O quase estupro.



Capítulo dezesseis: O quase estupro.


Harry ficou pasmo. Como? Cornélio Fudge morto? Não... não pode ser.

- O que... como isso... como? – tentou perguntar Harry, sem sucesso.

- Nós te falamos que era importante! – disse Rony, que estava tão assustado quanto ele.

- Não leia. É muito trágico. Nós te explicamos. – disse Hermione, quando Harry fez menção de ler o jornal.

- Certo. Mas... Cadê a... GINA! – gritou Harry para a menina que estava entrando na enfermaria.

- Harry! Você está melhor? – perguntou Gina, enquanto dava um beijo na testa dele e o olhava.

- Estou. – disse Harry. Gina sorriu para ele, mas logo fez uma car séria.

- Acabei de saber. Só não li o jornal. – disse ela.

- Não se preocupe, nós íamos falar pro Harry agora mesmo. – disse Rony. Gina acenou com a cabeça.

- Bom, aí no jornal diz que o Fudge foi encontrado morto, dentro do seu próprio quarto e que ele não foi morto com a Maldição Avada Kedavra. Muito pelo contrário, disseram que ele foi morto a facadas, mas antes foi torturado pela Maldição Cruciatus. – disse Rony.

- Ele foi esfaqueado porque tinha marcas de faca pelo corpo todo. Parece que Voldemort e os comensais resolveram assassinar o ex-ministro da magia a moda trouxa. Também diz que ele foi torturado porque ele parecia muito cansado, a julgar pelas grandes olheiras e pelo corpo inchado. – disse Hermione lacrimosa.

- Eles não mataram só o Fudge, mataram toda a família dele. Eles mencionam isso no jornal. A morte de cada uma das pessoas foi diferente da outra. A mulher do Fudge foi morta com Avada Kedavra. O filho foi torturado até a morte e o elfo doméstico eles fizeram se afogar na banheira com a Maldição Imperius. – disse Rony. Harry e Gina se entreolharam boquiabertos. Todos estavam muito abalados.

- Harry! Querido! Você já pode sair. Aposto como você já soube do ataque. Coitados! – disse Madame Pomfrey enquanto Harry se levantava. Rony e Hermione se entreolharam.

- Harry... tem mais uma coisa que você precisa saber. – disse Hermione, parando-o no meio do corredor.

- O que, Mione? – perguntou Harry.

- Os comensais e Voldemort deixaram um aviso. Na verdade uma ameaça. – disse Hermione em tom choroso. – Eles disseram que iam logo, logo invadir Hogwarts e matar todos. – terminou ela, deixando-se cair nos braços de Rony, que a amparou. Gina olhou entristecida para Harry e o abraçou forte. Harry retribuiu o abraço com a mesma intensidade. Eles ficaram assim por vários minutos, até perceberem que estavam no meio do corredor e resolveram tomar café.

Assim que chegaram no salão principal, Harry, Rony, Hermione e Gina sentaram-se na mesa e começaram a comer desanimados e ao mesmo tempo abalados. Harry mexia na comida distraidamente. Decididamente ele não estava com fome. Ele estava preocupado. Harry estava muito preocupado com Gina, Rony e Hermione. Se eles continuassem amigos dele, eles estariam correndo muito perigo ao seu lado. E Harry nunca iria se perdoar se alguma coisa acontecesse com eles. “Vou falar com eles!”, pensou Harry decidido.

- Potter! O diretor quer falar com você! – disse a professora Mcgonagall, tirando-o de seus pensamentos.

- Já vou. Obrigado, professora. – disse Harry sem entusiasmo.

- Não há de quê, Potter. Mas eu acho melhor você se apressar. – disse ela, saindo da mesa da Grifinória e se dirigindo á mesa dos professores.

- Vejo vocês depois. – disse Harry se levantando. Mas ele se lembrou de uma coisa e se virou: - E eu quero conversar com vocês depois, tá legal? – perguntou ele.

- Tudo bem. Agora vai. Até depois. – disse Gina, dando um beijo em Harry e sentando-se novamente no seu lugar. Hermione e Rony concordaram com a cabeça.

- Então até depois. – disse Harry, saindo correndo do salão principal. Quando chegou na gárgula, viu que ela estava aberta. Ele subiu na escada e bateu na porta do escritório.

- Entre, Harry. – disse Dumbledore. Harry entrou. Dumbledore estava sentado na cadeira. – Sente-se. – disse ele, apontando para a cadeira na sua frente. Harry obedeceu e olhou o diretor. Ele parecia ainda mais velho e mais cansado do que já era.

- O que foi, diretor? O que o senhor quer falar comigo? – perguntou Harry.

- Eu queria apenas dizer que eu já decidi quando serão as nossas aulas de oclumência. Todas as quartas eu quero que você esteja aqui ás oito horas da noite. – disse Dumbledore.

- Sim, senhor. Mais alguma coisa? – perguntou Harry.

- Sim. Eu quero, Harry. Que mesmo que você não saiba como, feche sua mente todas as noites. Praticar oclumência não é só na hora da aula. É também na hora do sono. Se você aprender a fechar a sua mente, você conseguirá bloqueá-la e assim impedir a entrada de Voldemort na sua mente, e no seu coração. – disse Dumbledore.

- Sim, diretor. Pode deixar. – disse Harry.

- Agora, pode ir. E boas aulas. – disse Dumbledore sorrindo. Harry também sorriu e saiu da sala. Encontrou Rony e Hermione em frente à sala de D.C.A.T e lhes falou tudo o que Dumbledore lhe disse. Na hora da aula, Harry, Rony e Hermione se sentaram mais ou menos no meio da sala e esperaram o professor falar.

- Bom dia! Nessa aula, nós vamos falar sobre... sereianos. – disse o professor, fazendo os alunos ficarem agitados. Eles ainda não tinham aprendido sobre sereianos. Harry, Rony e Hermione sorriram um para o outro. Harry teve a vaga lembrança de um lago e vários sereianos a sua volta.

- Eu já li o livro todo de D.C.A.T. Eu vi tudo sobre sereianos. São muito interessantes. – sussurrou Hermione.

- Abram na página duzentos e quinze. Sereianos. São as criaturas aquáticas mais fascinantes do mundo aquático. Eles não são seres aquáticos e terrestres, são apenas aquáticos e moram no fundo do oceano. Tanto faz eles serem de água salgada ou doce. Agora, Sta. Granger leia o capítulo pra mim, sim? – perguntou o professor. Hermione acenou com a cabeça e começou a ler. Foi uma aula muito calma. E até que foi divertida. Realmente, sereianos são criaturas fascinantes. Harry aprendeu que os sereianos não são criaturas confiáveis, mas quando alguém precisa de ajuda, eles não hesitam em ajudar. Não confiam em ninguém, a não ser na própria espécie. E eles sabem fazer muitas coisas com as Artes das Trevas. Harry gostou muito da aula, foi calma, mas foi muito interessante.

O resto das aulas da manhã e da tarde foram tranqüilas. Depois da última aula, Harry, Rony e Hermione não encontraram Gina no salão principal, então jantaram e foram para o salão comunal. Assim que entraram, viram que Gina estava ali. Ela e sua amiga, Katie. Katie limpava o rosto de Gina, enquanto ela chorava muito. Ela estava muito triste e parecia abatida. Estava com uma marca roxa no rosto e sua blusa estava rasgada. Harry não esperou um minuto a mais e foi direto até ela. Hermione e Rony foram atrás. Quando Gina viu Harry, ela chorou ainda mais e o abraçou forte.

- Ah, Harry! Se Katie não tivesse chegado... nem quero imaginar o que podia acontecer. – disse Gina chorando abraçada a Harry. Ele se preocupou. O que podia ter acontecido?

- Calma Gi. Primeiro você se acalma e depois você me conta o que aconteceu, tá? – perguntou Harry.

- Tá. – disse Gina. Depois de longos minutos, Gina foi se acalmando. Hermione conjurou um copo com água e o deu a Gina. Ela bebeu a água e terminou por se acalmar. Harry começou a ficar inquieto. Ele queria perguntar o que aconteceu, mas temia que Gina recomeçasse a chorar. Ele esperou mais alguns minutos, mas não foi ele quem perguntou.

- Gina, agora nos fale: o que aconteceu? – perguntou Hermione. Gina respirou fundo falou:

- Malfoy. Draco Malfoy.

- O que ele te fez, Gina? – perguntou Harry, sentindo a raiva lhe subir a cabeça.

- Ele... ele tentou... – Gina vacilou um pouco nessa hora, mas voltou a falar com a voz firme. – Ele tentou me estuprar. Ele tentou fazer isso comigo hoje. – terminou ela. Harry, Rony e Hermione se entreolharam. Harry ficou pasmo. Tudo bem que Malfoy nunca foi bom ou coisa assim. Mas estupro? Uma raiva imensa começou a nascer dentro de Harry. Malfoy ia pagar caro por isso. Ah se ia!

- Como foi isso, Gina? – perguntou Rony cerrando os dentes. Todos perceberam que ele estava se segurando pra não sair correndo dali e matar Malfoy. E, além disso, suas orelhas estavam muito vermelhas.

- A Katie e eu saímos da aula e estávamos indo pro Salão Comunal. Só que aí nós paramos pra ir ao banheiro, porque a Katie tava apertada. Eu fiquei esperando do lado de fora. Foi aí que eu senti alguém me puxando com muita violência e me levando pra algum lugar. Era o Malfoy. Eu resisti e ele me bateu. Ele tentou tirar a minha blusa e acabou rasgando. Eu já tava ficando desesperada. Eu me perguntava onde estava a Katie a todo o momento e chorava cada vez mais. Foi quando eu ouvi alguém gritando alguma coisa e o Malfoy caiu desacordado no chão. Eu vi a Katie e ela me trouxe pra cá. Foi isso. – terminou Gina, tentando, mas não conseguindo parar de chorar.

- Onde foi isso? – perguntou Harry com a voz cheia de fúria. Gina não respondeu. Tampouco Katie. – ONDE FOI ISSO? – Harry perguntou novamente, dessa vez gritando. Katie respondeu automaticamente.

- Foi perto do banheiro do segundo andar.

Harry começou a sentir uma raiva tão grande, tão grande que ele nem percebeu que se levantou e se dirigia quase correndo ao buraco do retrato. Rony o seguia. Eles foram correndo pro banheiro do segundo andar e encontraram um Malfoy atordoado tentando se levantar. Ele estava resmungando.

- Que droga! Mais um segundo e ela seria minha... só minha... não do Potter. O idiota do Potter. – dizia Malfoy, pondo a mão na cabeça. – A Weasley é muito atraente... mas o meu jeito de ficar com ela é muito diferente do Potter. – disse ele, passando a mão pelo cabelo e dando um sorriso malicioso. Para Harry isso era demais.

- Malfoy! – gritou Rony. Malfoy olhou e sorriu.

- Ora... ora... ora... acho que a Weasley já deve ter contado o que aconteceu, não? – perguntou Malfoy, de um jeito provocante. Harry segurava com tanta força sua varinha que seria capaz de parti-la ao meio.

- Contou. E nós viemos aqui tomar satisfações, sabe? Eu pensei em te matar... mas mudei de idéia. – disse Harry, dando um meio sorriso enquanto guardava a varinha. – Vai ser muito pior.

- Mudou, foi? Vai fazer o que agora? Me torturar? – perguntou Malfoy.

- Não. – respondeu Harry. Rony olhou intrigado para ele. – Eu vou simplesmente... te espancar... só isso. Vou esquecer que tenho uma varinha e te matar a murros... você vai me ajudar, Rony? – perguntou Harry.

- Com prazer. – disse Rony, colocando sua varinha no bolso e olhando pra Malfoy com um brilho malicioso nos olhos. Suas orelhas estavam vermelhas de tanta raiva. Malfoy se assustou.

- Mas... vocês não vão... não aqui no corredor... os professores... eles vão chegar... – tentava dizer Malfoy. Sua voz tremia de medo.

- Ah, Harry! Me deixa acabar logo com ele! Por favor! – dizia Rony.

- Os professores ficam no último andar. Não podem aparecer de uma hora pra outra. – disse Harry. - Portando considere-se morto. Escuta, quer fazer algum pedido antes de morrer? – perguntou ele calmamente, olhando o relógio. – Não podemos perder tempo.

- Eu... vocês menos... pontos... – tentava dizer Malfoy, mas sua voz tremia tanto que ele só dizia palavras sem sentido. Harry riu por dentro.

- Menos 200 pontos da sonserina por tentativa de estupro, Malfoy. – disse Rony.

- Agora chega de papo. Vamos ao que interessa. – disse Harry se aproximando com Rony para bater em Malfoy.

Foram tantos murros, socos e chutes, que Harry e Rony perderam a conta. Eles só voltaram à realidade quando ouviram um barulho vindo do final do corredor. Harry, que estava com o punho parado no ar, olhou assustado para Rony. Rony olhou pra ele e soltou Malfoy na mesma hora. Ele caiu no chão e gemeu de dor.

- Vamos. – sussurrou Harry para Rony e eles saíram correndo. Sorte que não estavam muito longe do salão comunal. Assim que entraram no salão comunal, encontraram Gina dormindo no colo de Hermione, que observava atenta a porta do salão comunal. Elas pareciam muito cansadas. Quando eles entraram, Hermione soltou um gritinho que fez Gina acordar assustada.

- O que aconteceu, Mione? – perguntou ela. Mas quando olhou pro retrato, também soltou um grito. – O que aconteceu? – perguntou Gina, pois nem Harry e nem Rony estavam ilesos. Rony tinha um corte na testa e um olho roxo. Harry parecia mais machucado que Rony. Estava com um olho roxo, um corte na boca, um corte na testa e seu pescoço parecia arranhado.

- Nada. – respondeu Rony tranqüilamente. Harry confirmou com a cabeça.

- Como nada?! Vocês estão machucados! – disse Hermione preocupada dirigindo-se a Rony.

- Concordo! O que vocês andaram fazendo? – perguntou Gina, indo até Harry e tocando seu rosto de leve. Ele deu um gemido leve de dor. Gina fez uma careta.

- Nós só tivemos uma conversa “civilizada” com o Malfoy. – disse Rony, enquanto Hermione o sentava no sofá e começava a limpar seus cortes com um lenço.

- Acho melhor a gente contar a verdade pra elas, Rony. – disse Harry, enquanto Gina fazia a mesma coisa que Hermione, limpava os cortes de Harry.

- Não precisa. Nós já sabemos.

- Como?

- Vocês deram uma surra no Malfoy. Tá na cara. Nós já sabíamos o que vocês iam fazer então corremos atrás de vocês e vimos tudo. – disse Gina, enquanto limpava o corte do pescoço de Harry.

- Só que nós achamos que vocês estavam indo longe demais! – disse Hermione. Mas quando Gina lhe lançou um olhar cortante, Hermione soltou uma exclamação de raiva e completou: - EU achei que vocês estavam indo longe demais e resolvi interferi, quebrando aquele galho. – terminou ela.

- Eu queria ver a briga até o fim, mas a Mione não deixou e me puxou a força de lá. Eu adorei aquele soco, Harry. Foi simplesmente... poxa. Você devia estar com muita raiva... você e Rony. – disse Gina de cabeça baixa. Rony e Harry se entreolharam.

- Claro que estávamos com raiva! Aquele Malfoy nojento tentou abusar de você! – berrou Rony. – Você acha que eu ia deixar ele te maltratar?

- Ah... Rony! Foi tudo minha culpa! Se eu não tivesse dito vocês não estariam desse jeito! – disse Gina, sentando-se na poltrona de cabeça baixa. Harry levantou-se do sofá e foi até Gina.

- Gi... não foi sua culpa... pelo menos a gente deu uma boa surra no Malfoy. – disse Harry. Gina chorava e Harry não sabia mais o que fazer.

- E eu acho que deixei ele inválido! Agora ele nunca mais vai fazer nada com você! Nem que ele queira! – gritou Rony do sofá, fazendo todos rirem, inclusive Gina.

- Pois é. E, além disso, eu NUNCA MAIS vou deixar ele sequer TENTAR fazer alguma coisa comigo. Até porque eu ainda sou virgem e... – nesse momento Gina abaixou a voz, que mais parecia um sussurro. – eu quero perder com outra pessoa. – terminou ela vermelha abaixando o rosto. Harry também enrubesceu. Sabia de quem ela estava falando: dele. Ela queria perder a virgindade com ele. Harry ficou feliz em ouvir isso, ele também queria perder com Gina. Seria realmente muito, digamos que “mágico”. Afinal, seria a primeira vez de ambos. Logo depois se arrependeu desses pensamentos que ele considerava “maliciosos”. Rony olhou pra Hermione sem entender nada. Até Hermione, que geralmente entendia tudo, não entendeu. Ela olhou pra Rony com o mesmo olhar desentendido e resolveu perguntar:

- O que houve? – Harry e Gina se entreolharam e coraram ainda mais.

- Nada. – responderam os dois ao mesmo tempo. Hermione então, finalmente entendeu e deu uma risadinha.

- Tudo bem que nem o Harry nem a Gina querem me dizer o que aconteceu... mas até você, Mione! – exclamou Rony. Hermione sorriu, caminhou até ele e sussurrou alguma coisa em seu ouvido. Rony fez uma cara séria, mas logo depois sorriu e olhou pra Harry e Gina com uma expressão de entendimento. Harry olhou pra Gina, que olhou para Harry e ela encolheu os ombros, como se dissesse: “Cada louco com a sua loucura!”. Harry confirmou com a cabeça e se levantou. Foi quando ele sentiu uma enorme dor de cabeça e caiu no chão com tudo.

- HARRY! O que aconteceu? – perguntou Gina preocupada. Harry tentou se apoiou no sofá com dificuldade e se sentou nele. Sua cabeça doía muito. Ele nem sabia porque. Só viu um vislumbre de Gina se ajoelhando desesperada ao seu lado, Rony e Hermione virem correndo até ele, antes de desmaiar.

Quando acordou, Harry permaneceu com os olhos fechados. Ele conseguiu ouvir algumas vozes.

- Será que ele vai ficar bem? – perguntava a voz de uma menina.

- Acho que sim. Poxa! Essa já é a segunda vez em dois meses que ele vem aqui, né? Um recorde! – dessa vez uma voz de um garoto.

- Ah! Cala a boca, Rony! Porque você sempre tem que falar essas coisas idiotas? – perguntou a voz de outra menina. Harry reconheceu-a instantaneamente pelo tom mandão: era Hermione.

- Não são coisas idiotas! São ver...

- HARRY! – gritou Gina, ao ver que Harry acordara. Ela sorriu, no que ele fez o mesmo. – Que bom que você acordou. Estávamos muito preocupados! O que houve? – perguntou ela, enquanto o abraçava.

- Não sei. Só o que me lembro foi de uma forte dor de cabeça e depois do desmaio. Só isso. – disse Harry.

- Que estranho... mas foi dor na cicatriz ou na cabeça? – perguntou Hermione, soltando-se do abraço.

- Na cabeça. Tenho certeza... – disse Harry.

- Oi! – disse alguém ás costas de Rony e Hermione. Todos se viraram e depararam com uma linda menina de olhos verdes e cabelos ruivos cacheados. Ela estava sorrindo.

- Oi. – disseram todos.

- Tudo bem, Harry? Eu sou Lílian, do primeiro ano. Eu vim aqui te visitar porque soube o que aconteceu ontem...

- Ontem? – perguntou Harry confuso.

- Sim, ontem! Já são oito horas, Harry. Acabamos de chegar. – disse Hermione.

- Eu fiquei desmaiado por muito tempo?

- Não. Só de ontem pra hoje.

- Ainda bem! Porque senão ia perder mais aulas e mais matérias! – disse Hermione.

- Bom, eu já vou indo. Eu só vim ver se você estava bem. Então até a próxima. – disse Lílian, se aproximando e beijando Harry no rosto, no que ela corou muito. Depois ela sorriu e em seguida ela saiu da enfermaria. Gina voltou-se para ele.

- Ela gosta de você, Harry. – disse ela.

- Como? – Harry perguntou.

- Ela te ama. Como eu te amava no primeiro ano. É isso. – disse Gina. A surpresa não foi só de Harry. Rony e Hermione se olharam intrigados.

- Como você sabe disso? – perguntou Rony.

- Primeiro, pelos gestos. Ela vivia olhando pra você, esbarrava sem querer, vinha ver os treinos constantemente... tudo isso. Segundo, as conversas misteriosas com as amigas. Elas viviam conversando aos cochichos e viviam dizendo umas coisas, que ela acabava ficando corada demais. Aí eu comecei a desconfiar. Meus fatos se confirmaram quando eu ouvi uma conversa dela com as amigas um dia desse na biblioteca. Ela disse que estava ficando louca e que estava te amando e admirando cada dia mais. E que não conseguia te esquecer, mas que nunca seria notada... e outras coisas... – terminou Gina, revirando os olhos. Harry percebeu que havia uma pontinha de ciúmes nessa explicação de Gina. Ele percebeu que ela se sentira exatamente assim no seu primeiro ano. Harry sorriu e puxou Gina pelo braço, fazendo-a olhá-lo nos olhos.

- Eu te amo. – ele disse. Rony e Hermione se entreolharam e se entenderam na mesma hora: era um olhar dizendo: “Vamos sair!”. E eles saíram. Gina continuou olhando para Harry, sem saber o que dizer. Então Harry resolveu continuar:

- Gi... você sabe que eu só gosto de você. Você é única. Nunca vai haver outra ruivinha na minha vida! NUNCA! Eu juro pra você! – disse Harry. Gina sorriu e o beijou levemente. Depois do beijo, Gina falou:

- Pode sim haver outra ruivinha na sua vida, Harry.

- Pode me dizer quem? – perguntou ele surpreso.

- Nossa filha. Ela vai ser ruivinha como eu e vai ter seus olhos verdes. – disse Gina sorrindo, no que Harry sorriu também. – Mas nós vamos ter outro filho, homem. Ele vai ter os seus cabelos negros e rebeldes e meus olhos castanhos... – disse Gina, enquanto bagunçava ainda mais os cabelos de Harry.

- Mal posso esperar. – disse Harry, antes de beijá-la apaixonadamente.


N/a: GENTE!!! Desculpem a demora do capítulo. Eu tava sem tempo... muito estudo, sabem?! Bem, espero que tenham gostado do cap., tenho mais cinco pra postar... EEEEE... Por enquanto a história vai girar em torno do Harry e da Gina, mas depois vai haver muita coisa... NOVA! Espero que gostem, e só pra não perder o costume:

SE NÃO COMENTAREM, NÃO POSTO CAPÍTULOS!!! Beijos!

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