- Sétimo Capítulo



DOIS MESES DEPOIS...


 


Narrado por; James Potter


Onde; Aeroporto, à caminho de Israel


Ouvindo; Aerosmith – Crazy


 


Dois meses faziam desde que eu havia brigado com Lily, isso gerou um afastamento do grupo, e fez com que Lily, mais uma vez, se fechasse pra todos, mas eu piorei minha situação quando ela me pegou na cama com Narcisa, não nus, eu estava sem camisa e ela com o vestido bem torto. Foi aí que as coisas começaram a estragar... Perdemos três jogos seguidos e perdi o direito de ser capitão, e passaram para meu inimigo. Os olheiros interessados desistiram de mim, meus pais sofreram um acidente, e como não comemorei a entrada na vida adulta, minha família decidiu junto ao rabino, que eu deveria passar dois meses aqui, conhecer a religião em um lugar com bastantes judeus.


 


Meu msn vivia aberto, mas desde que comecei o rolo que terminou quando baixou minha popularidade, eu nunca mais consegui falar com Lily, eu a via nos corredores, minha vontade era poder abraça-la e dizer que isso foi tudo um pesadelo, e que devemos continuar como éramos, mas isso não era um pesadelo isso era a vida real. :/


 


- James, vamos, chamarão os passageiros, te acompanharemos o máximo que pudermos. – disse rabino.


 


Marlene estava ao meu lado, com seu noivo que ela odiava, e com uma cara triste, ela continuava sendo a rainha, mas estava proibida das badalações em respeito a seu futuro marido. Aquele dia que eu odiei, foi pior pra ela, pois foi quando os pais dela fecharam o acordo de casamento.


 


Minha mochila, com meu notebook e em minhas mãos o meu Ipod, ouvindo Aerosmith, quando Lene me puxou pro canto e me disse:


 


- Primo, boa viagem, espero que ela te ajude, e que consigas me trazer paz, pois eu não quero me casar. – ela disse começando a chorar.


 


Eu a abracei e segurei-a bem firme em meus braços, minha prima, minha melhor amiga. Vi Dorcas mais perto de um banco, ela me abanou num gesto de boa viagem. Quando eu a vi percebi que quando eu voltasse, ela não estaria mais presente entre nós. Ela estava magra, com um rosto pálido e um olhar triste, provavelmente ela sabia o que ia acontecer com ela, mas não queria avisar ninguém.


 


- James, - eu a ouvi chamar, e virei-me – saiba que sentiremos sua falta, você foi muito especial. – ela me disse.


 


- Você também é muito especial Dorcas. – eu lhe disse, dentro de minha mala de mão havia uma carta pra Lily. – Dorc, entregue isso um dia pra ela.


 


Lentamente abri minha mala e tirei a carta, ela pegou e segurou forte, eu sabia que ela iria entregar, o olhar dela me dizia isso, mesmo que fosse a última coisa que ela fizesse. Dorcas jamais deixaria alguém na mão.


 


Eu dei um último abraço nela, e fui em direção ao embarque, antes a olhei, pois meu coração dizia, que depois disso, não voltaríamos a nos reencontrar.


 


 


Narrado por; Dorcas Meadowes


Onde; Aeroporto indo para o parque


Ouvindo; the reason – hoobastank


 


James parecia bem deprimido quando o abracei. Enquanto o abraçava senti uma leve tontura, eu pressentia cada vez mais próxima a minha morte, pois meu tempo estava se esgotando, como meu médico me dissera. Eu segurava aquela carta com firmeza por que eu sei a quem deveria entregá-la, ela com toda certeza choraria, mas não naquele momento.


 


- Dorc. – ouvi Lily me chamando embaixo de uma árvore próxima ao laguinho.


 


Olhei, aqueles olhos esmeraldas sofriam com a partida, mas como a conhecia, ela jamais daria o braço a torcer, principalmente por causa de um homem.


 


Me aproximei lentamente de todos eles. Sirius que cada vez estava mais afastado, parecia que um amigo seu, Ajihad, estava o pressionando a algo, mas ele nunca falava na minha frente, só pra Lily. Remus estava com uma pequena flor, que me parecia delicada, uma flor de campo, rosa claro, quase branco, desabrochada, perfeita, e ela era pra mim.


 


- Oh Dorc, compramos pra você. –me entregou Remus.


 


Eu peguei, enrubescida, e fiquei olhando aquela flor, uma vida, que morria. Eu tinha meus problemas, e deixava-os quieto entre eles, preferia não demonstrar tudo.


 


- Obrigado Remus, mas que horas são? Tenho crisma hoje... – Lily me encarou como se eu fosse louca, até por ela duvidar da existência de algum ser maior.


 


Remus sabia que aqueles jovens que me esperavam eram importantes pra mim, mas Lily apesar de saber me questionava como um Deus podia me deixar doente a ponto de morrer, aquilo era duro de ouvir, mas havia algo maior por trás da minha doença. Olhei para o relógio, me faltavam poucos minutos para a aula de Crisma, a Igreja de São Pedro era próxima dali o que me deixava ir com calma.


 


Eles continuaram me encarando, levantei-me com toda a força que tinha em meu corpo, me coloquei de pé, e disse:


 


- Como pode não existir Deus onde há tantas maravilhas? O que é a morte pra quem teve amigos, pra que tanto medo dela, pois é a única certeza que temos.


 


Eles continuaram me encarando, sai segurando minha flor, e encontrei um catequista meu, que conversava alegremente comigo, ao chegar a Igreja vejo o padre falando com meus catequistas. Há Deus em todo lugar, basta procurar.


 


Quando havia terminado a conversa, pedi um minuto da atenção, pois precisava conversar com ele, ele não estava ciente sobre minha doença, e era necessário logo saber, pois não demoraria muito pro pior acontecer.


 


Narrado por; Remus Lupin


Onde; Parque


Ouvindo; discussão sobre Deus, e calling all angels – lenny kravitz


 


 


- Deus não existe, como algo superior pode mudar tudo, isso é ciência, a ciência explica tudo. – Lily dizia, sua convicção demonstrava como ela fora criada, escolha o que queres da vida, sejas livre.


 


- Claro que existe, sempre há coisas que não tem como se explicar, o Alcorão explica muito disso. – disse Sirius.


 


- E também diz que guerras santas podem ser feitas. Que Deus bom. – Lily disse ironicamente.


 


Pessoalmente, eu havia sido criado em uma religião, mas acreditava na ciência, e via na Lily muitas vezes falta de esperança no amanhã e no depois.


 


- Podemos parar com essa discussão ridícula? Eu sinceramente tenho minha opinião e vocês também, então o que importa se todos somos cabeças duras e não deixaremos de acreditar na nossa verdade. Agora vamos tomar um café e discutir sobre qual a função real das mitocôndrias em nossa vida. – eu disse brincando.


 


Os dois ficaram me encarando, foi quando sorri, abracei a Lily, e disse que era brincadeira. Pela primeira vez, estávamos rindo de besteiras e inutilidades, que antes eu achava que era errado. 


 


Narrado por; Lily Evans


Onde; em casa, ou melhor, na casa da Dorc


Ouvindo; uma música lá.


 


- Como pode ser possível, uma pessoa ser tão babaca a ponto de humilhar todos em público para ganhar popularidade. – eu dizia.


 


REPRIMIDA. Era assim que deram pra me chamar, uma reprimida de emoções, sem sentimentos, reprimidas em casa pelo amor incondicional pela Petty, ótimo adoro quando viro alvo das fofocas. Quando James caiu em tudo, começaram a me culpar, de DESCONHECIDA, passei pra CULPADA e agora pra REPRIMIDA por ele ter ido viajado. MAS O QUE DIABOS EU TENHO A VER COM A VIAGEM DELE?


 


- Lil’s, eles te culpam por ver que ele realmente sentia algo por ti. – Dorc me disse calmamente.


 


- REALMENTE SENTIU? Por isso ele no mesmo dia que brigamos tava na MINHA CAMA, tirando a roupa de outra? – eu perguntei.


 


Eu sempre havia o amado, mas fazer o que? Eu estava sofrendo mais que qualquer um com tudo que havia ocorrido, mas jamais daria meu braço a torcer pra ele.


 


- Lil’s são coisas que acontecem, tu não esperava que ele fosse se guardar até o dia que tu visse que estava errada... Pelo amor de DEUS, presta atenção nos teus atos, você está mais deprimida que eu. Acha que James fez tudo errado, mas direito de resposta TU NÃO DEU, nem deixou explicar porque você tem uma cobra chamada Petty que envenenou você. – ela me disse. Os olhos azuis, que pareciam duas turquesas demonstravam coragem que eu havia perdido.


 


Naquele momento percebi o veneno que havia sido plantado em mim. E eu idiota acreditei. Mas nada justificava ele ir pra cama com outra no mesmo dia que terminamos se ele realmente me amasse, quisesse ficar comigo, ele teria feito algo.


 


- Lily essa carta é pra ti, quando realmente estiver preparada. Leia.-  Dorcas me disse apagando a luz.


 


Narrado por; Sirius Black


Onde; Computador


Ouvindo; Sistem Of a Down – Hipnotise


 


- Eu estarei indo no próximo mês, pelo menos eles já me chamaram. – dizia Ajihad pelo Skype.


 


Eu estava me danando pra quando ele iria, realmente havia sido um erro eu ter me inscrito, mas agora não podia fazer nada, ou melhor, dependia apenas da Marlene para eu ficar, mas éramos cabeça dura.


 


- Sério? Tão cedo? – eu perguntei.


 


- Sim, olha teus e-mails quem sabe você também não foi chamado. – ele me disse. Eu me preocupava com isso, fazia exatos três dias que eu não o abria. Eu tinha medo de ver o e-mail me chamando. Eu tinha que abrir minha caixa de e-mail. E lá estava o meu chamado, eu iria junto com Ajihad. MERDA!


 


Eu estava alistado e havia sido chamado e isso com toda certeza não era bom. Resolvi ligar pro celular da Lil’s que estava ciente disso.


 


- Lil’s eu fui chamado, irei ao próximo mês. – eu disse. Eu sentia uma dor, mas não queria chorar, que homem chora como minha família adorava me lembrar.


 


- Sério? Sirius isso é a mesma coisa que querer morrer. É esse teu objetivo? – ela me perguntou, senti pelo seu tom de voz que ela estava chorando.


 


- Você prometeu ser meu amigo pra sempre, e agora vai me abandonar, como todos fazem. – ela começou a dizer.


 


Era difícil pra mim, tanto quanto pra ela, mas eu nada poderia fazer para mudar isso, eu era o melhor amigo dela, mas eu precisava deixar isso, deixar meus problemas.


 


- Todos quem? Se aquele merda do James te abandonou é porque ele é um babaca, mas eu preciso sair daqui, preciso me libertar da prisão em que vive meu coração. – eu disse, mas para minha surpresa quem me respondeu foi a Dorcas.


 


- Eu to prestes a morrer, não adianta negar, e você está indo se matar porque a menina que tu gosta não gosta de ti, eu pensei que você era bem mais forte que isso. Seu fraco! E você vai sair no momento em que ela mais precisa, não é da Lily que estou falando é da Marlene, pois ela está sozinha contra sua família inteira. – Dorcas disse.


 


Eu sabia que o que estava fazendo era errado, mas agora já era tarde demais, pra construir um novo início. A Lily voltou a falar.


 


- EU TE ODEIO SIRIUS BLACK. ODEIO POR TUDO QUE VOCÊ FEZ. EU TE ODEIO PORQUE VOCÊ VAI ME ABANDONAR PORQUE UMA RAINHA NÃO TE QUER. NUNCA, MAS NUNCA MAIS FALE COMIGO. – e dizendo isso ela bateu o telefone em minha cara


 


GRANDE MERDA QUE ME METI.


 


 


 


Narrado por; Marlene Mckinnon


Onde; Meu Jantar de Noivado


Ouvindo; Música Clássica. Uau –-‘


 


É nessas horas que realmente vejo, estou só nesse mundo. Agora estou agüentando Dror falar besteiras, mas na verdade ele é gay, ele me admitiu no primeiro momento, em que percebi algo havia errado, ele me perguntou qual era a marca do meu sapato.


 


- Marlene, finalmente seguirá nossa tradição. – meu pai dizia.


 


Meu telefone estava vibrando, um número que para mim era desconhecido.


 


- Com licença. – disse me retirando da mesa. Tentava me lembrar de quem era aquele número. Subi até meu quarto e atendi.


 


- Marlene Mckinnon? – me perguntou a pessoa do outro lado da linha.


 


- Sim, é ela, quem gostaria? – eu perguntei. A voz era feminina.


 


- Dorc. Só isso. Eu quero falar contigo, não desligue. – ela me disse.


 


Eu fiquei paralisada, como ela conseguirá meu telefone e como ela tinha audácia de me dizer isso.


 


- Não desligarei. – eu disse.


 


- A Lily foi embora daqui chorando, ela realmente ama seu primo, mas não admite, e o meu tempo está acabando, creio que duro no máximo mais um mês, mas antes de partir só quero te dizer uma coisa: eu te amo muito e agradeço pelo tempo em que foi minha amiga, você realmente mudava meus dias, mas cuida, pois quem te ama muito está sofrendo de diversas maneiras. Não se esqueça disso. – ela me disse.


 


EU estava chocada, não podia acreditar no que ela me dizia, e o pior é que ela tinha razão, mas muito razão. Eu estava errada sobre o que eu pensava.


 


- Eu também gosto de ti. – eu disse. Era a única coisa que eu conseguia dizer.


 


Ela deu uma linda risada e desligo o telefone.


Eu fiquei parada no meu quarto pensando sobre o que ela me dissera, eu podia perceber sinceridade em sua voz.


Voltei a descer num local onde todos eram tão felizes e fúteis, que sorriam amarelo, fingiam felicidade.


 


Narrado por; Lily Evans


Onde; Chegando a casa


Ouvindo; Ignorance – Paramore


 


Lágrimas escorriam dos meus olhos. Sirius estava indo pra morte, era com toda certeza isso que ele estava fazendo, James havia partido pra outro lugar, quem sabe lá ele me esqueceria, Dorcas estava prestes a morrer, eu tinha certeza disso, Remus estava cada vez mais diferente o único que se mantinha.


 


- Chorando a partida de James? – perguntou venenosamente minha irmã, as Irmãs Black estavam junto.


 


- Não, chorando por ti e por essas nojentas, que não sabem o que é valores de verdade. – eu disse.


 


Elas ficaram me olhando, eu não era do tipo de responder, mas eu precisei aprender.


 


- Hey que papel é esse? – em questionou Petty.


 


- É da Dorcas. Mas porque tanto interesse? – eu a perguntei. Ela raramente me perguntava algo, ou ligava pro que eu tinha.


 


- Porque essa letra é do James. – disse a voz de ganso da Narcisa.


 


Eu entrei pro meu quarto, pensando em abrir a carta, mas eu lembrava exatamente o que Dorcas disse, só quando eu estiver preparada.


 


E eu estarei preparada pra quando isso acontecer.


 


10 dias depois...


 


- Lil’s, posso ir aí hoje a tarde? – me ligava Dorcas.


 


Nos últimos dias, ela havia emagrecido e tinha desmaiado duas vezes, nos estávamos percebendo que estava chegando a hora de nos despedirmos dela.


 


- Claro que sim Dorc, se quiser pode vir agora. – eu disse.


 


Sirius e eu não nos falávamos, eu havia trocado meu msn para que James não falasse mais comigo, Dorc e Remus continuavam juntos, superando tudo.


 


- Então to indo. – ela dizia, sua voz parecia ruim. Algo estava acontecendo com ela.


 


Depois de uns 5 minutos ela chegou, ela parecia não estar bem. Conversamos um bom tempo, percebi nela, que sentia dor, e pelo jeito forte...


 


- Lily eu te amo, não importa o que acontecer, você é e sempre será minha melhor amiga, avise a todos, que eu os amo, e a diga Remus que ele é e sempre foi realmente especial pra mim. – ela me disse saindo pela porta. Após isso eu comecei a chorar, uma dor e um medo tomaram meu coração, deu um tempo, eu senti um vazio. DORCAS DEVE TER MORRIDO.


 


 


 


 


 


N/A: Esse capítulo ficou muito tosco, mas eu precisava fazer ele, depois dele tem o final o epílogo e o bônus. Espero realmente que o final fique melhor que isso... Beijos e adoro comentários, mesmo se odiar eu quero.


 


 


 


N/B: God! Desculpas a todos. DDDDDDDDDDDDDDDD:


Achei triste Nath, mas não tá tosco! U_U


Logo o fim! :\


Beijos e comentem. :*

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.