Capítulo cinco



- capítulo cinco: sobre nerds, traições e química


 


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Narrado por: Dorcas Meadowes Fazendo: Indo para o ensaio com as líderes de torcida Ouvindo: meu salto alto batendo no ginásio vazio


 


Eu detesto quando todo mundo sai da escola e eu tenho que ficar. Não tem glamour nenhum marcar ensaio com as lideres de torcida depois das aulas se não vai ter ninguém te olhando desfilar de shortinho curto. Mas foi extremamente necessário fazer isso. Se aquelas meninas pretendem ganhar o Campeonato de Animação de Torcida deste ano, vão ter que se esforçar muito mais.


Ah, como vida de líder de torcida é complicada.


Talvez depois eu dê uma passada na casa da Lily pra estudar química, porque eu tenho quase certeza que amanhã tem prova. Juro que li algum tweet sobre isso hoje mais cedo, quando deveria estar prestando atenção na aula de informática.


Mas tudo bem, qualquer coisa eu sento atrás daquele nerd loirinho da minha turma.


Aliás, pensando bem agora, eu realmente vou passar na casa da Lily. Ela precisa ser informada sobre o que o colégio inteiro está falando dela, você cairia duro se ouvisse uma coisa dessas. Todo mundo está dizendo que ela está tendo alguma coisa com um tal de Janot Porter. Sabe-se lá quem é esse carinha, só sei que ele é muito nerd. E eu realmente poderia jurar que vi a Lily conversando uma ou duas vezes com um loser desses... Ela precisa entender que isso é muito ruim pra reputação dela.


E eu queria muito mesmo que a Lily ligasse pelo menos um pouco para a reputação dela, lhe faria muito bem.


- Você precisa fazer alguma coisa, Cloe! – ouvi alguém murmurando não muito longe de mim.


- Eu sei, eu sei! Vou fazer alguma coisa, meninas, fiquem calmas – ouvi a voz de Cloe, minha orientadora. Ela era como a treinadora das líderes de torcida. Eu realmente adoro a Cloe! – Simplesmente não consigo acreditar no que vocês me dizem! Dorcas parece um doce, não acredito que ela esteja fazendo isso.


Sorri ao ouvir a maneira doce como Cloe se referia a mim. Ela era mesmo um doce de pessoa, totalmente fofa. Só então registrei exatamente o quê ela estava dizendo. Espera... o que supostamente eu estava fazendo?


- É chocante, mas é verdade – disse Lauren, uma vadiazinha invejosa – Dorcas está, tipo assim, vendendo totalmente as nossas coreografias para a torcida rival.


MEU DEUS DO CÉU, QUE VAGABUNDA!


Quase cai no chão quando ouvi o que aquela pilantra disse. Como assim? Eu estava vendendo às nossas coreografias a outro time? Que palhaçada era essa? Eu que inventava as coreografias, para começo de conversa! O que aquela oxigenada estava dizendo?


- Isso é muito grave! – disse Cloe. Eu estava tão chocada que nem conseguia me mover.


- Eu sei, Cloe, querida, eu sei... – Lauren falou como se estivesse verdadeiramente magoada com isso. Vaca – Eu sugiro que a tiremos da liderança. Eu aceitaria o fardo desse posto, se você precisar...


Com uma facada no peito, entendi o que aquela garota nojenta estava fazendo. Ela estava me traindo! Enfiando uma faca nas minhas costas pra ficar com o meu posto! Que cadela! Me sentindo totalmente mal, saí correndo dali antes de pensar em alguma coisa, querendo chorar horrores e nunca mais aparecer ali. Porque eu sempre traí meus namorados, mas nunca tinha entendido o quanto era ruim até acontecer comigo.


Ser traída pelo meu próprio time, que eu tanto amo!


Cadelas.


- Ai! – gritou alguém.


Eu estava tão louca e descoordenada que saí correndo e chorando pelos corredores vazios da escola, tentando chegar ao banheiro das meninas onde poderia dar uma ajeitada na minha cara, agora certamente toda borrada de rimel. Eu só não esperava topar com alguém pelo caminho.


Droga.


- Me desculpe – choraminguei, olhando pra pessoa que eu tinha acertado na minha fúria insana.


E quase tive vontade de sair correndo de novo.


Porque era um menino horroroso, horroroso de verdade. Loiro, gordo e... estranhamente familiar. Será que eu o conhecia de algum lugar? Céus, ele era tão feio que me fazia querer vomitar. Como se tivesse tentando fazer um tratamento de pele e este estivesse dando terrivelmente errado.


- Tudo bem com você? – ele sorriu, simpático – Parece que eu sempre a encontro nos piores momentos.


Ai, credo. Quem esse menino pensa que é pra dizer que Dorcas Meadowes tem momentos ruins? Se ele não tivesse dito isso de um jeito fofinho, gaguejando, eu teria batido na cara dele.


- Desculpe, eu te conheço? – perguntei. Ele parecia mesmo familiar, por detrás daquele monte de espinha e cabelo ruim...


Ele olhou pra mim como se eu fosse louca, e não ele. Então murmurou um “Remus Lupin” bem baixinho, como se estivesse arrependido de vir falar comigo... E ai eu me lembrei.


- O menino da toalha – gritei – Olha, você salvou minha vida aquele dia.


Ele riu e deu de ombros, me oferecendo um lenço branquinho... qual o problema desse menino com coisas brancas? Ele sempre parece ter uma delas à mão, pronto para oferecê-las à garotas desesperadas e loucas como eu.


- Desculpe – falei, me referindo a não me lembrar dele. Não preciso me preocupar dele ter entendido ou não porque o QI dele deve ser uns 180 e ele deve entender o que eu falo bem antes de proferir a coisa toda – Eu estou tendo um péssimo dia.


Ele sorriu pra mim (DEUS! ME SALVE DESSE DEMÔNIO. Quase gritei isso. Preferia que ele tivesse ficado de boca fechada) e deu de ombros de novo. Estava segurando um IPad e um monte de livros, o que me fez pensar que ele deveria estar estudando na biblioteca e perdeu a hora.


- Garotas como você não tem um “péssimo dia” – falou, colocando pelo menos uns seis livros na mochila – Nunca chegaram à escola cheia de lama porque um carro passou numa poça e não viu você. Nunca levou purê de batatas na cabeça porque os machões da escola precisavam se divertir. Nunca cuspiram em você, ou bateram em você, ou humilharam você na frente de quem quer que fosse. Pessoas como eu tem dias assim, ruins, péssimos. Pessoas como você, não.


Murmurou um “boa noite” qualquer e saiu, me deixando com a cara completamente no chão.


 


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Narrado por: Lily Evans Fazendo: Estudando química Ouvindo: Alguém cantar alto e desafinado a minha música favorita


 


Tem alguém cantando All I Wanted desesperadamente aqui do lado, sabe, no vizinho. E, tudo bem, é a minha música favorita, eu sei, mas eu ficaria muito feliz se a pessoa calasse a boca ou pelo menos cantasse um pouquinho melhor.


Como vou me concentrar em Equações Químicas desse jeito?


- Mãe! – berrei.


Aí me lembrei que minha mãe não estava em casa, só minha irmã idiota que estava pintando as unhas lá embaixo. Eu não ia sair do meu quarto pra ficar vendo Petúnia pintar os cascos de rosa choque, mesmo que tivesse que aturar meu vizinho cantor. Talvez, se eu for até a sacada, consiga ver quem é e mandá-lo parar...


Do outro lado da rua, exatamente em direção a minha sacada, um menino magrelo pulava, cantando mais alto que o som. Ele estava tão feliz que eu comecei a ter vontade de pular com ele, deixando pra lá todo o meu estudo de química ou qualquer coisa do gênero. Só quando ele pulou de modo a ficar de frente pra mim que eu me liguei em quem era.


James Potter.


- OI JAMES! – gritei, idiota.


ME SALVEM, ME SALVEM! PORQUE EU ESTOU FALANDO COM JAMES POTTER? PORQUE EU LEMBRO O NOME DO JAMES POTTER? PORQUE EU ESTOU FELIZ DE VER JAMES POTTER? AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH.


- Lily! – ele gritou, arregalando os olhos e desligando o som.


Eu nem sabia que o James era o meu vizinho. Ele nunca tinha me dito nada. E eu não me lembro de tê-lo visto por aqui. Se ele tivesse me contado, poderíamos ir pra escola juntos há muito tempo! E seríamos amigos! Estudaríamos juntos e riríamos de nossa própria inteligência. Dominaríamos o mundo!


Ok, esquece isso.


- Oi! – gritei de volta, provavelmente incomodando outros vizinhos.


Ele passou a mão nos cabelos – só que ele usa gel, então ficou uma coisa muito bizarra, mas não me importei agora. Era até bonitinho – e ficou vermelho. Dava pra ver até com aquela distância toda.


O gesto dele! O gesto dele! Isso é que era bonitinho!


Não acredito que disse que alguma coisa em James Potter era bonitinha. Deus! Deus! Que horror.


- O som está te atrapalhando? – perguntou, se debruçando na própria sacada pra falar comigo.


Som? Que som?


- Não, nem estava ouvindo! – falei, totalmente ignorando que, há cinco segundos, eu queria matar a pessoa que estava ouvindo e berrando Paramore naquela altura.


James também ouve Paramore, hihi!


- Eu não sabia que você era meu vizinho! – sorri, gritando. Tudo ao mesmo tempo.


Sei que deveria estar estudando química, mas eu ficaria horas conversando com James Potter desse jeito. Poxa, era tão legal. Porque com James eu sentia como se pudesse ser verdadeiramente eu, entende? Não que eu não o pudesse com Lene e Dorcas, não me entenda mal. Mas a nossa realidade era diferente, e eu me cansava disso às vezes. Com James, não. Era totalmente diferente. Mesmo que a gente se falasse há tão pouco tempo. Por isso, quando ele deu de ombros, eu berrei antes que pudesse me arrepender:


- Ei, Jay, quer vir estudar aqui em casa comigo? Eu detesto química... então estudar com alguém pode ser divertido...


Meu Deus, eu não acredito que fiz isso!


[...]


James corou tanto quando eu o convidei para vir na minha casa que quase me arrependi de ter feito isso. E eu nem sei mesmo porque eu estava fazendo, acho que foi mais pelo fato de que ele estava cantando a minha música favorita, totalmente alheio à tudo enquanto pulava pra lá e pra cá no quarto dele. Mais ou menos como eu fico quando faço isso.


Pelo menos ele veio, e agora estamos estudando na cozinha, ouvindo Petúnia falar no telefone com alguém lá na varanda, enquanto nos concentramos em todos os CO2 e H2O que possam aparecer em nossas vidas.


- Lily, eu acho que essa sua questão está errada... – comentou, apontando pra minha 8.b, que eu tinha errado de propósito pra ver se ele ia falar alguma coisa.


E ele falou.


Agradeci com um sorriso, ficando feliz quando ele corou. É muito fofinho quando ele faz uma coisa dessas, sabe? Nenhum dos garotos da escola cora quando eu falo com eles, ou quando eu sorrio pra eles. Só o James.


Era tão fofinho que eu queria apertar a bochecha dele e não soltar nunca mais.


- Entre – disse Petúnia, toda melosa.


Odeio quando ela fala assim, porque é sempre quando ela convida alguma das amigas idiotas dela pra entrar ou um cara igualmente idiota. Olhei pra porta esperando ver um monte de meninas vestidas de rosa ou um cara que mais parecia um ogro, mas minha boca literalmente caiu de choque quando eu vi quem entrava pela porta.


Porque minha irmã tinha convidado o Matt pra entrar.


- Fazendo caridade, Evans? – perguntou ele assim que me viu com o James na mesa da cozinha. Babaca, ele já tinha dito isso uma vez.


- Não, Matt, fiz isso quando saí com você – disse, quando me recuperei do choque por ver que a minha irmã estava pegando meu ex. E por ele usar as mesmas ironias.


Das suas uma: ou ela estava fazendo isso pra ver se me deixava irritada e com ciúmes ou pra deixar o James constrangido, porque o Matt era claramente mais bonito.


Meu Deus, vou matar Petúnia quando estivermos a sós em casa, ela que me aguarde.


Olhei pro James, completamente constrangida, imaginando que ele poderia pensar que eu tinha mandando minha irmã convidar meu ex para humilhá-lo, do jeito que ele tinha mania de perseguição.


Ele estava com a cabeça abaixada, completamente vermelho e sem graça, me fazendo querer ainda mais matar a minha irmã, enquanto ela conversava alto com o Matt na sala.


- Desculpe por isso – murmurei – Minha irmã tem problemas comigo, ela deve pensar que isso vai me fazer ficar irritada.


E em parte ela tinha conseguido. Eu estava definitivamente irritada.


- Tudo bem – ele sussurrou de volta – Talvez eu deva ir embora, deixar vocês mais a vontade...


Argh, James burro!


- Não, sério, fique – falei, sentindo meu rosto esquentar – Daqui a pouco ela percebe que isso não está me incomodando e manda ele embora, você vai ver...


E, sorrindo de ladinho, ele voltou a estudar comigo, enquanto eu planejava qual seria a maneira mais fácil de matar Petúnia Evans.


 


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Narrado por: Marlene McKinnon Fazendo: Estudando química na biblioteca da escola porque não quer perder o ano Ouvindo: as vozes do além (?)


 


Odeio química! Odeeeeeeeeio. Por Deus, que coisa mais chata! Como é que as pessoas normais conseguem entender essa matéria? É a coisa mais louca do mundo, não rola pra mim. Estou aqui há horas na biblioteca, lutando contra todo o meu ser e tentando entender quem é o reagente, mas não rola.


Simplesmente sou burra demais pra essa matéria.


- Se você mudasse de livro, ficaria mais fácil – disse alguém atrás de mim, me fazendo pular de susto – Esse autor é muito complexo, você deveria tentar outro.


Céus, que susto! Era aquele nerd estranho que monitora o laboratório de ciências, o Sirius-Sei-Lá-Das-Quantas. Meu Deus, essa cara não tem vida social, não? Ficar o dia inteiro na escola? Que coisa de louco...


Ah, é, ele é um loser.


- Obrigada – falei, colocando a droga do livro no lugar dele e pegando outro – Simplesmente não consigo estudar essa coisa! E não posso colar, porque o professor me pegou fazendo isso na última prova e disse que me reprovaria se eu fizesse novamente...


Ah, queria ver o Mark. Estou tão estressada que PRECISO beijar alguém na boca, qualquer um. É tão irritante quando se tenta estudar alguma coisa e essa devida coisa simplesmente não entra na sua cabeça! É frustrante.


- Não é tão complicado – sorriu, sentando do meu lado.


- Pra você... – disse, malcriada.


O que deu nesses nerds ultimamente? Falam com a gente como se pertencessem à nossa escala social, sorriem, sentam perto da gente e ficam conversando... O mundo está perdido mesmo!


Mas pelo menos hoje ele não está usando nenhuma camiseta esquisita.


- Se você quiser, posso te ajudar – ofereceu – A estudar, quero dizer. No meu laboratório tem uns bons slides, posso explicar pra você.


Aceitei prontamente e agradeci. Qualquer coisa seria melhor do que aquela biblioteca, até mesmo aquele laboratório claustrofóbico, de verdade. Eu simplesmente não aguentava mais olhar para todos aqueles livros velhos e mofados, e ler coisas que não entravam de jeito algum na minha mente. Acho que era tudo um pouco demais pra mim...


A Lily diz que a gente tem que se mais legal com os losers, porque eles são boas pessoas no fim do dia. Talvez ela tenha razão. O fato do Sirius-Alguma-Coisa se oferecer pra estudar comigo era algo realmente legal da parte dele, sabe, perder seu precioso tempo, provavelmente muito mais aproveitável se gasto em Cabal, comigo... era um gesto quase lindo.


- Senta aí em algum lugar – falou, abrindo a porta do laboratório. Era bizarro e fedido do jeitinho que eu lembrava. Combinava estranhamente com o seu monitor. Não que ele fedesse. Só era esquisito – Vou lá dentro pegar as coisas...


E entrou numa salinha que tem ali dentro, voltando com uns equipamentos que eu nem tentei começar a entender, reservando meu cérebro debilitado para química e somente química. Eu queria ter o cérebro da Lily, meus problemas estariam todos resolvidos. Pelo menos eu não tenho o da Dorcas, então já estou no lucro.


Credo, como eu sou cruel. Hihi.


-  Bom, podemos começar? – perguntou.


Então eu assenti e ele começou a falar exatamente as mesmas coisas que estavam escritas naqueles livros odiosos, mas de um jeito que me fazia entender. Talvez porque ele ficava dando exemplos bem mais entendíveis, como se realmente soubesse do que estava falando. E, pra ser bem sincera, ele sabia mesmo.


Só que dessa vez eu também estava sabendo, então vou tirar um A+ amanhã e esfregar na cara do professor idiota, mostrando que eu não preciso colar pra ser plenamente feliz. Ou qualquer coisa do gênero.


- Puxa, Sirius, obrigada! – falei, quando finalmente terminamos de estudar.


Ou melhor, ele terminou seu monólogo e eu terminei minhas anotações e exclamações de surpresa.


- Por nada – ele recolheu as coisas, deixando numa mesa qualquer e me ajudando a recolher as minhas – Assim eu revi o assunto também.


Há, até parece! Ele falou aquilo tudo da cabeça, sem consultar nenhum papel!


- Bom, então ok – falei, sorrindo pra ele. Era um nerdzinho até que muito gente boa! – Se tiver alguma coisa que eu possa fazer por você, é só me avisar.


Ele corou e me olhou com um olhar safado (?). EU JURO.


Não sabia que nerds podiam fazer olhares safados, mas esse fez.


- Bom, tem uma coisa sim.


E, dito isso, ele me empurrou contra a mesa de experimentos e - eca - tirou o aparelho. Deus, eu estou beijando um nerd? Hm, e não é que ele sabe mexer a linguinha?


 


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Narrado por: Lily Evans Fazendo: acalmando Dorcas Ouvindo: ela reclamar bem no meu ouvido


 


Dorcas entrou correndo na varanda da minha casa com o rosto todo borrado de rímel quando eu e James estávamos sentados no balanço nos beijando apaixonadamente devorando um pote de brigadeiro que ele tinha feito pra fechar nossa tarde de estudos. O brigadeiro dele conseguia ser ainda melhor que o meu!


Na verdade, era a melhor coisa do mundo.


- Lily! – ela berrou, me fazendo levantar assustada. Eu nunca tinha visto a Dorcas num estado tão grave como esse!


Agora estou tendo que aturar ela me falando que o mundo perdeu a noção de mundo, que um nerd deu lições de moral nela, e que eu estou apaixonada por James Potter, fazendo com que a nossa reputação desça pelo ralo.


ESPERA AÍ. Desde quando eu estou apaixonada pelo James? ELE É MEU AMIGO! Não tem nada de romântico na nossa relação, de verdade. E daí que eu acho que é meio fofo quando ele fica corado ou surpreso por eu ser amiga dele? Isso não significa que estejamos apaixonados e prestes a ter um caso de amor, sabe?


É.


- Olhe, Dorcas... – falei, enquanto dava mais um lencinho de papel pra ela – Isso não tem nada a ver, sério. Ele é meu amigo, de verdade, e é muito legal conversar com ele. Mas não passa disso. Ele ainda é um loser e eu ainda sou uma pop. Você não tem com o que se preocupar, de verdade. Eu nem lembro mais o nome dele! É Janot-Alguma-Coisa, não é? Não é como se eu estivesse gostando dele, fala sério!


Ai, que deprimente. Nossos mundos não combinam! Acho que vou chorar. Porque nunca uma garota pop como eu (ou Dorcas e Lene) vai poder ficar com um completo loser como o Janot. Isso seria realmente o fim do mundo e da escala social que levou anos para ser feita de maneira perfeitamente hierárquica.


Eu estaria destruindo toda uma civilização se me apaixonasse pelo Janot.


- BOA NOITE, JAMES! – gritei, quando o vi pela sacada do meu quarto, desligando o computador. Ele me deu um tchauzinho do outro lado e fechou as cortinas.


Corei completamente quando vi o olhar da Dorcas.

 



**
 


n/a: Hmm, alguém está me cheirando a apaixonada!! Quem será? Mais alguém ai queria um beijo do htinho100sual? Haha. Veremos o que vem por aí! Beijos, Deb!


n/b: AE SIRIUS FINALMENTE PERDEU O BV E...ops UHAUHAUHAUHAUHAUAHUAH ok, adooooorei esse capítulo! E Lily, você não engana ninguém ok. Btw, espero que gostem <3

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Comentários (1)

  • Polie

    Esse é o Remus que eu conheço! UHASHUSAHUHASUHSHU <3

    2011-10-06
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