França



Desembarcaram do avião e estavam em outro país! Pegaram suas bagagens, passaram pela alfândega e foram ao hotel. As janelas do quarto dela tinham vista direta para o mar. Vestiu a sua roupa de banho e esperou seus pais fazerem o mesmo. Logo a família, feliz, estava na praia.
Hermione entrou no mar, banhando sua pele clara na água salgada e na luz do sol. Divertiu-se com as ondas, mergulhou, conversou com sua mãe, foi para a areia, voltou para o mar, enfim, uma verdadeira criança, o que ela realmente era, apesar de muitas pessoas esquecerem disso por causa de sua maturidade adiantada.
Em determinado momento, ela se sentou e começou a ler um dos livros que tinha vindo em sua bagagem. Um de seus livros trouxas, já que não era aonselhável que seus outros livros saíssem à vista de todos. Leu um pouco do livro "O Processo", mas a angústia que sentiu pela situação do personagem principal a fez parar antes de ultrapassar 30 páginas. Fechou o livro e começou a observar as pessoas ao seu redor.
Do seu lado direito, havia um senhor de idade avançada, extremamente gordo e que dormia em sua cadeira de praia. Não havia nada de interessante em uma pessoa dormindo, por isso a atenção de Hermione logo se desviou para as duas mulheres à sua frente. Eram mãe e filha, ao que parecia, ambas muito bonitas. Conversavam enquanto tomavam sol. Hermione tentou ouvir o que elas diziam, mas não conseguia entender direito por causa de duas crianças que estavam brincando (ou melhor dizendo, gritando) ali perto. Elas desviaram a atenção dela por um tempo, até que, olhando na direção das crianças, logo atrás delas, ela viu um homem, de meia idade, lendo um livro. Mas não era um livro qualquer, era o mesmo que ela estivera lendo minutos antes. Isso chamou sua atenção. "Alguém com o mesmo gosto que eu!" Isso deixou-a espantada. Começou a observar mais essa pessoa. Era muito branco, como se raramente pegasse sol. Estava com um calção de banho enorme, mas não estava molhado. O rosto estava escondido pelo livro, então ela não podia saber como era, mas os cabelos eram bem escuros, extremamente negros. Ela ficou imaginando o rosto dessa pessoa misteriosa, imaginando que outros gostos teriam em comum. Essa era uma das suas diversões favoritas: imaginar personalidades a partir de uma pequena informação da pessoa. Raramente funcionava, mas era melhor que não ter o que fazer. Assustou-se quando o homem levantou de um pulo, pegou suas coisas e caminhou em direção ao hotel onde ela estava hospedada. Ela decepcionou-se, já que ele havia sido tão rápido que ela não conseguiu sair de seus devaneios a tempo de seu cérebro registrar seu rosto, logo, ela não podia adivinhar se tinha adivinhado a sua imagem mental ou não. Mas a decepção logo tornou-se alegria quando viu ele entrar no hotel. Ela teria outras chances, então!

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