Capítulo ùnico



Já era tarde quando James atravessava os corredores vazios de Hogwarts a caminho da sala comunal da Grifinória. Ele estava andando no jardim durante as últimas horas, pensando, apenas pensando...
[i]“- Ai, James, sai do meu pé! Você não se toca?! Eu não vou sair com você nunca!”[/i]
As palavras dela ainda ecoavam-lhe na mente. Por quê? Por que ela não aceitava de uma vez que o amava? A não ser que ela realmente não o amasse.
Isso era tão injusto! Ele a amava, mais até do que transparecia. É claro que até o quinto ano não percebera isso, então saia com qualquer rabo-de-saia. Mas ele mudara! Isso não era óbvio? Desde o começo do sexto ano não ficara com mais ninguém, e nem amaldiçoava o Snape! Pelo menos, não na frente dela. Se bem que, depois da briga, ela talvez não ligasse tanto...
Só de lembrar de quando ele a chamara de sangue-ruim, o sangue subia-lhe a cabeça.
Antes que pudesse perceber, chegara no retrato da mulher gorda. Balbuciou a senha e entrou. Era realmente tarde, observou James, não havia mais ninguém na sala comunal. Isso é bem anormal em um alojamento adolescente. Mas então, viu o motivo da sala estar vazia. Em cima de um dos sofás, havia um emaranhado de corpos e cobertas. Era uma espécie de lei informal em Hogwarts, quando os amassos ficavam mais quentes, todos se retiravam. James foi até perto do sofá para ver quem estava dormindo junto. E, com um solavanco no estômago, percebeu que era Lily. Não havia como confundir aquela cascata de cabelos ruivos. James sentiu as lágrimas chegarem aos olhos, e saiu correndo novamente pelo buraco do retrato. Correu durante o percurso inteiro, até chegar ao lado. Lá, começou a chorar, e ficou assim por quase uma hora.
Extintas as lágrimas, ele materializou um pedaço de pergaminho, uma pena e um tinteiro. E começou a escrever uma carta para Lily.

[i]Queria Lily,
Só queria novamente dizer que te amo. Queria saber o que mais poderia te fazer feliz. Sempre te disse isso, mas parece que você nunca acreditou de verdade. Vi que agora você encontrou alguém para você. Boa sorte. Estou feliz por você.
Cumprimentos de quem muito te ama,
James.[/i]

Selou e mandou para ela. Ficou observando enquanto a sua coruja desaparecia rapidamente no céu noturno. Depois, dirigiu-se para o sétimo andar e passou a noite na sala precisa.

- James? Eu sei que você está aí, abra, por favor – James acordou com uma batida na porta e a voz da Lily dizendo isso. Resolveu não abrir. Tinha quase certeza de que ela viera azucrina-lo por ter mandado-lhe uma carta.
- Por favor, James, abra! Sou eu que estou aqui, a Lily – ela continuava insistindo. Ele percebeu algo na voz dela, algo que nunca tinha ouvido antes. Expressava algo, alguma emoção, mas, mesmo assim, resolveu não abrir. Ela continuou falando.
- James, me desculpe. Desculpe por tudo que fiz com você durante esses anos todos, de como agi quando você abria o seu coração para mim. Mas é que... para mim, aquilo que você falava não passavam de palavras... Eu nunca imaginei que você realmente sentisse algo por mim. Não até hoje. Quando acordei, vi sua coruja com uma carta no bico, me olhando. Peguei a carta irritada, imaginando o porque de você estar escrevendo. Quando li, aquilo mexeu comigo de algum jeito... Desci para o salão comunal ainda com a carta na mão. Foi quando o Sirius me viu. Ele me puxou para um canto e me contou... me contou algumas coisas que aconteceram ontem. Ele me disse que te achou estranho então resolveu te seguir com a capa da invisibilidade. Disse que te viu passear por toda Hogwarts meio sonhador, entrar, me ver com outro na Sala Comunal e sair correndo de volta ao jardim. Contou que você chorou muito antes de escrever a carta, e disse que nunca havia pensado que isso aconteceria, mas que você está realmente apaixonado por mim – terminou ela. James percebeu que ela vacilara e começara a chorar enquanto falava.
Ele resolveu abrir a porta. Ver Lily chorar era uma experiência que ele não desejava viver. Ele encontrou-a ali, desolada e frágil, e teve vontade de pega-la no colo e levar para dentro. Mas, em vez disso, disse com a voz rouca:
- Eu te amo.
Ouvindo isso, ela começou a chorar mais ainda, e James abraçou-a por impulso. E, por mais incrível que pareça, ela não o rejeitou como sempre fazia. Pelo contrário, parou gradualmente de chorar. Depois de um tempo, afastou a cabeça do peito de James.
- Quer ficar comigo para sempre? – Perguntou Lily para James.
- Sempre - disse ele e a beijou. E, o final da história, vocês já conhecem...

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N/a: Oii! Espero que vocês gostem, essa fic foi escrita às pressas para a minha aula de redação, mas mesmo assim recebeu muitos elogios.

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