Epílogo - Um ano depois...



Em Hogsmeade, uma fila gigante de pessoas segurando seus exemplares de ‘Rowjisuky: um encontro, uma única chance’, de Simon Nissenson, dobrava quarteirões. Depois de um ano rodando o mundo em explorações e pesquisas, finalmente o jovem, mas já grande, mestre em poções voltava para a sua terra natal, trazendo as descobertas sobre a planta mágica rara que há séculos vinha intrigando os pesquisadores.

Dentro da Floreios e Borrões, as pessoas se abarrotavam para conseguir um autógrafo do dragão, que somente aquele dia cederia essa oportunidade aos seus fãs.

- Aqui está. – ele entregou o livro para um garoto que agradeceu imensamente feliz, mais encantado em ter a assinatura de um bruxo famoso que poderia guardar para sempre, do que ter o próprio bruxo na sua frente.

Em seguida, uma moça se aproximou escondendo o rosto atrás do livro.

- Pois, não? – pediu Nissenson educadamente.

- Tchaaan!/em> – Vicky se revelou.

O dragão se surpreendeu, deixando bem claro que não esperava encontrá-la ali, mas mesmo assim sorriu para ela.

- Há quanto tempo! – a bruxa cumprimentou com um sorriso de orelha em orelha.

- É. – ele concordou se levantando, com uma intenção clara de cumprimentá-la.

Contente por ter sido bem recebida, Vicky estendeu a mão, já se preparando mentalmente para convidá-lo para um jantar. Mas, de repente, o dragão sai para o lado e circula uma pilha de livros, abrindo espaço entre as pessoas e fugindo.

- EEEIII! – Vicky corre atrás dele protestando – Simon! Espera! É só um autógrafo e eu vou embora! Prometo, Simon! Não vou arrastá-lo para lugar nenhum! ESPERA, SIMON!

***

Adam MacGilleain, diante de todos os bruxos importantes do Ministério, proclamou o seu discurso de posse do cargo de Chefe dos Aurores:

- Para acabarmos com antigos preconceitos, sempre honrando os que depositam suas esperanças em nossas ações, vamos trabalhar arduamente em busca de um mundo melhor! Assim como hoje estou aqui, sendo prova de que não importa a sombra maligna que paira sobre o passado do meu nome, espero que outros sigam o exemplo e construam conosco uma Sociedade Bruxa onde impere a igualdade, independente de origens, famílias ou status!

Uma salva de palmas finalizou o seu discurso, e os flashs das câmeras irromperam pelo salão, assim como as perguntas dos reportes.

***

Ryan Hainault, com uma mochila nas costas, parado na frente da lareira do seu quarto, olhava firmemente para o porta-retratos que tinha nas mãos. Então, o depositou novamente no seu lugar, e colocou junto dele um pergaminho.

Lançando um último olhar para a foto, ele deu um longo suspiro decidido e saiu, fechando a porta devagar, ciente de não a abria novamente tão cedo.

***

- Ei, naquele dia aqui, você não me disse qual era o seu sonho. – Doumajyd lembrou.

- Meu sonho? – Mary olhou para o cenário a sua volta, tentando se recordar da conversa que haviam tido naquele mesmo lugar, há exatamente um ano atrás.

Os dois estavam na praia deserta onde tinham ficado antes do seu casamento. Fora uma viagem impulsiva de Doumajyd, alegando que deveriam ir para um lugar distante somente os dois. E em menos de um dia lá estavam, afastados de toda a civilização, usando galhos secos para riscarem a areia e vivendo alguns momentos sem as obrigações e deveres dos bruxos que eram os modelos seguidos na sociedade mágica.

- Huuum... – ela pensou no que responderia, parando com seus rabiscos – Lembra do que você me disse aqui? Que eu era o seu sonho?

- Lembro. – ele respondeu, se apoiando do seu galho e olhando para ela.

- Mesmo hoje, não existe ninguém mais importante para você do que eu?

- Mas é claro que não! – ele respondeu rápido e um pouco ofendido com a pergunta, e então acrescentou – Não fale como se estivesse sonâmbula!

Ela riu da reação atrapalhada dele e continuou o inquirimento:

- A partir de agora também? Haja o que houver?

- Eu jurei, não foi? – ele disse – Não importa o que aconteça, eu nunca vou te deixar. E posso jurar novamente sem problemas.

Ela o encarou por um tempo, o avaliando, e então recomeçou a rabiscar:

- Mas eu não me importo em ser a segunda pessoa mais importante.

- ...O que é isso? – ele perguntou preocupado, não entendendo onde ela queria chegar.

- Só estou dizendo que eu posso me tornar a segunda pessoa mais importante para você.

Confuso, o dragão apenas a encarou. Sabendo que o marido não entenderia por conta, ela decidiu ajudá-lo. Largou o se galho, correu até a borda da praia, e gritou para a vastidão do mar com todas as suas forças:

- QUANDO VOCÊ CRESCER, NÃO SE TORNE UM METIDO COMO O ILUSTRISSIMO CHRISTOPHER DOUMAJYD! – e então ela olhou para o dragão parado na areia, e acrescentou – Mas pode ter um cabelo estranho como o dele.

Ainda demorou alguns instantes, mas logo a expressão de Doumajyd, um misto de apavoramento e felicidade, confirmou que ele havia entendido, mas ainda não acreditava:

- O quê?!

- O meu sonho, – ela continuou, colocando as mãos na barriga – também se realizou.

Imediatamente, ele largou o galho e correu até ela. Se ajoelhou na sua frente e encostou a cabeça na barriga de Mary, como se isso o permitisse confirmar.

Sem conseguir se conte, ele se levantou saiu correndo para todos os lados em volta dela, gritando para o mar:

- INACREDITÁVEEEEEEEEL!!!

Mary apenas ria com tudo, o deixando agir como um idiota que não sabia o que fazer para demonstrar o quanto estava feliz.

Então, quase sem ar, ele voltou correndo até ela e abraçou forte, a pegando no colo e a rodando. Mas logo em seguida se deu conta do que estava fazendo e a colocou de volta no chão com todo o cuidado, a forçando a se sentar na areia:

- Senta aqui, Mary. Está cansada, não? Está com fome? Eu vou pescar um peixe pra você e depois temos que- – sem terminar o que dizia ele a abraçou de novo e repetiu baixinho pra ela – Inacreditável!

***

No porta retratos do quarto de Hainault, na foto tirada no dia do casamento de Mary e Doumajyd, os dragões e a noiva, todos se abraçavam e sorriam contentes, transmitindo a alegria deles naquele momento, há um ano atrás.

No pergaminho deixado para trás pelo dragão antes de partir, estava escrito:

“Existem tempestades que passam a ser flores. Em um mundo assim, até mesmo dragões podem ser boas pessoas, quando existe alguém que acredita neles... Porém, alguns dragões precisam continuar sozinhos e buscar suas flores por si mesmo.

Apesar de ser um adeus, é a vida.

A nossa história não termina aqui. Ela irá começar agora...”




FIM


Nota da L:
Foi a exatamente há três anos atrás que Di-hana e eu decidimos começar a escrever uma fica baseada em hanadan. Começamos meio capengas, sem saber direito como fazer uma adaptação, nos perdendo nas escolhas dos nomes, quebrando as cabeças para escolher um título significativo... Mas aí está, Entre Doces e Dragões completa! xD

Durante todos esses anos, nos tempos em que fizemos intervalos durante uma fic e outra, sentíamos um imenso vazio, e ficávamos na mesma situação dos leitores, querendo saber o que acontecia depois. Porém, tudo o que tem um começo deve ter um final, é a vida xD

É com um sentimento bom de trabalho cumprido que chego ao final de EDD. Contente pelos comentários que recebi, pelos e-mails trocados, pelos acontecimentos que me surpreenderam e que só tive oportunidade de presenciá-los por causa da fic. Por mais que ela não seja algo que irá me trazer status como escritora, foi uma aprendizagem incrível, que nenhuma universidade no mundo é capaz de fornecer.

Agradeço a todos os leitores que acompanharam até o final e tiveram a paciência de esperar todos esses anos pela conclusão. Aos comentários e aos incentivos que recebi. A Di-hana que começou a escrever essa fic comigo e me fez perder o medo de continuá-la sozinha. Aos meus amigos próximos que ficaram ouvindo minhas lamúrias de
‘eu preciso escrever, mas não sai nada! Vou me jogar da ponte!’. P, que leu a fic desde o começo, mesmo antes de assistir hanadan e se entusiasmava com os capítulos. Ao Yuri que não leu a fic desde o começo, mas é fã de hanadan e não acreditou no total de paginas da fic no começo xD A Thata que tbm leu a fic desde o começo, fã do Ilustríssimo Eu, e a qual eu joguei em um desfiladeiro a fazendo assistir hanadan e hj se vê o resultado irremediável disso xD Ao Arashi que faz o seu melhor para dominar o mundo e incentiva seus súditos a fazerem o mesmo através de suas músicas e seu mundo colorido xD

Agora, chega de babação e agradecimentos e vamos às informações técnicas o/

Estou lutando bravamente contra a minha vontade de reler todas as três fics desde o começo. Mesmo assim, vou revisar a EDDFinal antes de abrir um blog somente para ela no blog da LAP. Então a reunião de todos os capítulos vai demorar um pouquinho, assim como o post dela toda revisada no F&B...

Estamos preparando algumas novidades para o blog que serão lançadas no niver de 9 anos da LAP \o/ Tudo está em total sigilo e segredo para que o Mot-Mot não descubra e dê um jeito de acabar com a festa, mas posso adiantar que vai ter um especial de EDD xD Agora, para saberem mesmo o que vai ser, aguardem até dia 30 de Junho xD

Até lá, pessoal! o/

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