Capitulo V



Esse era um daqueles dias que raramente acontecia, mas como nada é impossível, hoje eu estava realmente com uma vontade imensa de ficar na cama até tarde, aproveitar meu primeiro dia de preguiça em uma das poucas ocasiões que acontecia no colégio.

O primeiro jogo de futebol, apesar de ser apenas um amistoso, havia se tornado o acontecimento da semana, e como não acordar quando o time todo está em sua casa?

Quando digo o time todo, é no sentido amplo da palavra: nem o técnico escapou da reunião pessoal aqui em casa. Não necessariamente dentro de casa, mas no campo ao fundo de casa, o que pra mim parecia mais uma farra de amigos e não um treino. Olhando pela janela do meu quarto e vi que todos do time, o que incluía Chad Michael, estavam treinando, outros se esbaldavam na piscina. Resolvi que já que ninguém se encontrava dentro de casa, não teria problema algum em descer e tomar meu café da manhã sossegada na cozinha.

Sentei na bancada ao centro da cozinha e fiquei absorta olhando para fora de casa. Tomando meu suco de laranja e beliscando alguns biscoitos que estavam ao meu lado, às vezes virava a cabeça de lado no intuito de ver melhor o que eles faziam, o que não poderia negar que era muito engraçado assistir como um bando de garotos juntos podiam ser tão “garotos”. Ri comigo mesma ao pensar nesse termo. Mas assustei-me quando uma cara grande apareceu na janela mostrando a língua.

- Rony, seu idiota. - Praguejei ainda com a mão no peito pelo susto.

- Boa tarde bela adormecida. Isso são horas de acordar? - Perguntou ele, erguendo a janela de vidro.

- Até dormiria mais um pouco se vocês não fossem tão escandalosos. Isso aqui virou um clube do bolinha ou coisa parecida?

- Bolinha aqui só o treinador! - Brincou ele, apontando em direção ao treinador, arrancando uma boa risada minha. – Então, onde vai ser a comemoração hoje?

- Comemoração? - Indaguei confusa. - Não estou sabendo de nada.

- Mas o Harry... - Antes que ele pudesse terminar, vi apenas Harry passar pela minha frente e fechar a janela na cara do Rony.

- Você não devia ta treinando cabeça de fósforo? - Questionou Harry, nervoso.

- Sim senhor capitão! - Gritou ele afastando da janela. - BELA CAMISOLA HERMIONE. - Terminou rindo alto e saindo.

Pensei seriamente em ver uma faísca de raiva saindo pelo rosto de Harry, e quando ele virou-se, encarando-me, senti um nó na garganta. Bem, não apenas pela expressão no olhar dele... “Hermione não pense isso”. Tudo bem... É quase impossível não pensar, mas ele estava na minha frente só de bermuda e todo suado. Seu peitoral definido subia e descia em uma respiração irregular e cansado.

- O que? - Perguntei confusa, ainda reparando que ele não movia um músculo do corpo e continuava parado, me olhando estranho. - Estou apenas tomando meu café da manhã.

- Podia ter pelo menos trocada de roupa. - Declarou ele, contendo o tom serio na voz.

- Alô! Estou dentro de casa. - Tentei descontrair pulando e indo direção a pia, para deixar meu copo. - E não é culpa minha se todos os garotos do colégio estão aqui.

- Engraçadinha. Terminou?

- Por quê? Estou proibida de circular pela minha própria casa? - O provoquei contendo o riso.

- Não, não está! Só estou pedindo que vista algo mais descente enquanto meus amigos estiverem aqui.

- Chad Michal não é seu amigo.

- Hermione... - Esbravejou ele.

- Hoje o sol está ótimo para um banho de piscina! Estou pensando seriamente em um.

- Hermione Granger!

- Ok! Estou só brincando. Já vou subir pra colocar meu uniforme capitão. - Declarei fazendo um sinal de continência. - Antes de subir tenho o direito de fazer uma pergunta? – Pedi, direcionando-me e ficando a sua frente.

- Uma.

- O que Rony quis dizer com aquela historia de comemoração? - Harry ergueu a sobrancelha, pensando seriamente se deveria ou não responder.

- Vai saber mais tarde.

- Por que não posso saber agora? - Questionei.

- Por que a curiosidade matou o gato.

- Bem, então como sou gata não tem problema! - Brinquei sorridente. - Me conta, por favor... - Pedi manhosa.

- Meu Deus, como você é insistente. Não vou lhe contar, apenas posso adiantar que é algo que você vai gostar muito.

- Chato! - Disse saindo e subindo as escadas ainda com o sorriso no rosto.

Não estava acostumada com ciúmes, e era algo que fazia seu coração pular de alegria. Nunca teve proteção de um pai ou de um irmão, sempre teve que se virar sozinha e ser forte o bastante para não deixar que as pessoas passassem por cima de sua ingenuidade. Mas isso estava mudando e gostava de toda aquela proteção e cuidado para si. Não queria ter que um dia perder isso, queria aquilo só pra si, e pode agarrar com todas as forças tudo de bom que estava acontecendo na sua vida. Mas ainda assim olhei para trás, só pela certeza de que o encontraria ainda me olhando, e não fui decepcionada quando ele retribuiu meu sorriso.

Ah como isso era bom! E esperava que só melhorasse com o passar do tempo...

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- Gina calma! Eu ainda não sei com que roupa eu vou.

- Então vem aqui pra casa Mi. - Ouvi Luna dizer na extensão da linha.

- Meu Deus, mas essa bagunça toda é por causa de uma roupa? Eu havia marcado de ir com meu pai meninas.

- Ele com certeza não vai se importar se você for conosco amiga. Além do mais, ele vai com seus tios. - Pediu Gina, quase que desesperadamente.

- Ok. Espere só um pouco ai na linha que vou falar com ele, suas insistentes.

- Tudo bem! Vou desligar agora.

- Mas... - Ouvi o telefone sendo desligado na minha cara. Olhei confusa, sem entender o motivo de elas fazerem isso. Mas tudo bem, elas não eram nada normais mesmo, e podia ter certeza de que era algo que elas estariam aprontando.

Havia explicado toda situação pro meu pai, e ele aceitou tudo sorrindo e me encorajando de que não ficaria nada triste por ter que ir com elas.

- Certeza papai?

- Claro minha princesa, pode ir lá. Encontro você mais tarde, pode ter certeza de que vou reservar o lugar de todas vocês.

- Obrigado. Amo-te. – Disse, saindo correndo para meu quarto.

- Só fale pra Gina dirigir um pouco mais devagar.

- Como assim? - Parei no alto da escada, olhando confusa pra ele.

- Se não me engano, é ela que esta buzinando do lado de fora.

Elas me fizeram pegar o máximo de roupas possível, como se fosse necessário, mas de um par para vestir hoje. Parecia que eu ia passar um ano fora de casa. Maquiagem e acessórios elas praticamente despejaram dentro da bolsa, e fiquei só de boca aberta, pensando no que elas estavam pensando e como podiam ser tão doidinhas dessa maneira. Não consegui segurar a gargalhada que saiu da minha boca.

- O que foi? - Perguntou Gina tirando meus sapatos do closet.

- Acho melhor então arrumar aqui, já vocês estão levando meu guarda-roupa para a casa da Luna.

- Por favor, Mi fiquei quieta! Você vai nos agradecer, pode ser que não seja hoje, mas amanhã você vai. - Declarou Luna. com um sorriso sonhador.

- Ela vai adorar, ela nem imagina o que vai acontecer...

- Querem parar de falar de mim como se não estivesse aqui? E podem, por favor, me falar o que estão aprontando? – Indaguei, sentindo meu rosto corar de ansiedade.

- Nós? Nada... Não dessa vez amiga. - Disse Gina entusiasmada. – Pronto, já pegamos tudo!Podemos ir agora.

- Por acaso vão me usar de cobaia para alguma experiência nova da Luna?

- Ainda bem que seu senso de humor esta ótimo Mi.- Falou Luna, segurando a porta para que eu pudesse passar.

- Seja lá o que for eu realmente não estou preparada. – Confesse, ainda tímida e confusa.

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O campo estava praticamente lotado, as arquibancadas para quem olhava de longe, pareciam impossível que mais alguém pudesse caber naquelas cadeiras, e ainda assim, havia pessoas por todos os cantos. Alguns estavam sentados no gramado jogando conversa fora, e outros no estacionamento, com o som alto.

Hoje havia esfriado um pouco.O vento era calmo e um pouco frio; o time todo estava aquecendo e batendo um pouco de bola. Era isso que eu mais gostava: toda aquela tensão e nervosismo antes de qualquer jogo, toda a expectativa e ansiedade para voltar àquilo que mais gostavam de fazer e como faziam bem.

Todo estádio estava decorado com as cores do time oficial da casa, azul escuro com amarelo. Bandeiras, faixas e balões, e com diria Draco “o cara de aza”. Ri de lado, ao ver que algumas garotas o rodeavam e em como isso poderia levar a uma grande briga, se Gina chegasse e assistisse aquela cena. Não que ele desse moral para alguma delas, o que em minha opinião ele era totalmente indiferente a qualquer uma.

- Não sabia que havia aberto a porta do galinheiro. - Disse Gina em voz alta, fazendo com que todas que estavam ao lado de Draco olhassem assustada pra ela.

Havia calculado mal: ela já estava lá, só esperando o momento certo pra dar o show e colocar as outras pra correr. Era sempre tão interessante ver aquela cena e não poderia perder por nada. Encostei-me à trave e vi Rony chegando mais perto.

- E ai, o que vamos apostar hoje? Acho que ela vai colocar todas pra correr em menos de um minuto. – Afirmou Rony observando.

- Não, hoje não! Com certeza ela vai amaldiçoar toda descendência delas antes de as colocarem pra correr. – Declarei rindo e vendo que todos queriam ver de camarote o show da ruiva.

- Se perdeu do bando ou anda expandindo seus limites de vadiagem? – indagou a garota, cruzando os braços.

- Devia pensar melhor antes de falar Gina, pode se arrepender depois. – Acusou a loira revoltada em como estava sendo tratada.

- Acho que os pompons andam tomando muito espaço nessa cabecinha de vento querida. Que tal dar meia volta e ir ao seu lugar de origem? – Desdenhou Gina arrancando risos dos garotos.

- Gina querida, não entendo o porquê desse nervosismo todo, querida.

- Querida Tessy, com toda certeza você não vai querer me ver nervosa. Então se não quer ver esse aplique barato sair do seu cabelo agora, é melhor pegar essa bunda seca e sair da minha frente. – Ameaçou Gina aproximando.

- Gina meu amor, deixa pra lá, vamos. – Pediu Draco segurando o braço da namorada.

- O que foi Draco, ta com medo que sua namorada não dê conta?

- Faço isso pro seu bem, não vai querer mesmo que eu deixe-a dar outro passo. – Afirmou ele puxando a namorada pela cintura e a tirando dali.

- VADIA. – Gritou Gina, revoltada com o descaramento da líder de torcida.

- Você é muito atrevida mesmo... Por que não diz isso na minha cara?

- Ah... Mas eu falo isso e muito mais na sua cara. Vou tirar todos esses preenchimentos que colocou na boca.

- Vamos Blaise, leve essa louca daqui. – Praguejou Draco para o amigo. – Gina, por favor, chega.

- Eu vou matá-la.

- Respira. Ok? Não precisa disso tudo sua ruiva louca e descontrolada. – Disse Draco segurando os ombros da ruiva.

- Você deu moral pra elas DRACO. – Acusou Gina nervosa.

- Por Deus mulher, não comece! Deixo-te de castigo o jogo todo trancada no banheiro se não se comportar. Você é perigosa até pra si mesma. – Brincou. não conseguindo conte o riso.

- Mas já? E eu que pensei que teríamos alguns puxões de cabelo... – Falou Harry, com cara de quem estava decepcionado.

- Cala boca Harry. – Esbravejou Gina.

- O que foi que nós perdemos dessa vez? – Indagou Luna, parada ao lado de Hermione. As duas estavam com os braços entrelaçados e sorridentes.

- Pensei ter visto um ringue se forma em torno de vocês. – Hermione sorria de lado.

Quando Harry ouviu a voz doce e delicada de Hermione, não teve como disfarçar o olhar de admiração para morena que se encontrava a sua frente. Linda, perfeita como sempre. Era até um perigo uma garota tão encantadora solta por ai. SOLTA? Não, com certeza essa não era a palavra certa para se dizer depois do que aconteceria naquela noite.

Ela estava com uma blusa verde escura de algodão, de manga longa que caia perfeitamente pelos ombros, deixando-os expostos. Uma calça legue preta e justa, que contornava as pernas da garota, finalizando em um sapato que parecia mais um sapato de boneca do tanto que era delicado e pequeno.

Seus cabelos soltos formavam cachos perfeitos, sendo preso com cuidado à franja de lado, com um prendedor de strass.

Gina e Draco já haviam se afastado, conversando baixo. Ele com toda certeza tentava acalmar a namorada, e Luna escapou do lado de Hermione, indo direção a Rony, com um sorriso largo.

- Como estamos? – Perguntou ela um pouco receosa.

- Bem.

- Nervoso? – Perguntou se escorando ao meu lado.

- Nenhum pouco. – Menti muito mal pra ser sincero.

- Não me parece, pensei ter visto alguém se aquecendo sozinho.

- Estava me espionando? – Perguntei interessado.

- Não necessariamente. Não diria nesses termos, mas como é quase impossível chegar ate aqui sem ser esmagada por todos que tentam passar pelas faixas – “Permitido apenas a entrada de jogadores e comissão técnica”. - Observei bastante no caminho. – Ela confessou corada.

- Você não precisa disso tudo pra chegar até o campo. Vou providenciar um crachá como os das meninas pra você.

- E qual é o meu papel nisso tudo?

- Entreter o capitão antes do jogo. – Brinquei, olhando-a melhor e tentando entender o porquê dela estar tão receosa. – Esta muito bonita hoje. Não, esse não é o termo certo, me desculpe. Você está bonita todos os dias, mas hoje em principal esta mais bela.

- O... Obrigado. – Gaguejou ainda tímida. – Me usaram de boneca hoje, ainda não sei o porquê, mas me sinto idiota nessa roupa pra ver apenas um jogo. – Confessou ela, desviando do meu olhar.

- Algo em especial pra hoje? – Perguntei como quem não sabia de nada.

- Não sei, diga você. – Questionou ela, brincando com os dedos.

- Boa pergunta, mas ainda não é o momento.

- Então quanto tempo antes de começar?

- Uhn... Meia hora. – O constatou olhando no relógio.

- Ah sim!

- Aonde vai se sentar?

- Bem, se não me perder daqui até na arquibancada, pretendo me sentar ao lado do meu pai e das meninas. – Declarou a morena, apontando para o outro lado do campo.

- Vem, vou levá-la até lá. – Disse segurando sua mão e guiando-a.

- Não precisa, você tem ficar aqui com os outros Harry.

- Conversa, fico onde eu quiser. Ou esta tentando me dispensar e andar sozinha?

- Para Harry!

- Tudo bem, ainda preciso ganhar meu “Boa Sorte” antes do jogo. – Afirmei colocando-a na minha frente e a segurando pela cintura.

- Boa sorte?

- Não mereço algo de boa sorte? – Perguntei aproximando do seu rosto.

- Er... É... Claro. – Respondeu ela, ainda andando sem virar um segundo para encarar-me.

- Então fim da linha. – Brinquei virando-a, para que pudesse fitar melhor sua expressão. – Acho que você não vai se perder daqui até lá.

- Espero que não.

- Quando o jogo terminar me espere em frente ao vestuário com as meninas, e se possível não fique sozinha.

- Tudo bem.

- Algum pedido em especifico? – Indaguei brincando com seu cabelo.

- Não se mate no campo. – Desdenhou sorridente.

- Isso me parece um pedido aceitável. Mas não querendo me gabar, de forma alguma, nem tentando me mostrar, mas posso fazer um gol pra você dentre tantos que faço.

- Fico até lisonjeada... Então como vou saber que o gol é pra mim já que você faz tantos gols? – questionou, brincando.

- Não precisa tentar adivinhar, você vai saber quando for. – Provoquei segurando sua mão.

- Bem, como você disse fim da linha. – Ela tentava se esquivar da conversa. – Tenho que ir antes que fique sem lugar. Boa Sorte.

- Um beijo de boa sorte?

- HARRY. – Advertiu, corada.

- No rosto pequena. – Antes que ela pudesse me advertir mais de algum outro comentário, puxei seu corpo na minha direção e depositei um beijo demorado no rosto. Poderia dizer que pude até sentir seus lábios. Ela ficou paralisada, e respirava descompassada mente. Segurei seu rosto frágil e delicado e me afastei vagarosamente. - Bem melhor princesa. Posso continuar?

- N... Ã... Não! Todo mundo esta olhando Harry. – Disse ela num sussurro, tentando esconder o rosto.

- Então é melhor você ir, antes que eu perca o inicio do jogo com você me entretendo.

- Aham! – Falou Hermione ainda procurando a coragem de sair dos braços dele e enfrentar todos que a encaravam.

Fiquei parado olhando-a sair. Cruzei os braços, e esperei até que pudesse ver onde ela estaria sentada. Sorri, deixando transparecer toda felicidade que estava sentindo. Com certeza esse seria o melhor jogo! Poderia até não ganhar – o que me parece impossível – mas a noite estava apenas começando, e o que mais queria ganhar estava a cada minuto mais perto.

Voltei correndo para me juntar aos outros e terminar o aquecimento. “Aquecimento”... Soava até engraçado essa palavra; não teria como estar mais aquecido do que depois daquele contato com ela. Poderia até dizer que estaria entrando em combustão, mas esse adjetivo soaria muito estranho para uma garota como ela. - Ah Potter, você vai ter que seriamente aprender a se comportar com ela. - Mas nada era mais compensador do que vê-la sorrir só pra si. Apenas dele e mais ninguém.

__________



Sentei ao lado do meu pai e esperei que começasse o bombardeio de perguntas. Seus olhos estavam calmos e curiosos, sabia que ele estava se remoendo por dentro e não agüentaria muito tempo para me encher de especulações tolas e sem nenhum sentido. Passei o braço em volta do seu, e depositei minha cabeça em seu ombro tentando me esconder ao máximo.

Esconder? Nem eu mesma saberia de quem... Só se fosse de mim mesma! De todas as idiotices que se passavam pela minha cabeça e de toda aquela cena ridícula de gagueja mento e palavras falhas sem sentidos. Sentia-me tola e tão... Tão ingênua. Se mamãe estivesse aqui, sairia correndo para seus braços e a encheria de perguntas sem sentidos das quais eu nunca tive conhecimento.

O que ele estaria pensando agora? Que sou uma menina boba e sem experiência? O que não deixava de ser verdade, mas quem disse que queria ter experiência em algo? Bufei irritada e derrotada.

- O que foi aquela cena toda ali? - Indagou papai, sem conter a curiosidade.

- Que cena? Perdi alguma coisa? - Tentei ser o mais engraçada possível. O que não teve muito sucesso.

- Aquilo senhor Potter, foi quase um beijo. - Atiçou Gina, gargalhando alto. Olhei furiosamente para seu rosto, sentindo minhas maças do rosto queimar de vergonha.

- Gina, Não comece... Não é nada disso pai, ela viajou geral.

- Quer falar sobre isso? - Perguntou ele, prestativo.

- Não. - Sussurrei tentando não prolongar o assunto.

- Por favor, Mi, seu pai ta tentando ser o mais educado possível. Olhe os olhinhos dele de quem esta se roendo de curiosidade, assim como nós. - Divertiu Luna, arrancando um sorriso do meu pai.

- Eu acho que eles estão namorando escondido. - Provocou Gina se escondendo atrás de Luna. - Eles só acham que o senhor não aprovaria tio. Vê se pode, logo o senhor?

- Verdade? - O indagou erguendo a sobrancelha, pensativo.

- NÃO! - Tapei a boca com a mão, estava ficando sem chão e querendo achar o primeiro buraco e enfiar a cabeça. Harry idiota, como ele pode fazer isso comigo? - Isso é mentira dela papai! Cala boca Gina Wesley, sua mexeriqueira de primeira.

- Eu te amo amiga.

- Não esconderia nada do seu querido pai não é princesa?

- É claro que não. – Confessei, aceitando o braço dele e me encostando mais no seu ombro. - O jogo vai começar. Presta atenção no seu namorado Gina, e fica quieta.

- Esqueci de falar o que quanto minha menina esta bela hoje... Pra que isso tudo? Ou melhor, pra quem isso tudo?

- Nada de anormal. Servi de cobaia para Luna e suas experiências na moda. – Brinquei, sorrindo para a loira ao meu lado. - Acho que elas pensam que me visto muito mal para terem que me fazer de boneca.

- Claro que não Mi! Você é linda por natureza boba. - Afirmou Gina, com um sorriso sincero.

O jogo estava sendo emocionante. Nossa, acho que era a primeira vez em toda minha vida que sentia tanta adrenalina e emoção num jogo de futebol, e olha que nem ao menos sabia falar o que era um impedimento, ou algo parecido... Era totalmente leiga nesse assunto. Foram poucas às vezes que papai me levou a um. Bem, era a sua única filha mulher e não é o melhor programa para se fazer com garotas.

Mas estava adorando, às vezes me empolgava ao lado das meninas que conheciam de cor todas as letras e gritos de guerra. Papai não ficava atrás e ia junto com toda a bagunça e animação. Tinha momentos em que ficava ansiosa e preocupada por Harry ser tão pavio curto e nervoso, não tinha censo de calma e conversa, partia logo pra encaradas e discussões ferrenhas. O que parecia não ser só do feito dele, e sim de todos do time, que se uniam para brigar e jogar.

O outro time era realmente bom, mas não se comparava a força de vontade e garra do nosso time. Rony era um grande goleiro e não deixava nada passar. Draco e Harry no ataque davam show de talento e entrosamento. O loiro foi o primeiro a fazer o gol, e não deixou duvidas de que era pra Gina. Ela deu pulos de alegria, e gritava como uma louca, dizendo que também o amava. Não consegui segurar o riso vendo ela toda eufórica e desinibida.

Mas ao contrario da reação dela quando Draco fez um gol, eu fiquei totalmente corada e envergonhada ao ver Harry fazer um gol e correr pelo campo apontando na minha direção. E como ele sempre gostava de chamar a atenção, fez questão de tirar a camisa mesmo sabendo que levaria um cartão amarelo e cumprimentava todo o time. Sorri tímida e acenei de novo pra ele, constatando que já havia reparado que o gol era pra mim.

Todos comentavam nas festas que haveria depois do jogo. O pátio e ainda o gramado estava lotado de pessoas comemorando e conversando entre si. Ainda fiquei um bom tempo sentada com as meninas, esperando toda aquela movimentação passar, já que papai havia ido embora pra sair e aproveitar a noite com meus tios e amigos. Elas sem duvida eram incríveis. Como poderiam fazer com que outra pessoa não pensasse em mais nada, quando poderiam conversa sobre os assuntos mais diversos e engraçados, sem pensar no que aconteceria?

- Pra onde nós vamos agora? - Perguntei curiosa querendo saber o que ia acontecer depois do jogo.

- Nós? Bem, eu... Nós, assim, Draco e eu vamos pra um jantar a dois. - Falou Gina meio sem graça.

- Ah sim... Luna? - Não acreditava no que estava ouvindo: logos elas que eram tão festeiras, e que pelo que soube fariam de tudo pra dar uma festa na primeira vitória do time, sairiam pra um encontro romântico? Isso estava bem estranho.

- Rony vai me levar em um novo restaurante chinês que abriu em frente a ponte. Lá é perfeito, pelo menos eu acho, estou ansiosa pra ir. Eu necessariamente queria muito ir naquele novo...

- Luna... - Brigou Gina.

- Será que vocês podem me falar o que ta acontecendo? Não vai ter festa e ainda por cima parece que estão me escondendo algo.

- Não se preocupe: amanha haverá festa na casa de Blaise o dia todo amiga. - Brincou Gina.

- Desisto! Mas pode deixar, a vingança é um prato que se come frio, e se um dia eu souber de algo que vocês não sabem, vou esconder da melhor forma possível. – Dramatizei, fingindo estar chateada. - Eu vou ao toalete, se me dão licença. - Brinquei saindo.

Não tinha como ficar brava ou chateada com elas, nem havia espaço e tempo pra isso, elas era tão... Elas! Quer dizer, divertidas, alegres, amigas verdadeiras. Certeza que Harry já estaria me esperando em frente ao vestuário.

Tentei com cuidado me esquivar de toda aquela muvuca e ficar esperando-o no lugar combinado. Fiquei andando em círculo feito uma barata tonta e brincando com meus dedos, já que não tinha nada pra fazer.

A noite estava tão bonita, e o vento que soprava era sereno, suave com um toque de frio que aumentava a beleza da noite, o céu estava limpo e cheio de estrelas.

- Um bom jogo não acha?

- Chad? Olá. – Falei um pouco tonta por ter virado tão rápido à cabeça, pra ver de quem era à voz que vinha de trás de mim.

- Se divertiu?

- Bastante, parabéns você foram muito bem hoje. – O parabenizei, tentando se gentil.

- Vai ser bem mais divertido agora, faremos uma boa festa na minha casa.

- Ah! Legal. – Disse sem animo.

- Poderia vir conosco, tenho certeza de que gostaria! E a qualquer hora que quisesse ir embora, eu mesmo a levaria.

- Er... Obrigado, mas deixa pra próxima.

- Certeza? Ainda acho que vai ser legal. – Insistiu ele, aproximando-se.

- Obrigado mesmo, mas não vai dar. – Declarei, tentando desconversar e sair de perto.

- Mas...

- Ela disse que não Chad Michael, vai insistir outra vez? – Esbravejou Harry, prostrando-se nas minhas costas e passando as mãos na minha cintura.

- Potter? Como pude me esquecer de você... – Disse ele sarcasticamente.

- Pois é, que azar o seu não é?

- Achei que não se importaria em levar sua irmã pra uma festinha na minha casa, prometo não levá-la muito tarde pra casa. – Provocou Chad.

- Ela não quer Michael. Acho melhor você vazar pra sua festa. – Sentia Harry ficar nervoso a cada palavra que pronunciava, e isso não seria bom.

- Acho que ela mesma deveria falar não é Potter? Ou você agora virou um porta voz atrás dela?

- Eu não quero. – Afirmei rapidamente, antes que Harry pudesse falar algo mais.

- Como você disse mesmo Hermione, deixa pra próxima. – Chad ainda tentava tornar as coisas mais difíceis e fingia não entender que o meu na próxima, seria um não eterno.

- Vamos? Você ainda tem que me levar onde disse que levaria. – Sussurrei com cuidado a Harry colocando a mão no seu rosto e direcionando seu olhar pro meu.

- Acho melhor você me esperar no carro. – Harry me pediu fazendo com que meu coração chegasse até na boca de medo e receio por deixá-lo sozinho. Não faria isso jamais.

- Não vou sair daqui sem você, esta ficando tarde Harry, por favor. – Insisti segurando sua mão e andando sem olhar pra trás. Sei que não fez muito efeito, mas ele viu minha intenção e não colocou o peso do corpo para permanecer parado.

Tentei não olhar pra trás, mas quando vi Harry fazendo esforço pra continuar ali encarando Chad, virei meu corpo e só vi o ultimo sinal para o garoto a sua frente: Harry com sua própria mão sinalizou murros em seu próprio rosto a apontou o dedo da direção de Chad, mostrando o que faria com ele, caso cruzasse seu caminho novamente.

- Não provoque Harry. – Continue puxando-o para mim.

- Idiota! Ele ainda vai ter o que merece... – Bufou parado, com os olhos fechados e bagunçando o cabelo.

- Então vai ser assim?

- Assim como? – Indagou confuso finalmente me encarando.

- Vamos ficar aqui parados enquanto você imagina todas as maneiras possíveis de brigar com ele?

- Não. – Afirmou me girando e abraçando por trás. – Podemos comemorar? – Sussurrou no meu ouvido

- Comemorar o que? – Perguntei brincalhona.

- A ida do homem a lua Hermione.

- Festa? – Indaguei curiosa.

- Não, estava pensando em algo bem melhor! – Continuou, falando no meu ouvido enquanto andávamos em direção ao carro.

- O que?

- Posso levá-la para uma comemoração a dois?

- Dois? – Oh Deus! Essa conversa estava ficando complicada de continuar, e sentia que só conseguiria perguntar com palavras monossílabas.

- Não vejo mais ninguém aqui a não se você e eu.

- Sim.

- Gosta de altura? – Perguntou divertido

- Não.

- Não? – Continuou confuso.

- Acho que tenho medo.

- Acha? – Com certeza ele estava gostando dessa conversa, por que insistia em perguntas e mais perguntas, me deixando com o estomago girando de ansiedade, como se estivesse cheio de borboletas flutuando.

-Uhum.

- Não precisaria ter medo comigo. Prometo que ira gostar apenas nós dois. – Disse esperançoso. “É disso que eu tenho medo: nós dois sozinhos.” Pensei comigo mesma, tentando não deixar transparecer meu nervosismo. – Que tal? – Insistiu mais uma vez parado ao lado do carro.

- Ta! – Respondi novamente com minhas palavras monossílabas idiotas. Ele abriu a porta do carro para que eu pudesse entrar e contornou o carro para tomar lugar no volante.

Eu não havia reparado que ele não estava no seu carro de costume. Só agora com o carro em movimento, e ele esticando a mão para que pudesse segurar a minha e ficar ali parado o tempo que quisesse sem precisar passar marchar, percebi que ele estava no Bora preto automático. Não que eu achasse ruim, muito pelo contrario: eu adorei a intenção dele, gostava de como ele brincava com os meus dedos e acariciava minha mão com cuidado.

Estávamos rodando a um bom tempo, e pelo que pude perceber era um pouco longe do centro da cidade, mas ainda sim toda aquela movimentação continuava com carros indo e vindo por todos os lados.

Deixei minha curiosidade falar mais alto, ou também por que queria ouvir da boca dele o que pretendia com aquilo, ou então quem sabe ouvir o que realmente queria ouvir.

- Não quero parecer uma criança resmungona, mas por acaso estamos chegando? – Indaguei curiosa lhe olhando.

- Quase. – Respondeu sorrindo abertamente.

- Quase muito, ou quase pouco?

- Quase pouco Hermione.

- Ok. Só por curiosidade mesmo Harry. – Declarei divertida.

- Posso te pedir uma coisa?

- Depende. – Disse desconfiada e percebendo seu olhar rabugento disse: - Pode.

Ele podia ser tão convincente às vezes com esse rosto estupidamente bonito. Fechei meus olhos e pude perceber que ele tava estacionando o carro. Não queria solta sua mão e ficar sem ver nada me deixou ainda mais ansiosa, ele percebeu e apertou ela com um pouco mais se segurança me deixando tranqüila.

Senti a porta sendo aberta e ele puxando minha mão com cautela, me tirando de dentro do carro. – Estou nervosa.

- Por quê? – Indagou divertido.

- Não sei... Você disse altura e agora não estou vendo nada. Não vou ter que pular de nada alto não é?

- Não vai precisar só se quiser.

- Harry.

- Um pouco mais de calma pode ser!

- Está cheio de gente. – Tentei perguntar, mas saiu mais uma afirmação do que uma pergunta. – Sou a única de olhos fechados? – Perguntei enquanto era guiada cuidadosamente

- Visivelmente sim.

- Oh não! Isso é tão constrangedor Harry. – Estaquei no meio do caminho.

- Me lembre de não fazer outra surpresa: você é tão teimosa garota. – Insistiu com os braços em volto dos meus. – Pronta?

- Não.

- Hermione.

- Não quero abrir os olhos! E se você quiser me jogar de cima de qualquer coisa?

- Que mente mais criativa meu Deus.

- Promete que não vai me jogar? – Essa era a pergunta mais idiota possível, mas ainda sim consegui falar.

- Não, não vou princesa. Mas se demorar muito pra abrir os olhos, vou jogá-la.

Receosa como uma criança medrosa eu segurei minhas mãos nos seus braços que se encontravam ao meu redor e abri os olhos. Como ter medo de abrir os olhos e se deparar com isso? Era lindo, perfeito e era de tirar o ar de qualquer humano em sanidade total.

Soaria até engraçado eu falar que era uma Roda Gigante, algo que você pode ver em qualquer parque de diversão normal. Mas não era normal, e com certeza não encontraria em qualquer outro parque de diversão. Era a maior Roda Gigante que um ser humano poderia ver na face da Terra, totalmente iluminada a noite, com luzes verdes, roxas e azuis que se destacam e se misturavam a cada mover da grande roda, formavam-se aspiráveis no meio causando um jogo de cores vivas e perfeitas.

Elas dançavam entre si como uma musica suave e calma, rodava vagarosamente e tão delicadamente para um objeto não poderoso e grande. As luzes batiam na água refletindo imagens distintas. – Muito, muito alto. – Confessei pra mim mesma sem intenção alguma que ele ouvisse.

- Pensei que poderíamos fazer outras coisas, e andar um pouco antes de ir nela, mas nossa reserva é pra daqui a alguns minutos. Então teremos que ir agora.

- Eu nem ao menos dou conta de ver a altura total dela.

- Bem, são aproximadamente 135 metros de altura. Vem. – Insistiu ele, me puxando ainda abobalhada pela visão perfeita. - Ainda com medo que eu a jogue lá de cima?

- Engraçadinho.

- Não vou deixar você desmaiar lá em cima não... A não se que queira perder toda vista de cima. – Declarou Harry entregando os cartões com a reserva pro segurança. – Pronta?

- Nunquinha, mas é agora ou nunca.

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As portas estavam abertas num contive para entrar, era nossa vez, e sabia que se não a empurrasse pra dentro daquela cabine, ela não moveria um dedo sequer, então segurei sua cintura e a empurrei pra dentro até que senti as portas se fechando atrás de nós. Parei por um momento e deixei que ela reconhecesse o território antes de desmaiar ou começar um chilique ali dentro mesmo.

- Uau! É perfeito.

- Serio?

- Muito melhor do que imaginava, é tão espaçoso e não vou precisar ficar tão perto da janela. – Confessou e risonha. – Com um enorme... Sofá.

- Não quer mesmo chegar mais perto pra poder vê lá me baixo?

- Posso ter só um momentinho até me acostumar?

- Claro. Temos bastante tempo. Necessariamente meia hora aqui e o tempo que quiser lá fora. – Assenti encostado na janela olhando para fora.

- Como você da conta?

- De ficar aqui? Não sei... Costume! Gosto de altura é só questão de tempo. Vem... Você vai gostar. – Ofereci minha mão estendida na direção dela lhe encorajando a chegar mais perto, sabendo que com seus próprios pés ela não viria, dei alguns passos e a puxei devagar para mais perto da janela.

- As pessoas parecem formigas olhando daqui. – Disse sorrindo.

- Parecem mesmo. Obrigado, e desculpe pelo descontrole. – Disse tímida. – Eu realmente adorei a surpresa. Realmente amei muito mesmo.

- Não há de que. Achei que gostaria mesmo, fiz pensando em você. – Falei encostando o queixo no seu ombro e inalando o perfume de flores do seu cabelo. Puxei seu corpo mais pra perto do meu e brinquei com seus cachos por alguns minutos enquanto ficávamos em silencio. – Estamos bem em cima.

- É.

“Ok Potter, você nunca teve problemas em falar com uma garota, então não haja agora como um garoto inexperiente e bobo.” Me afastei dela e me sentei meio largado no sofá olhando-a. – Hermione!

- Uhum. – Respondeu sem virar.

- Pode vir aqui?

- Agora que me acostumei a olhar daqui, você quer mesmo que eu vá ai? – Perguntou curiosa, virando o corpo encostando-se à janela.

Apenas sinalizei com o dedo chamando-a novamente. Ela veio devagar ainda receosa como em todas as vezes que tentava me aproximar. Segurei sua mão e a sentei bem perto ao meu lado, sem espaço algum entre nós, passei meu braço em volta do seu ombro e direcionei meu corpo na frente do dela. - Pronto. - A confirmou respirando fundo olhando para as próprias mãos.

- Não tem mais ninguém além de nos dois aqui não é? - Indaguei

- Visivelmente sim.

- Você disse lá no campo que eu não poderia continuar a beijá-la por não estarmos sozinhos.

- Harry eu...

- Não, me deixa terminar, mas se naquele momento estivesse apenas nós dois, como agora, você deixaria que eu continuasse? - Perguntei na intenção de ouvir um sim, não queria apesar de toda vontade e desejo que sentia em beijá-la, avançar sem a permissão dela. Poderia não assustá-la, mas nunca teria certeza disso, então em meio à duvidas e mesmo achando que receberia um não, não acho que conseguiria controlar e a beijaria ali mesmo.

- Oh Deus por que você ta fazendo isso? - A suplicou tentando sair dos meus braços, mas fui rápido e enlacei sua cintura e a sentei no meu colo.

- Por que eu quero mais que tudo beija - lá. E eu sei o quanto você quer, só não sei por que esta fugindo de mim... Mas ainda assim, quero ouvir da sua boca. Por que se algum momento você se sentir pressionado e não quiser, eu prometo nunca mais procurá-la novamente.

- NÃO. - Gritou Hermione sem pensar.

- Não o que?

- Não quero que se afaste e... er... Não me faça falar isso, por favor. - Implorou ela tão envergonhada que não conseguia erguer o rosto para me fitar.

- Por que princesa? É tão difícil me falar o que quer? Eu sei o que quero, e o que quero mais que tudo é você, e não preciso ter medo disso, então pode começar a confiar em mim e me contar.

- Eu não sei se dou conta. Eu nunca fui boa nisso e eu nem ao menos sou... - Harry sentia que ela estava tentando ao Maximo falar, mas parecia que sua língua travava.

- Ok. - Assenti. - Vamos devagar. – Afirmei, colocando-a melhor em meio as minhas pernas e trazendo seu corpo pra mais perto, segurei seu rosto para que pudesse olhar em seus olhos. - Não quero que se sinta pressionada, podemos ir devagar.

- Podemos? - Indagou com seus olhos brilhando e cheios de receio em si.

- Claro, do jeito que você quiser, não quero assustá-la.

- Você não me assusta. - Disse ela rindo e mostrando suas covinhas perfeitas. Adentrei mais minhas mãos em meio aos seus cachos e trouxe seu rosto a centímetros do meu. Sua respiração era rápida e seu hálito doce e quente batia no meu rosto... Seus olhos estavam brilhando e suas pequenas mãos suaves seguravam as minhas. Ela não precisava dizer mais nada, e nem a pedira que dissesse, pois quando vi sua boca entreaberta e seus olhos se fechando em uma permissão certeira pra mim.

Eu nem havia encostando-se a ela e meu corpo já reagia de todas as formas possíveis, era com sentir todo meu sangue correr rapidamente pelas minhas veias em alguns segundos antes de me aproximar mais e tocar levemente seus lábios. Eram quentes e macios e deliciosamente convidativos a mais, percorri cada canto da sua boca numa tentativa de poder sentir cada vez mais o seu sabor, deixei descer uma mão para sua cintura apertando seu corpo no meu enquanto passeava com a outra entre os ombros e seu rosto perfeito.

Ela correspondia de um jeito tão meigo e delicado, respondendo a cara toque e caricia que não consegui conter minha ansiedade e a beijei com mais urgência e necessidade, queria poder não ir mais longe e assustá-la. Queria que minhas mãos permanecessem apenas em sua cintura e seu rosto, mas a cada gemido involuntário que ela soltava entre um beijo e outro sentia vontade de tê-la mais e mais, mas no fundo da minha consciência e do meu cérebro sabia de algum modo teria que parar antes que fosse mais longe.

Mordisquei levemente seus lábios carnudos e contornei com minha língua cara centímetro dela, encostei minha testa na sua e esperei que sua respiração voltasse ao normal.

- Muito melhor o que eu pensava. - Afirmei acariciando suas bochechas de leve. - Mais quente e mais doce do que qualquer outra coisa que já tenha provado pequena. - Vendo que ela não respondia afastei que nada de perto ainda a segurando e ela ainda permanecia de olhos fechados, não sei se era por vergonha ou timidez, ou estava tentando tomar o ar que havia perdido no beijo.

- Perdoável minha reação? - Indaguei curioso. Ela ainda continuava calada e apenas mordendo os lábios nervosos e confusos. - Eu acho que vamos ter que repetir isso mais vezes, muitas outras vezes. - Disse rindo da sua expressão.

- Você se lembra do mais devagar?

- Ah não Hermione, você não vai me dar esse banho de água fria agora não é? - Perguntei tentando não parecer tão frustrado.

- Harry, só um pouquinho. Por favor. - Pediu toda manhosa me deixando sem saída.

- Um pouco que tanto? Contando que não me impeça de beijá-la constantemente e a qualquer hora e lugar, como você quiser.

- Só um pouco, não quero contar pro papai agora, e também tem os outros e não estou preparada pra um bombardeio. - Confessou levantando e se afastando mais.

- Meu pai adoraria. - Afirmei com um sorriso sarcástico.

- Harry. - Advertiu ela.

- Ok. Como você quiser. Mas como agora não tem ninguém por perto e ainda temos a noite toda pra você ser só minha sem restrições. - Disse me levantando e aproximando dela. - Quero poder matar toda vontade de beijá-la por todos os dias que tive vontade. - Finalizei avançado o restante da distancia entre nós e a tomei nos braços.

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N/A: Bom Dia Pessoas! Minha beta linda e querida resolveu me mandar o cap beeem tarde sabe!? hihihi Mas o importante é que ela betou bem rapidinho né gente!? Por isso que eu amo ELA =~] Quero agradecer de montão a todos os comentarios e fico feliz mesmo com cada uma deles. Espero que gostem desse cap, pqê é um dos que mais gostei o/\o Então divirtam - se e me falem o que acharam :D

Valeu:
Karine
Ingrid
Carla Ligia Ferreira
Ananda Marion
Bєlinhααα Diggory &
Betina Black
Nick Granger Potter
Hermione.Potter
Marcia Mendes Rdrigues
Mione03
Angel Cullen = Srta. Cereja

Espero não ter esquecido de ninguem =~] Beeijokas
adôooro todos

Josy minha beta linda ... adorôo-te sua chata - kkkk brincadeeirinha =]

N/B: Ai gnte.. Ate q enfim eles se beijaram... aeeeeeeee festaaaaaaa hauhauhauhua ai foi taum lindo a Mione nervosa.. hehehe e Gina tentando matar as loiras?? Kkkk como eu jah disse e digo d novo: amo betar essa fic.. hehehe

Bjoks gnte...


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