Finalmente, Long Beach.



                                  Finalmente, Long Beach.

De dentro do carro sofisticado do tio Matthew já podia sentir a brisa em seus cabelos. Podia ver as pessoas na praia mesmo sendo de noite, e o trânsito movimentado. Parecia o lugar perfeito, rodeado por palmeiras, num clima quente e agrável e cercado de mansões. Ao chegar na rua dos Jacob, Matthew pode notar que só haviam mansões naquela rua com vista para a praia. Johnnas estacionou o carro após o portão automático se abrir. Saiu do carro e ajudou Matthew com as muletas. O rapaz olhou de chofre para  a casa da frente podendo ver uma bela garota loira saindo com a parte de cima do bikini e um short. Ela notou o olhar do rapaz e também o olhou. Neste momento lá estava ele hipnotizado pela beleza da garota que desviou o olhar meio sem jeito e ambos puderam se assustar ao ouvir a simpática voz de Johnnas dizer:
- Olá Amanda! - A garota sorriu e acenou para o homem que pôde notar o olhar de Matthew e logo disse baixo para o rapaz ajudando-o a andar : - Ela é mesmo linda. - O garoto ergueu as sobrancelhas e esboçou um sorriso. Caminhando , com Matthew, lentamente até a bela porta da frente Johnnas a abriu e entrou com o rapaz que ja era olhado por Anna e Ashley. - Família! - Johnnas disse com seu bom humor rotineiro. Ashley se aproximou do rapaz e lhe olhando disse:
- Oi, sou sua prima Ashley! - E sorriu. Ele era realmente bonito, mas realmente parecia problemático por tras daqueles belos olhos.
- Oi. - Disse simplesmente. Podia reparar de relance Ashley olhando para seu rosto machucado.
- Matthew, eu sou Anna. Sou esposa do seu tio. - Ele fez que sim com a cabeça e sorriu novamente.
- Vou te levar até seu quarto Matthew... - Johnnas disse se levantando e ajudando o rapaz a subir as escadas.
- Ele é tão simpático que me assusta. - Ashley comentou divertida quando os dois já estavam lá em cima.
- Ele só está tímido. - Ana disse como sempre amenizando as coisas.

Não demorou muito para que chegar a hora do jantar e a família Jacob se sentar na mesa para comer. A casa era realmente linda, pela janela dos dava para se notar a grande piscina iluminada. Nesse momento todos estavam na sala de estar, sentados sendo servidos pela empregada. Matthew se sentia meio envergonhado, mal lembrava daquelas pessoas, mas algo que pôde perceber era que eram unidos e felizes. Diferente de sua família, que com a morte de sua mãe se tornou um caos. Todos já estavam a comer, enquanto o silêncio era quebrado apenas pelo barulho dos talheres. Após um bom tempo Johnnas disse:
- E ai Matthew? Como está o seu pai? - O rapaz levantou os olhos e respondeu com simplicidade.
- Trabalhando.
- Então ele deve estar muito bem! - Johnnas comentou sarcástico.
- Se for assim, então minha mãe está ótima! - Ashley disse rindo e Johnnas riu também.
- Eu só trabalho o suficiente! - Anna disse tentando parecer séria, mas sem conseguir. Enquanto Matthew apenas sorria.
- O suficiente para perder um dia inteiro de sol num escritório fechado! - A menina disse numa forma divertida.
- Por isso prefiro ser escritor e trabalhar em casa... - Johnnas se gabou.
- E o que você escreve? - Matthew perguntou olhando o tio.
- Histórias, sobre o que eu pensar no momento... - O homem começou sendo impedido por Ashley.
- Já ouviu falar de O Vale? - Ela perguntou com seu belo sorriso.
- Aquele que causou congestionamento nas livrarias... e ... - Ele a olhou e sorriu como se estivesse desvendado um mistério. - De J. Jacob! Eu nunca pensei que fosse você... - Comentou tímido enquanto todos sorriam.
- Pois é, tenho um marido famoso! - Anna comentou sorrindo.
- E você também deve conhecer minha mãe... D.C Company... vice presidente.
- Conheço sim, mas também não sabia que era mulher do meu tio. - Pegou suas muletas ao lado da mesa e se levantou cuidadosamente. - Acho que já terminei, licensa. - Disse segurando as muletas e se virando para sair dali.
- Eu ajudo você, Matt. - Johnnas disse e ajudou-o novamente a subir as escadas.
- Viu, não foi tão mal... - Anna disse sorrindo a filha que era a única a lhe fazer companhia ainda.
- Pois é, vamos ver... - A garota disse sorrindo.

Ele já estava sentado na cama de seu novo quarto faziam muitas horas. Havia ouvido quase todas as músicas de seu Ipod e apesar de serem exatas meia noite, não conseguia dormir.
Não tinha sido difícil para Matt achar seu quarto, a porta estava aberta. Aquele sim parecia um quarto de uma família normal. Era confortável e médio , com tudo que um quarto devia ter. Após chegar ao seu tédio extremo , desligou seu Ipod, pegou as muletas em cima da cama enquanto deixava o aparelho na mesma. Foi até a janela, abaixando um pouco uma das partes da perciana e vendo o outro lado da rua pela fresta.
Era uma rua tranquila, com casas enormes, piscinas e carros belos em suas garagens, e se parasse para ouvir conseguiria até notar o barulho das ondas.Entre toda a beleza de apenas uma rua, na casa em frente a sua, mais precisamente sentada em um degrau que dava passagem para o portão, pode reparar uma linda menina de corpo delicado, e cabelos loiros. Era a mesma que havia visto mais cedo. Ela estava lendo um livro que ele não podia e nem se importava em saber o nome ou quem o escreveu. A menina parecia interessada e ficava mais bela a cada vez que seu olhar se tornava mais atento, então apertou mais os olhos para vê-la melhor. E quando quase batendo com o rosto no vidro da janela se afastou assustado. Ao se afastar sentou-se na cama observando seus sapatos como se nunca tivesse os visto, apesar de todo tempo ali mal havia se trocado. Ouviu duas batidas na porta e com uma voz séria pediu para entrar estranhando por causa da hora.

- Hey. - Ashley disse acuada entrando, mas se mantendo encostada na porta. Ele esboçou um sorriso e deixou a menina falar. - Pensei que quando tirar esse gesso poderíamos ir dar um passeio e eu ia poder te mostrar a cidade.
- É, seria bom. - Se arrependeu no mesmo instante de não ter puxado assunto, pareceu grosso, mas não queria parecer tão legal, seu orgulho era sempre mais forte.
- Tudo bem, eu vou pro meu quarto. Qualquer coisa é ao lado do seu. - Ela disse com um pequeno sorriso.
- Ah, obrigado. - Ele dessa vez mal sorriu e na frente dela tirou o sapato que estava cansando-o. A menina se virou e abriu a porta se retirando de lá.


Ela estava sentada no degrau distraída até ouvir a voz de seu pai a chamar. Ele estava em pé em sua frente com sua maleta de couro na mão esquerda, parecia cansado.
- Querida, quantas vezes já pedi que ficasse dentro de casa. Não quero que arrangem motivos para me criticar. - Disse irritado a filha que se levantou olhando em seus olhos.
- Porque você só se importa com essa candidatura? - Perguntou irritada da mesma forma.
- Não estou me importando só com minha candidatura, é esse seu único argumento, Amanda. Devia ver que como eu sou um candidato a prefeito tenho que evitar esse tipo de coisas.
- Tudo bem. - Ela disse se virando para a porta e entrando em casa antes que seu pai pudesse falar algo. Ao contrário de sua irmã, Amanda odiava brigar com seu pai por mais errado que ele estivesse. Sempre que via a discussão aumentar ela parava e abaixava o tom de voz se conformando com as ordens do pai, que mesmo assim sempre foi seu melhor amigo.
Deitada em sua cama ouvindo música alta estava Amanda. Era incrível como seu momento feliz era estragado tão rapidamente, era incrível como nem Justin parecia lhe animar mais e como todas as coisas no mundo em que vivia não se resolviam com presentes e mimos. E como ela mal sabia quem era e o que realmente queria.
Se aproximou de sua janela e olhou para a casa de Ashley. Haviam as luzes do primeiro andar acessas e no segundo apenas a de um quarto para o qual focou seus olhos. Podia ver um rapaz alto e magro trocando de camisa, seu corpo era forte mesmo sendo magro, porém parecia que não pegava sol há um bom tempo. Era o primo de Ashley.
Confessava a si que sentia-se atraída por mais que o rapaz estivesse de costas. Percebeu que ele se virava pra ela e no instante que olhava desviou a visão para a sua porta que havia batido pela ação do vento. Ao voltar para a janela o rapaz já estava deitado na cama e agora só via seus cabelos. Enquanto estava ali parada ouviu seu pai se aproximar numa voz interrogativa e curiosa:
- Aonde está a Holly?
- Não sei. - Respondeu rapidamente numa voz fingida e imperceptível. Sabia muito bem onde a irmã estava... Ou pelo menos achava que sabia.


Ela dançava cada vez mais animada, havia bebido pouco, porém não era a bebida afetando-a. Era seu próprio ânimo. Em seus 15 anos, ela era só uma menina insegura com seus cabelos longos e repicados loiros escuros e lápis preto em seus olhos azuis. Ela se vestia como toda típica patricinha da Califórnia, porém tentava ser um pouco diferente. Seus amigos dançavam animados junto com ela que, cada vez mais feliz, sorria como uma criança. Apesar de todo o barulho pôde sentir o celular no bolso traseiro vibrar pegando-o instantaneamente.
- Gente, já volto. - Ela disse aos amigos que continuaram a dançar enquanto ela ia até o banheiro. Olhou no visor do celular, era Amanda. Devia ser alguma 'emergência'. - Oi Amanda. - Falou rapidamente tampando o outro ouvido para ouvir melhor.
- Holly, aonde você se meteu? Meu pai já está se procurando. - Disse nervosa. Era engraçado como Amanda se preocupava em proteger a irmã por mais que a diferença de idade fosse pouco. Mas ela sabia o quanto a irmã não tinha juízo.
- Ai, por favor, eu não posso ir embora agora! - Ela sabia bem que mais uma vez a irmã ia encobrir.
- Meu Deus, Holly. Aonde você tá? - Perguntou com medo da resposta.
- Você não vai acreditar, - começou animada se encostando numa das paredes do banheiro enquanto do outro lado da linha Amanda ficava cada vez mais assustada com a resposta que a irmã iria dar.
- Fala logo, Holly! - Disse num misto de curiosidade e aflição.
- Eu estou em B-O-S-T-O-N, numa boate PERFEITA. - Disse tão feliz que seus olhos brilhavam.
- HOLLY! VOCÊ É LOUCA! - Ela disse rindo.
- Também te amo! - Riu também ao ouvir a irmã.

Adolescência, sinônimo de hormônios fluindo e saindo pelos poros. Talvez esse fator provado pela ciência justificasse toda a infidelidade de Justin. Ele dizia a si mesmo que não gostava de ser fiel, mas só Deus sabe se era apenas pressão dos amigos ou não.
Como todo cara popular era fato estar rodeado de mulheres. E como todo cara popular que se preze ele deveria tirar proveito de cada uma delas. Era exatamente o que estava fazendo, com uma garota chamada Sarah do 2º ano que nesse momento estava deitada por cima de seu corpo semi-nu na cama da menina.
Os beijos eram cheio de desejo e sem nenhum amor, seus lábios se tocavam ferozmente e as mãos dele percorriam cada parte do corpo da menina.
- Vai dizer que a Amanda faz isso... - Disse descendo os lábios para o pescoço do rapaz e beijando-o devagar. Justin arrepiou de imediato sem falar nenhuma palavra. Era incrível como todas tentavam ser iguais a Amanda, mas ele nunca dizia que eram.
Amanda era popular, porém não era amigas da garotas fáceis com quem ele costumava sair.
Às vezes se perguntava se queria algo mais já que namorava a menina mais bonita do colégio, antes até de Ashley. Justin se levantou rapidamente deixando a menina deitada sozinha na cama, pegou sua camisa rapidamente colocando-a enquanto a menina olhava assustada.
- Eu tenho que ir. - Já tinha fechado todo o blusão e agora se olhava rapidamente no espelho.
- Te vejo depois? - A garota perguntou com uma expressão pidona e ele a olhou pensativo - não podia negar o quanto era bonita - Ah vamos Justin... - Disse se levantando e beijando seu pescoço devagar.
- Tudo bem...

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.