; cap. 6



x Capitulo 6 x
ou The end shows up!




Narrado por:
Lily Evans.
Escutando: O barulho da porta da limusine bater.
Local: Minha limusine (?).





Eu sabia que devia ter cuidado com aquela maldita caipira, que ela algum dia iria me dar uma rasteira, que iria conquistar o James. Aquela declaração só foi a confirmação de tudo isso. Ela só o recusa por que arranjou algo melhor, mas e quando o professor desistir dela? Por que é claro que ele não a quer de verdade, ela é só mais uma aluna idiota que se apaixona por um professor. Aí sim, quando eles abandonam-la, ela irá querer o meu James. E isso eu não vou permitir!


Eu vou acabar com ela de uma vez por todas, todos irão saber do casinho de pedofilia da escola, o amor incondicional entre um professor e uma aluna que resultou numa gravidez. Todos saberão! Então ela não poderá ficar mais com ele. Irá querer sair da escola de tão humilhada que foi e então eu poderei voltar a viver normalmente com o meu namorado.


Passei um papelzinho para o motorista.


- Vá pelo caminho mais rápido. Da forma mais rápida, mesmo que seja preso por excesso de velocidade!


Não poderia correr nenhum risco, principalmente de que ela chegasse primeiro que eu.


Conferi na minha, tudo o que eu precisava estava ali. Os envelopes com as fotos que tirei do meu celular do casal do ano se agarrando na aula. A caixa do teste de gravidez dela, aquele que dera positivo. Tudo o que eu precisava para destruir a vida de Marlene Mckinnon.


Os minutos pareceram não passar, tamanha a minha ansiedade. Eu já tinha tudo planejado e depois de executado finalmente poderia dormir tranquilamente, pois teria de volta o amor da minha vida.


A limusine parou, o motorista abriu a porta pra mim. Desci e cruzei a desprezível entrada de grama rapidamente, logo já estava diante da porta. Marlene era uma cretina, mas com uma casa daquelas quem não seria?! Sério, que casa horrível é essa?


Bati na porta frivolamente, sem muita demora o pai dela surgiu.


Ele era um pouco calvo e um pouco gordo, do tanto que da pra apoiar as mãos na barriga, assim como ele estava fazendo quando abriu a porta e ficou esperando que eu dissesse alguma coisa. Eu sorri tentando ignorar o lugar em que me encontrava.


- Boa tarde. Eu sou Lily Evans, sou amiga da sua filha, da escola – Comecei. – Vim aqui por que venho me preocupando muito com a Marlene de uns tempos pra cá. Percebi que ela mudou muito, não só pelas roupas que passou a vestir, mas também pelas atitudes.


- Ela mudou quando entrou naquela maldita escola de riquinhos – ele respondeu asperamente.


- Se você diz – Suspirei. – Se você me deixasse entrar, poderia explicar os motivos da minha preocupação.


- Oh, claro.


Ele saiu do caminho e me deixou passar.


A sala estava imunda, como provavelmente o resto da casa. Sentei-me, com nojo devo afirmar, no sofá deles e pousei minha bolsa cuidadosamente sobre o meu colo. Percebi que ele não tirava os olhos do meu decote, quando olhava para outro lugar era para as minhas pernas. Completamente desprezível.


- Fale logo de uma vez o que você tem pra me dizer.


- Claro.


Abri minha bolsa e tirei o envelope de lá e o entreguei. Ele o abriu e viu foto por foto passando de chocado para nervoso e então irado.


- Eu me preocupei por que esse rapaz a quem sua filha está beijando é o nosso professor de Química – Ele arqueou a sobrancelha. – Não posso dizer que foi ele que conquistou a Marlene, pois ela está bem grandinha e já sabe o que faz. Ela o conquistou, desde o começo o desejou.


- Eu sabia que ela viraria uma vadia assim que entrasse naquele maldito colégio.


Respirei fundo e continuei.


- Ela não me contou nada, mas como a Marlene veio passando mal nesses últimos dias eu a segui. A peguei entrando numa farmácia próxima ao colégio e lá ela pegou uma caixinha e se dirigiu ao banheiro. Minutos depois ela saiu da farmácia e deixou a caixinha cair, eu então a peguei.


Tirei da bolsa a caixinha e a entreguei. Ele leu a embalagem e ficou surpreso, porém não de uma forma positiva.


 Ele abriu a boca pra falar algo, contudo falei primeiro:


- Ela chorava quando saiu da farmácia – Sempre fui uma boa atriz, então naquele momento o meu grau de emoção na farsa toda estava lá em cima. Estava a ponto de chorar. – Tudo leva a crer que ela está grávida. Marlene engravidou do professor.


- Vagabunda!


Ele se levantou transtornado, andou de um lado pro outro e socou a parede com força, não pareceu se importar com a dor.


- Eu sabia que isso ia acontecer. Eu sabia que se ela se misturasse com o seu tipinho ela logo engravidaria, eu já sabia que isso ia acontecer. Aquela vagabunda dos infernos – Ele socou a parede novamente. – Igualzinha a mãe!


- Eu sinto muito Sr. Mckinnon, eu realmente sinto muito.


- Ela vai ver só, ah se vai.


- Você pode ligar pra ela pedindo pra que venha pra casa, por favor?


Ele tremia de raiva. Tive que me conter pra não sorrir satisfeita, tudo havia corrido perfeitamente bem. Marlene estava completamente ferrada.


- Claro.


Disse recolhendo as provas que eu havia lhe entregado e guardando tudo na bolsa. Logo em seguida peguei o celular.


- Você tem o numero dela? – Ele estranhou a minha pergunta. – É que esse celular é velho, o meu outro quebrou. Eu não tenho o numero dela, ainda não arrumei a agenda.


- Se aquela vadiazinha não tiver trocado de celular, deve ser esse... – Ele então ditou os números, enquanto eu agilmente digitava no celular.


Apertei o botão verde e então começou a chamar.




 Photobucket
Narrado por:
Marlene Mckinnon.
Escutando: O telefone tocar.
Local: Casa da Dora.




- Quem é? – Dora perguntou.


Estávamos deitadas na cama dela. O quarto dela era pintado de verde clarinho e era cheio de reportagens jornalísticas coladas por todo o quarto, assim como vários pôsteres de variadas bandas que ela gostava. Estávamos vendo Um Amor pra Recordar, mesmo que ela não quisesse ver.


- Não sei, é desconhecido – disse conferindo no visor do meu celular.


- Então atende – ela respondeu pausando o filme.


Foi o que fiz. E não poderia descrever de outra forma a minha reação ao ouvir a voz da Lily que não fosse de choque total.


- Como você conseguiu meu número? – Perguntei irritada. Sabia que Lily era maluca. E ela ter o meu número não era um bom sinal.


- Quem é? – Dora perguntou.


Acenei irritada tentando ouvir o que Lily dizia:


- Sinto muito Marlene, mas eu não pude deixar de contar tudo para o seu pai. Ele precisava saber da verdade, saber do seu relacionamento com Sirius, da sua gravidez – Não podia ser verdade! – Eu tive que contar! É melhor você vir correndo pra casa.


- Sua vagabunda, o que você fez? – Berrei pro celular.


- Eu estava preocupada. Você me forçou a contar – Ela disse com a voz mais dissimulada possível. – Eu te avisei, mas você não me ouviu.


- Sua desgraçada!


Ela já havia desligado.


Desesperada, calcei meu sapato de salto e peguei minha bolsa e meu casaquinho. As lágrimas já escorriam por meu rosto. Dora me segurou firmemente e me olhando nos olhos perguntou:


- O que aconteceu?


- Eu não posso contar, eu só preciso ir pra casa. Por favor, Dora me leva pra casa... Eu preciso ir. Ai meu deus! – Disse ainda mais desesperada.


Aquela vadia contara tudo pro meu pai. Agora ela já sabia que eu estava tendo um caso com meu professor de química, que eu estava grávida. Ele iria me matar! Aquela maldita, ela não tinha esse direito.


- O carro do meu pai está na garagem eu posso te levar.


- Obrigada. Vamos logo!


Ela não saiu do lugar e me prendendo pelos ombros não me deixou sair do carro em direção a garagem.


- Antes você tem que me contar tudo!


- MAS QUE MERDA DORA, SERÁ QUE VOCÊ NÃO PODE ME AJUDAR SEM TER DE SABER DE TUDO? – Berrei descontrolada. – EU PRECISO IR PRA CASA. VOCÊ VAI ME LEVAR OU NÃO?


- Calma. Tudo bem, eu te levo.


- Então vamos.


O portão abriu lentamente enquanto eu chorava desconsoladamente no banco do carona ao lado da Dora. Ela estava dirigindo muito devagar. Enquanto uma catástrofe estava acontecendo na minha casa ela simplesmente não passava de 40km/h.


Inferno!


- Da pra você ir mais rápido?


- Eu não sei o que está acontecendo, ok? – Ela disse quase aos berros. – Ou você se acalma ou eu paro aqui e não saímos daqui. Você ouviu bem? EU PARO AQUI MESMO!


- Tudo bem.


Respondi. Passei as mãos pelos meus cabelos os afastando do rosto.


- Agora me conta o que está rolando. Por que aquela vadia te ligou? Como ela conseguiu seu numero?


Respirei fundo tentando me acalmar. Eu mesma não sabia como ela havia descoberto tudo. Como ela sabia sobre eu e o Sirius. Ou sobre como ela descobria sobre a gravidez, sendo que eu não havia contado a ninguém.


- Ela descobriu sobre o meu caso com o Sirius – disse, guardando a pior parte pro fim. – Só que eu engravidei.


- O quê?


Ela freou o carro bruscamente cantando pneu.


- Eu engravidei – repeti.


- Do Sirius? – perguntou.


- De quem mais seria?


Ela ficou calada pensando um pouquinho, enquanto voltávamos à velocidade em que estávamos.


- Então era por isso que você estava esquisita quando chegou lá em casa. Mas o que a sua gravidez tem a ver com a ligação?


- Ela descobriu de alguma forma que eu engravidei, não sei como, eu nem havia contado pra ninguém ainda. Você é a primeira – disse. As lágrimas voltando a cair em queda livre pelo meu rosto. – Só sei que ela descobriu tudo e foi lá em casa e contou tudo pro meu pai, e nesse momento ele deve estar simplesmente querendo me matar.


- Desgraçada!


- Pois é.


- Eu tinha te avisado Lene, aquela ali não presta... Ela é perigosa demais. E é o tipo de coisa que ela faz sem remorso algum. Ela é louca por aquele James e eles acabam se merecendo. Aconteceu alguma coisa entre vocês para ela chegar a tal ponto?


Lembrei-me da cena desastrosa do corredor...


- Sim – confirmei mordendo o lábio. – Ele se declarou pra mim e me agarrou.


- Puta que pariu!


O desespero só aumentava a cada segundo.


- Ela deve ter visto e agora está louca querendo acabar comigo.


- O problema é que ela já está conseguindo acabar com você, pior vai ser se ela quiser acabar com o Sirius também – ela tinha razão. – No ano passado uma garota quase morreu, só por que o James comentou com os amigos que achava ela gostosa.


- Como?


- A Lily disse que não, mas todos sabem que ela a empurrou escada abaixo.


- Isso me ajuda muito – disse. Meus lábios tremiam de pânico.


- É melhor irmos mais depressa.


Ela acelerou muito me deixando temerosa.


Ela parou o carro atrás da limusine da Lily. Olhei para Dora e a abracei, ela então sussurrou pra mim:


- Tudo vai dar certo. Qualquer coisa é só me ligar que eu venho te buscar na hora.


- Obrigada.


Desci do carro desesperada, assim que entrei na varanda me deparei com Lily. Ela estava bem vestida como sempre e estampava no rosto um sorrisinho triunfal. Eu queria acabar com ela, dar um soco no olho dela, arrancar cada fio de cabelo loiro daquela cabeça.


- Sua desgraçada – disse por entre os dentes.


- Eu te avisei Marlene – ela ia falar alguma coisa, mas meu pai apareceu na porta, o ódio estava claro em suas feições. – que se você não contasse, eu contaria. Eu disse que era melhor contar, agora tudo vai ficar bem. Você ficará melhor sozinha, sem aquele professor... E eu com o meu namorado, como sempre foi!


Meu pai me encarou por uma questão de fração de segundos e voltou para dentro de casa.


- Só que com um detalhe, com você bem longe do colégio. De preferência no inferno!


Aquilo me arrepiou os cabelinhos da nuca. Ela era maluca, neurótica. Aquilo não era amor, era obsessão. Lily não estava brincando, dava pra perceber pelo que ela fez.


- Eu ainda te mato!


- Isso se sobrar algum pedacinho de você quando eu tiver terminado.


Ela arqueou uma sobrancelha ameaçadora e depois sorriu maliciosamente. Desceu as escadas desfilando triunfalmente, como se tivesse ganhado o prêmio de rainha do baile.


Temerosamente eu entrei em casa. Papai estava encostado na parede me esperando. Ela estava com os braços cruzados, rangia os dentes e me olhava com ódio e vergonha misturados. Aquilo me assustou tremendamente.


- Me diz que é mentira. Por favor, me diz que essa merda toda não passa de uma mentira deslavada!


O pouco que eu havia parado de chorar me dera mais força pra chorar novamente. Ele mal havia começado a falar e eu já estava aos prantos. A vergonha, a raiva, o medo, todos aqueles sentimentos sendo despejados de mim.


- Eu não posso – disse baixinho. – Por que é tudo verdade.


- Eu sabia que quando você fosse para aquela escola de riquinhos você viraria uma vadia. Logo iria dar pra qualquer um... Mas pra um professor? – Ele bufava. – Você não sabe o tanto que eu me envergonho de você. O tanto que eu sinto desprezo pelo o que você se tornou... Eu até estou arrependido de ter te feito. Eu não merecia tanto desgosto.


- Me desculpa... – Pedi desesperada.


- Você me pede desculpa? Você me pede desculpa agora? Agora que a burrada já foi feita e que você já abriu essas pernas pro primeiro que apareceu? – Ele disse avançando contra mim velozmente e puxando com força meu cabelo. – Você não tem nada nessa cabeça? Você só pode ter aprendido isso com a sua mãe... Aquela vadia!


- Não fala assim dela! – Berrei explodindo em ódio.


- CALADA!


Ele berrou e me jogou contra o sofá com força. Bati minha cabeça na parede e fiquei meio zonza, senti o sangue escorrer na lateral da minha testa, quente e dolorosamente.


Ele voltou a avançar contra mim e ergueu o braço e me estapeou com força o meu rosto.


- Sua vadia... Se eu não te bati o suficiente quando era criança, você vai apanhar agora pra ver se aprende! – Ele berrava enquanto me estapeava.


- PAAAAARA! – Berrei.


Não adiantava eu berrar e pedir para que ele parasse, pois ele não parava. Logo os tapas se tornaram socos, pancadas... Ele estava fora de si. Jogava-me contra o sofá, me enforcava até quase me matar asfixiada e voltava a dar socos e tapas.


O medo tomou conta de mim e logo a dor física deu lugar a uma dor muito mais intensa, uma dor que estava dentro de mim. Eu perdi as esperanças que ele fosse parar de me bater, foi indo até eu desmaiar. E ele não deve ter parado...






Narrado por:
Lily Evans.
Escutando: As portas se abrirem.
Local: Entrada da escola.





Eu estava com o gostinho da vitória na boca. Finalmente Marlene aprenderia a não se meter comigo. Ela devia estar tendo a maior e mais dolorosa lição da vida dela. E eu não me importava, pelo contrário, eu me sentia mais e mais satisfeita. Era assim que eu queria, eu queria que ela pagasse o preço, que ela sofresse... Que sentisse muita dor!


Na guerra e no amor tudo vale!


Atravessei os corredores da escola em direção à sala do diretor. O sol estava se pondo e ainda havia algumas pessoas rondando pelos corredores. O que eles estavam fazendo ali até aquele momento? Não importa.


Passei direto pela secretária e entrei na sala do diretor, ignorando as reclamações da secretária que me seguia.


- Boa tarde – disse.


- Eu não pude fazer nada, ela simplesmente passou por mim e entrou – a secretária se desculpou.


- Eu tenho algo extremamente importante pra falar com o senhor – disse me dirigindo diretamente a ele. – Não desperdiçaria o meu tempo com uma secretária incompetente.


Ela me olhou ofendida.


- Isso mesmo, agora saia daqui por que o assunto não lhe interessa.


O diretor concordou. E enquanto eu me sentava ela saia indignada e fechava a porta para que pudéssemos conversar.


- O que você quer Srta. Evans?


- Eu tenho uma dúvida crucial – disse. Ele me olhou pronto a respondê-la. – O que aconteceria se você soubesse que um professor está tendo um caso com uma aluna? E que nesse caso ela estivesse grávida e eu pudesse provar?


- Ele seria demitido no mesmo momento.


Arqueei minha sobrancelha satisfeita.


- Mas e o que aconteceria com a aluna?


- Seria suspensa – respondeu. – Mas por que você está me perguntando sobre isso?


- Por que eu tenho provas de que o professor de química Sirius Black está tendo mantendo um relacionamento amoroso com uma aluna dele. E que essa aluna está grávida e o filho provavelmente é dele.


Ele me olhou surpreso, porém interessado.


Marlene me tirara o James e mesmo que eu estivesse me vingando dela, talvez ele pudesse não voltar a ser meu. Então nada mais justo que eu lhe tirasse o Sirius. Pior seria pra ela já que teria que criar um filho e sozinha... Não me importaria em ficar sem o professor de química!


Ah, Marlene! Eu disse que me vingaria de você!






N/Artie: Que vergonha, eu sempre sumo e não trago cap novo né? Mas desculpa é que tem tanta coisa acontecendo e tem minhas outras histórias que escrevo aí complica, mas aos poucos eu completo essa aqui. Agora só faltam mais três caps e o epílogo. Eu espero que estejam gostando da fic. Beijos, am muito vocês! Ah se quiserem ir no meu blog: www.newwritersdreams.blogspot.com

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