta você querer.


                     - Você... você consegue? – perguntou o rapaz.


                     - Sim – respondeu Jason, com um meio sorriso – Gostaria de aprender? Posso tentar falar com Dumbledore. Tenho certeza que ele achará uma ótima idéia.


                      - Claro que sim. Seria ótimo. – aceitou, esquecendo-se por alguns instantes de tudo que havia acontecido.


                     - Vou falar com ele. – afirmou Jason, antes de seguir novamente em direção ao castelo


                    Sentou-se no chão, pensando. Moldar a magia, não é? Parecia ser interessante. Poderia aprender algo bem ruim e usar contra Willian. Talvez. A raiva borbulhou dentro de si ao se lembrar do loiro, mas tentou ignorá-la. Não adiantaria nada amaldiçoa-lo. Pelo menos não naquele momento.


                    Algum tempo depois se deu conta de que já era quase hora do almoço, e que tinha perdido a aula de Feitiços. Não se importou muito, mas seguiu apressado para o dormitório, a fim de pegar o material para o resto do dia.


                    Chegando lá, o encontrou vazio. Entretanto, um objeto brilhante em cima de sua mesa de cabeceira chamou sua atenção. Sentiu um aperto dentro de si ao reconhecê-lo. Era o colar de esmeraldas que havia pertencido a sua mãe, e que ele havia dado a Hermione de Natal. Logo abaixo dele, um bilhete com seis palavras, em uma caligrafia que Harry automaticamente reconheceu como sendo da garota.


Sinto Muito. Por favor, me perdoe.



N/A: Demorei, eu sei! Gente, desculpa, de verdade, mas minha vida se complicou consideravelmente nas ultimas semanas, e não tive tempo de escrever nem na pascoa. Tenho provas durante as proximas duas semanas, e depois a fic continuará com força total. Talvez eu poste antes, para tirar o atraso. Mas não garanto nada.
        A partir desse capitulo até bem perto do desfecho final, começa uma "fase" da fic que eu simplesmente ADORO. Brigas, duvidas, reviravoltas. Harry vai descobrir um lado dele até então desconhecido, e muitos aspectos serão discutidos. Acima de tudo: A CABEÇA DE VOCÊS VAI VIRAR MAIS AINDA!

         Agora uma coisa importante: não estou conseguindo gerenciar muito bem o sistema estudo/fic, e por isso queria fazer uma proposta. Eu precisava de algum voluntário para:

-Dar uma olhada nos caps antes que eu os coloque aqui, e dar sua opinião.
-Sugestões para a fic em geral, alem de me dar uma mão com os erros de portugues.

       Olha, eu estou pedindo a AJUDA de alguem. Por favor, se puderem, tentem. Quem estiver interessado em me prestar um grade favor, mande um e-mail para mim com seu nome, idade e o que acha da fic, ok? PLEASE! ([email protected])
        Agradeço desde já.
        Pessoal, comentem, ok? Ou então não posto!

Bjos, obrigada a todos, e até o proximo cap.

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