Capitulo 7 - Passeio incrivelm

Capitulo 7 - Passeio incrivelm



Passeio incrivelmente desastroso




     O dia amanhecia lentamente sobre os jardins do castelo, alguns animais se mexiam apesar do frio e da neve, o sol que começava a brilhar em pouco ajudava a aquecer o dia. Dentro do castelo as lareiras brilhavam aquecendo as poucas salas ocupadas. Em um cômodo especial o fogo que ardia lentamente transformando a lenha em cinzas enquanto as chamas pareciam dançar no ar, nesse mesmo cômodo, Hermione mexia-se ininterruptamente há mais de uma hora, ela andava e sentava e deitava e falava e andava e pulava e parava e...
   — Senhorita Granger! — Falou Madame Ponfrey que acabara de entrar na enfermaria. —Você deveria estar na cama. — Continuou ela em tom reprovativo.
   —Ah,Madame Ponfrey! Eu não agüento mais ficar parada deitada! Falou Hermione numa mescla de reclamação e manha. — Além do mais, eu não ia ter alta hoje? — Continuou com um sorriso esperto.
   — É você ia sim... — Falou Madame Ponfrey sorrindo. — Tudo bem, mas você precisa tomar café, eu vou pedir que um elfo venha lhe trazer... Você poderá sair quando terminar de comer tudo.
   — Sim senhora. — Falou a garota pegando a bolsa, que Gina trouxera antes de ir para a Toca, e se dirigiu ao banheiro que ficava meio escondido nos fundos da enfermaria. Ela tomou um banho rápido e colocou uma calça jeans,uma blusa branca de manga comprida, um suéter rosa claro e um sobretudo branco.
   —Seu café está sobre a sua cama. — Falou Madame Ponfrey pondo a cabeça para fora de seu escritório.
   —Obrigada.— Respondeu Hermione começando a comer.
   —Bom dia— Falou Snape entrando na enfermaria com alguns frascos nas mãos
   —Bom dia! Que poções são essas? — Perguntou Hermione terminando seu suco.
   —São para febre. - Falou ele colocando elas em uma prateleira no canto. — Você já tomou seu café?
   —Já... Me diz uma coisa, você tá ocupado essa tarde? — Perguntou ela calçando as botas.


   —Porque?
   — Porque eu queria dar uma volta pelo castelo, mas eu não conheço nada... Quer dizer, conheço só não lembro. Bom você me entendeu, não é? — Falou se confundindo.
   — Acho que sim. - Confirmou indeciso. — E de qualquer forma, a McGonagall me escalou como seu guia, então... Vamos? — Falou ele num tom monótono.
   — Céus! Você é a animação em pessoa! Como seus alunos não dormem durante suas aulas? — Falou ela o seguindo para fora da enfermaria
   — Você nunca dormiu durante minhas aulas.
   — É, mas eu gosto de poções. E isso não muda o fato de que você seja entediante.
   — Pelo menos eu não sou uma Sabe-Tudo-Irritante de meio metro de altura.
   — Hey! Eu não sou baixa!
   — Não, só tem uma estrutura média baixa.
   — Hey!!!
   — O que? - Perguntou ele com um sorriso irônico no canto dos lábios.
   — Da na mesma!
   — É, mas fui mais delicado.
   — Idiota... — Falou ela acenando negativamente e dando risada. — Vem cá, pra onde você está me levando?
   — Biblioteca, até onde eu sei é seu lugar favorito no castelo.
   — Legal. — Ela falou e segundos depois, ao passar por uma janela aberta, ela escorregou numa poça de neve derretida, felizmente Snape conseguiu segura-lá. — Obrigada... — Respirou ela no rosto dele.
   — De nada. — Falou ele a ajudando a se estabilizar em pé, então estalando os dedos fez com que um elfo aparecesse em sua frente. — P orque este piso está molhado? Seque isso imediatamente! Mas que droga! Alguém podia ter se machucado! Essa é a função de vocês! Manter tudo em ordem e seco! — Snape falou sem aumentar a voz, mas o tom cortando e a reputação do Mestre de Poções eram o suficiente para fazer o elfo se encolher no chão tremendo.
   — Cala a boca! — Interrompeu Hermione para a surpresa de Snape. — Você é um babaca!!! — Gritou ela dando a volta e se dirigindo a enfermaria como um furacão pronto para destruir tudo.
     Sem pensar duas vezes Snape começou a ir atrás da garota e, apesar de um de seus passos equivalerem a dois dela, ele tinha começado a correr em algum momento do qual ele não se lembrava e ainda assim estava difícil acompanhar o ritmo de Hermione. Quando ele entrou na enfermaria a viu deitada sobre a cama, os olhos fechados com força e os braços cruzados na frente do corpo.
   — Hermione? — Perguntou ele parado a alguns metros dela.
   — Dá o fora! — Falou ela por entre dentes o rosto ficando vermelho de raiva.
   — O que aconteceu? — Perguntou ele tentando manter um tom pacificador, mas essa não deve ter sido sua idéia mais inteligente, pois a menina abriu os olhos que chamuscavam de raiva.
    — Vai embora! — Ela falou sem levantar a voz, pelo contrario a abaixando até quase transformá-la num rosnado felino, que o lembrou muito do rosnado de um lince.
   — Eu não vou! — Falou ele cruzando os braços.
   — Ok! — Falou ela descruzando os braços.
   — Ok? — Perguntou ele confuso.
   — DA-O-FO-RA!!! — Falou ela pontuando cada silaba atirando um dos objetos que estavam no criado - mudo ao seu lado. Pego de surpresa Snape só conseguiu bloquear dois dos quatro objetos e agora sua capa estava molhada no ombro esquerdo onde um pequeno frasco de vidro havia se chocado e quebrado, e com certeza deixaria um hematoma. Uma borracha tinha lhe acertado a sobrancelha esquerda ricocheteada e ido parar do outro lado da enfermaria, dois frascos de poções do Sonho sem Sonhos  haviam se chocado contra os feitiços escudos que ele conjurará e quebraram-se ensopando o chão na frente de Snape.
   — Hermione... — Snape mal começará a falar outro frasco poção veio em sua direção o atingindo na testa. Durante os cinco minutos seguintes a cena se repetia, pois cada vez que Snape abria a boca pra falar algo Hermione tacava nele o objeto que conseguisse alcançar mais rápido, fazendo livros, cadernos, canetas, tinteiros e vários frascos de poções, muitas destas coisas ele não conseguia parar com feitiços e logo sua capa estava encharcada de poções e tintas, seu rosto apresentava um corte na bochecha direita. Severo sabia que quando tirasse a camisa seu tronco estaria coberto de hematomas e até alguns arranhões causados pelos livros ao baterem de bico. Isso só parou quando Madame Ponfrey entrou e expulsou Snape da enfermaria.
     Severo saiu da enfermaria direto para suas masmorras um único pensamento cruzava sua mente, "por que ele não a impedirá?" Ora era claro que ele sabia a resposta ele não fizera nada porque tinha medo de que se alterasse sua tom se voz com ela aquele laço inacreditável que fazia com que ela confiasse nele se rompesse. Também era claro que ele não admitiria isso em voz alta.
   Ao entrar em seus aposentos retirou a capa ensopada atirando-a em algum canto, retirou todas as roupas deixando o peito desnudo e mantendo a calça preta. Parado em frente ao espelho, Snape, passava algumas poções de cicatrizações tiradas de seu estoque pessoal.
     "Droga", pensou ele, "ela tem um arremesso e tanto podia ser uma atacante e tanto".
     Ele tinha terminado de limpar os machucados e incumbido os elfos de limpar suas roupas quando alguém bateu à sua porta, ele rapidamente colocou uma camisa branca limpa e foi atendê-la, era a McGonagall.
   — Por favor, não grite! Eu estou com dor de cabeça. — Falou Snape abrindo passagem para ela entrar e se preparando para levar uma bronca.
   — Severo, o que aconteceu? — Perguntou ela calma.
   — Se eu soubesse... — Falou ele dando de ombros e apontando uma cadeira na frente de sua mesa.
   — Por que você não me conta tudo que aconteceu? — Pediu ela e ele assim o fez.
   — Ora, Snape! Você não se lembra que a Hermione é contra maus tratos a elfos domésticos?
   — Sim, eu lembro, mas ela não!
   — Parece que ela se lembra disso!
   — Como? Ela não se lembra nem dos próprios pais!
   — Mas sabe que confio na Gina, que gosta de ler e que pode confiar em tudo que eu ou Madame Ponfrey dissermos. Ela não se lembra, é verdade, mas sabe o que sente, e do que gosta. — Falou Minerva se retirando e deixando suas palavras flutuando no ar ao redor de Snape.

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