Cap 1 -



Capítulo I

- Showin' how funky and strong is your fight, it doesn’t matter who’s wrong or right, Just beat it, beat it... – Havia a batida ritmada acompanhando o murmúrio da garota.

- Beat it, beat it, beat it... – A outra menina de cabelos castanhos e curtos acompanhou a batida e a letra da música.

- Você conhece a música Alice? – Perguntou a primeira inocentemente surpresa parando de bater os pés.

- Claro! Não te contei? Quando fui pros Estados Unidos verão passado esse cara estava no auge. Como o nome mesmo...? Michel, Miguel...

- Michael Jackson. – Respondeu sorrindo dando de ombros. – O cara tem uma bela voz.

- E um belo rosto também. – Disse a morena dando cotoveladas suaves no braço da ruiva.

- They're out to get you, better leave while you can, - Retomou voltando a bater o pé, enquanto colocava a blusa no cabide e a pendurava no armário. E logo Alice se juntou também batendo o pé. - Don't wanna be a boy, you wanna be a man. You wanna stay alive, better do what you can. So beat it, just beat it.

A empolgação subiu a cabeça e elas quase pulavam, cantando e berrando alegremente a música, sem perceber a aparição de uma terceira pessoa no ambiente, que manteve a porta escancarada.

- Lily Evans! – Berrou ela enquanto as duas iam começar a imitar o solo de guitarra. As outras duas pararam nas posições e encararam a morena. – Sinto muito, mas terei que informar a Professora Minerva que a nova Monitora-Chefe anda fazendo algazarra nos locais públicos dos estudante da...

POF.

- Hei! Que tipo de comportamento agressivo é esse? – Perguntou se abaixando e recolhendo o travesseiro do chão.

- JUST BEAT IT! – Berraram Alice e Lily saindo correndo pela porta do dormitório, enquanto a terceira amiga corria atrás delas com o travesseiro na mão.

--X—

O som alto de berros fez os quatro amigos pararem no meio do percurso, a cantoria e a batida ritmada tomaram sua atenção.

- Michael Jackson. – Comentou Remus.

- É você! – Disse Pedro rispidamente.

- Não seu infeliz. Essa música. É de um cantor americano.

- Ah sim. – O som parou, assim como as batidas. Sirius deu de ombros, antes de ouvir outro berro.

- JUST BEAT IT! – Os passos apressados vieram como um furacão e sem saber de onde e nem quando, Um travesseiro atingiu seu rosto.

POF²

- Ops. – O travesseiro caiu nas mãos do moreno.

- Quem foi o louco que não tem amor pela vida que jogou esse... Ah, foi você.

- É fui eu. Algum problema com isso?

- Na verdade sim, queria poder matar essa pessoa, agora vejo que seria fácil demais. – A garota ficou vermelha.

- Ora seu...

- já desistiu Marlene? – Lily apareceu ofegando ao lado da amiga. – Olá meninos. – Disse tomando fôlego rapidamente.

- Olá. – Responderam em uníssono.

- Eu nunca desisto. Foi apenas um acidente de navegação. Mas até que valeu a pena, alguém realmente devia bater no ego desse bobão.

- Ai Lene, assim você me machuca. – Enfatizou Sirius irônico. – Seus xingamentos maduros me fazem sentir no primeiro ano.

- Cala a boca Sirius! – Disse Marlene.

- Vamos embora logo... – Disse Lily puxando Marlene balançando a cabeça negativamente. – Potter! A ronda começa amanhã as dez, OK?

- OK. – Acenou James observando Lily empurrar a amiga escada acima.

- Oi gente. – Disse uma morena espevitada passando rapidamente por entre eles parando na escada. – Vocês viram Frank?

- Não. Só o vi no banquete. – Informou Remus prestativo. Ela concordou e subiu atrás das meninas.

- Potter, Potter – O menino imitou uma vozinha fina. Jogou-se na poltrona e passou a mão pelo rosto. – Me sinto como se estivesse numa reunião, ou levando bronca da McGonagal. Será que ela não é capaz de me chamar de James? Não é tão difícil de pronunciar, não é monossílabo, mas ela é inteligente, sei que consegue. E eu até que gosto do som de James. Entendem? Ja-mes ou Ja-me-s.

- James! – Sirius gritou. – Controle-se cara. O problema não é o nome, mas sim a pessoa que possui tal pronome pessoal.

- Sirius! – Remus berrou. – Vamos parar sim, e se comportar como adolescentes normais de 17 anos?

- Nunca fomos normais sabe Reminho...

- Já falei pra não me chamar assim, Sirius...

- Principalmente você com seu problema peludo. – Finalizou triunfalmente cruzando os braços.

POF³

- Cala a boca Sirius! – Disse James jogando o travesseiro para Remus. – Vamos parar de ser idiotas, sim? Que tal irmos dormir? Amanhã temos poções e pretendo não dormir em nenhuma aula do Slughorn esse ano.

- E a moralidade ataca mais uma vez! – Reclamou Sirius batendo as mãos na perna enquanto se erguia. – Será que isso é contagioso? Chega pra cá Wormtail, assim haverá de ter salvação da nossa espécie.

- E a enfermidade do ser Sirius ataca mais uma vez, vamos correr e manter nossa sanidade mental Remus! – Disse James correndo escada acima com os braços pra cima.

- Crianças...

_____________________________-_

- ... Então para aqueles que realmente se esforçarem, não terá problema algum. Lembre-se de estudar um pouco a cada dia. Se alguém tiver mais alguma dúvida em relação aos N.I.E.Ms essa é a hora de perguntar. – O professor Flitwick encerrou cruzando os pequenos braços em frente ao pequeno tórax, enquanto descia da enorme pilha de livros, sua pena ainda escrevendo as regras básicas de um estudo responsável e completo.

- Padfoot. Padfoot... Sirius! – James sibilou mais alto cutucando o amigo com o cotovelo em suas costelas.

- Que...? – Perguntou o sonolento tentando esfregar os olhos. – Bláh. – Reclamou pondo a língua pra fora. – Já acabou?

Sua pergunta foi respondida com o soar do sinal, indicando o horário de almoço.

- Alguém mais morreu de tédio nessa aula, ou fui o único que dormi com pena de mim mesmo?

- E achei interessante os argumentos de aprendizado do professor! – Remus defendeu seu ponto de vista abismado.

- Estou falando com pessoas normais, Money. E ai, Prongs, seu tempo de ser uma pessoa melhor já passou? Estava pensando em matar a próxima aula. Se não vou ter que ficar ouvindo o professor Slughorn puxar o saco do seboso de novo. A Evans até tudo bem, ela merece e tudo o mais...

- Já disse Sirius... – Começou James o interrompendo. – Quero me comprometer mais aos estudos, afinal, é nosso último ano em Hogwarts. Não vou ter outra chance pra ser auror.

- Claro que vai! Repita! Quantas vezes quiser. Assim terá bem mais que uma oportunidade para combater o mau.

- Que tal parar de me criticar?!

- Quer que eu faça o que? Os amigos são para...

- Para apoiar você nas suas decisões, e estar lá sempre que ele precisar.

- James, ainda é cedo demais pra declarações de amor. – Quando viu que o amigo abriu a boca para retrucar levantou as mãos e continuou. –OK, mas se eu ouvir Slughorn inflando o ego dele, você que irá sofrer.

--X--

- A poção do senhor Snape está perfeitamente correta. Muito bem Severus. – os braços gorduchos do professor com cara de leão marinho se moveram alegremente dando palmadas nas costas do sonserino, afagou os bigodes enquanto andava para a frente da sala mais uma vez. – Acho que dez pontos para a Sonserina recompensaram tal esforço!

O cutucão de Sirius nas costelas de James doeu a ponto do amigo olhar irritado, esfregando com o outro braço o local machucado. O olhar de censura de Sirius o amedontrou. O professor soltou uma exclamação assustando os dois e chamando a atenção da sala toda.

- Lily Evans! Havia me esquecido por um momento de você! Deixe-me checar. – James torceu internamente que ela tivesse conseguido, mesmo sabendo a resposta de seu desejo. A risada aguda e fanha do professor aliviou seus músculos. – Parece que tenho que adicionar quinze pontos, a sua mistura acrescentou o cheiro da raiz de mandrágora.

James escondeu o sorriso enquanto mexia na poção de um lado pro outro, já esquecendo a dor incômoda causada pelo amigo que ao menos se sentia melhor com a casa ganhando pontos.

--X--

A aula seguinte, do professor Binns de História da Magia causou sonolência a quase todos os alunos das casas da Grifinória e Lufa-Lufa. Tudo começou com o enredo de como a idéia dos N.I.E. M’s vieram à mente dos fundadores de Hogwarts, alongando pelos melhores momentos da vida do professor, onde contava que na época dele os estudos antigos eram mais prestigiados, e que ele mesmo havia feito um monte de descobertas.

James olhava além do professor, e não pelo fato de ele ser um fantasma, mesmo isso ajudando, mas pensava no que poderia ter para a janta, pensando no delicioso pedaço de frango que poderia comer. Seus olhos examinaram cuidadosamente, sem realmente enxergar o que via.

Sirius estava babando, com os cabelos jogados na cara. Pedro, que estava sentado na sua frente também dormia, o ronco audível, e James acreditava na possibilidade de que o professor estivesse o ignorando. Remus estava com a cabeça baixa, sua mão vagava pelo papel, rabiscando ao invés de anotar o que o professor dizia.

Frank estava mandando bilhetes, escondendo risinhos e coçando o cabelo encabulado. Mandava recadinhos para a mesa ao seu lado. James logo notou que Alice estava lá, também rindo timidamente, e ao seu lado, Lily batucava os dedos ritmados na mesa de madeira. Os olhos perdidos, também através do professor.

Pensou que por curiosidade, aquela aula parecia está-la incomodando também. Sua perna batia freneticamente no chão, e nem o risinho um pouco mais histérico de Alice prendeu sua atenção. Seus dedos continuavam a bater na madeira velha, seus lábios se moviam, aparentemente ela estava cantando alguma música. Quando pensou isso pareceu que Lily sentiu que estava sendo observada, e seus olhos encontraram os de James.

Inconsciente de seus atos, e perdido no verde dos olhos da menina, James sorriu timidamente. O que o surpreendeu foi os lábios de Lily se curvarem para cima num sorriso singelo, e simpático. Lily nunca pareceu mais bonita pra ele do que naquele momento. Sua franja lisa caia delicadamente sobre seus olhos esverdeados. O sinal fez Lily tomar um leve susto, e ela se virou para fechar o caderno, enquanto James continuava a olhá-la bobamente.

--X—




- Você vai acabar ficando sem sono de noite Padfoot. – Dizia Remus enquanto se servia de suco de abóbora. – Agora entendo isso tudo é um ciclo. Você dorme nas aulas, então, quando chega de noite você não tem sono, e vai dormir tarde. Daí você tem que acordar cedo, e está com mais sono que o resto de nós, então dorme nas aulas. E por ai vai.

- Mas o Wormtail também dormiu na aula! – Se defendeu Sirius abocanhando seu garfo cheio de comida.

- Mas ele faz isso independente de dormir cedo, dormir tarde, dormindo na aula ou não, ele é sempre o atrasado. – Disse James.

- De que lado você está? – Perguntou Sirius com a boca cheia.

- Do meu lado. – James disse tomando um gole do suco.

- A aula do Binns é muito chata. Não sei como vocês agüentam acordados.

- Seja mais educado Black. Desse jeito vai afugentar as pessoas. Fico surpresa que realmente há garotas beijando seus pés. – Interrompeu Marlene se sentando ao lado de Remus.

- Não precisa ter ciúmes Lene, meu coração é só seu. – Disse Sirius ainda de boca cheia.

- Não estou com ciúmes. Só estou chocada que as garotas queiram tão pouco para as suas vidas. – Marlene deu de ombros.

- Ai. – Comentou James atiçando Sirius, recebendo um olhar maligno do mesmo.

- Isso vai de gosto. Tenho muito mais que oferecer do que comida na boca.

- Ui. – Lily disse rindo, se sentando ao lado de Sirius. – Mas sabe Black, as garotas não correm atrás apenas de um rostinho bonito.

- Uau Evans. Estou lisonjeado. Acho que é a primeira vez que admite que são um bom partido pra você.

- Acabei de negar isso, mas tudo bem, aceite como quiser. – Disse Lily dando de ombros enquanto se virava para James. – Minerva pediu para não esquecer a ronda de hoje.

- Não esqueci. – Garantiu James dando a ultima garfada em seu prato.

- Sabe onde fica a sala dos monitores da Grifinória? – Perguntou.

- Ahn... – James analisou por alguns segundos antes de responder. - Na porta do lado da escadaria do sétimo ano? – Lily afirmou e se virou para a comida.

A conversa se estendeu com algumas trocas de farpas entre Sirius e Marlene, antes de subirem para o Salão Comunal e Lily e James se afastarem em direção a ronda.

- As aulas estavam bem interessantes, não? – Tentou James calmamente, tentando evitar olhar Lily nos olhos.

- Se você chama chatice de interessante, então estava interessantíssima. – Lily brincou, erguendo a varinha mais alto, fazendo com que iluminasse mais a frente o corredor.

James riu enquanto acompanhava os passos de Lily. Lado a lado eles seguiram em direção ao final do corredor.

- Ficou surpreso em ganhar o título de monitor-chefe? – Perguntou Lily após alguns minutos.

- Incrivelmente. – Riu James. – Realmente não sei o que ele tinha em mente quando fez isso.

- Talvez seja mais um voto de confiança. Uma chance, sabe?

- É. Sei. Eu queria saber... – James travou.

- Saber o que? – Perguntou Lily se virando para ele.

- Saber... – Ele engoliu um seco e tomou coragem pra continuar. – Quando que você vai me dar um voto de confiança.

Alguns segundos se passaram, sem que eles parassem de caminhar, até que Lily finalmente respondeu.

- Esse é meu voto de confiança. Estou deixando as coisas correr do jeito que forem pra correr.

- Certo. – Concordou James rapidamente, não evitando um fundo de esperança se acender dentro de si.

O resto da ronda seguiu calmamente, com conversas aleatórias e descontraídas, alguns risos. Até que deu o horário de voltarem ao salão, após cumprirem seu perímetro.

- Agora... – Dizia Lily, na sala dos monitores-chefe mostrando papéis em branco para James que estava sentado na mesa. – Toda vez que durante a ronda, você perceber algo estranho, ou tiver descontado ponto de casas, qualquer coisa que aconteceu, você anota aqui. Certo?

- Certo. – Concordou James. – Quer dizer que nós podemos acrescentar e tirar ponto das casas?

- Sim. Mas só quando acontecer algo. Do tipo, uma briga, infração de regras. Mas antes temos que aplicar a detenção.

- OK. Não se preocupe, não vou sair por ai descontando pontos de ninguém. – Lily riu.

- Bom, nos vemos amanhã. – Disse indo em direção a porta. – Boa noite.

- OK, boa noite. – James disse por cima do ombro observando Lily sair pela porta. Suspirou fundo e passou a mão pelo cabelo. Finalmente pudera fazer aquilo. Seu auto-controle estava sendo drasticamente testado naquela última hora.

Subiu cansadamente para o dormitório, os olhos pregados. Abriu a porta lentamente, e tomou um susto ao ver Sirius de pé ao lado da janela. Caminhou em direção a sua cama e tirou a capa do uniforme.

- E então... Como foi? – Perguntou Sirius se aproximando.

- Normal. Ficamos mais de quinze minutos se falando. Grande recorde. E eu nem me gabei nem nada.

- Uau Prongs. Anda doente cara? – Sirius brincou levando um travesseiro na cara.

- Ela disse que está me dando um voto de confiança.

- Sério? – Sirius pareceu interessado e passou a olhar o amigo nos olhos. – O que mais?

- Mais nada. – Disse James tirando os sapatos. – Ela disse que achava que Dumbledore estava me dando uma chance ao me nomear Monitor-Chefe, perguntei quando que ela ia fazer a mesma coisa. Ela disse que já estava me dando. Que ia deixar as coisas rolar naturalmente, Algo do tipo.

- Que ótimo cara! – Disse Sirius empolgado. – Se bem que terá várias obrigações esse ano.

- Por que?

- Os N.I.E.M’s, monitoria, estudos, você quer ser auror. Se esqueceu que terá que fazer os testes pro time da Grifinória?

- Aaah... – Reclamou James se jogando de costas na cama. Sirius riu e se jogo ao seu lado.

- É, a vida é dura. O mundo lá fora esta cada vez mais perigoso.

- E você, tem certeza que vai querer enfrentar o pânico lá fora? Comensais da Morte, Lorde Voldemort, Dementadores. Vai ser difícil.

- Ta brincando? Bater em alguns parentes, aleijar alguns sonserinos, a adrenalina e a aventura valem e pena. Amigos são pra isso. Eu te ajudo com as coisas do time.

- Obrigado. – Disse James sinceramente.

- E afinal, alguém terá que estar lá pra te defender do Ranhoso. – O riso latido de Sirius foi interrompido pela sua terceira almofadada do dia.

- Cala a boca Padfoot. Vou ter que tomar conta de você enquanto estiver levando uma surra da sua prima.

- Haha, hilário! – Disse Sirius se levantando. – Hei, vou dar um pulo na cozinha, ta afim de ir?

James se ergueu por alguns segundos com a sobrancelha erguida.

- Sabe, acho que as teorias de Money estão cada vez mais próximas da realidade. Já parou pra pensar que você tem que acordar cedo amanha? E que apesar de eu estar aqui, Filch e outros monitores estão rondando o castelo?

- 1° - Começou Sirius remexendo na mala de James. – eu não estou com nenhum pouco se sono. E 2° - Disse retirando uma capa do meio das roupas do amigo. – Pra isso que servem os amigos.

Jogou a capa por cima do corpo, e James o viu sumir diante de seus olhos.

- Sonhos felizes Rapunzel. – Disse uma voz.

- Bela Adormecida. – Corrigiu James.

- É, tanto faz.

--X--

- A arte da Transfiguração fica mais complexa com a entrada do sétimo ano, e eu sinceramente vou poupar minha saliva e esforço com vocês. – A voz de Minerva McGonagal ecoava na mente dos alunos. O sinal tocou naquele exato momento. – Quero um pergaminho de quarenta e cinco centímetros sobre animagia para a próxima aula.

Os alunos saíram apressados da sala, e seguiram direção a próxima aula.

- Não dá pra acreditar que ainda é a primeira aula. – Reclamou Sirius esfregando os olhos cansadamente.

- Como eu disse... Ciclo vicioso. – Opinou Remus sabiamente.

- Logo, logo vou falar o que deve fazer com esse seu ciclo vicioso, Remus John Lupin.

- Cara, você parece a minha mãe falando. – Disse James. – Falando em mãe, como vai as coisas com o seu tio. *interrogação.

- Ele foi queimado da árvore também. – Disse Sirius rindo, parecendo despertar levemente da sonolência. – Disse que valia a pena. Olha, odeio minha família, mas tenho que salvar a Andrômeda e meu tio. Se não fossem por eles, eu seria um lixo de pessoa.

- Sirius... – James falou. – Você é um lixo de pessoa.

Antes que Sirius pudesse alcançar alguma parte de James, o mesmo já saíra correndo ultrapassando os alunos. Não reparando nas três meninas pelo qual passaram.

- Acha que algum dia eles deixaram de serem crianças? – Perguntou Alice sorrindo.

- Nunca. – Respondeu Marlene imediatamente. – James ainda tem chances, já Black, nenhuma... Lily? Você escutou a pergunta?

- Escutei. Por quê?

- Estava esperando um pouco de apoio em minha opinião, oras.

- Eu, sinceramente, acho que você devia rever sua opinião, Marlene.

- Ué! Por quê?

- Você está deixando o passado interferir no seu julgamento. O que Sirius fez contigo foi feio, mas naquela época que garoto não era idiota. Admito que em alguns aspectos, ele ainda seja um pouco imaturo, mas ele mudou. Acho que deve tentar enxergar por si só.

- Nossa, que mudança Lily. E você e o James?

- O que tem? Já disse a vocês, estou dando minha chance, menos do que ele queria, mas ainda sim uma chance. Estou dando uma mão a ele, só dependia dele aceitá-la, e foi o que ele fez noite passada.

- Noite passa...

- Nada do que vocês devem estar pensando. – Disse Lily urgente. – Conversamos civilizadamente, sobre coisas da vida. E foi... Diferente do que eu pensei que seria.

--X--

- Potter! – James se virou ao ouvir o nome dele, e encontrou Lily na sua direção, e se sentou ao seu lado na mesa no horário de almoço.

- Oi? – Perguntou abaixando o garfo, disposto a ouvir o que ela tinha a dizer com mais empolgação do que devia.

- Você já marcou a data da peneira pro time de quadribol?

- Ainda, não. Estava pensando em fazer hoje a noite. Por que, está disposta a dar uma chance?

- Não. – Disse sorrindo. – É que preciso que esteja pronto até amanhã, ordens da Minerva. Assim os alunos se programam melhor.

- Tudo bem, pode deixar que eu faço. – Afirmou James.

- Obrigada. – Agradeceu sorrindo. – Até mais. – Acenou para James e o restante enquanto se afastava da mesa.

- Alguém pega o babador pro James? – Sirius pediu olhando para os lados, fazendo as pessoas ao redor soltarem risinhos.

- Cansei dela me chamar de Potter, acho que já disse isso. – Disse James ignorando o comentário de Sirius por saber que era verdade.

- Já. – Disse Remus sorrindo. – Não se preocupe cara, isso uma hora passa.

- Uma hora é um tempo muito inderteminado, o quanto no futuro isso está valendo?

- Não muito distante. Ela já vem falar com você, e isso é um grande progresso.

- Levando em consideração os anos anteriores com certeza. – Opinou Pedro. – Eu realmente acho que esse tempo vai te torturar, sendo longo ou curto.

James levou as mãos ao cabelo os bagunçando ainda mais.

- Aceito sua ajuda com os horários Padfoot. – Disse sorrindo.

Sirius acenou com a cabeça, já que se falasse seria capaz de cuspir o boi que comera numa garfada só.

--X--

- Hei, algum de vocês viu a Evans? – James perguntou naquela noite para um grupo de sextanistas.

- Vi ela entrando na sala de monitoria. – Informou uma menina a ele.

- Obrigado. – James se afastou do grupo e se aproximou da sala, disse a senha em sussurros e entrou na sala. Encontrando Lily sentada na mesa a cabeça baixa, e o batuque da ponta da pena na mesa. – Evans?

O leve sobressaltar fez James se aproximar rapidamente e ficar de frente a Lily.

- Desculpa, só queria avisar que já preguei o aviso do quadribol.

- Ah. – Respondeu ela sorrindo, será que ela nunca cansa de sorrir? Pensou ele consigo mesmo. – Tudo bem, obrigada.

- Por nada. Ahn... O que está fazendo aqui sozinha?

- Lição. – Respondeu ela erguendo levemente o pergaminho, o moreno pode ler o título do trabalho de Transfiguração.

- Já? É só pra sexta.

- Tenho um pouco de dificuldades em animagia.

- Quer ajuda? Eu entendo um pouco. – Ele ofereceu humildemente.

- Não precisa, sério, estou quase conseguindo.

- Eu te ajudo, se você quiser. – Insistiu ele.

- Se tiver outra coisa pra fazer não tem problema, eu...

- Não, eu também precisava fazer a lição, assim já adianto. – James se sentou ao lado de Lily e tirou seu material, e o ajeitou junto com Lily.

James ajudava Lily a compreender a complexidade dos feitiços e aproveitaram e fizeram uma breve revisão dos tópicos mais importantes de transfiguração do ano anterior e debateram sobre alguns temas, com discordâncias e entendimento. Após uma hora e meia de tempo passado juntos, o garoto se virou para Lily com um brilho de curiosidade.

- O que foi? – Perguntou Lily percebendo esse brilho.

- Posso fazer uma pergunta?

- Sim... – Disse calmamente.

- Se for pessoal demais não precisa responder... – Ela concordou e ele continuou. – Por que me deu uma chance?

Lily levou alguns segundos pra responder, tentando formular uma resposta que não parecesse dramática e nem ignorante demais.

- Bom, resumidamente, eu percebi que a vida é muito curta pra passarmos parte dela com intrigas ou briguinhas com as pessoas. Acho que ela é muito boa, a vida eu digo, pra ser desperdiçada com esses tipos de coisas.

- Uau. – Disse James. – Espero que um dia possa ouvir a versão inteira. – Lily riu acompanhada de James, mas logo parou.

- Quando essa hora chegar eu te aviso, Potter. – Disse Lily se levantando. – Nos vemos amanhã. Boa noite.

- Boa noite. – James puxou ar e exclamou: - Hei! – Lily se virou pra ele na porta da sala, a voz dos outros alunos preenchendo a sala. – Me chame de James.

Lily sorriu simpática.

- Me chame de Lily. Boa noite. – Sem esperar ela saiu. James se virou na cadeira e passou a mão pelo cabelo enquanto sorria.

- É, boa noite... Lily.

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N/A: Bom pessoas, esse foi o primeiro capítulo. Espero que tenham gostado :) e aqueles que não, por favor, critiquem!

N/B: O capítulo ta fóda gente. Me impressiono com a criatividade e originalidade. Tá PERFEITO. Comentem ai, porque vocês também devem ter gostado, não tem como não gostar ;} beeijos

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