- <u>Capítulo Único</u>



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N/A: Hum, essa fic aqui não acontece numa determinada época de algum livro, ok? É uma parada que eu escrevi e ficaria agradecida que desconsiderassem um motivo pra tudo ter rolado. Brigada.

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Escapadas Noturnas
"Sabe, Weasley, você é muito, muito desastrada."


Gina Weasley suspirou pesadamente numa das velas que pousava à sua frente na biblioteca. A luz tremeluziu, voltando a ficar em foco de repente. Gina apoiou a cabeça na mão direita e encarou a chama sem dar importância a seu dever de Poções, aberto à sua frente. Soprou o ar com cuidado, fazendo a chama se apagar. No escuro, apalpou a mesa, fechando seu livro com um baque surdo. Levantou-se, fazendo pressão no chão com seus calcanhares para fazer com que a cadeira arranhe o chão. Saiu depressa da biblioteca, abraçando seu próprio corpo com uma mão. A porta se fechou com um rangido sombrio.

Saiu andando no escuro. Sempre deve facilidade para enxergar as coisas, mesmo estando no escuro. E passavam muito das oito da noite, limite que era permitido para os alunos permancerem nos corredores, o que implicava que ela não poderia acender sua varinha para ir se guiando pelos corredores. Seus passos não tinham eco pelo chão. Gina passou por uma das grandes janelas descobertas que mostravam a lua cheia, mas não poderia parar para admirá-la.

De repente Gina sentiu uma presença atrás dela. Não quis parar. Apertou o passo e deu uma pequena espiada por cima de um ombro, observando as coisas por entre seus cabelos vermelhos. Tinha uma pessoa lá. Mas Gina não quis parar para saber quem era. Andando o mais rapido que conseguia sem fazer barulho, apertou o passo. A pessoa ainda a seguia, Gina conseguia sentir. Virou num corredor bruscamente, começando a ficar assustada. E topou com duas armaduras de uma só vez, fazendo um barulho descomunal.

Xingando e blasfemando baixinho, Gina saiu de baixo da armadura. Afastou os elmos para o lado e agarrou seu material. Ignorando os resmungos de sonolência e chateação dos quadros do corredor, tentou andar no escuro. Estava meio tonta pelo choque de ser seguida e ainda provavelmente ser descoberta, mas estava sóbria a ponto de sentir um corpo quente indo de encontro ao seu. Quase caiu no chão, mas mãos frias, em contraste com a temperatura do corpo a seguraram.

- Sabe, Weasley, você é muito, muito desastrada. - A voz arrastada de Draco Malfoy cantou perto de seu ouvido. Gina suspirou e se firmou no chão. Não estava em clima de brigas e se sentia realmente cansada dos comentários diários e irritantes de Malfoy.

- Obrigada pelo elogio, Malfoy - agradeceu Gina sarcasticamente. Tocou as mãos de Malfoy em sua cintura e as tirou cautelosamente de lá. Sentia a respiração acelerada dele nos seus lábios. Seu coração se acelerou. - Não acha melhor irmos dormir? - murmurou ela sem convicção. Queria mesmo era ficar ali.

- Se você diz - sussurrou Draco, dando de ombros no escuro. Aproximou seus lábios dos de Gina de forma provocante, fazendo-os roçar nos da moça. O coração de Gina se acelerou mais ainda. Os lábios dele ainda roçaram nos de Gina novamente quando ele desejou: - Má noite, Weasley.

- Má noite, Malfoy - desejou Gina fervorosamente, se virando para sair de perto de Draco antes que ele pudesse sentir sua tensão. Estava quase virando à esquerda no corredor, blasfemando e xingando por quase ter beijado um Malfoy quando ouviu justo quem estava xingando até a última geração lhe chamar.

- Weasley, preciso lhe dar um conselho - disse ele de repente. - Vá pelo corredor à direita, não pela esquerda.

- Por quê? - perguntou Gina surpresa. - Que tipo de conselho idiota é este?

- Siga o meu conselho. - E foi isso que Draco falou antes de desaparecer pelas sombras que não eram atingidas pelos raios brilhantes da lua.

- Eu, hein - sussurrou Gina, mortificada. O que será que deu no Malfoy?, pensou ela confusa. E o que será que deu em mim?.

Porém, com um suspiro e uma sensação de que iria se dar muito mal se seguisse o conselho de Malfoy, Gina virou à direita no corredor que dava para a torre da Grifinória. Andou alguns passos calmamente como tinha feito, não fazendo idéia de que horas eram, mais sabendo que já deveriam ser dez da noite. Mais alguns passos e ela ouviu um pigarro irritado e viu uma luz se acender de repente.

Minerva McGonagall estava parada, vestida com um robe escocês muito, muito estranho e um coque frouxo no cabelo. Seus olhos penetrantes estudaram Gina, mortificada e segurando seu livro de Poções como se fosse um escudo e depois concluiu algo.

- Srta. Weasley, abaixe este livro agora mesmo - mandou McGonagall decidida. Gina abaixou o livro cautelosamente. - Agora, se não quiser quarenta pontos a menos para a Grifinória por suas escapadas noturnas, Weasley, é melhor evaporar daqui nesse instante. Isso está ficando ridículo. Vá para o seu dormitório agora mesmo.

Gina recuperou a voz a tempo de protestar. Escapadas noturnas? Ela tinha ido à biblioteca!

- Professora, eu estava na biblioteca. E não escapei. Só fiquei lá até mais tarde - Gina deu de ombros.

- Não discuta, Weasley - mandou McGonagall num tom assustador.

- ARGH - grunhiu Gina, mas obedientemente, seguiu na direção que McGonagall apontava e foi para o seu Salão Comunal como se tivesse perdido uma grande batalha. Como pôde cair na conversa de Malfoy? A essa hora, ele deveria estar no Salão Comunal da Sonserina, rindo com Crabbe e Goyle de sua façanha.

Esquisita façanha.

Muito esquisita façanha.

- Se eu pego o Malfoy... - ameaçou Gina para si mesma, raivosamente. - Escapadas noturnas... Isso é tudo culpa dele... Aquele filho de uma...

- Gina! - exclamou uma voz alegre. De repente Gina sentiu alguém lhe abraçar e cabelos castanhos lhe taparem a visão.

- Hermione! - Gina exclamou falsamente alegre. Abraçou Hermione também, que era ligeiramente mais alta do que ela e depois a soltou. - Que foi? Você ganhou um prêmio Nobel ou o quê?

Hermione sorriu.

- Ah, não. Quem me dera - Hermione sacudiu a mão direita dramaticamente. Gina não a via animada assim fazia um tempo.

- Papai Noel chegou mais cedo? - perguntou Gina maliciosamente. Hermione corou pelo tom malvado na voz da amiga. Os pensamentos de Gina voaram para Draco. Era por culpa dele que estava ficando tão maliciosa.

- Não, não. Eu preciso tirar você daqui do meio do caminho, vamos...

Gina não estava entendendo lhufas, mas mesmo assim deixou Hermione a puxar para longe do buraco do retrato. Gina de repente se viu no escuro de novo. Ela ainda não sabia como só numa noite conseguira ficar no escuro tantas e tantas vezes seguidas. Mas estava quase, quase se acostumando com isso. E afinal, enxergava bem até no escuro. Mas Hermione não sabia disso, por isso Gina viu os contornos de uma faixa pendurada em cima do console da lareira apagada.

- Hermione, o que lhufas está acont...

- SURPRESA!

O queixo de Gina caiu. Era seu aniversário! E ela esqueceu! Tudo culpa de Draco Malfoy. A raiva que estava sentindo dele não se fazia mais presente. Não pela festa, mas por ele ter provavelmente dado aquele conselho para atrasá-la. Fazia sentido. E vê-los ali, sorridentes, de braços escancarados e arregalando os olhos, ela deve de rir. Na verdade, estava meio encabulada por metade da Grifinória ter armado uma festa para ela.

- Puxa vida, gente - murmurou Gina esganiçada. Deu um pigarro. - Obrigada.

- Ah, Gininha - disse Fred de repente, vindo ao seu lado e abraçando-a pelo pescoço. - Tão crescidinha...

- Você merece, Gininha - disse George rindo. Ele a abraçou pelo outro lado do corpo. - Tá ficando velha...

- OK, OK - falou Gina, arregalando os olhos. Ouviu risinhos pela área do console da lareira agora acesa. - Também adoro vocês, entendi o recado.

Fred e George riram, mas largaram Gina, que meio vermelha pelo apelido "carinhoso" que sua mãe havia lhe dado quando tinha sete anos, ajeitou os cabelos vermelhos no lugar. Apertou a mão de uns amigos sextanistas com um sorriso enorme e depois abraçou Ron e Hermione no mesmo lugar.

- Ah, Mione. Ah, Ron - sussurrou ela alegremente ao soltá-los -, eu sei o que vocês fizeram na hora passada.

De repente, Ron e Hermione arregalaram os olhos e encaram Gina mortificados. As orelhas de Ron ficaram vermelhas e Hermione cobriu o rosto com as mãos. Gina não entendeu a reação deles. Estava se referindo ao contrato com Malfoy que tinha deduzido haver. Que será que deu neles?, pensou Gina cautelosamente.

- Sabe? - perguntou Hermione mortificada. Seu rosto vermelho ainda estava coberto.

- Sei... - confirmou Gina, ainda meio assustada pela reação esquisita da amiga e do irmão.

- Gina - sussurrou Ron, as orelhas vermelhas como dois tomates -, por favor, não espalha...

- Ei! - exclamou Hermione de repente, descobrindo o rosto muito vermelho e colocando as mãos na cintura. Estreitou os olhos castanhos perigosamente. - Por que, Ronald Weasley, Gina não pode espalhar que nós...

- Gente - interrompeu Gina, mortificada pela segunda vez ao dia. Ela abanou com as duas mãos antes que fique profunda e irreversívelmente traumatizada com o que poderia sair da boca de Hermione. - Estou me referindo ao combinado de vocês com Malfoy para eu me atrasar!

- Ah - sussurrou Ron, novamente muito, muito vermelho. Num segundo delirante, Gina se perguntou se a cabeça de Ron iria explodir. - Hum, o Harry sabe.

Ron apontou para alguém por cima da cabeça de Gina, que se virou, e Harry, que conversava com uma Parvati avoada com uma expressão cautelosa e esquisita, de repente parou de ouvir a lenga-lenga para olhar quem tinha lhe chamado.

- Que foi? - perguntou ele, erguendo as sobrancelhas. Gina deu de ombros com um sorrisinho malicioso e avançou para ir falar com os colegas.

- Oi, Harry. Oi, Parvati - cumprimentou ela, apertando a mão dos dois. - Obrigada pela festa.

- Que é isso - Harry deu de ombros, com um pequeno sorriso de canto. - Que é que deu no Ron?

Gina riu.

- Nada, nada - murmurou Gina, sacudindo a cabeça. Se falasse isso na frente de Parvati, toda a Grifinória estaria sabendo de um boato sobre seus amigos no dia seguinte, tinha certeza. - Dá licença, Parvati? - perguntou ela angelicalmente e sem esperar resposta, agarrou Harry pela manga do uniforme e o puxou para um canto e começou a tagarelar.

- Bem, eu fui falar para o Ron e a Mione que eu sabia o que eles tinham feito na hora passada, só que eu estava me referindo ao Malfoy, e eles não sabiam, então começaram a ficar muito vermelhos e o Ron parecia um tomate de tão vermelho. Então eu falei a que estava me referindo e o Ron surtou e disse que você sab...

Gina foi interrompida por Harry, que chegou perto dela e a abraçou carinhosamente. Gina se sentiu mortificada novamente. Que dia estranho, pensou ela. Só que algo muito, muito diferente do que ela esperava que acontecesse se Harry um dia a abraçasse aconteceu. Gina ficou pálida e não vermelha. Gina ficou petrificada, e não o abraçou de volta. Gina queria Draco de repente, não Harry.

- Algo errado, Gina? - murmurou Harry no seu cabelo.

- Hum - grunhiu Gina. - Não é nada pessoal, Harry, eu adoro você e tal, mas será que você poderia me soltar? Hoje foi um dia muito, muito esquisito.

Harry riu, mas soltou Gina mesmo assim.

- OK - ele concordou. Parecia muito, muito sem graça. Gina sentiu pena dele. - Hum, o lance com o Malfoy foi que combinamos com ele, para ele combinar com a professora Minerva te atrasar, porque ainda não tínhamos terminado tudo aqui.

- Uh - fez Gina, muito, muito surpresa. - Puxa vida.

- É... - murmurou Harry, ainda sem graça. O olhar dele se desviou para os seus pés, mas Gina continuou encarando-o. Ele parecia meio triste. - Pois é, Gina. Eu tenho que ir. Tchau, feliz aniversário.

E foi. Gina ainda estava com pena de Harry, apesar de feliz por ele ter abraçado-a.

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No meio da noite, no dia seguinte, ao ter certeza que todas as suas colegas de quarto estavam profundamente adormecidas, Gina Weasley afastou as cobertas de sua cama para o lado e, tentando por tudo não acordar as colegas, calçou pantufas, vestiu seu robe e pegou sua varinha com um ar decidido. Precisava falar com Draco. E urgentemente. Tinha um plano em mente, por isso, precisava primeiro passar no dormitório masculino e surrupiar o Mapa do Maroto de Harry, para saber onde Draco estava. Gina, que sabia que Harry tinha recebido o Mapa de presente dos gêmeos, conhecia as palavras necessárias para usá-lo.

Abriu a porta do dormitório masculino com muito cuidado, apesar de ela não ranger mais desde que um elfo doméstico tinha colocado óleo nas dobradiças. Passou por lá como um gato e começou a descer as escadas silenciosamente e pisou no Salão Comunal sem fazer o menor ruído. Subiu as escadas do dormitório masculino olhando por cima do ombro de vez em quando. De repente alcançou o topo das escadas e, com toda a cautela, abriu uma mínima brecha do quarto dos garotos para espiar e ver se todos estavam dormindo.

Como estavam, Gina suspirou de alívio e abriu mais um pouco a porta, o suficiente para ela, que era magra, passar. Fechou a porta sem fazer barulho e olhou em volta. O dormitório masculino era muito parecido com o femino, só que era muito mais bagunçado e tinha coisas... Hum... Masculinas. Gina sabia que Harry dividia o dormitório com Ron, Dino, Neville e Simas, por isso tentou não pensar no que seu irmão iria pensar se visse Gina ali, de pijama no dormitorio que era de caras.

Vendo que todas as cortinas estavam fechadas e que ela não tinha idéia de qual era a cama de Harry no meio daqueles garotos, suspirou silenciosamente e como um gato, foi até a primeira cama sem ter escolha. Abriu um pouco da cortina e espiou com medo para dentro. E com um suspiro de alívio, notou cabelos negros rebeldes saindo por debaixo do lençol.

Fechou o mínimo da cortina que tinha aberto e se dirigiu á cômoda ao lado da cama de Harry. Tentou abrir a primeira gaveta, mas estava trancada. Já preparada para esse tipo de ocasião, puxou a varinha que tinha guardado no robe e apontou para a gaveta, mentalizando um Alorromora. A gaveta estremeceu e se abriu magicamente. Gina sorriu maliciosa e começou a revirar tudo o que tinha na gaveta atrás do Mapa do Maroto.

Achou várias fotos soltas dos pais de Harry, um álbum, uns bisbilhoscópios, uns galeões e finalmente um pergaminho sem nada escrito. Gina sorriu triunfante e deixou a gaveta aberta para devolver o Mapa. Iria ver onde Draco estava, porém, não ficaria com o mapa para devolver depois. Seria arriscado demais.

- Juro solenemente não fazer nada de bom - sussurrou Gina, apontando a varinha para o pergaminho. Esperava que seu tom de voz fosse alto o suficiente.

E foi. O pergaminho começou a ser preenchido por linhas negras e a saudação habitual dos Marotos apareceu na frente do Mapa. Gina, avidamente desdobrou o Mapa, o abrindo no chão e procurando aniosa por Draco Malfoy. Para sua grande e absoluta sorte, Draco estava na biblioteca. Gina sorriu e olhou no relógio da mesa de cabeceira de Harry. Eram onze da noite. Ele deveria estar terminando algum dever.

- Mal-feito feito - Gina sussurrou apressadamente, querendo dar o fora dali o mais depressa possível. Agora tudo parecia mais fácil, apesar de mais constrangedor se analisado friamente. Gina guardou o Mapa exatamente onde tinha achado e mentalizou um feitiço não verbal para trancar a gaveta novamente.

Só que Gina congelou ao ouvir uma agitação na segunda cama. Apreensiva, sabia que seria descoberta se não fizesse alguma coisa. A porta estava muito longe e ela também sabia que faria muito barulho se tentasse a abrir com pressa. E, fazendo a única coisa digna no momento, Gina se enfurnou debaixo da cama de Harry como um gato no momento que as cortinas da cama de Ron se abriam.

Gina levantou apenas um pouco do lençol da cama de Harry para espiar. Os pés de Ron saíram da cama e tocaram o chão. As plantas dos pés de Rony se elevaram um pouco do chão, ele estava se espreguiçando. E finalmente ele foi ao banheiro. Apreensiva, Gina viu a porta ser fechada com um pequeno baque. Rezando para que ninguém estivesse acordado, Gina saiu debaixo da cama de Harry e engatinhou até a porta. Abriu-a e silenciosamente escapou para fora.

Respirou fundo de alívio e agitou uma poeira inexistente de suas roupas. Saindo dali antes que alguém resolvesse descer, Gina desceu as escadas rapidamente e saiu pelo buraco do retrato apressadamente, sem mais se preocupar com nada. Se fosse descoberta ali, no meio do corredor, seria menos constrangedor do que ser descoberta fuçando coisas no dormitório de um garoto.

Gina apertou o passo na direção da biblioteca, decidida. Algumas escadarias depois, Gina alcançou a biblioteca, ligeiramente ofegante. Abriu a porta ainda sem fazer barulho; tinha pego o jeito de fazer silêncio. Encontrou Draco sentado entre estantes, o cenho franzido de raiva e nos lábios um trejeito de desgosto. Segurava um pergaminho como se quisesse rasgá-lo.

Gina sorriu e depois avançou na direção de Draco.

- Olá, Malfoy - cumprimentou Gina educadamente, se sentando em uma cadeira em frente à Draco. Não recebeu resposta. Os olhos de Draco não se desgrudaram no pergaminho. - Malfoy?

Gina estendeu uma mão e a sacudiu na frente do rosto de Malfoy, esperando que ele esboce reação. Nada. Gina começou a ficar preocupada. O que será que tinha no pergaminho para fazer Draco ficar tão sério e esquisito? Ela se levantou e espiou por cima do ombro de Draco. Era uma carta.

"Draco,

Estou lhe enviando esta mensagem para dizer-lhe pela nonagésima quadragésima terceira vez que eu proibo terminantemente que você..."


Gina só teve tempo de ler estas linhas. Draco de repente amassou a carta numa bola. Puxou a varinha e murmurou um feitiço para que a bola de papel desaparecesse. Encarou Gina friamente.

- Isso é invasão de privacidade, Weasley - murmurou raivosamente.

Gina conteve um sorriso.

- Eu sei - ela disse orgulhosa. Depois mudou de assunto. - De que seu pai está proibindo você?

- Não é da sua conta - disse Draco maldosamente. Se levantou e fechou o dever que fazia. - Que é que veio fazer por aqui à essa hora, Weasley? Não deveria estar na cama, sonhando com arco-íris e coelhinhos felpudos?

Gina bufou.

- Vim aqui lhe agradecer - declarou Gina formalmente. Draco ergueu uma sobrancelha, ficando muito, muito bonito. Gina respirou fundo. - Ontem foi meu aniversário! - ela egueu uma mão em sinal de vitória, fazendo Draco sorrir pelos cantos dos lábios. - E você ajudou.

- Eu sei disso - falou Draco dando de ombros. - Ah, sim. De nada, Weasley. - Estendeu uma mão.

Mas Gina o encarava fixamente. Ignorando sua mão estendida, avançou e cautelosamente abraçou Draco pelos ombros. Sentiu-o ficar tenso, mas sentiu seus braços envolverem sua cintura e apertá-la contra ele delicadamente. Gina também sentiu seu próprio coração se acelerar. Muito. E surpreendentemente o dele também. E ficaram os dois abraçados ali, um sentindo o corpo do outro.

Gina não sentia vontade de mover um músculo. Draco subiu um braço pela cintura da moça e afagou seus cabelos vermelhos.

- Que diabos você está fazendo? - sussurrou ele nos cabelos de Gina. - Não era para eu estar me sentindo assim.

- Você acha que era para eu estar me sentindo assim, também? - perguntou Gina um tanto sarcasticamente. - Dei umas escapas noturnas para te ver, então, acho que mereço um "feliz aniversário" ou um morango...

- Weasley, você não está falando coisa com coisa.

- Obrigada por deduzir isso, Malfoy. Você é um gênio. Quero ser como você quando eu crescer.

Draco riu.

- Feliz aniversário, então - sussurrou ele, antes de se separar de Gina.

Draco encontrou dois belos olhos castanhos brincalhões o encarando duvidosamente. Sorriu e roçou os lábios de Gina com os seus novamente. Sentiu a garota suspirar. E a beijou. Beijou seus lábios uma, duas vezes e depois deixou que seus lábios permanecessem lá. Pediu permissão, que foi prontamente concedida. Draco sentiu a língua quente de Gina se mover junto com a sua, fazendo os pêlos da sua nuca se arrepiarem. Por que ela fazia aquilo? Mas ele não a culpava. Não, nem um pouco.

Abraçou Gina delicada, mas firmemente, com receio de que ela fugisse dali ou que aquilo fosse um... Sonho? Antes seria pesadelo, mas agora era sonho. Ele tinha certeza. Precisava respirar, apesar de não querer parar de beijar Gina. Os braços de Gina estavam em seu pescoço, fazendo um carinho nos seus cabelos. E então, separou os lábios dos da moça, beijando-os novamente.

- Eu gosto muito de você sabia? - perguntou Draco de repente, encostando sua testa na de Gina, olhando em seus olhos. Cinza no castanho. Gina sorriu. - Mais do que devia.

- Também gosto muito de você - disse Gina, erguendo a mão para tocar nos lábios de Draco. - Bem mais do que devia.

Draco a beijou de novo. Um rápido beijo, para mostrar que se importava.

- Boa noite, Gina - desejou Draco com um sorriso.

- Boa noite, Draco. - Gina sorriu. - Vá pela sombra.

- Irei.

Draco juntou suas coisas, e se encaminhou para a porta. Quando abriu-a, olhou por cima do ombro.

- Acabei de quebrar uma proibicão - disse ele como e confesasse um crime engenhoso. Depois sorriu com malícia e se foi.

Gina ergueu uma sobrancelha.

- Mas que tipo de declaração idiota é essa, Malfoy? - sussurrou para si mesma. - Que garoto misterioso...

E apagando uma vela que Draco tinha deixado acesa, Gina seguiu o caminho que ele tinha feito com um sorriso nos lábios.

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N/A: OOOOOOLÁ! Como vão vocês daí? Comigo tudo ok. Tô empolgada. Essa é a segunda D/G que eu posto *-* //que emo.ção. Eu adorei essa fic. Sinceramente eu acho que foi uma das mais divertidas que já escrevi. Mas o que vocês acharam? Péssima? Ridícula? "CRUZCREDOMENINAEXCLUIISSOPELAMORDEDEUS"? Espero sinceramente que vocês gostem. Beijão :*

Julie Padfoot
catorze de fevereiro de dois mil e nove

P.S.: euteamoSim, era isso que eu tava escrevendo enquanto deveria era estar escrevendo playing james e halls, mua ha ha.

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