Bem vindo a França.



Draco desceu as escadas da mansão em passos rápidos, apressando-se até a sala de jantar.

Ele parou um segundo perante o espelho que ficava no corredor. Olhou-se rapidamente, arrumando seus cabelos louro platinados e jogando-os para trás.

Não havia entendido porque sua mãe havia mandado lhe chamar nesse horário, e com tanta urgência! Sentiu-se irritado por ter que levantar mais cedo do que estava acostumado, apenas para dar atenção a sua mãe que, segundo ele pensava, não estava mais tão boa da cabeça.

Chegou, finalmente, a sala de jantar. Sua mãe estava sentada na cadeira de cabeceira da grande mesa de carvalho, que comportava até doze pessoas. O café da manhã estava posto a mesa, um grande banquete, na opinião de Draco. Haviam diferentes sabores de bolos, pavês e vários tipos de pães e geléias. O louro nunca havia visto um café assim em sua casa, nem mesmo quando tinham visitas.

- Porque a urgência, mamãe? - Disse Draco, anunciando sua presença no recinto.

- Ora Draco, uma mãe não pode simplesmente querer aproveitar um bom café da manhã com seu filho? - Sorriu Narcissa, ela parecia mais magra que o habitual, o que a deixava ainda mais esguia e fazia seu queixo parecer ainda mais fino.

''Não uma mãe como você'' - Ele pensou. Mas evitou falar em voz alta para que não começassem mais uma briga, logo a essa hora da manhã.

- Porque o banquete? - Ele resolveu simplesmente ignorar a pergunta da mãe. - Algum motivo para festejos?

Narcissa limpou delicadamente a boca com um guardanapo de tecido, e colocou-o no colo novamente. Parecia estar escolhendo as palavras certas para respondê-lo. ''Talvez ela esteja apenas tentando me deixar mais irritado!'' - Draco pensou.

- Meu filho, - Ela parou por mais um momento - Desde que seu pai faleceu...

Argh! Aquilo sempre o deixava louco! Lucius estava tão vivo como sempre esteve, mas ela insistia em ressaltar sua morte! Apenas para negar o fato de que ele estava preso em Azkaban, sob a supervisão de centenas de comensais e sem um mísero nuque de sua fortuna.

- Ele não faleceu. - O louro interrompeu, o mais educadamente que pôde, tentando não explodir.

- Bom, eu creio que ele esteja para nós. - Ela sorriu, fazendo com seus lábios finos quase desaparecessem em seu rosto pálido. - Mas, continuando, eu recebi uma carta do ministro da magia. Ele pediu para que nós nos separássemos. Hoje, você estará indo para a nossa mansão na França.

Draco não pode deixar de alegrar-se. Finalmente havia entendendido o porquê do café tão caprichado. Ele estava se mudando, para outro país! Isso era... Algum tipo de despedida ou coisa parecida.

- Draco, eu te conheço! Não precisa fazer tanto esforço para esconder sua alegria. - Ela continuou, sua voz estava seca. Narcissa tomou um gole de seu chá, então sorriu novamente. - Não serão apenas boas notícias, filho.

Ele rolou os olhos. - É claro! - Pensou - Estava bom demais para ser verdade. Qual seria a parte ruim agora?

- Teremos aurores como babás! - Ela sorriu, sarcasticamente. Como se aquilo realmente fosse motivo para sorrir. - O próprio ministro fez questão de escolhê-los a dedo! - Draco rolou os olhos novamente. - E trate de ficar bem comportado, garoto! Eles vão avaliar nossos comportamentos e investigar nossas casas a procura de qualquer tipo de magia negra. E se eles encontrarem... - Ela ameaçou.

Narcissa não precisava terminar a frase. Draco sabia exatamente sobre o que ela estava falando. Se encontrassem qualquer pista de que eles tenham contato com magia negra, perderiam as mansões e toda a fortuna Malfoy.

- Já entendi, mãe.

- Que ótimo! - A loura passou mais uma vez o guardanapo em seus lábios, e se levantou da cadeira. - É uma pena que não possa ficar mais para aproveitar o resto desse agradabilíssimo desjejum, mas você já tem que ir.

Draco não se importou, não tinha fome. Ele levantou-se da cadeira e seguiu para a porta principal. Como já previa, lá uma bela carruagem verde com detalhes em dourado o esperava, na condução ele viu um homem baixinho, de confiança da família, e quatro cavalos, todos muito grandes e negros. Suas bagagens, feitas pelos elfos, já estavam no transporte.

- Adeus, Narcissa. - Foi tudo o que disse, e sem nem ao menos olhar mais uma vez para o rosto da loura, Draco entrou na carruagem.



Gina estava na sala da Toca, lendo um livro. Desde a noite anterior estava um pouco indignada com as atitudes de seu pai, mas não podia culpá-lo. Era seu dever ter que fazer escolhas difíceis, então ela simplesmente resolveu acatar as ordens. Afinal, quanto mais cedo começasse, mais cedo terminaria o trabalho sujo.

Mas, enquanto não começava, Gina aproveitou para aproveitar seus poucos dias de férias para ler alguns livros. Na verdade, para ler muitos livros, já que aquela havia se tornado sua paixão desde os tempos de Hogwarts.
Seria isso uma conseqüência de muito tempo passado com Hermione? Talvez. Mas ela havia ganhado da amiga um bom livro, que havia logo se tornado seu favorito. Afinal, já era a terceira vez que o lia em apenas uma semana, e ela simplesmente não conseguia enjoar da história.
Tinha tudo o que ela mais gostava: Lutas com espadas, amores impossiveis, festas gigantescas... Ah! Quem dera ela tivesse uma vida glamurosa assim.

- Ginevra Weasley! - Chamou a mãe mais uma vez. - Venha comer alguma coisa menina, daqui a pouco você terá que partir!

- Já vou mamãe! Só mais essa página... - Avisou, sem nem tirar os olhos do livro.

Molly resolveu ir até a sala, chamar a ruiva para tomar café. Logo que chegou, reconheceu a capa do livro que a menina lia, era o mesmo de todos os dias.

- Gina... Esse livro mais uma vez? - Ginevra ignorou o comentário da mãe - Querida, você já sabe todas as falas decoradas, meu amor! Que custa parar um segundinho para comer alguma coisa? Vai acabar desmaiando.

Ginny desistiu de tentar ler e fechou o livro, guardando na memória a página em que havia parado. Olhou rapidamente para a capa.
Era bem simples, preta e feita de couro. O título enfeitava a frente do livro com letras douradas e elegantes. ''Romeu e Julieta''.

Ela foi até a cozinha, sentando-se a mesa junto com sua mãe e seu pai. Este, não parava de se desculpar.

- Ginny, eu sei que você não queria! Mas, pense pelo lado positivo. Isso significa que você é uma das melhores aurores da Inglaterra! Não é ótimo.

- É sim, papai. - Ela sorriu, tentando fazê-lo se sentir melhor. Gina já havia ouvido aquele mesmo discurso um milhão de vezes na noite anterior.

- Oh, querida! - Intrometeu-se Molly, retirando o avental vermelho que vestia - Sentiremos tanto a sua falta!

- Eu sei, mamãe. - Gina começou a passar geléia de amora em uma torrada. - Eu também sentirei saudades!

- Não esqueça de mandar-nos correspondência, viu mocinha! - Advertiu-a Molly.

- Mãe! Não faça tanto drama... Não é como se eu estivesse voltando para Hogwarts ou algo assim.

Gina sabia bem o que preocupava sua mãe. Não era somente a distancia. Em Hogwarts, Ginny tinha toda a proteção possível e inimaginável tomando conta dela. Mas, tomar conta de algum relativo de comensal e tentar descobrir se ele tem relação com as artes das trevas, bem... Era um tanto mais preocupante.

A ruiva tomou seu café bem tranqüila. Já era tarde quando ela terminou, quase 11:30 da manhã. Ela trocou de roupa sem pressa, e depois de muito pensar sobre o que vestiria, Gina optou por uma calça jeans preta, um suéter branco novo que sua mãe havia lhe comprado, e seu cachecol favorito, listrado de roxo e verde. Calçou um all star branco que tinha jogado no fundo do armário, e após dar uma rápida penteada no cabelo, resolveu que já estava pronta.

Artur subiu para ajudar a filha a levar as malas para a sala. Ela não estava levando coisa demais. Duas malas com roupas e sapatos e uma bolsa grande com livros e acessórios. Seria o suficiente, apesar de que ela não sabia ainda quanto tempo precisaria viver na França.

Após deixarem tudo na sala, começaram-se as despedidas. Molly apertou Gina junto a si o mais forte que pôde, dando as recomendações que costumava dar até três anos atrás, quando Gina ia para Hogwarts. Depois que finalmente conseguiu se desvencilhar de sua mãe, a ruiva foi em direção a Artur.

- Adeus, papai! - Ela sorriu - Não se preocupe comigo, eu ficarei bem.

- Eu sei que ficará, querida. - Disse ele, indo para mais perto dela e a abraçando fraternalmente - Só quero que entenda que ter me tornado o Ministro da Magia, não significa que eu deixarei minha família de lado, em momento algum!

- Eu entendo, papai... Não tem que dizer nada.

Artur beijou sua testa e Gina se afastou, levando suas malas para dentro da lareira. Ela encheu sua mão com uma grande quantidade de pó de flu, e deu uma última olhada para seus pais. Molly tinha lágrimas nos olhos, mas os dois sorriam.
Sentindo-se um pouco mais segura, ela entrou na lareira e jogou o pó sobre seus pés, anunciando o mais claramente que pôde.

- Estação de carruagens de Paris, França!



Ao entrar na carruagem, Draco se lembrou de como as odiava. Por mais que as carruagens dos Malfoy fossem elegantes e caras, eram simplesmente tediosas e desconfortáveis. Durante todo o percurso a única coisa que ele ouviu foram os galopes dos cavalos negros que corriam como loucos.
Porém, graças a alguns feitiços e cochilos, chegariam finalmente ao porto de Londres. De lá, Draco pegaria um cruzeiro a Paris e novamente uma carruagem até a mansão.

Olhou pela janela. O céu estava cinzento em Londres, mas as árvores deixavam a cidade colorida, com as folhas alaranjadas do outono. O chão, também, estava muito bonito já que as folhas haviam começado a cair.

Então, a carruagem parou. Draco não podia estar mais satisfeito. Ele desceu e logo fez questão de subir para o navio, o condutor vinha atrás, trazendo suas bagagens.

Em poucos minutos o navio deixou a estação, indo para a França. Draco foi até uma das bordas do navio, olhar o mar. Agora sim, estava se sentindo melhor. Ele gostava de observar o mar, ouvir o silencio. Era definitivamente melhor do que uma carroça maldita que não parava de balançar!

Julgava-se quase feliz ali, observando o azul do mar, a brisa fria batendo em seu rosto. Sozinho, apenas com seus pensamentos.
Mas, claro. Alguma coisa sempre dava errada para Draco.

- Malfoy, mas que surprrresa! - Draco se virou depressa, ao ouvir seu nome. Não antes - é claro - de amaldiçoar quem havia interrompido seus devaneios. E não podia ter sido gente pior.

- Ethan McGold! - Ele sorriu, sarcástico - Mas que desprazer em vê-lo.

McGold... Argh! Porque Merlin não mandou o santo Potter de uma vez e acabou logo com a sua vida? - Calma, Malfoy! Se controle, respire fundo para não enfiar a mão nesse canalha!

Ethan McGold era o terror de Malfoy em Hogwarts. Um ano mais novo que ele, Ethan até o terceiro ano sempre fora o maior puxa-saco de Draco! E então - do nada! - resolveu que poderia ser melhor que ele! McGold tentava roubar suas namoradas, seus capangas, comprava vassouras melhores que as dele, tirava notas melhores do que as dele...
Draco não costumava se importar muito, no inicio achava ridículo o modo como ele se comportava. Ainda mais ridículo do que quando Ethan queria lamber a sola de suas botas. Mas, depois de um tempo, aquilo começou a irritar Draco.
Ele só conseguiu se livrar do sonserino quando se formou, e Merlin sabe o quanto isso foi ótimo. E já faziam quatro anos desde que os dois se viram pela última vez.

McGold não tinha mudado muita coisa. Mantinha os cabelos castanhos desgrenhados, os mesmos olhos felinos, quase amarelos. Ele estava usando uma calça jeans clara, e uma blusa preta, com um paletó grafite por cima. Era arrumado, mas casual.

- Estou feliz em poderr dizerrrr o mesmo de você, Malfoy! - Ethan sorriu, tão irônico como apenas uma cópia perfeita de Draco faria.

- O que faz indo para a França, maldito? - Grunhiu o louro.

- Orrrra, Drrraco! Parre com esses apelidos carrinhosos! - Draco revirou os olhos, esperando por uma resposta a sua pergunta. - Por acaso, eu moro lá!

- Ah! Agora eu entendi o porquê desse sotaque vergonhoso!

- A garrotas acham sexy, Malfoy.

Draco riu. Uma risada de deboche.

- Nunca me rebaixaria nesse nível, McGold. Você desceu fundo mesmo, hein? - Ethan fez uma careta.

- Que mal lhe perrrgunte, Malfoy, mas... O que está fazendo indo para a France?

- Me mudando para a Mansão Malfoy de Paris. - Ele rolou os olhos, mas Ethan pareceu bastante satisfeito, pois abriu o máximo que pôde seus olhos amarelos e sorriu com seu melhor sorriso desdenhoso.

- Oh! Mas será um prrrazer morar perto de você, Malfoy!

Não! Seria isso um mero pesadelo, ou seria mesmo real? Morar na mesma cidade, não apenas isso! Morar perto de McGold! O mauricinho com nome de sanduíche, mas que desgraça mais ele precisava em sua vida?
Ah, claro! Seria muito bom quando Ethan descobrisse que Draco teria que morar com um maldito auror. Definitivamente, era seu fim.



Após uma das piores viagens de sua vida, Draco - finalmente! - havia chegado na mansão.

- Uma das piores? - Ele se corrigiu - A pior de todas!

Mas estando em sua casa, as coisas se acalmaram. Seu quarto já estava arrumado, tinha vários elfos domésticos só para ele mandar, escolheria o jantar todos os dias... Parecia perfeito.
Bom, quase. Seria perfeito até que algum maldito auror mandão aparecesse na sua casa querendo investigar e ficar vigiando ele. Seria até mesmo suportável até que o maldito do McGold resolvesse visitá-lo e se deparasse com sua babá.
Depois, seria seu fim.

Draco tentou afastar seus pensamentos para outro lugar e aproveitar seus poucos momentos de solidão em Paris. Resolveu explorar a casa, afinal a última vez que estivera ali nem havia entrado em Hogwarts ainda.
Entrou em todos os quartos - contou 53 - Abriu as cortinas, entrou em todas as salas, na biblioteca... Subiu todas as escadas que podia subir. No último andar, tinha um longo corredor. Pendurado em uma das paredes estavam os retratos da árvore genealógica dos Malfoy, Draco não reconheceu muitas das fotografias já que a maioria dos homens e mulheres naquela parede faziam da parte da família que morava na França. Infelizmente - e o motivo é um grande mistério - a parte francesa dos Malfoy se extinguiu, e os Malfoy da Inglaterra herdaram as mansões e toda a fortuna.

No fim do corredor, havia um quadro. Era muito grande, e lá dormia uma bela feiticeira. Ela tinha cabelos dourados e ondulados, e caiam até quase seus pés, e usava um belo vestido verde. Ela parecia estar em um escritório, todo feito em carvalho. Atrás dela havia apenas uma lareira. A moça estava sentada em uma cadeira, e com a cabeça apoiada sobre os braços em uma mesa de carvalho. Parecia estar em um sono muito profundo.

Ao lado do quadro da feiticeira, havia uma porta. Draco a abriu.

Olhou em volta. As paredes eram cobertas de desenhos de folhas e flores, todas em tons de rosa e vermelho. Os móveis eram todos feitos em madeira escura, apesar de não serem muitos. Lá havia uma penteadeira, e uma cadeira, que tinha o estofado de veludo escarlate. Havia também uma grande cama de casal, com um colcha salmão e pérola, que combinava perfeitamente com o papel de parede.
No entanto, o que mais havia chamado a atenção de Draco não foram os poucos e bem cuidados móveis, nem a bela decoração do quarto. E sim, uma rosa negra, colocada em um jarro de vidro em cima da mesa de cabeceira da cama. A rosa estava murcha e seca, mesmo estando colocada na água. Algumas pétalas negras jaziam caídas a sua volta.

O impulso de Draco seria jogá-la fora. Era só uma flor velha, seca, aparentemente morta. Mas, ele não pôde. Aquela rosa lhe era familiar, e muito! Fechou os olhos e pensou um pouco. Lembrou-se da mansão na Inglaterra. Na sala de estar havia um pequeno quadro em cima da lareira, com uma rosa idêntica àquela, pintada nele. O louro parou por mais um segundo, pensando. Então, Draco retirou o broche de prata que usava em seu paletó negro. Analisou-o.

Após um lapso de compreensão, ele viu. No broche que usava, no quadro em sua casa. As duas rosas eram idênticas àquela que estava na sua frente agora. Aquela era a rosa estampada em todos os brasões da família Malfoy.

O símbolo da família Malfoy, realmente existia, e Draco estava olhando para ele.



Depois de uma cansativa viagem de carruagem, Gina estava em frente a mansão - que mais lembrava um castelo.
Era lindo, mas bastante sombrio. Gina pôde ver altas torres, em estilo arquitetônico gótico, e imediatamente se perguntou quantos quartos tinham lá dentro. Ou quantas masmorras - completou. A frente era protegida por grades de ferro, frias e gigantescas, que davam a ela a impressão de uma prisão. E Ginny pôde ver um extenso jardim verde e bem cuidado, rodeando toda a mansão, contrastando extravagantemente com o ambiente sombrio que as torres negras e pontiagudas davam àquele lugar.

Antes mesmo que pudesse terminar de observar, um elfo doméstico já estava bem a sua frente, abrindo o portão.
- Seja bem vinda, senhorita. - O pequeno elfo sorriu. Não tinha nem vestígio de sotaque francês. - Você deve ser a aurora que estávamos esperando, não é?

Ginny afirmou com a cabeça.

- Siga-me, senhorita... - ele ficou sem saber o que dizer.

- Weasley.

O elfo arregalou um pouco os olhos, mas Gina fingiu não perceber.
Ele carregou as malas dela até o grande portão de carvalho, e bateu na porta.

Em menos de um segundo, outro elfo doméstico - dessa vez, uma elfa - abriu a porta.

Ela era menor e tinha traços muito femininos. Usava trapos - como todos os outros - mas Gina teve a impressão que os trapos dela era melhor que os trapos de outro elfo qualquer. Talvez fossem trapos de marca... - Pensou, rindo da própria piada depois.

- Leve as coisas da madam parra o quarto vinte! - Oderdenou ela, parecendo ser a 'líder' dos elfos por ali. Então, quando o outro elfo se afastou com a bagagem, a pequena se voltou para Gina - Senhorrita, e um prrrazer tê-la aqui. Meu nome é Amyllis, e eu servirrei a senhorrita enquanto estiver hospedada por aqui.

- Muito prazer, - Sorriu a Ruiva - Eu sou a Srta Weasley, mas pode me chamar apenas de Ginny.

- Esperro que goste da Mansão Malfoy, Ginny. - A pequena sorriu. Diferentemente do outro elfo, não esboçou nenhuma reação ao ouvir seu sobrenome. Apenas sorriu gentilmente, e acatou as ordens. Mas, mesmo assim havia algo de errado no que ela disse. Algo muito errado.

Mansão Malfoy? - Mas, como assim? Teria realmente sido burra o suficiente por nem ao menos perguntar ao seu pai de qual suspeito de comensal ela estaria tomando conta?
Não seria Draco Malfoy, seria?

- Então, - Sorriu Ginny, mais uma vez. Tentando disfarçar ao máximo seu nervosismo - Onde está o anfitrião?

- Estou aqui! - Disse uma voz vinda da escadaria ao lado da sala. Gina virou-se rápido para ver quem era.

Os mesmos cabelos louro platinados, o mesmo sorriso de escárnio e as mesmas roupas pretas de sempre.

Draco. - Gina engoliu em seco só de pensar.

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