É Natal!
Autor: Forrest Gump
Era uma quarta-feira, um dia antes do natal. E nevava em Londres. Harry Potter, o menino que sobreviveu , aproveitou a noite fria para sair, dar um passeio no parque da cidade. Estava tudo branco, as árvores sem folhas davam um ar mais sinistro e ao mesmo tempo a sensação de calma, logo ao centro havia uma fonte que estava com a água congelada e vários banquinhos cheios de neve. Ele, depois da tão gloriosa vitória sobre o terrível Lord Voldemort, se tornou um grande auror, foi fazer cursos em todo o mundo, Nova Zelândia, Japão, Brasil, México, enfim, quase em todos os cantos do mundo, conseqüência disso se afastou de todos os seus amigos... Agora ele estava só.
Não tinha coragem suficiente para tentar falar com algum de seus tão importantes amigos.
Nevava muito em Londres, e ele comprou um café, procurava um canto sossegado em que pudesse organizar seus pensamentos. Já que havia acabado de perceber que de todos os seus amigos, ele sentia mais falta de sua melhor amiga, Hermione Granger, sua fiel escudeira, que nunca duvidou dele, nem o deixou sozinho, e chegou à conclusão de que estava apaixonado por ela, mas não sabia se ela já se havia casado, ou se ela havia voltado com Rony Weasley, seu outro amigo.
Ele não sabia de nada, e lhe faltava coragem para ir atrás. Talvez ela estivesse feliz sem ele para aterrorizar a sua vida.
Harry Potter observou uma mulher sentada em um banco, logo a sua frente. A mulher estava segurando um copo enorme de café e tinha um jornal enorme na frente do rosto. E ele pensou: “Nada melhor que uma mulher para me ajudar em uma hora dessas?”.
E ele foi até a mulher...
__ Boa noite senhorita. Ele disse na frente da mulher.
__ Boa noite... Disse a mulher com uma voz rouca.
__ Eu posso me sentar aqui? Ele perguntou apontando para o lugar vago ao lado da mulher.
__ Pode. Ela respondeu sem pensar.
Ele se sentou e ficou pensando em várias formas de puxar assunto com ela, quando teve uma brilhante idéia, mas algo saiu errado.
__ Moça... Eu posso desabafar com você? Ele perguntou e logo em seguida tapou a boca com as mãos.
__ Claro. Ela respondeu sem alteração na voz.
__ Obrigado... Ele disse mais aliviado que nunca. __ Bom... É que... Ele começou sem jeito. __ É que eu acabo de descobrir que me apaixonei por minha melhor amiga.
__ Que bom... Espero que tudo dê certo para você... A mulher disse sem olhar para Harry.
__ Obrigado, mas tem um problema...
__ E qual é?
__ Eu não sei onde ela está.
__ E você ainda diz que ela é sua melhor amiga? Perguntou a mulher num tom indignado.
__ É,eu sei...é complicado, mas, é que mesmo estando longe, eu ainda a ouço em minha mente a voz dela me dizendo o que fazer, sempre foi assim...
__ Interessante. Ela deve ser muito importante mesmo... Disse a mulher mostrando interesse.
__ E é...
__ Conte-me mais sobre a história de vocês, só assim poderei te ajudar.
__ Como você sabe que eu estou precisando de ajuda?
__ Sou uma mulher... Mulheres entendem disso.
__ Ok... Disse Harry sorrindo, não acreditava na sorte que tinha. __ Bom, como eu posso começar...? É tudo tão complicado, foram tantas coisas... Tantos momentos!
__ Tive uma idéia... Aproveite que é Natal e me conte todos os natais que você teve com ela. Disse a mulher ainda atrás do jornal.
__ Isso mesmo! Você não acha melhor parar de ler o jornal? Perguntou Harry.
__ Não... Assim você se solta mais para contar as histórias.
__ Ok!... Bom, eu sou um bruxo... E depois de tudo o que eu te falar aqui, eu vou lançar um feitiço em você que vai apagar a suas últimas horas de memória. Espero que não saia correndo...
__ Tudo bem... Tem certeza que não me lembrarei de nada?
__ Tenho. Respondeu Harry estranhando a calma daquela mulher.
__ Então pode começar.
Harry suspirou forte e começou...
__ Bom, eu a conheci quando tinha onze anos... Quando eu fui para Hogwarts, a princípio eu a achei uma verdadeira mala... Uma menininha sabichona e só. Hermione Granger é o nome dela. Mas depois de nós derrotarmos um trasgo juntos, eu mudei de idéia. Ela continuou sendo sabichona, mas já não era mala... Nesse meu primeiro ano em Hogwarts, algo de muito importante estava para ser roubado da escola, e nós estávamos achando que era o professor de Poções, o Severo Snape. Nós descobrimos que o objeto que estavam querendo roubar havia pertencido a Nicolas Flamel, então, nesse primeiro Natal com Hermione, ela não passou comigo, foi viajar com os pais, mas ainda deixou uma missão para mim e para o Rony, meu outro amigo que eu fiz em Hogwarts.
“Ela disse para nós descobrirmos qualquer coisa sobre Nicolau Flamel, mas não encontramos nada, na verdade, ficamos meio perdidos sem ela para nos dar uma ajuda. Ela voltou e nós descobrimos que era a pedra filosofal que estava para ser roubada. Hermione sempre foi um gênio e me apoiou em tudo. Nesse ano o Lord Voldemort estavam voltando, e nós tínhamos a certeza de que ele estava atrás da pedra filosofal para conseguir a vida eterna, mas, nós nos enganamos; quem estava atrás da pedra era o Quirrel e não o Snape. Descobri isso quando eu cheguei até a pedra. E Lord Voldemort estava com ele, foi horrível, mas aconteceu algo de muito bom... ela me abraçou... foi o primeiro abraço carinhoso que eu recebia depois de dez anos. Foi uma das melhores sensações da minha vida.” Disse Harry com o pensamento longe, como se estivesse vendo toda a cena na sua frente.
__ Uaaau... Foram grandes momentos mesmo!
__ Não, não... Mas espere um pouco, ainda tem mais. Harry estava muito empolgado em contar todos os seus momentos com Hermione.
__ Então prossiga...
__ No meu segundo ano em Hogwarts, todos achavam que eu era um descendente de um bruxo das trevas e que era eu quem tinha soltado o mostro da câmara secreta. E nós, eu, Hermione e Rony estávamos achando que era Draco Malfoy, o descendente, e então nós decidimos fazer uma poção polissuco, onde nós nos transformaríamos em Grabbe e Goyle, e Hermione se transformaria numa menina da Sonserina, aproveitamos o natal aonde a maioria dos alunos vai para as suas casas, e nós ficamos para por em prática nosso plano. Ele quase deu tudo certo, exceto por Hermione ter ficado metade humana, metade gato, mas tudo bem, foi divertido, mas esse ano foi aterrorizante também, o mostro na câmera secreta atacava em especial os nascidos trouxas, e Hermione é nascida trouxa, ou seja, ela foi uma das vítimas, eu nunca fiquei tão desesperado na minha vida, ver ela ali toda dura, sem expressão, sem falar comigo, sem olhar para mim! Foi horrível demais. Mas graças a ela, tudo foi resolvido, e mais uma vez Lord Voldemort estava por trás de tudo.
__ Nossa... Esse Lord não desiste nunca! Disse a mulher.
__ Pois é... Mas eu já chego à parte final dessa história...
__ Ok...
__ No meu terceiro ano em Hogwarts, havia fugido um prisioneiro muito perigoso, mas, depois de tudo eu descobri que ele era meu padrinho, e que ele não era um bruxo das trevas, nem que tinha traído meus pais... Mas isso não vem ao caso... Então eu ganhei uma...
__ Desculpe interromper, mas você é órfão? Perguntou a mulher da voz rouca.
__ Sim, eu sou, Voldemort matou meus pais, e depois foi tentar me matar, mas seu feitiço não me atingiu, ele ricocheteou e voltou nele... Foi então que ele ficou muito fraco e tentou voltar ao poder de várias formas...
__ Sinto muito... Disse a mulher num tom arrependido.
__ Tudo bem, Hermione me ajudou muito com isso.
__ Boa menina!
__ Sim, é mesmo.
__ Mas continue...
__ Oh, sim... Claro! Então, eu ganhei uma vassoura, uma Firebolt a melhor vassoura da época, nossa...! Eu e Rony ficamos delirantes com aquela vassoura, ela era tão...
__ Mas quem te deu a vassoura?
__ Foi, Sirius Black, o tal prisioneiro perigoso...
__ Claro, prossiga...
__ Então, ninguém sabia quem tinha dado a vassoura, então Hermione achou que Sirius Black tinha mandado a vassoura para mim e que esta estava enfeitiçada... Foi terrível. Hermione chamou a professora Minerva para ver se a vassoura estava ou não enfeitiçada e ela confiscou a vassoura. Nós ficamos irados com Hermione, mas ela estava por certa mais uma vez, hoje eu consigo ver que ela só estava cuidando de mim, como sempre, se preocupando comigo. Eu era muito jovem, não entendia direito isso...
__ Com certeza você foi muito bobão! A garota preocupada com você e você a ignorando...
__ Hei... Como você sabe que eu a ignorei?
__ Dãr! Isso é óbvio... Você e seu amigo ficaram chatos e revoltados e pararam de falar com ela...
__ É tem razão! Disse Harry aliviado. Por um momento achou que a mulher ao seu lado já conhecia toda a história.
__ E então depois disso, você nunca mais a viu? Perguntou a mulher.
__ Não, não... Ainda tínhamos o quarto ano em Hogwarts... Foi quando eu me apaixonei por ela... Pelo menos eu reparei o quanto ela é... Sabe, ela se escondia atrás dos livros e eu nunca havia reparado o quanto ela era linda, se tornou uma mulher fabulosa, inteligente e bonita, uma raridade hoje em dia.
__ Tem razão... Concordou a mulher detrás do jornal. __ Mas eu quero saber como foi o seu natal no quarto ano em Grogowarts!
__ É, Hogwarts! Disse Harry rindo. __ E eu vou te contar tudo... Não se preocupe. Então no quarto ano na escola, aconteceu o Torneio Tribruxo, um torneio com três escolas de magia e bruxaria, e isso foi em Hogwarts, mas como sempre, aconteceu algo de errado, para participar do torneio a pessoa tinha que ter 17 anos, e para variar só um pouco, eu fui escolhido como um dos campeões de Hogwarts. O detalhe é que eu tinha 14 anos na época. Eu e Cedrico Diggory, um garoto da Lufa-Lufa que estava no seu sétimo ano na escola.
“Bom, e como em todos os torneios, no natal era feito um baile de inverno. E eu e Rony ainda não tínhamos convidado nenhuma menina para ir ao baile, eu queria ir com a Cho Chang e Rony com Fleur Delacour, uma menina de uma das escolas visitantes, ela era meio veela, que é uma criatura que enfeitiça os homens e eles só são despertados pela voz da mulher amada, Rony ficava todo bobão quando ela passava e eu, bom... desde que Hermione me tirou do transe de uma das veelas eu nunca mais cai no encanto. Eu já a amava e não sabia, mas voltando ao baile, Hermione já havia sido convidada, e ela não falava para ninguém quem era o par dela, Rony ficou muito curioso, e eu sentia uma pontada de raiva, naquele tempo eu pensei que fosse por causa do torneio e pelos pesadelos que eu tinha, mas hoje eu sei que grande parte era daquela curiosidade sobre o par de Hermione.
Chegou o dia do Baile e eu estava com a minha parceira, foi então que eu a vi, lá com Vitor Krum, um dos campeões do torneio e o melhor apanhador de Quadribol do mundo, mas isso nem me passou pela cabeça, tudo o que eu pensava era em Hermione e no quanto ela estava linda, foi aí que eu me apaixonei. Ela estava diferente, fizera alguma coisa com os cabelos; não estavam mais lanzudos, mas sim lisos, brilhantes e enrolados num elegante nó na nuca. Estava usando vestes feitas de um tecido etéreo azul-pervinca, e tinha uma postura um tanto diferente - ou talvez fosse meramente à ausência dos vinte e tantos livros que ela normalmente carregava às costas. E sorria - um sorriso um pouco nervoso, era verdade - mas a redução no tamanho dos dentes da frente era mais visível que nunca. Meu queixo caiu na hora, assim como o de muita gente, e eu pensei: ‘Como eu não a vi antes?’.
__ Nossa, deve ter sido um momento muito importante para você...
__ E como foi... eu só queria estar do lado dela naquele momento, abraçá-la, ter dançado com ela o baile todo, mas eu sei que ela não fez nada de mais com o Vitor e foi em mim que ela deu um beijo na despedida... Disse Harry sorrindo orgulhoso.
__ Ela te beijou? Perguntou a mulher curiosa.
__ Na bochecha. Mas foi um beijo, e eu senti todo o meu corpo se arrepiar no momento.
__ Que engraçado... Você ganhou o torneio?
__ Ganhei, mas não de uma forma muito legal...
__ Você roubou, é?
__ Não, não... Foi assim, na última prova, eu e o Cedrico estávamos empatados na pontuação, quem pegasse a taça que estava escondida no labirinto ganhava, mas, nós dois pegamos a taça e fomos parar em um cemitério que eu vinha sonhando há muito tempo e Voldemort estava lá... Ele matou Cedrico e usou meu sangue para voltar a ter seu corpo humano, confesso a você que ele era bastante feioso, mas isso não vem ao caso, eu disse a todos que Voldemort havia voltado, mas ninguém, exceto Dumbledore, Hermione, Rony e Sirius acreditaram em mim.
__ Coitado de você rapaz...
__ É! Minha adolescência era bastante agitada, eu já tive emoções pela minha vida toda...
__ HAHAHA, pelo menos você tinha as pessoas certas ao seu lado.
__ É, isso mesmo... E elas fizeram com que todos os momentos, mesmo que trágicos, valessem a pena.
__ É isso o que importa...
__ É...
__ Mas, então, acabaram as histórias?
__ Não, não... Ainda tinha o quinto ano... No meu quinto ano em Hogwarts, todos me acusavam de mentiroso, eu e Dumbledore, afinal, apenas nós falávamos que Voldemort havia voltado, e ninguém acreditava, diziam que nós queríamos tomar o ministério e todo o mais. Fora umas das minhas piores férias, fiquei sem notícia alguma; dementadores me atacaram em plena cidade, e eu quase fui expulso de Hogwarts por ter usado magia sem ser maior de idade, foi uma loucura, mas como sempre. Ela estava lá para me ajudar e acalmar, ela sempre esteve ao meu lado, mas nesse ano eu a senti mais perto ainda, e eu fui um idiota...
__ Como assim foi um idiota? Perguntou a mulher.
__ Sabe como é a adolescência, os hormônios estavam a todo o vapor, e nunca havia beijado uma garota antes, e eu num momento de “descontrole hormonal” para não dizer outra coisa, beijei a Cho Chang, a tal menina que eu queria ir ao baile de inverno no ano passado. Foi bom, mas parece que não me completava como os abraços que Hermione me dava; e eu disse a Hermione que a achava bonita, não nessas palavras, mas ela entendeu. No natal daquele ano eu sentia Voldemort dentro de mim, era como se em momentos de raiva eu fosse ele, era horrível, e dias antes do natal eu tive um pesadelo com Arthur Weasley, pai do Rony. No pesadelo eu era uma cobra que atacava o Senhor Weasley, e por incrível que pareça isso aconteceu de verdade, ele foi resgatado, já estava bem, mas eu me sentia um lixo, como se eu fosse uma arma de Voldemort! Eu estava perdido, e para ajudar na situação, Hermione havia ido passar as férias com os pais, e eu me tranquei num quarto, fiquei lá sem falar com ninguém, sem comer, até que ela voltou, assim que soube do ocorrido. Hermione deixou os pais e foi até a sede da Ordem da Fênix, e adivinha, ela já sabia que eu estava precisando dela, foi para ela que eu abri a porta, nem para o Rony, nem para ninguém, foi somente para ela, mais uma vez fui salvo por Hermione Granger. No final daquele ano todos viram que Voldemort havia voltado e que eu não era um mentiroso, muito menos Dumbledore. Foi um ano trágico, perdi meu padrinho, a minha única família. E Hermione parecia estar interessada em Rony. E ele estava mais carinhoso com ela, mas ainda era em mim que ela sempre se apoiava, quando fomos até o ministério da magia, foi na minha mão que ela segurou, foi em mim que ela se encostou buscando a segurança, foi nela que eu pude confiar.
__ Nossa, realmente sua vida foi cheia de emoções... E sinto muito pelo seu padrinho... Disse a mulher cheia de pesar.
__ Tudo bem, Hermione me...
__ Ajudou com isso! Completou a mulher.
__ Isso mesmo! Isso mesmo...
__ Mas então, o Lord voltou e vocês nunca mais se viram?
__ Não, não... Ainda tinha o sexto ano... O ano em que eu mais fui um idiota com problemas hormonais.
__ Até imagino... Disse a mulher bufando.
__ É dá para imaginar mesmo... No meu sexto ano em Hogwarts, todos diziam que eu era o escolhido que mataria Voldemort, apenas eu poderia fazer isso, e eles tinham razão dessa vez. Eu, Hermione e Rony, suspeitávamos que Draco Malfoy estivesse planejando alguma coisa com Voldemort, então... Alguns dias antes do natal a professora de adivinhação me disse que ouviu pessoas comemorando na sala precisa, então eu deduzi que eram o Malfoy e mais algum comensal da morte, eu tinha que contar para Hermione, mas ela viajou antes que eu pudesse falar com ela. Naquele tempo eu estava namorando com a Gina, irmã do Rony, ela era...
__ O QUE? Disse a mulher quase gritando. __ Você começou a namorar uma menina mesmo sabendo que gostava da Hermione?
__ É foi isso mesmo... É que...
__ Seu safado! Disse a mulher secamente.
__ Eu sei, eu sei, eu fui um idiota, mas é que ela estava tão arrasada por Rony estar namorando a Lilá que eu percebi que ela gostava dele, então, eu decidi me afastar para que ela pudesse ficar livre, entende?
__ Mais ou menos, nunca te passou pela cabeça que ela estava tentando te esquecer? Afinal, no ano passado você beijou uma outra menina, e nesse ano você estava se interessando pela Gina, ela se sentiu fraca e tentou se aproximar de Rony, mas ele começou a namorar a Lilá, então ela se sentiu ingênua e muito só.
__ Nossa... Eu nunca pensei por esse lado... Disse Harry coçando a testa.
__ Homens! Disse a mulher bufando.
__ Como eu fui lerdo! Disse Harry inconformado.
__ Foi mesmo... Então me conte... Como foi seu sétimo ano em Hogwarts?
__ Como você sabe que são sete? Perguntou Harry desconfiado.
__ Ora bolas, se o tal do Cedrico estava no sétimo ano quando foi o torneio, suponho que você também possa chegar lá...
__ É tem razão...
__ Seu cérebro deve estar congelando, tome esse café, está quente. Disse a Mulher entregando o copo para Harry.
Ele pegou o copo e tomou um gole.
__ Hum, café com canela! Fantástico... Igual ao que a Hermione sempre pedia! Disse ele tomando mais um gole.
__ Ela tem bom gosto...
__ Tem sim! Mas então... No final do meu sexto ano, Dumbledore foi morto por Severo Snape e ele me deixou uma missão, a de caçar as Horcruxes de Voldemort, em cada Horcruxe continha um pedaço da alma de Voldemort, e nós tínhamos que destruir todas elas; e eu só podia contar para duas pessoas sobre esse plano. E essas pessoas eram a Hermione e o Rony, e só fomos atrás dessas Horcruxes. Foi meio complicado porque nós não sabíamos onde procurar aquelas coisas. Ficávamos indo de florestas em florestas, nos escondendo, porque eu estava sendo caçado, Voldemort havia tomado o ministério, tinha até recompensa pela minha cabeça.
__ Nossa... A situação estava realmente crítica!
__ Põe crítica nisso... Num determinado ponto da jornada, Rony ficou com muito medo, e voltou para a casa, eu e Hermione ficamos sozinhos, e ela chorava muito, então eu tive mais certeza ainda de que ela gostava dele, quase nem conversávamos, mas os momentos com ela eram ótimos, ambos estavam tristes e sabíamos disso apenas olhando um nos olhos do outro.
__ Emocionante, mas nunca passou pela sua cabeça que ela chorou por estarem mais vulneráveis... Afinal, deviam ter muitas pessoas atrás de vocês, não é?
__ Pode ser! Disse Harry mais animado.
__ Você sempre foi pessimista assim? Perguntou a mulher inconformada. Num tom mandão que Harry conhecia de algum lugar.
__ Geralmente sim, mas Hermione sempre abria meus olhos...
__ Esperta ela, mas nessa situação você realmente estava sozinho...
__ É mesmo... Fiquei parecendo um idiota sem ela para me ajudar...
__ Com certeza... Mas então... Vocês estavam lá sozinhos..
__ É, e então nós decidimos ir até Godric’s Hollow, um vilarejo aonde eu nasci, e que meus pais morreram. Nós fomos lá... Era natal, eu lembrei dos natais em Hogwarts, pensei em cada um dos meus amigos, nos enfeites de natalinos, mas eu tinha uma missão e era por eles que eu lutava, foi muito difícil para mim, ainda bem que ela estava comigo. Ela não me disse nada enquanto eu estava na frente do túmulo dos meus pais, ela apenas apertou a minha mão, ela me conhece melhor que eu mesmo, Hermione sabia que eu estava muito emocionado e não disse nada, não precisava dizer nada, ela apenas segurou minha mão, e foi o melhor apoio que ela me deu, eu não disse a ela, mas Hermione leu meus pensamentos, conjurou flores para deixar no túmulo dos meus pais. Foi o momento mais especial para mim, e ela não precisou dizer nada. Nós saímos abraçados do cemitério, minha vontade era beijá-la naquela hora, sabe, mas eu me tive que me conter, afinal, ainda acreditava que ela gostava do Rony... Merlin! Como eu amo essa mulher! Exclamou Harry em voz alta.
__ Nossa... Disse a mulher com uma voz chorosa. __ Ela é a mulher da sua vida rapaz... Você tem que ir atrás dela...
__ Não, mas eu não terminei de contar tudo...
__ Já não precisa mais, você está aqui sossegado em uma praça conversando com uma mulher, acredito que o Lord Voldemort já foi derrotado e por você ainda... Então, não perca tempo... Procure essa mulher!
__ Você tem razão... Mas onde?
__ Não sei, mas ela pode estar mais perto do que imagina...
__ Você acha que ela está aqui em Londres? Perguntou Harry levantando e olhando para os lados.
__ Aham! Eu acho...
__ Bom, eu vou atrás dela então... Muito obrigado, mas infelizmente eu tenho que fazer isso...
__ Fazer isso o quê? Perguntou a mulher confusa atrás do jornal.
Harry pegou a varinha apontou para a mulher e:
__ Minimous Obliviate! Ele disse lançando um feitiço na mulher...
Mas antes que ele pensasse em alguma coisa a mulher gritou:
__ PROTEGO!
Harry ficou olhando aquela mulher... Não conseguindo pensar em mais nada...
__ Você é uma bruxa?
__ Sim, eu sou... Disse a mulher já sem a voz rouca, cuja voz lembrava alguém. __ Harry, ninguém em sã consciência ouviria toda essa história sem ficar horrorizado!
E Harry, se lembrou daquela voz:
__ Her... Hermione? É você? Ele perguntou segurando o jornal daquela mulher.
__ Sim, Harry! Sou eu... Hermione respondeu jogando o jornal para o lado e se levantando.
Harry ficou entorpecido com tudo aquilo. Não consegui falar nada, e não agüentava-se de vergonha. E também não conseguia fechar a boca.
Hermione foi até ele, olhou naqueles lindos olhos verdes, com a mão direita fechou a boca de Harry e disse sorrindo com os olhos lacrimejados:
__ Tudo o quê você me disso é verdade, Harry?
Harry passou a mão por aquele rosto que o acompanhou por toda a vida, e respondeu enquanto ela fechava os olhos ao seu toque:
__ Sim, Hermione... Cada palavra era a mais pura verdade. Ele disse olhando para os pés.
__ Hei... Olhe nos meus olhos... Ela pediu. E ele fez isso... __ Eu nunca amei o Rony, sempre foi você, somente você... Ela disse chorando.
Harry sentiu como se o chão estivesse sumido... Como se estivesse num transe interminável, como se tudo aquilo fosse um sonho... E antes que ele pudesse fazer alguma coisa, Hermione passou seus braços pelo pescoço de Harry e com a ponta dos pés ficou na altura de Harry.
__ Foi aqui que eu sempre quis estar. Disse Hermione a milímetros de Harry. __ A milímetros da sua boca, com meu corpo junto ao seu e com essa sensação de que isso vai ser para sempre.
Harry não disse nada, apenas passou seus braços pela cintura dela, a apertou junto ao seu corpo e a beijou, um beijo suave, calmo e cheio de significados.
Depois de anos que aquele beijo aconteceu, depois de tantos momentos o mais importante aconteceu pelo imprevisto, depois de tantos anos o amor enfim juntou Harry e Hermione para nunca mais se separarem.
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