Luta e Vôo



-- CAPÍTULO 33 --
LUTA E VÔO


Harry não fazia idéia de qual era o plano de Hermione ou até mesmo se tinha um. Andou meio passo atrás dela e saíram da sala de Umbridge, sabendo que parecia suspeito se aparentasse que não sabia onde estavam indo. Não se atreveu a falar com ela; Umbridge estava andando tão perto atrás deles que pôde ouvir sua profunda respiração.

Hermione os conduziu para o Salão Principal. O barulho alto de vozes animadas dos estudantes ecoava no corredor do saguão, parecia impossível para Harry que a vinte passos deles havia pessoas que estavam jantando, celebrando o final do exame, sem se preocupar com nada no mundo...

Hermione seguiu direto para fora, dava para sentir o vento calmo da tarde. O sol estava se pondo atrás das copas das árvores da Floresta Proibida agora e Hermione estava marchando pela grama.

- Está escondido na cabana de Hagrid, não? - disse Umbridge próximo a orelha de Harry.

- É claro que não - disse Hermione calmamente. - Hagrid explodiria acidentalmente.

- Sim - disse Umbridge. - Sim, ele poderia ter feito isso.

Ela riu. Harry sentiu uma enorme vontade de virar e agarrá-la pela garganta mas resistiu. Sua cicatriz estava palpitando com o ar da tarde mas ainda não estava queimando, como se soubesse que Voldemort estava indo para matá-lo.

- Então... Onde está? - perguntou Umbridge com um tom de incerteza quando Hermione se dirigia para a Floresta.

- Por ali, é claro - disse Hermione, apontando para as escuras árvores. - Se tivesse que ser um lugar onde os estudantes não fossem descobrir acidentalmente teria que ser lá, não?

- Claro - disse Umbridge, parecendo apreensiva. - É claro... Muito bem, agora... Vocês dois fiquem atrás de mim.

- Você pode dar sua varinha, se nós formos primeiro? - Harry perguntou a ela.

- Eu não acho que sim, Sr. Potter - disse Umbridge docemente, pondo-o atrás de si com a varinha. - O Ministro dá mais valor à minha vida do que a sua.

Passaram pelas primeiras árvores, Harry tentou ficar vigiando Hermione; entrando na Floresta sem varinha parecia ser tão tola. No entanto, o jeito de Umbridge se mover, suas pernas curtas, com dificuldade de se equilibrar.

- É muito longe? - perguntou Umbridge, sua roupa se rasgando.

- Ah sim - disse Hermione. - Sim, está bem escondido.

A apreensão de Harry aumentava. Hermione não estava falando no caminho, estavam indo ver Grope, o único caminho que ele seguira na Floresta fora três anos antes, até a toca de Aragogue. Hermione não estava com ele nessa ocasião; duvidava que ela soubesse do perigo que a esperava.

- Você tem certeza que é o caminho certo? - ele perguntou a ela.

- Sim - ela disse, descendo o terreno íngreme, pensou que havia um barulho estranho. Atrás dele Umbridge tropeçava. Nenhum deles parou para ajudá-la. Hermione falou por cima dos ombros. - É ainda um pouco mais para dentro!

- Hermione, fale baixo - Harry murmurou. - Qualquer coisa pode ser percebida aqui...

- Eu quero que eles ouçam - respondeu tranqüilamente, Umbridge tropeçou bruscamente atrás deles. - Você vai ver...!

Andaram por um longo tempo, até que estavam tão dentro da Floresta que as árvores bloqueavam a luz do sol. Harry já tinha se sentido assim quando esteve na Floresta, olhos invisíveis o observando.

- Quanto mais? - reclamou Umbridge atrás dele.

- Não tanto agora! - ela gritou quando entraram numa escuridão. - Só um pouco mais...

Um arco cortou o céu e parou com ameaça na árvore que tinha acabado de passar, bem próximo à cabeça. Começaram a escutar uivos; Harry podia sentir a floresta tremendo; Umbridge deu um grito e o puxou para frente como se fosse um escudo.

Ele se desvencilhou dela e se virou. Cerca de cinqüenta centauros apareceram, seus arcos levantados, apontados para Harry, Hermione e Umbridge. Retornaram para o centro da clareira, Umbridge estava aterrorizada. Harry e Hermione se entreolharam. Ela estava dando um triunfante sorriso.

- Quem é você? - disse uma voz.

Harry olhou à esquerda. Um centauro chamado Magorian estava os rondando em círculos, como os outros, com o arco levantado. À direita de Harry, Umbridge estava ainda limpando sua varinha trêmula e apontou para o centauro.

- Eu perguntei quem é você, humana - disse Magorian rudemente.

- Eu sou Dolores Umbridge! - disse Umbridge numa voz amedrontada. - Subsecretária do Ministério da Magia e diretora da escola de Hogwarts!

- Você é do Ministério da Magia? - disse Magorian e os centauros sussurrando em volta.

- Sim! - disse Umbridge. - Então tenha muito cuidado! Pelas leis estabelecidas pelo Departamento para o Regulamento e Controle das Criaturas Mágicas qualquer ataque por mestiços como vocês com humanos...

- Do que você nos chamou? - gritou um centauro negro e selvagem que Harry reconheceu como Agouro.

- Não os chame disso! - Hermione disse furiosa mas Umbridge não pareceu escutá-la. Ainda apontando a varinha para Magorian, continuou. - A lei Quinze "B" está claramente dizendo que qualquer ataque de uma criatura que tem uma mente semelhante aos humanos é considerado responsável por seus atos.

- Próximo à inteligência humana? - repetiu Magorian e Agouro e muitos outros rugiram com raiva e bateram no chão. - Nós consideramos isso um grande insulto, humana! Nossa inteligência, ainda bem, é superior a sua.

- O que vocês estão fazendo na nossa floresta? - perguntou o centauro com a face cinza, Harry e Hermione o tinham visto na última vez que foram para a Floresta. - Por que vocês estão aqui?

- Sua Floresta? - disse Umbridge, movendo-se não só com medo mas também com indignação. - Eu gostaria de lembrá-lo que você mora aqui porque o Ministério da Magia permite você habitar essas áreas...

Uma flecha passou de raspão pela sua cabeça e pegou um pouco de seu cabelo passando; ela gritou e pôs suas mãos em cima da cabeça, enquanto alguns centauros abaixaram de aprovação e outros deram uma risada rouca. Pareciam selvagens, suas risadas ecoando pela clareira e o olhar deles sobre as patas eram extremamente amedrontadores.

- De quem é essa floresta agora, humana? - perguntou Agouro.

- Cinqüenta mestiços! - ela gritou, suas mãos ainda estavam sobre sua cabeça. - Bestas! Animais descontrolados!

- Fique quieta! - gritou Hermione mas já era tarde: Umbridge apontou sua varinha para Magorian e gritou.

- Incarcerous!

Cordas voaram como cobras, enrolaram os apertando em volta do dorso dos centauros e amarrando seus braços: ele chorou de raiva e elevou suas pernas, tentando se libertar, enquanto outros centauros atacavam.

Harry agarrou Hermione e a empurrou para o chão, o rosto virado para o chão, sentiu medo por um momento quando ouviu cascos batendo em volta dele mas o centauro saltou sobre eles e gritou com raiva.

- Nãaaaaaao! - ouviu Umbridge bradar. - Nãaaaaaaao... Eu sou subsecretária... Vocês não podem. Soltem-me, seus animais... Nãaaaaaao!

Harry viu uma luz vermelha e soube que ela quase virou um deles; depois gritou muito alto. Levantando sua cabeça ele viu pequenas polegadas, Harry viu que Umbridge foi agarrada por Agouro e levantada no ar, amarela e contorcida com o medo. Sua varinha saiu da sua mão até o chão, o coração de Harry bateu forte. Se ele pudesse pegá-la...

Mas assim que ele tentou chegar até a varinha uma pata de centauro levantou a varinha e a quebrou no meio.

- Agora! - falou uma voz na orelha de Harry e um braço cabeludo vindo do ar e o arrastou para cima. Hermione também estava suspensa. Após isso, muitas cabeças coloridas dos centauros. Harry viu Umbridge sendo furada nas árvores por Agouro. Gritando para que parasse, sua voz ficou menor e menor até eles não puderem mais ouvi-la, o barulho dos cascos sufocando-os.

- E esse? - disse o centauro de rosto cinza, levantando Hermione.

- Eles ainda são jovens - disse uma voz fraca atrás de Harry. - Nós não atacamos os pequenos.

- Eles a trouxeram aqui, Ronan - respondeu um centauro com suas garras em Harry. - E eles não são tão jovens... Ele está próximo da maturidade, este aqui.

Ele levantou Harry por trás de sua roupa.

- Por favor - disse Hermione. - Por favor, não nos ataque, nós não pensamos como ela, nós não somos empregados do Ministério da Magia! Nós só viemos aqui porque nós esperávamos que vocês se livrassem dela por nós.

Harry soube no momento, pela expressão do centauro cinza que estava segurando Hermione, que ela cometeu um grande erro dizendo isso. O centauro cinza o atirou de volta e suas pernas bateram furiosamente, e se baixou.

- Você vê, Ronan? Eles já têm a arrogância do tipo deles! Então vocês estavam fazendo trabalho sujo, estavam, garota humana? Nós devíamos agir como seus servos, tirar seus inimigos do seu caminho como um cão de guarda?

- Não! - disse Hermione em estado de choque. - Por favor, eu não quis dizer isso! Eu só esperava que você se dispusesse a nos ajudar...

Mas parece que ela piorou a situação.

- Nós não ajudamos humanos! - rosnou um centauro, levantando Harry. - Nós não vamos permitir você sair daqui, vangloriando-se que nós fizemos suas vontades!

- Nós não falaremos nada disso! - Harry gritou. - Nós sabemos que vocês não iam fazer porque nós pedimos.

Mas ninguém pareceu o ouvir. Um centauro com barba gritou.

- Eles vieram aqui sem avisar, eles devem sofrer as conseqüências!

Um som de aprovação com essas palavras e um centauro pardo gritou.

- Eles podem se juntar à mulher!

- Você disse que não machucaria inocentes! - gritou Hermione, com lágrimas reais em seu rosto agora. - Nós não fizemos nada para machucá-los, nós não usamos varinhas ou armadilhas, nós apenas queremos voltar para a escola, por favor, nos deixe ir...

- Nós não somos como o traidor Firenze, garota humana! - gritou o centauro cinza, rígido de aprovação de seus companheiros. - Talvez você acha que somos apenas cavalos? Nós somos um povo antigo que não agüenta invasões e insultos dos bruxos! Nós não conhecemos suas leis, não reconhecemos sua superioridade, nós somos...

Mas não ouviram o que mais os centauros eram, por um momento se ouviu um barulho da borda da clareira tão alto que todos, Harry, Hermione, e os cinqüenta centauros, olharam em volta. O centauro de Harry o deixou cair no chão de novo e suas mãos caíram no arco. Hermione foi solta também e Harry se apressou para perto dela, dois troncos de árvores espessas se partiram sinistramente e a forma gigantesca e monstruosa de Grope apareceu na passagem estreita.

Os centauros perto dele voltaram atrás; a clareira agora estava uma floresta de arcos e flechas pronta para ser atirada, todas apontando para cima e o enorme rosto cinza surgiu debaixo da passagem da os galhos. A boca de Grope se abriu; podiam ver seus dentes amarelos, seus profundos olhos se estreitaram e foram em direção das criaturas que estavam em seus pés. Cordas se partiram em seus tornozelos.

Ele abriu sua boca largamente.

- Hagger.

Harry não pode entender o que "Hagger" significava ou que linguagem era essa, estava olhando para os pés de Grope, que eram tão grandes quanto todo o corpo de Harry. Hermione segurou seu braço fortemente; os centauros estavam em silêncio, encarando o gigante, enorme, movendo sua cabeça de um lado a outro, continuou a procurar por algo que deixou cair.

- Hagger! - ele disse de novo, mais insistente.

- Saia daqui, gigante! - chamou Magorian. - Você não é bem-vindo aqui!

Essas palavras pareciam não ter efeito em Grope. Ele parou um pouco (os braços dos centauros ainda rijos segurando os arcos), depois abaixou.

- HAGGER!

Poucos centauros olharam preocupados agora. Hermione, no entanto, respirou ofegante.

- Harry! - ela murmurou. - Eu acho que ele está tentando dizer "Hagrid"!

Nesse momento Grope os olhou, os únicos dois humanos num mar de centauros. Baixou sua cabeça e o outro pé, olhando fixamente para eles. Harry pôde sentir Hermione se movendo quando Grope abriu sua boca novamente e disse, num ruído.

- Mione.

- Meu deus! - disse Hermione, segurando nos braços de Harry tão fortemente que parecia que ela ia desmaiar. - Ele... Ele se lembra!

- MIONE! - gritou Grope. - ONDE ESTÁ HAGGER?

- Eu não sei! - falou Hermione aterrorizada. - Eu lamento, Grope, eu não sei!

- GROPE QUER HAGRID!

Uma das mãos do gigante estava abaixada. Hermione deu um grito, deu uns passou para trás e caiu. Sem uma varinha, Harry se preparou para bater, chutar ou qualquer coisa que parecesse que sua mão estivesse tateando, bateu numa perna de um centauro branco.

Era o que parecia que o centauro estava esperando, os dedos de Grope estavam a um pé de Harry quando cinqüenta flechas cortaram o ar e atingiram o rosto do gigante, causando nele dor e raiva, levantou-se esfregando seu rosto com as mãos, quebrando as flechas, forçando suas cabeças para dentro.

Suspendeu seu enorme pé e o centauro saiu do caminho, gotas do sangue de Grope caíram em Harry, empurrou Hermione e um par de gotas de sangue caiu tão rápido quanto puderam se esconder entre as árvores. Quando olharam para trás Grope estava pegando cegamente os centauros e sangue escorria por seu rosto, os centauros estavam confusos, galopando pelas árvores até o outro lado da clareira. Harry e Hermione viram Grope dando outro urro de fúria e mergulhando atrás deles, batendo nas árvores.

- Oh não - disse Hermione, tremendo tanto que seus joelhos tremiam. - Oh, foi horrível, ele provavelmente vai matar todos eles.

- Eu não estou essa confusão, para ser franco - disse Harry amargamente.

Os sons dos galopes dos centauros e o urro do gigante ficaram menor e menor. Harry sentiu sua cicatriz pulsar novamente e um grande terror o invadiu.

Perderam muito tempo, o tempo que tinham para resgatar Sirius tinha se passado desde que Harry teve a visão. Não por Harry ter perdido sua varinha mas estavam no meio da Floresta Proibida sem meio de transporte.

- Plano esperto - ele deu um tapinha em Hermione, soltando um pouco de sua fúria. - Realmente um bom plano. Para onde nós vamos?

- Nós precisamos voltar para o castelo - disse fracamente.

- Pelo tempo que nós temos Sirius provavelmente estará morto! - disse Harry, chutando uma árvore próxima.

- Bem, nós não podemos fazer nada sem varinhas - disse Hermione esperançosa, levantando-se com dificuldade de novo. - De qualquer forma, Harry, como você pretende chegar em Londres?

- Sim, nós estamos querendo saber disso - disse uma voz conhecida atrás dela.

Harry e Hermione se mexeram em direção as árvores.

Rony vinha olhando para eles, seguido por Gina, Neville e Luna. Todos pareciam preocupados, estavam arranhados, da garganta até a bochecha de Gina; o olho direito de Neville estava púrpuro e inchado; os lábios de Rony estavam sangrando pior que antes mas todos pareciam felizes consigo mesmo.

- Então - disse Rony, largando a varinha de Harry. - Alguma idéia?

- Como vocês vieram aqui? - perguntou Harry maravilhado, pegando sua varinha.

- Um pouco de Stunners, um Feitiço de Desarmamento, Neville fez uma boa azaração de Impedimento - disse Rony ofegante, agora entregando a varinha de Hermione. - Mas Gina foi a melhor, ela pegou Malfoy, Feitiço do morcego-fantasma, foi soberbo, seu rosto coberto de muitas asas. De qualquer forma, nós os vimos pela janela entrando na Floresta e seguimos. O que vocês fizeram com Umbridge?

- Ela foi levada - disse Harry. - Pelos centauros.

- E eles os deixaram para trás? - perguntou Gina, atônita.

- Não, eles foram afastados por Grope - disse Harry.

- Quem é Grope? - perguntou Luna.

- Irmão caçula de Hagrid - disse Rony. - Não importa agora. Harry, o que você descobriu no fogo? Você-Sabe-Quem pegou Sirius ou...

- Sim - disse Harry com sua cicatriz doendo de novo. - E eu tenho certeza que Sirius está vivo mas não consigo ver como nós vamos chegar lá para ajudá-lo.

Todos ficaram em silêncio, olhando assustados; o problema parecia insuportável.

- Nós vamos voar, não vamos? - disse Luna parecendo preocupada.

- Ok - disse Harry irritado, rodeando-a. - Primeiramente, nós não teremos nada se você se incluir nisso, então...

- Eu tenho uma vassoura! - disse Gina.

- Sim, mas você não vai - disse Rony com raiva.

- Com licença mas eu me preocupo com Sirius tanto quanto você! - disse Gina, seu jeito parecia com Fred e Jorge com raiva.

- Você também... - Harry começou mas Gina disse ferozmente.

- Eu sou três anos mais velha que você quando lutou contra Você-Sabe-Quem pela Pedra Filosofal, é por minha causa que Malfoy ainda está na sala de Umbridge com espíritos o atacando...

- Sim, mas...

- Nós estamos todos juntos - disse Neville calmamente. - Isso é, tudo sobre lutar contra Você-Sabe-Quem, não é? E essa é a nossa primeira chance de fazer algo real... Ou tudo isso é apenas um jogo ou algo parecido?

- É claro que não é... - disse Harry impaciente.

- Então devemos ir também - disse Neville. - Nós queremos ajudar.

- Isso mesmo - disse Luna, sorrindo, feliz.

Harry e Rony se entreolharam. Sabia que Rony estava pensando exatamente como ele: se pudessem escolher alguns membros do ED excetuando Rony e Hermione para se juntar para resgatar Sirius não traria Gina, Neville ou Luna.

- Bem, não importa, de qualquer forma - disse Harry entre os dentes. - Porque nós ainda não sabemos como chegar lá.

- Eu achei que já tínhamos falado - disse Luna rudemente. - Nós voamos!

- Olhe - disse Rony, contendo dificilmente sua raiva. - Você pode voar sem um cabo de vassoura mas o resto de nós não pode fazer brotar asas nem nós...

- Existem métodos de voar sem vassouras - disse Luna calmamente.

- Eu acho que devemos montar nas costas de Kack Snorgle ou seja, o que for? - Rony perguntou.

- O Crumple-Horned Snorkack não pode voar - disse Luna - mas eles podem e Hagrid diz que são muito bons em encontrar lugares escondidos.

Harry olhou em volta. Entre duas árvores haviam olhos brancos, eram dos Testrálias, olhando sua conversa como se entendessem cada palavra.

- Sim! - murmurou, movendo-se em direção a eles. Eles jogaram suas cabeças de réptil, jogando para trás suas crinas pretas, e Harry estendeu sua mão e bateu levemente no pescoço do mais próximo; como podiam ser tão feios?

- São aqueles cavalos maus? - disse Rony incerto, olhando fixamente para o Testrália à esquerda que Harry estava acariciando. - Aquele você não podia ver utilidade, você viu os cheiro deles?

- Sim - disse Harry.

- Quantos?

- Só dois.

- Bem, precisamos de três - disse Hermione, que estava ainda olhando um pouco chocada mas determinada.

- Quatro, Hermione - disse Gina com cara feia.

- Eu acho que há seis de nós - disse Luna calma, contando.

- Não seja burra, todos nós não podemos ir! - disse Harry feroz. - Olha, vocês três - apontou para Neville, Gina e Luna. - Vocês não estão envolvidos nisso então vocês não...

Eles explodiram de protestos. Sua cicatriz estava novamente doendo. Cada minuto que perdiam era precioso; não tinha tempo para argumentar.

- Ok, tudo bem, é sua escolha - disse secamente. - A menos que consigamos encontrar mais Testrálias vocês não vão...

- Oh, mais deles estão vindo - disse Gina confiante, Rony estava olhando na direção errada, achando que sob pressão ela estava vendo cavalos.

- O que você acha que é?

- Porque, caso você não notou, você e Hermione estão cobertos de sangue - disse friamente. - E nós sabemos que os Testrálias de Hagrid adoram carne crua. É por isso que esses dois vieram para aqui.

Harry sentiu um puxão em sua roupa no momento que olhou para baixo, perto onde o Testrália estava arrasando sua manga; coberta do sangue de Grope.

- Ok, então - disse, acabando de ter uma idéia. - Rony e eu vamos pegar esses dois e seguimos em frente e Hermione pode ficar com vocês aqui e ela vai atrair mais Testrálias...

- Eu não vou ficar para trás! - disse Hermione furiosa.

- Não tem necessidade - disse Luna sorrindo. - Olhem, aqui vêm mais... Vocês dois devem estar realmente cheirando a...

Harry se virou: não mais que seis ou sete Testrálias estavam em seu caminho, tinham grandes asas em seu corpo, seus olhos brilhavam na escuridão. Não tinha desculpas agora.

- Está bem - disse com raiva. - Pegue um e vamos.

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