A AD retorna... e Helena també



Capítulo doze: A AD retorna... e Helena também...


Harry caminhava lentamente atrás de Dumbledore. Uma vez ou outra, ele olhava pra trás. Não sabia porque, mas tinha a impressão de estar sendo seguido. Logo chegaram à gárgula que fechava o escritório do diretor.

- Sapo de chocolate! – disse Dumbledore. A gárgula se moveu e uma escada circular apareceu, levando Dumbledore e Harry para cima. Quando chegaram no escritório, Harry se lembrou de Sirius e soltou um suspiro de tristeza.

- Eu sei como se sente, Harry. – disse Dumbledore, já sentado em sua cadeira. – Mas eu tenho uma notícia que eu acho que pode lhe alegrar. Sente-se. – Harry se sentou.

- O que o senhor quer falar comigo, diretor? – perguntou Harry, tentando parecer curioso, para ter que adiar o momento de pensar no padrinho. – É muito importante? – perguntou ele.

- Digamos que sim... – disse Dumbledore.

- Mas do que se trata?

- É importante, Harry. É para a sua própria segurança e a dos outros. – disse Dumbledore, olhando diretamente nos olhos de Harry. Harry sentiu seu olhar e estremeceu.

- O que é, diretor? – perguntou Harry novamente.

- Eu quero que você retorne com a AD, Harry. – disse Dumbledore sorrindo. Harry não pôde deixar de sorrir. Realmente, seria muito bom voltar com a AD. Só assim ele poderia esquecer Sirius um pouco. Mas então lhe veio uma dúvida...

- Diretor... a AD só serviria se nós não tivéssemos um professor capacitado... no caso da Umbridge. Mas eu acho que o professor Mclagan vai ser um bom professor. – disse Harry confuso.

- E quem disse que ele precisa saber, Harry?! – perguntou Dumbledore sorrindo.

- Mas o senhor tem certeza? – perguntou Harry.

- Tenho.

- Então está bem. Quando posso começar? – perguntou Harry animado. Dumbledore sorriu.

- Não sei. Acho que quando você puder.

- Quando eu puder?

- Isso mesmo Harry. Você já tem muitas coisas para fazer, não acha? Você é o capitão do time de Quadribol da Grifinória, então tem que escolher os novos jogadores do time e tem que marcar os treinos. Você ainda tem as aulas de Oclumência. E também tem os deveres que os professores passam. Agora tem a AD. Acho que esse ano vai ser um ano muito corrido e desgastante pra você.

- É... pensando bem... vai ser sim. – concluiu Harry pensativo.

- Quando eu marcar suas aulas de Oclumência, eu aviso.

- Obrigado, diretor. – disse Harry se levantando. Quando ele ia abrir a porta para sair, Dumbledore o chamou:

- Harry! Espere! Tem mais uma coisa. – disse ele. E sem esperar resposta, levantou-se e foi até o armário. De dentro dele, Dumbledore pegou um papel e dirigiu-se a Harry.

- Eu acho que você vai precisar disso, Harry. – disse Dumbledore, entregando o papel a Harry. Harry o pegou e desdobrou. Era o papel da AD que Hermione tinha escrito alguns meses atrás.

- Harry... tome cuidado. Não chame pessoas em quem você não confia. Lembre-se da senhorita Marieta. – disse Dumbledore.

- Obrigado, diretor. – disse Harry, virando-se para sair.

Quando Harry saiu do escritório, ele rumou direto para o Salão Comunal da Grifinória. Ele queria contar a Rony, Hermione e Gina a novidade. Mas, como ele estava correndo rápido demais, no meio do caminho ele tombou com alguém e essa pessoa caiu no chão. Harry se virou pra ajudar. Era uma menina.

- Desculpe. Eu não tive intenção. Eu estava correndo... aí... – Harry parou da falar tão rápido quanto começou. Ele percebeu que conhecia a menina. Ela tinha olhos muito castanhos e cabelos também castanhos cacheados na altura dos ombros. Helena.

- Oi, Harry! Como você está? – perguntou ela alegre.

- Bem. O que você está fazendo aqui? – perguntou Harry de repente.

- Eu estudo aqui. Adivinha em que casa eu fiquei? – perguntou ela triste.

- Onde você ficou? – perguntou ele curioso. Era estranho estar conversando normalmente com Helena depois de tudo o que aconteceu.

- Sonserina. – disse Helena entristecida. Harry sorriu por dentro. Ele tentou parecer triste.

- Eu sinto muito. – disse Harry de cabeça baixa, escondendo um sorriso.

- BRINCADEIRA! Eu fiquei na Grifinória! – disse ela pulando de um lado pro outro.

- Como? Mas você disse... que? – perguntou Harry confuso.

- Você acreditou! Não acredito, Harry! Você sempre foi tão inteligente! – disse Helena sorrindo.

- Pois é. – disse Harry mal-humorado.

- Agora poderemos ficar juntos! – disse ela sorrindo e abraçando a cintura de Harry, que não retribuiu. Ele apenas soltou-se dela e falou indiferente:

- Que história é essa de que nós podemos ficar juntos?

- Harry! Eu te amo! Você me ama também! Agora estamos namorando! – disse Helena feliz, abraçando Harry novamente. Harry não podia acreditar. Ele não acreditava. Ela só podia estar doida.

- Helena... me solta! – disse Harry, soltando-se dela com um pouco de brutalidade. – Nós não estamos namorando! Nós não ficaremos juntos e eu NÃO TE AMO! Será que você não entende? – perguntou ele irritado. Helena apenas olhou-o e sorriu.

- É mentira. Você também me ama! Daqui a pouco você vai perceber que fomos feitos um para o outro! Nós fomos prometidos desde o nosso nascimento! Eu nasci pra te amar e você nasceu pra me amar! – disse ela sorrindo cada vez mais e se aproximando de Harry novamente.

- Você está louca... – disse Harry olhando-a com pena. Helena voltou a abraçá-lo. Dessa vez mais forte. Harry estava sufocando. Ele tentava de todos os jeitos mais não conseguia se soltar dela. Ela não parecia, mas era muito forte.

- Eu não tenho culpa se te amo desde a primeira vez que eu te vi! E naquele dia no quarto você correspondeu aos meus abraços, aos meus beijos... VOCÊ TAMBÉM ME AMA! – disse Helena desesperada. Ela estava arranhando as costas de Harry, e quando ela pegou no rosto dele, arranhou-o com suas unhas. Harry aproveitou que ela havia soltado uma mão.

- EU NÃO TE AMO! – gritou ele. – EU AMO A GINA! ME SOLTA, HELENA! AGORA! – gritou Harry. Dessa vez ele conseguiu soltá-la. Ele pegou nos dois braços dela, segurou-os com muita força e afastou-a com violência. Helena perdeu o equilíbrio e caiu no chão novamente. Harry aproveitou o momento pra correr, mas na hora que ele se virou, ouviu uma voz conhecida.

- Harry! – chamou alguém. Harry se virou. Ele ficou aliviado em ver quem estava correndo até ele.

- Gi! – disse Harry. Gina chegou e o abraçou.

- O que houve? Você está todo arranhado! – disse Gina preocupada, tocando no rosto do namorado e o vendo fazer uma cara de dor. Harry sorriu ao sentir a mão macia de Gina no seu rosto, mas logo depois ela tocou de leve no seu arranhão e ele contraiu o rosto numa cara de dor.

- Ai! Tá doendo! Eu não tenho culpa! Foi ela! Essa doida! – disse Harry, apontando pra Helena, que ainda estava caída no chão. Ela olhava para os dois assustada. Gina revirou os olhos.

- O que ela fez, Harry? – perguntou Gina tranqüilamente.

- Como o que ela fez? Eu estou todo arranhado, Gina! – disse Harry irritado. Porque Gina não estava acreditando nele?

- Isso eu vi! Mas o que ela fez pra você ficar todo arranhado? – perguntou Gina. Harry olhou fundo em seus olhos. Gina também. – Aconteceu alguma coisa entre vocês dois? – perguntou ela novamente.

- NÃO! E nunca vai acontecer, Gina! Eu não amo ela! Eu já disse que eu amo você! – disse Harry. Gina sorriu.

- Eu acredito em você, Harry. Mas você ainda não me disse o que ela fez pra você ficar assim, arranhado.

- Eu te conto no Salão Comunal. Vamos. – disse Harry. Gina fez que sim com a cabeça.

- EI! VOCÊS VÃO ME DEIXAR AQUI? – perguntou Helena. Harry e Gina se viraram e deram de cara com Helena indo atrás deles. Eles se entreolharam.

- Corre! – gritaram Harry e Gina ao mesmo tempo. Eles desataram a correr pelos corredores. De repente, Gina puxou Harry e se esconderam dentro de um armário de vassouras. Ouviram Helena passar correndo a procura deles. Harry e Gina ainda ficaram escondidos, tentando recuperar o fôlego. Os dois estavam em silêncio. Harry resolveu falar.

- Poxa... isso foi realmente... cara... Gi... eu tô muito... muito... cansado... – disse ele, ainda se recuperando da corrida. Ele se sentou no chão do armário e fechou os olhos. Ele sentiu que Gina fazia o mesmo.

- Eu cansei... será que a gente conseguiu despistar ela? – perguntou Gina, enquanto puxava o ar.

- Acho que sim... eu não ouvi mais passos. Só que eu acho que devemos ficar aqui mais um pouco. Pode vir alguém... – disse Harry. Bingo. Assim que ele terminou de falar, Filch vinha andando com sua gata, Madame Norra. Gina olhou para Harry, assustada. Ele apenas olhou pra ela falou baixinho para ficaram em silêncio.

- Fareje, minha querida. Continue procurando. Será que hoje, no primeiro dia de aula, nós vamos encontrar algum aluno fora do dormitório? Vamos ver, querida. Vamos ver... – ia dizendo Filch, enquanto se afastava com Madame Norra em seu encalço. Harry e Gina apenas ouviram os passos se afastando cada vez mais, até não haver um ruído no corredor.

- Vamos, Gi. O salão comunal não fica muito longe. – sussurrou Harry no ouvido dela. Gina afirmou com a cabeça. – Mas primeiro... como e porque você estava lá naquela hora? – perguntou ele.

- Eu, Rony e Mione estávamos ficando preocupados com você. Afinal, você tava demorando muito pra chegar. Então, nós resolvemos nos separar pra te procurar. Eu fui pra um lado e eles foram pro outro, foi aí que... – mas Gina não terminou a frase. Harry tapou sua boca com a mão e a mandou ficar calada. Foi então que Gina começou a ouvir passos e cochichos.

- Mas o que será que aconteceu? – perguntava uma pessoa, o mais baixo que conseguia.

- Não sei... será que ela já encontrou ele? E se eles estiverem namorando por aí? Eu esgano ele!

- Não seja ridículo! Claro que eles não estão namorando.

- E se eles já estão no salão comunal? Por favor, vamos voltar pra lá, Mione! E também... eu tô com fome... acho que não comi o suficiente na hora do jantar...

- Francamente, Ronald Weasley! Como você pode pensar em comida numa situação dessas! – disse Hermione severamente, mas baixinho e com um ar de riso na voz.

- Não sei... – disse Rony. Harry olhou pra Gina sorrindo e viu que ela fazia o mesmo.

- É nisso que dá ter um namorado guloso...

- Eu não sou guloso! É que eu tô com medo. E quando eu fico com medo eu fico nervoso e quando eu fico nervoso eu fico com fome! E quando eu fico com fome eu fico com vontade de comer! E quando eu fico com vontade de comer minha barriga ronca! – ouviu-se um forte ronco da barriga de Rony. Hermione deu um grito assustado. – E quando a minha barriga ronca é porque tá vazia... – terminou Rony, olhando com pena a barriga, enquanto a alisava e fazia uma cara de dor. Quando Rony e Hermione estavam na frente ao armário em que Harry e Gina estavam, Harry, pra assustar, abriu a porta e jogou uma vassoura pra fora, fechando a porta novamente. O resultado foi imediato.

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – esse foi o grito de Hermione. Foi só o grito dela porque Rony já tinha saído correndo gritando feito doido:

- SOCORRO! SOCORRO! AAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! TEM UM MONSTRO DENTRO DO ARMÁRIO! – Hermione foi correndo atrás de Rony. Ela só parou de correr quando ouviu duas pessoas rindo de se acabar. Hermione se virou, fez uma cara furiosa e andou em direção a Harry e Gina. Harry estava caído no chão, segurando a barriga e rindo sem parar e Gina estava tentando se apoiar na parede enquanto ria descontrolada. Enquanto isso, Rony continuava a correr feito louco pela escola.

- AHHHHHHHHHH! MONSTRO!!!!!!! O MONSTRO DAS VASSOURAS!!!!!! ELE TÁ NO ARMÁRIO! AAAAAHHHHHHH! ALGUÉM ME AJUDE!!!!! SOCORRO!!!!!!!!! – gritava Rony. Gritava não. Berrava pros quatro cantos do mundo. Ele estava fora de controle. Ele nem prestava atenção por onde andava e só parou quando estava perto do armário de vassouras (o que ele não percebeu), bateu a cabeça na porta e caiu desmaiado no chão. Harry(que já tinha se levantado), Gina e Hermione se entreolharam e ninguém conseguiu se conter. Todos caíram na risada. Até Hermione, que ia dar uma bronca em Harry e Gina começou a rir. Eles riam tanto, que quando perceberam, já estavam no chão, segurando a barriga de tanto rir. Rony continuava desmaiado no chão. Eles resolveram, então, levar Rony até o salão comunal, e Hermione ia fazer uma poção pra acordá-lo e eles iam fingir que nada tinha acontecido. Quando eles já estavam andando para o salão comunal, alguém perguntou as suas costas.

- Então você está aí, Harry? – Harry se virou. Seus olhos se arregalaram.

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