Promessas valiosas



Em relação aos acontecimentos anteriores, o restante do dia foi bem tranqüilo. Hermione sentou-se com Willian pelo resto do dia, mas isso não o incomodou. O importante era que ela estava feliz.


    À noite, Harry foi com Hermione a Biblioteca, para terminar algumas tarefas. Aproveitou e questionou sobre os acontecimentos do dia.


    - E então, Mione, o que achou de Willian? – perguntou o moreno.


   - Bem... foi bom relembrar os velhos tempos – disse ela, distraída – Ele me contou algumas coisas e a gente ficou se  divertindo. Lembramos de alguns micos que passamos... foi legal.


    - Que bom – disse, com sinceridade.


    - Acho que você está levando bem demais isso tudo – comentou, tímida – Achei que você teria... Sabe... Um pouco de ciúme.


     Harry achou melhor não comentar as coisas que tinham lhe passado pela cabeça mais cedo. Parecia um tanto egoísta de sua parte. Não queria chateá-la.


     - Não senti ciúmes. Por que sentiria? – mentiu – Ele foi seu amigo. Ele é seu amigo.


     - Isso é bom. E é por isso que eu te amo. – afirmou ela. Harry sorriu. Então se lembrou de uma coisa.


     - Com relação ao que a professora Macgonagall disse... Quero que me prometa uma coisa. – disse ele, segurando nas mãos da amada.


     - O que quiser Harry – ela o fitou com aqueles enormes olhos castanhos, cheios de sinceridade e amor.


     - Quero que prometa... Que não importa o que acontecer comigo ou com Rony, você não vai tentar ajudar. Prometa-me que seu pedir para fugir, você deverá fugir. Se eu pedir para se esconder, se esconda. Se caso eu... – ele parou por um instante – Caso eu esteja à beira da morte, você vai me abandonar e se salvar.


      - Harry... – seus olhos se encheram de água e ela apertou sua mão com mais força. – Eu... Não sei se posso te prometer isso.


     - Prometa – disse um pouco mais duro – No passado, você me pediu para fazer algumas escolhas difíceis... E eu fiz. Por você. Agora estou de pedindo o mesmo.


     - Mas eu tenho tanto medo... Não quero te perder. – disse ela. Hermione chorava um choro sentido, de dor e tristeza. Era a prova de que realmente o amava. Harry a abraçou com força.


      - Você não vai me perder. Principalmente se tiver certeza de que fará o que eu pedir. Poderei me concentrar mais na batalha, uma vez que sei que você não vai cometer nenhuma loucura. – disse em seu ouvido – Eu te amo. Mais do que a minha vida. Você realmente não tem idéia de quanto eu te prezo. E é por isso que me preocupo tanto com você.


   - Eu também te amo – disse ela – Você sempre foi o único que me entendeu. Que nunca me chamou de “irritante sabe-tudo”. Eu te amo muito.


    - E então... Você promete? – perguntou, olhando em seus olhos.


   - Eu... – ela respirou fundo – Eu prometo. Faço o que você achar melhor.


   - Agora eu posso voltar a dormir tranqüilo – disse, sorrindo para tentar descontrair o clima. Mas ela perecia perdida em pensamentos. – Você está bem?


    - Sinceramente... Não – disse ela, cabisbaixa – É que, por mais que não tenha tido intenção, fazer eu te prometer isso é muito... Doloroso.


     - Eu sei. Para mim também é – disse o moreno – Não é fácil aceitar que posso morrer e deixar o mundo inteiro a mercê de Voldemort... Mas é pior ainda admitir que posso te perder. Por isso que pedi para você prometer. Para eu poder ficar mais tranqüilo.


     - Eu sei. Te entendo também. – disse ela, voltando a encará-lo – Sei que sua vida não é fácil. Você te muitos horrores em seu passado. Talvez você não goste que eu te diga isso, mas... Percebo que você te muito medo. Medo de sofrer. Da tristeza. E talvez seja isso que te faça tão especial. Você tem um jeito que me encanta.


       - Você é a única pessoa para quem eu posso contar isso – disse Harry – Mas eu tenho... Vergonha. Acho que depois de provocar tantas mortes, não tenho o direito de sofrer, ou de chorar.


        - Não seja tolo – disse Hermione, tocando seu rosto carinhosamente – Você não tem culpa. Você tem até mais direito de sofrer ou chorar do que qualquer um. Mas você é forte. E me orgulho muito disso. – ela conseguiu arrancar um sorriso do moreno. – Não precisa ter vergonha de mim. Eu sempre vou te entender. Prometo.


       - Obrigado Hermione. De verdade – ele a fitou com aqueles imensos olhos vedes. Hermione tinha a impressão deque ele nunca tinha sido tão sincero. – Você me entende. E não tem idéia do quando isso é reconfortante para mim. – ela sorriu e o beijou intensamente.


       - Eu te amo, Harry – ela disse, antes de recomeçar o beijo. Os dois estavam em perfeita sincronia, parecendo que eram feitos um para o outro. E realmente eram.


 


         Realmente, depois da promessa que Hermione lhe fizera, Harry se tornou bem mais tranqüilo. Fazia brincadeiras como sempre, descontraído. Harry podia ver a felicidade nos olhos de Hermione toda a vez que isso acontecia. Ela também estava feliz por ele.


         Quando a sexta finalmente chegou, os três estavam preparadíssimos. Tinham treinado feitiços a semana toda, o que despertou o interesse de Willian. Mas toda a vez que ele questionava-os sobre esse assunto, Rony ou Harry, dava um jeito de lançar um feitiço para confundir nele. Hermione costumava virar a cara para isso.


           Foram se encontrar com a professora Macgonagall às sete da noite, horário em que qualquer tipo de intruso ou curioso estaria jantando. A senhora disse que procurariam no esconderijo de Voldemort na Romênia primeiro.


          - Me encontrem amanha bem cedo no salão principal – disse a professora – Ah, e tomem cuidado com o professor Snape. Todos aqui sabem que ele é um traidor e, recentemente, foi encontrado um objeto das trevas em sua sala. Ele deve estar fazendo de tudo para descobrir o que estamos fazendo aqui. E lembrem-se: não comentem de forma alguma isso com alguém! – acrescentou severa. Então os três foram embora.


         - Será que foi esse objeto que Snape usou naquela noite? – perguntou Harry enquanto caminhavam.


          - Não sei... Essa historia está muito mal esclarecida – disse Hermione, pensativa.


          - Você não acredita em mim? – perguntou o moreno.


          - Acredito sim, Harry. Mas você também deve perceber que isso é muito estranho. – disse ela. Harry assentiu – E fico pensando que Voldemort não pode ter feito nada daquilo em sua cabeça, porque Rony também ouviu.


          - E ouvi perfeitamente. Era ele – afirmou o ruivo.


          - Acho que devemos deixá-los resolver isso – disse Hermione – E melhor e menos estressante para todos nós.


          - Tem razão – disse Harry – Vamos deixar como está.


 


         Harry acordou muito agitado na manhã seguinte. Estava muito preocupado, apesar de tudo. Pessoalmente, não tinha medo de enfrentar qualquer que fosse o desafio. Mas se preocupava muito com Rony e Hermione, cujo único motivo por estarem nessa enrascada fora terem concordado em serem seus amigos.


          Ele não encontrou Rony na cama. Pensou que ele também tinha acordado cedo. Desceu para tomar café, apesar de ter certeza de que não conseguiria comer muito.


          Encontrou os dois amigos na mesa. Rony comia muito, mas Hermione mal tocara no seu prato.


          - Vamos Hermione, você tem que comer alguma coisa – insistiu Harry. Era importante que ela tivesse força total.


          - Obrigada Harry, mas não estou com fome. De verdade – acrescentou ela, depois de ver o olhar de preocupação sobre si. – Você também deveria comer algo.


          - Eu vou comer – disse, apenas para não dar a ela um motivo para discutirem. Queria ela muito perto de si hoje.


          Acabou descobrindo-se com mais fome do que imaginava. Depois de se dar por satisfeito, foi atrás da professora Macgonagall.


          - Bom, lançarei um feitiço em um de vocês, para que saibam exatamente onde aparatar – disse a senhora. Parecia igualmente preocupada – Qual de vocês tem mais experiência com aparatações? – os dois indicaram automaticamente Hermione. – Srta. Granger, certo. Locratus!


          Hermione revirou os olhos e caiu, fazendo Harry ter que ampará-la.


          - Você está bem? – perguntou Harry, assustado.


         - Estou. Foi apenas uma tontura – disse ela, pondo-se de pé.


        - É um efeito colateral do feitiço – esclareceu a professora Macgonagall – Agora, o feitiço anti-aparatação está temporariamente suspenso neste salão. Boa sorte. Se não voltarem daqui duas horas, mandarei reforços.


          Hermione estendeu os braços para que eles agarrassem, um de cada lado. Eles contaram até três e partiram.


         Caíram sobre um intenso campo verde. Reconheceu a geografia do local, plana e inclinada, devido às “aulas” que Carlinhos havia dado a ele certa vez. Avistou uma caverna logo a sua frente.


         - Certo – disse, sacando a varinha – Deve ser aqui. – e dirigiu-se especialmente a Hermione – Lembre-se do que você me prometeu. Fique atrás de mim e tenha cuidado – alertou ele novamente. A garota assentiu, e beijou-o rapidamente nos lábios. Harry ergueu a voz – Vamos lá!

N/A: Eu sei, este cap veio MUITO mais cedo que o normal. Não vão se acostumar, mas é que baixou uma inspiração e eu resolvi escrever. Espero que tenha ficado bom!
       Ok, agora teremos a primeira cena de verdadeira ação da fic.A caverna os aguarda cheia de surpresas emocionantes, que certamente darão muita dor de cabeça a esses tres!
       Sorte de voces que a inspiração veio, senão eu não teria sequer começado a escrever o cap. Que diabos eu fiz para merecer apenas UM comentario do ultimo cap?! A fic está tão ruim assim?
        Bem, espero uma reação melhor dos meus leitores para este e o proximo cap. Estou pensando seriamente em começar a colocar as N/A no inicio do cap, por que paresse que ninguem lê qundo está aqui no fim. Talvez seja por isso que quase ninguem responde. Só aqueles que tem paciencia de ler até o fim comentam, e sou muito grata a eles!
        Por hoje é só. Bjos e até o cap 11!

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