Uma noite mal dormida



Rony estava tenso. O escuro devorava o ruivo de uma vez só. Ele bem que devia ter escutado Hermione e não comer tanto brigadeiro quente. Olhou para o relógio pela quarta vez: já era 2:00 da manhã. Alcançou sua varinha, escondeu-se debaixo das cobertas, e sussurrou: — Lumos Máxima — na ponta da varinha do garoto, acendeu-se uma luz. Ele estendeu sua mão para fora da coberta, e puxou um pergaminho cor-de-rosa. Rony fez uma careta. Na capa do diário, havia uma linda letra bordada puxando as palavras “Diário de Mione” — M-Mione? — A cara de Rony pareceu um limão podre. — Quem chamaria ela de “Mione”? Ah, garotas. Não se deve entendê-las. Hunf... Não queria mesmo. — emburrou-se, e abriu o diário. Um cheiro de lavanda cobriu as narinas de Rony, deixando-o perder a respiração. A primeira página era amerela-cor-de-bosta. As letras iam aparecendo, formando palavras. "Caro otário (a), você abriu algo que não lhe pertence. Seja um grifano, trouxa, ou outro qualquer. Isto não pertence a você. SAIA, ou irei gritar”. Rony fechou o livro rapidamente. Colocou a mão no bolso, e tirou um pequeno pedaço de pergaminho. Levantou a varinha um pouco mais acima, para poder enxergar o que havia escrito no tal pergaminho roxo. Após lê-lo, Rony abriu novamente o diário, falando as palavras escritas no pequeno pergaminho antes que as letras do diário surgissem. “Lavanda como rosa, macia e fresca. O diário caiu no chão, o mar levou, a rosa caiu, o mar sumiu. Sou Hermione Granger, e você, serve á mim. Abra!” E as outras páginas do diário se abriram, fazendo com que o rosto de Rony virasse uma linda cascata de felicidade. A senha fora feita, o diário se abrira.

”Querido diário, Harry está um gato hoje. Sim, RONALD está mal-vestido. Gina ainda gosta do Harry, eu acho. Ouvi a Sra. Weasley, o Sr. Weasley, Percy, Gui e Carlinhos fofocar na cozinha. Acho que estão tramando algo, ou houve alguma coisa que não deve ser contada. Ah, diário... Não estou contente comigo mesma. Meu cabelo fica armado, que ódio” — Quê? Só me falta essa. — resmungou Rony. Ele virou os olhos, continuou a ler sobre o xampu de Hermione, sobre sua saia rasgada, e sobre suas 500 gramas que acabara de engordar em cinco dias. Virou duas páginas, e continuou a ler. ” Oi, diário mais fofiz. Hoje estou feliz. Rony caiu da sacada. Pena que é pequena a sacada... Mas... Valeu a pena rir dele. Acho que ele anda fazendo a barba. Me dá vontade de rir só de pensar. Fleur está namorando com o Gui, novamente. Eles terminaram, e após 6 horas voltaram com o namoro. Eu adoro eles. A Fleur é muito querida, e eles formam um casal perfeito. Carlinhos colocou sua mão em minha perna, no almoço. Disse que foi sem querer, eu acredito, ele não faria nada de mais comigo.  — Quê? Mas que safado, filho de uma anã. — Rony pareceu furioso, mas não tirou os olhos do diário. "Oi, diário. Hoje, estou triste. Rony estava falando com uma garota e... A, esquece. Terei que sair. Eu, Molly, Gina e Fleur iremos ao mercado, beijos.

 — Rony? Ronald? — Uma enorme veia de gelo tocou o ruivo. A vós vinha de perto, não poderia ser algo do diário. Era sonolenta, doce e familiar.

— Apague sua varinha, seu imbecil! — sussurrou Harry, de sua cama.


— Ah, Harry? É você?


— Não, é o tio Voldy. Ressuscitei e irei buscar você para colocar em minha cova, cabeção.


— Harry! Para com isso! Você sabe quê tenho medo! — Rony tirou sua cabeça da coberta.


— Cuide para não se borrar!


— Muito engraçado de sua parte.


— Quê está fazendo? — Hary se aproximou.


— N-nada... Só estou... C-com... Sem sono, sabe... Comi quente muito brigadeiro.


— Comeu o quê? Rony, você está bem?


— Eu sim estou. Ótimo eu.


— O quê é que tem junto de sua varinha ali em baixo?


— Revista! — mentiu ele — mulher pelada.


— O senhor Weasley não libera isso! — Harry falou com frieza.


— Dê-me agora!


— Nem morto! — respondeu Rony, com estilo.


— Então eu pego! — Harry pulou em cima de Rony, fazendo com que o ruivo dê um forte gemido de dor. Após algumas almofadadas na cara, e outras bufetadas no traseiro, o diário parou nas mãos de Harry.


— O diário de Hermione? — surpreendeu-se Harry.


— Claro que não! — falou Rony, com um ar de convencido.


— Harry abriu o diário, leu as palavras se formando, e um grito horroroso ecoou na casa.


Em frações de segundos, o Sr. e Sra. Weasley já estavam de pé, Hermione sobressaltou de sua cama, perto da de Gina e Fleur. As três correram atrás de Molly e Arthur, Percy, Carlinhos, Jorge e Gui continuaram dormindo.

— Hum. Quê tal, Potter? Estamos ferrados! Por sua culpa! — falou Rony, com a voz trêmula.


— Mas o quê é que está acontecendo aqui? — o senhor Weasley pareceu muito preocupado.


— São só dois pivetes acordados em plena 2:47 da manhã.


— Já são 2:48 — sussurrou Jorge, rapidamente no ouvido da mãe, tentando ferrar o irmão. Hermione, aterrorizada, olhou para a mão de Harry, que segurava seu diário.


— V-você! NÃO! — deu um enorme grito, como se o mundo acabasse.


— Olha, eu sinto muito mas não fui...


— Calado! — interrompeu a grifana.


— Como você pode? Como?


— F-foi o Ronald — Harry teve o prazer em dedurar o amigo.


— Olha o barraco — debochou Jorge.


— Seu maldido! — Hermione fitou Rony, chorando.


— Você acha o quê? Pega o diário de uma garota e lê? V-você não tem escrúpulos? Você deveria ir para o inferno seu gafanhoto desgraçado! — a garota correu para seu quarto, chorando horrores, com seu diário na mão.


— Hermione — falou Harry, indo atrás da amiga.


— Não — a voz doce de Gina ecoou sobre o quarto. — Eu irei.


— Vamos! — disse Molly. — Não irei colocar você para cherar o traseiro de Grope, Rony! Se entenda com ela. A atitude foi sua. Vira-se. — Ah, Harry... Não estou chateada com você, meu anjo.


— Pois eu estou. — sussurrou Rony indignado após a saída dos pais e irmãos. — Como você pode? Covarde!


— Durma, Rony! Irá te ajudar.

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