- "Futuro" (Bônus J/L)

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Amos! Cara como vou fazer agora? Há seis meses que começamos a sair e ele já queria se casar, mas isso me assustava, pois apesar de insistir pra Lene que com o tempo eu o amaria, eu não estava criando, muito pior, eu nem gostava dele. E eu ainda era pior, porque o fazia acreditar que eu o amava. Eu além de má por mentir estou tentandome enganar. Estúpido, não? Sempre que me perguntavam, eu dizia que estava extremamente feliz com isso, Lene me conhecia tão bem que não acreditava, ela me dizia “termina com sua teimosia e volta pro James”, mas eu a rebatia com “Aham, senta - lá Cláudia”, na verdade eu sou teimosa e não gosto de ter que baixar a cabeça pros outros.


 


-x-


 


Estava no parque, tentando refrescar meus pensamentos, casamento, James, Lene, afilhada. Me distrai nos pedalinhos, o programa mais romântico  e eu estava sozinha. E o pior eu via todos aqueles casais se beijando, mas pelo menos não era a única sozinha, tinha um cara de cabelos espetados e castanhos. Eu o reconheceria a kilometros de distância, com cabelo raspado, pintado de rosa, de qualquer maneira. Era James.


 


- Não sabia que gostava de pedalinhos. – ele gritou tentando se aproximar.


 


Eu fiquei calada, até porque quem cala consente, justo nesse momento tão indeciso eu tenho que encontrá-lo. OBRIGADO DESTINO FILHO DA PUTA!


 


- É bom para pensar. – eu respondi tentando ser o mais fria possível, mas como ser fria quando aqueles olhos castanhos esverdeados te olham, ai me chama de sorvete porque eu me derreto. Ele já pedalava do meu lado.


 


- Pensar? Considero romântico quando se tem alguém do lado. – ele me respondeu.


 


Eu fechei meus olhos, eu sou estúpida, mas ele é patético, ele  nem deve se lembrar de quando dividíamos os pedalinhos. Continuei pedalando, como seria bom se conseguisse me afastar o suficiente dele e sair do pedalinho.


 


- Porque você está fugindo de mim? – ele me perguntou com um olhar de tristeza e dúvida.


 


- Não estou fugindo, é que tenho outro compromisso. – menti descaradamente.


 


- Eu não disse que você estava fugindo agora, você foge sempre que tento me aproximar, inventa compromisso e até um falso namorado. – ele disse com um sorriso.


 


- Eu não fujo. HUMPF, Eu tenho mesmo um namorado, ele se chama Amos Diggory. - eu disse.


 


- Para mim, ter namorado deve ter amor, mas não vejo seus olhos brilhando ou qualquer outro sentimento quando você fala dele. – ele me disse.


 


Como rebater uma verdade sabendo que tudo que ele disse era certo, eu realmente não gosto de Amos.


 


- Tu entende muito de relacionamentos? Namora qualquer vagabunda. Eu estou criando amor por ele. Amor se cria com o tempo. – eu disse, tentando enganá-lo e me enganando.


 


- Impressionante, pois quando ficamos havia amor e não foi preciso de tempo. E eu nunca namorei nenhuma menina. – ele me disse


 


- “Lamentar uma dor do passado, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente.” - eu disse citando Shakespeare um dos meus autores favoritos.


 


- Citando Shakespeare, pena que não estou lamentando, estou constatando que é verdade o que eu disse. – ele falou em tom de vitória.


 


- Claro que não é verdade. O amor se cria com o tempo, sem o tempo é paixão, platonismo. – eu disse.


 


- “A grande tolice da humanidade foi fazer do amor uma ideia. O amor é um instinto. Dar-lhe cérebro é entristecê-lo.” Segundo as palavras de Godofredo de Alencar. – ele me disse.


 


- Você acha que é fácil? Tudo sempre foi fácil pra ti, tudo que você queria em teus pés. Sinto te informar, mas não é tão fácil. – eu disse descendo do pedalinho e me esquecendo que estava no lago.


 


Adivinhem o que aconteceu? Eu to na água, molhada, encharcada.


 


- Lily tu é louca? – James me perguntou quando me viu no lago.


 


- Não, eu me esqueci que estava no lago. – eu disse subindo no pedalinho, muito irritada.


 


Continuei pedalando ignorando os gritos do James que pedia para esperar. Vejo que valeu a pena todas às vezes que fui à escola de bicicleta. Quando desci do pedalinho, comecei a correr, não queria que James me alcançasse.


 


Quando cheguei ao fim do parque, encontrei Amos.


 


Uau, meu dia estava perfeito.


 


- Amor o que você faz aqui? – Amos me perguntou.


 


- Estava pensando, sabe que nesse parque conheci meus melhores amigos. – eu lhe disse.


 


- Que amigos? Tirando Remus, a Mckinnon e o Black não prestam. – ele me disse.


 


- Porque eles não prestam?  - eu perguntei.


 


- Porque são impuros, vão ter filho antes de se casar, não tem religião. São o pior tipo de pessoa. – ele me disse.


 


- Como podes pensar assim? O que importa é o que há dentro deles e não o que eles fazem ou deixam de fazer. Eu sou atéia você vai querer me evangelizar? – eu disse em choque.


 


- Mais em breve, quando casarmos, você terá Deus em seu coração, entenderá o porquê deve se afastar dos pecadores mudara a cor de seu cabelo, minha mãe considera-o muito chamativo. – ele me disse.


 


Que maravilha ele queria reconstruir minha vida, mudar meus amigos, me influenciar, me afastar de quem eu amor, mudar meu físico. SUPER BABACA QUE ARRANJEI.


 


- Eu ainda não aceitei me casar com você. – eu disse.


 


- Mas claro que aceitará, pense mais um pouco nesse parque. – ele me disse dando adeus.


 


Fiquei parada, eu realmente não sabia o que fazer, estava me enganando. Ele queria me mudar, e isso era totalmente ridículo.


 


- Nunca esperei de ti uma atitude tão passiva. – James me disse.


 


- Eu sei, nem eu esperava isso de mim. – eu disse a ele.


 


Ele me abraçou enquanto eu chorava. Eu chorava como um bebê desesperado, como eu era patética, ridícula, uma total BARBIE sem personalidade, que fazia tudo que seu dono queria.


 


- Calma Lil’s, nada de ruim vai acontece. – ele me disse.


 


Ele me acompanhou até minha casa, eu chorava, ele tentava me acalmar, eu me agarrava em minhas lembranças, mas não conseguia. Lentamente eu fui me acalmando, ele me contava as histórias de Israel e eu ria, pois ele se metia em cada confusão.


 


- Obrigada James. – eu disse quando ele estava na minha porta se despedindo de mim.


 


- O que? Uma xícara de chocolate quente com marshmallow? - Ele disse.


 


- Tudo bem, vamos tomar um chocolate quente com marshmallow. – eu disse a ele.


 


Pela primeira vez em muito tempo, me senti feliz ao lado de alguém, parecia que toda a mágoa e raiva que existiam em mim havia ido embora com o sorriso que ele me dera.


 


- Você tem um minuto? – ele me perguntou.


 


- Claro, por quê? – eu perguntei.


 


- Fecha os olhos. – ele me disse, a voz dele soava delicada, mas eu obedeci prontamente.


 


Eu senti o toque dele em meus braços, suas mãos eram quentes e macias, ele parecia colocar algo em meu braço.


 


- Pode abrir. – ele me disse.


 


Quando olhei, havia uma pulseira delicada de prata com pequenas esmeraldas, eu a olhava extasiada, ela parecia ser um objeto unissex apesar das pedrinhas, mas ela era linda.


 


- Muito obrigada James. Ela é linda. – eu disse com um sorriso.


 


- Eu a encontrei em uma joalheria em Israel e quando vi as esmeraldas, lembrei dos teus olhos e comprei pra ti. – ele me disse corando.


 


Eu estava constrangida. Não deveria ter sido barato, mas mesmo assim ele comprou, ele se lembrou de mim em algum momento em outro país. Eu estava voando em meus pensamentos, ele sabia disso.


 


- Foi o segundo melhor chocolate com marshmallow que já tomei. – ele me disse sorrindo com um bigode de leite.


 


- Segundo? – eu perguntei.


 


- Sim, o primeiro é o da minha mãe. – ele me disse. – Mas me explica como você fez ele ficar tão bom.


 


- Não posso, segredo de família. – eu disse.


 


Houve minutos de silêncio, nem eu nem ele tínhamos o que conversar.


 


- Você vai mesmo se casar com aquele idiota? – ele perguntou quebrando o silêncio.


 


- Não. Não sou estúpida a esse ponto. – eu disse a ele com convicção.


 


- Sabia que você me diria isso, que não é tão tola. – ele disse sorrindo vitorioso.


 


- No fundo você tinha razão, eu não sinto nada por ele, só estava com ele pela estabilidade que ele me trazia. – eu disse, antes que houvesse tempo dele me responder, nossos telefones tocaram.


 


- O QUE HOUVE LENE? – eu perguntei, Lene estava afobada no telefone.


 


- A BOLSA ESTOUROU. Estou indo pro hospital. – ela disse.


 


- A LENE VAI TER O BEBÊ! – eu e o James dissemos juntos.


 


Começamos a correr, mas após 10 minutos demos conta que estávamos a pé, e o hospital era do outro lado da cidade.


 


- Vamos até a minha casa, pegamos o carro e vamos até o hospital de carro. – James disse.


 


Eu estava receosa de ter que ir até a casa de James, eu sabia que eles não iriam me aceitar por não ser judia, mas mesmo assim o segui até sua casa; A casa era grande e com um estilo bem conservador, mas com mesmo assim não deixava de ser bonita.


 


- Pai, Mãe! – ele gritou chegando em casa.


 


Surgiu uma senhora que aparentava ter idade, mas por quem James puxará os olhos, e o senhor era igual ao James.


 


- Está é a Lily Evans, minha amiga. Eu vou subir para pegar a chave do carro. Lene está tendo o bebê. – ele disse subindo as escadas.


 


- Lene vai ter o bebê? OH como Deus é bom. – disse a senhora.


 


- Que maravilha, devemos perguntar a James o hospital para visitarmos o bebe e Lene. – disse o Senhor.


 


LEGAL EU ESTAVA SENDO IGNORADA. Eu pigarreei para ver se eles percebiam minha presença.


 


- Oh, me desculpe Evans, estamos exultando de alegria pelo nascimento do bebê de Lene. – disse a senhora.


 


- Me chame de Lily, eu também estou muito contente, serei a madrinha do bebê, senhora Potter. – eu disse.


 


- Não nos chame de Senhor e Senhora Potter, nos deixa mais velhos. – ela me disse piscando, - Eu sou Sarah e o meu marido se chama Alan. – ela terminou dizendo.


 


- Ok, Sarah. Como o James está demorando. – eu disse, uma das coisas que eu mais odiava era esperar.


 


- Suba, é o segundo quarto a direita. – disse a senhora, ops a Sarah.


 


Subi as escadas e percebi um lindo corredor, quadros, tapetes e vasos, tudo decorado luxuosamente, nos quadros havia a história da família. Eu tinha a péssima mania de entrar sem bater, mas quando abri o quarto eu me senti mergulhada em meus olhos, apesar das paredes brancas, mas tudo tinha detalhes em verde esmeralda, desde a colcha até os armários.


 


- Desculpa James, sabe como odeio esperar. – eu disse a ele.


 


Ele me olhou surpreso, como se ele não esperasse ou como se ele não quisesse me mostrar o quarto.


 


- Eu cheguei a pensar que você subiria, mas duvidei. –ele disse.


 


- Pelo que vejo você mora num “recanto verde”. – eu disse rindo.


 


- Eu amo verde, é minha cor favorita.


 


- Eu me sinto mergulhada em meus olhos. – eu disse baixinho.


 


- Era o objetivo. – ele disse mais baixinho ainda.


 


Quando percebi estávamos cara a cara, muitos próximos de um beijo, mas eu não podia. Ele estava com as mãos em minha cintura, mas eu não podia trair Amos, por mais que eu não gostasse dele, eu não era daquele tipo.


 


- James, que fotos são aquelas no mural? – eu perguntei, pra distrair.


 


Parei a olhar o mural, enquanto ele voltava a procurar a chave. Como eu podia ser tão fraca com ele? Ele se aproxima eu ajo como uma adolescente de 12 anos com os hormônios a flor da pele. No mural tinha a foto de “Festa da Vida”, e lá era eu e ele sorrindo, de mãos dadas.


 


- Achei a chave. – ele gritou ao fundo, mas eu havia me distraído naquela foto.


 


- Lil’s eu achei a chave. – ele me disse.


 


- Desculpa estava olhando a foto. Você achou a chave então? – eu perguntei e ao mesmo tempo apontava pra foto.


 


- Sim, festa da vida, impressionante que eu nunca fui tão feliz como naquele dia, mas eu nem vi o Sirius na festa. – ele disse.


 


Legal indiretas rolando.


 


- Ele estava com a Lene, no parque. – eu disse a ele.


 


- HUM, isso é algo que eu não sabia. Eu adoro essa foto, você tinha um sorriso estava tão sincero. E seus olhos brilhavam. – ele me disse.


 


Ok, agora eu estava realmente constrangida, ele ainda gostava de mim, eu podia ter indícios disso em todos os cantos daquele quarto decorado com a cor dos meus olhos.


 


- Vamos Lily, o Six deve ta que nem cachorro louco. – ele disse.


 


Nos despedimos dos pais dele, mas antes dissemos o hospital onde Lene estava tendo o bebê. No caro ficamos em silêncio, havia uma tensão no ar. O hospital era particular, é tinha uma grande segurança, quando chegamos tivemos que nos apresentar, e ver se havia permissão pra entrarmos. ISSO NÃO É UM CÚMULO? Depois de um tempo, eles nos liberaram a entrada, mas James me parou no corredor.


 


- Obrigado por ter falado comigo, por ter me dado um pouco de sua atenção. Foi uma grande chance pra mim. – ele disse saindo caminhando.


 


Eu fiquei sem ação, parada, em choque, num corredor de hospital. A atitude dele havia me surpreendido. Ele seguia o caminho em direção do quarto e eu parada.


 


- Hey, você não vem? – ele me perguntou antes de entrarmos no quarto de Lene e Sirius, eu corri para entrar logo. Estava ansiosa.


 


- Lil’s, James finalmente chegaram. – Six nos disse.


 


- Nem demoramos tanto assim, se alguém soubesse onde estava a chave do carro. – eu disse rindo.


 


- Que milagre fez vocês virem junto? – Sirius perguntou assustado.


 


- Milagre da vida, quero tomar café agora e tu vai comigo. – eu disse.


 


Sirius e James ficaram me olhando assustados.


 


- Vamos, James vem junto? – Six perguntou.


 


- Alguém tem que ficar cuidando se caso peçam responsável pela Lene, por que apesar de vocês morarem juntos ela não atingiu a maioridade, e o James é maior de idade e primo dela. – eu disse resolvendo o problema.


 


Eu queria contar tudo que tinha acontecido, mas James não podia estar junto. ISSO É MEIO QUE ÓBVIO, MAS O SIRIUS É TAPADO. Ele concordou com a cabeça, enquanto eu e Sirius fomos tomar café. Na verdade eu aproveitei pra contar tudo o que tinha acontecido hoje. Ele ficou me olhando e dando as suas famosas risadas debochadas.


 


- Ele sempre gostou de ti, pelo que a Lene me contou, só você que não percebia. – Sirius me disse.


 


- Sério Six? Nem percebi hoje – eu disse ironicamente, - mas o que eu faço? Amos me pediu em casamento, mas se eu resolver me casar com ele terei que mudar quem eu sou e o James ressurge e me lembra de tudo. – eu disse.


 


- Bom, você literalmente se fodeu, pois nem eu saberia o que fazer, creio que Amos é uma péssima influência. – Six me disse.


 


- Concordo com isso, ele quer que eu pinte meu cabelo, me afaste de você e Lene por serem “impuros”. – eu disse rindo.


 


- Eu e Lene “impuros” daonde? – ele me perguntou rindo.


 


Logo saímos do café do hospital, apesar de estarmos conversando assuntos banais, havia um bebê nascendo e ele era meu afilhado ou afilhada, e filho ou filha do Sirius. Maldita hora que eles escolheram saber o sexo do bebê só quando nascesse, e o pior o nome só ia ser dito no batizado. No quarto, James estava nervoso. Esperamos por mais alguns momentos, quando o enfermeiro apareceu trazendo Lene. Ela aparentava cansaço.


 


- Só o pai da criança, ou parentes da mãe podem ficar. – disse o enfermeiro.


 


- Eu sou o pai do bebê. – disse o Sirius.


 


- Eu sou o primo da Marlene. – disse James.


 


- E você o que é? – ele me perguntou.


 


- Ela é minha noiva, e melhor amiga da Marlene. – disse James, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.


 


- A senhorita Mckinnon precisa descansar, então fica só o pai do bebê, vocês dois esperem ela acordar, e venham comigo ver o bebê. – o enfermeiro nos disse.


 


Enquanto caminhávamos até onde estava o bebê, o silêncio predominava.


 


- Vocês para um casal, pouco conversam. – disse o enfermeiro.


 


- E que estamos brigados. – eu respondi prontamente.


 


- Que pena vocês formam um bonito casal. Aqui está o bebê. – ele disse apontando o terceiro bebê.


 


James pegou em minha mão. Era uma menina, olhos azuis do pai e os cabelos castanhos ondulados da mãe. Esperava que não puxasse a personalidade do Sirius. Nem da Lene. Ou melhor que ela não fosse tão teimosa quanto ambos.


 


-x-


 


- Amos está na hora de termos uma conversa séria. – eu disse no telefone.


 


Eu estava determinada a terminar com ele, eu realmente não queria estar com ele.


 


- Tudo bem amor, estou perto daí. Já chego. – ele me disse.


 


Levou cerca de 10 minutos para Amos chegar.


 


- Amor, o que houve? Porque você me chamou aqui? – ele me perguntou.


 


- Eu quero conversar com você, e é sério. – eu disse.


 


- O que você tem de tão sério pra me falar? – ele me perguntou.


 


- Eu não vou me casar com você. – chega de enrolar, fui direta ao ponto.


 


- Mas porque amor? – ele me perguntou.


 


- E para de me chamar de amor, eu não te amo. – eu disse.


 


- Mas Amo... Lily, amor se cria com o tempo. – ele me disse.


 


Eu por um tempo também acreditei, mas na verdade não é assim.


 


- Isso é uma enganação. Você realmente acredita que o amor vem com o tempo? – eu o questionei.


 


- Claro que sim. – ele disse. – Como o amor pode nascer sem o tempo? Sendo Platônico? – ele debochou.


 


- Claro que não nasce do tempo e sim do coração. Acabou, pois eu não consigo gostar de você, eu gostava da estabilidade que você me trazia. – eu disse.


 


- Estabilidade é a base do amor. – ele me respondeu.


 


- Claro que não. Você nem sabe o que é amor, jamais deve ter sentido isso. – eu disse.


 


- E você sabe? – ele me questionou.


 


- Sei por que já senti. – eu disse.


 


- Já sentiu, por quem? – ele perguntou.


 


- Sim, pelos meus amigos, amor é mais que sentir pelo outro, tu realmente sente por quem está próximo e pelo qual você não saberia viver sem. – eu disse.


 


- Seus amigos? O grande James Potter está incluso? – ele perguntou debochadamente.


 


- Sim está, por que afinal ele sempre foi meu amigo. – eu disse.


 


- Não acredito que você o ame, ele já aprontou tantas com você. – ele me jogou na cara.


 


- Não era sobre isso que estávamos falando. – eu tentei mudar de assunto, aquele assunto é sempre meu ponto fraco.


 


- Claro que é, você não quer se casar comigo, você e James devem ter se encontrado no hospital e se acertado. – ele disse.


 


- Nós nos encontramos, mas não nos acertamos. – eu disse.


 


- Então porque tu não conta maninha que James esteve aqui? – disse Petúnia se intrometendo na conversa.


 


- James esteve aqui? – perguntou Amos.


 


- Sua cobra ardilosa e fútil. – eu disse pra Petúnia.


 


- Obrigado maninha. Mas porque você não responde a pergunta de Amos. – ela disse.


 


- Ele esteve aqui por que eu passei mal no parque e ele me trouxe. – eu disse.


 


- E até chocolate com marshmallow teve, junto com um presente. Ops, escapou. – disse Petúnia maldosamente.


 


- Chega não quero nem saber. Lily realmente você não me merecia. – disse Amos - Obrigado Petúnia por sua sinceridade. – ele terminou dizendo.


 


Amos saiu pela porta. Eu me sentia mal pelo jeito que tomou, mas ao mesmo tempo me sentia aliviada. Eu iria recomeçar.


 


-x-


 


- Como vocês vão batizar essa criança? – eu perguntei.


 


- Vamos homenagear Dorcas, ela vai ser batizada na crença católica. Por que Sirius não troca sua religião, muito menos eu, preferimos colocá-la em outra, mas caso no futuro, ela queria seguir outra religião, a deixaremos. – disse Lene.


 


Estávamos todos sentados no mesmo banco da Igreja, o padre que estiver no enterro da Dorcas, segundo as palavras de Réus, era quem rezava a missa. Após o término da missa nos dirigimos ao fundo da Igreja onde seria o batizado. James e eu pegamos nossa afilhada. Nós cumprimos e professamos a fé por ela.


 


-x-


 


Estávamos, por mais uma vez no parque, onde havia uns quiosques que estávamos usando pra comemorar o batizado.


 


- Sirius, diga de uma vez o nome dela. – disse James. Nenhum de nós sabíamos qual seria o nome dela e o padre falara tão baixo que era quase incompreensível.


 


- Tá bom, pessoal. – Sirius gritou chamando a atenção. – Eu e Lene vamos revelar o nome de nossa pequena. – todos se aproximaram, pois a curiosidade dominava. As famílias Black e Mckinnon estavam reunidas pela primeira vez, primas (inclusive Narcisa e Belatrix).


 


- Ok, a minha pequena se chama Louise Dorcas Mckinnon Black. – disse Lene.


 


- Que nome lindo. – eu disse sorrindo.


 


- Por isso é nossa afilhada. – disse James me piscando.


 


Foi quando Narcisa se aproximou de nós quatro. Ela continuava com sua loirisse, mas estava mais gorda, corria boatos de que estava grávida, mas ninguém ainda tinha certeza. AINDA.


 


- Que lindo o bebê de vocês, pena que o padrinhos não se falar, ou melhor que a madrinha é noiva de outro. – ela disse com maldade.


 


- Pelo que sei não estou noiva de ninguém e pelo que eu sei ainda, James e eu conversamos. – eu disse.


 


- Mas e o Amos? Ele está afirmando que vocês noivaram. – ela disse chocada.


 


- Olha para minhas mãos, tem algum anel ou aliança? – eu mostrei minhas mãos a ela.  – Não tem aliança e muito menos anel. – eu terminei dizendo.


 


- Mas tem uma pulseira igual que nossa vó te deu, James. – disse Lene.


 


- Silêncio Lene. – Disse James e Sirius ao mesmo tempo.


 


Narcisa estava em choque, Lene parecia ter se dado de conta que fizera merda, Sirius estava com a cabeça baixa, mas conhecendo-o ele estava rindo e James parecia estar constrangido como se tivesse sido delatado.


 


- Com licença, mas o James tem que se esclarecer. AGORA! – na última parte eu fiquei um pouco exaltada.


 


Eu sai caminhando enquanto James me acompanhava, eu não sabia por onde começar.


 


- Vamos no pedalinho? – ele me perguntou do nada.


 


- Pode ser. – eu disse.


 


Lentamente, andamos em direção ao pedalinho. Lá havia apenas um livre, subimos nele, enquanto James pedalava fracamente, eu botava força no pedalinho.


 


- Podemos conversar agora? Eu estou ansioso. – ele me disse.


 


- Sim, começando por que você mentiu sobre a pulseira, dizendo que ela era de Israel? – eu perguntei.


 


- Eu não menti. – ele me disse.


 


- Então como explica que a pulseira seja igual a que tua vó te deu? – eu questionei.


 


- Simples, cada irmã da minha avó tem uma pulseira desse tipo, minha vó me deu a dela, antes de eu ir para Israel, a irmã gêmea dela que vive lá tem uma igual, e lá encontrei minha tia avó e ela me reconhecer. Ela havia vendido a pulseira dela, pois suas noras cobiçavam a pulseira, mas ela só ia dar aquela que tivesse uma neta, nenhuma neta nasceu, então a vendeu. Eu questionei-a se ficaria triste se eu comprasse e desse para uma pessoa especial, ela aceitou, mas pediu que eu desse com amor. E hoje ela está contigo. – ele me disse.


 


- Mas porque pra mim? Eu nem falava contigo! – eu disse. Eu estava chocada era muitas informações ao mesmo tempo.


 


- Porque eu sempre te amei, desde o dia em que nos conhecemos, até o passeio de pedalinho quando éramos pequenos, eu amei você desde os pequenos sorrisos, dos seus olhos verdes sem nenhum igual, das brigas, você podia não me ver, mas em todos os protestos eu estava lá, assinei todas as tuas petições que você encabeçava, eu sempre te cuidei de longe, era uma luta para que eu não chegasse em você e te beijasse. Você é linda, minha pequena ruivinha. – ele me disse com um apelido que eu nem me lembrava mais.


 


- Irônico, é realmente irônico, mas eu sempre te amei, achava que você não se lembrava do pedalinho, eu fui a todos os jogos, votei em todas às vezes que você concorreu, eu só de te olhar ficava corada, como até hoje fico. – eu disse corada.


 


Nossos olhares se encontraram, os meus verdes brilhantes, com os castanhos esverdeados, lentamente nossos rostos foram se aproximando, enquanto o sol descia lentamente.


 


Realmente pedalinhos eram românticos, principalmente quando você está beijando quem ama no pôr-do-sol.


 


Fim


 


 


 


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N/B: Sim a beta é a pior do mundo. USUHAUHSAUHS Gente eu amei demais tudo isso. *-* Que coisa mais linda! Ainda bem que esses dois (confesso que são meu shipper favorito) deram certo. *-* onww! E o bebê? OMG! Que saudades da Dorcas. :( Forever. <3 Amei a fic Nath e muito obrigada por me escolher para betar, apesar de quase sempre eu entregar fora do prazo. UHSAUHSAUHS Beijos beijos. Amo você autora. <3


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