Surpresas...



Capítulo sete: Surpresas...


Harry não sabia se ia ter festa. Depois do ocorrido, provavelmente os membros da Ordem estariam muito ocupados tentando resolver as coisas do ataque. Foi muito difícil, pois mesmo com os comensais presos, não havia dementadores para guardar as celas, então eles podiam fugir facilmente para se juntarem a Voldemort. Mas por outro lado, as varinhas estavam muito bem guardadas no Ministério da Magia e o Sr. Weasley estava indo muito bem como ministro da magia. Seguindo instruções de Dumbledore, é claro. Dumbledore estava ajudando muito. Junto com o Sr. Weasley, ele criou um plano para deter Voldemort de recrutar mais seguidores. O plano estava sendo um sucesso.

Harry estava deitado em sua cama no Largo Grimmauld pensando em Sirius, quando ouviu Rony o chamando:

- Harry! Vem ver isso! É incrível! – disse ele eufórico. Harry correu para a porta e desceu as escadas correndo junto com Rony. Quando chegou lá embaixo, seus lábios se abriram num sorriso.

- FELIZ ANIVERSÁRIO, HARRY! – gritaram todos. O queixo de Harry caiu. Todos, exatamente todos, estavam lá. Todo o pessoal da Ordem, os Weasley, Hermione e Dumbledore. Harry não soube o que fazer. Até porque ele não precisou fazer nada. Ele só percebeu que estava sendo arrastado por todos quando viu o enorme bolo na sua frente. Harry olhou o bolo impressionado. Nunca tinha visto nada tão lindo nem tão enorme ao mesmo tempo. O bolo tinha cinco camadas e cinco andares. Era enfeitado com glacê e cobertura de chocolate (Harry se lembrou de Lupin, que não estava presente pois era lua cheia).

Depois de todos se deliciarem com o bolo, foram conversar e se divertir.

- Parabéns, Harry. – disse uma voz atrás dele. Harry se virou. Era o professor Mclagan.

- Obrigado professor. – respondeu Harry. Nunca tinha visto nada mais parecido com um leão em toda a sua vida. Ele tinha olhos grandes e castanhos, muito escuros e cabelos castanhos que mais parecia uma juba. Ele tinha um rosto cansado e grandes olheiras. Tinha um sorriso amarelo e dentes muito parecidos com os de um leão.

- Escute, Harry. Aqui não é Hogwarts, portanto não precisa me chamar de professor. Ainda. Por enquanto você pode apenas me chamar de Sr. Mclagan, ou se preferir, Heitor. – disse ele sorrindo. Harry não pôde deixar de sorrir de volta.

- Então, quantos anos você está fazendo? Ah! 16 anos... Um adolescente. Eu soube que você é muito bom em Defesa Contra as Artes das Trevas. Espero que continue assim. Boa sorte. – disse Mclagan, se encaminhando para falar com Moody. Foi quando Harry sentiu um cutucão nas costas.

- Ai! – murmurou ele, virando-se para olhar quem era. Era Helena.

- Desculpe. Não tive a intenção de te machucar. – disse ela.

- Tudo bem.

- Bom. Feliz aniversário! Espero que você seja muito feliz e que tenha muitos anos de vida. – disse ela sorrindo.

- Ah... Obrigado. – disse Harry.

- Oi, Harry! Tudo bem? – disse alguém ás suas costas. Harry se virou e deparou com a menina mais linda que ele já viu em todo o mundo. Era ruiva, olhos castanhos claros, um sorriso muito branco, bonito e bem feito. Ela vestia uma mini saia e uma blusa tomara-que-caia que realçavam suas curvas. Seus cabelos estavam presos num lindo coque na nuca. Harry sorriu.

- Oi, Gina. – disse ele.

- Bom, vejo que estou sobrando aqui... – disse Helena. – Vou me retirar! – disse ela lançando um olhar de profundo ódio á Gina. Pelo menos para Harry parecia.

- Então... Gostou? – perguntou Gina um pouco encabulada.

- Muito! Tudo ficou muito bonito. Eu soube que tinha sido você que teve a idéia... Obrigado.

- De nada. Não há de quê! Você é parte da família, Harry. – disse Gina sorrindo.

- Gina... Hum... Você... Está... Você está... Está muito... Muito... Muito... Você está muito... Bonita. – Harry conseguiu finalmente dizer. Gina corou.

- Obrigada. Você... Você também está. – disse Gina, corando mais ainda. Harry também corou. Era verdade o que ela tinha dito. Ele realmente estava muito bonito. Afinal, um adolescente de 16 anos também tem seu charme. Harry estava com uma calça jeans, com tênis e uma blusa verde, realçando a cor dos seus olhos. Seu cabelo estava ainda mais despenteado do que de costume, o que lhe dava um certo charme. Seus olhos verdes agora brilhavam mais do que nunca e ele tinha um sorriso tão branco quanto o de Gina.

- Obrigado.- disse Harry sorrindo. – Hum... Você quer dar uma volta por aí? – perguntou ele.

- Pode ser. – disse Gina corando.

Quando eles iam saindo da casa, alguém puxou Harry pelas costas e o virou.

- Aonde você pensa que vai? – perguntou.

- Não interessa. – disse Harry, fazendo menção de se virar novamente, mas a pessoa o puxou novamente.
- Me diga agora aonde você vai! – disse.

- Eu já disse que não interessa, Helena. Você não manda em mim! Tchau! – disse ele se virando e deixando uma Helena totalmente desapontada pra trás. Quando Harry e Gina saíram para a rua e se sentaram na calçada, ele ficou sem palavras. Ela também.

- Então... Harry. Porque você me trouxe aqui? - perguntou Gina.

- Pra nós vermos as estrelas. São muito bonitas. – disse Harry olhando o céu, que por sinal estava muito estrelado e mostrava uma magnífica lua cheia.

- Hoje o Lupin se transforma, né?

- É. Todo mês. Em toda noite de lua cheia. – disse Harry, ainda olhando pra o céu. Gina fazia o mesmo.
- Deve ser horrível... Se transformar em lobisomem. Deve ser muito doloroso. – disse Gina. Harry parou de olhar o céu e olhou para Gina, admirando-a. Harry percebeu que ela ficava muito mais bonita á luz do luar. De repente Gina se deu conta que Harry a observava e começou a observá-lo também. Ela viu que ele ficava muito bonito olhando para ela e que seus olhos brilhavam como duas esmeraldas. No entanto, Gina resolveu tomar a iniciativa. Ela começou a mover sua cabeça, lentamente, na direção de Harry. Ela foi se aproximando e quando chegou a menos de 2 centímetros, Harry cedeu. Fechou os olhos e esperou. Gina se aproximou mais e seus lábios tocaram de leve os de Harry. Um beijo doce aconteceu. Gina estava nas nuvens. Quando Harry pensava que não podia melhorar, melhorou. Harry segurou gentilmente a nuca de Gina e sentiu que ela fazia o mesmo. Harry não resistiu. Ele a puxou para mais perto de si e a abraçou, entreabrindo os lábios de Gina com os seus e colocando sua língua dentro da boca dela. Gina o puxou ainda mais perto quando o abraçou, colocando suas mãos na nuca de Harry. No começo, o beijo começou doce, depois foi ficando cada segundo mais ardente e cheio de desejo. Foi aí que eles ouviram um alto barulho, parecido com um Craque. Soltaram-se imediatamente e olharam para os dois lados da rua.

- O que foi isso? – perguntou Gina sem fôlego.

- Não sei. Acho que alguém aparatou. – disse Harry, que se encontrava no mesmo estado de Gina.

- Aparatou? – perguntou ela olhando para Harry e estremecendo. – Tem certeza? Será que nós ouvimos direito? É porque... Você sabe... A gente tava... – ia dizendo ela constrangida.

- Se beijando? – perguntou Harry corando. Gina confirmou com a cabeça, muito vermelha.

- EXPELLIARMUS! – gritou alguém. As varinhas de Harry e Gina saíram voando para as mãos do desconhecido. Harry só pensou numa coisa naquele momento: salvar a vida de Gina. Ele tinha colocado ela lá, então tinha que tirá-la. Harry pulou pra frente de Gina e esperou que ele atacasse novamente. Nada aconteceu.

- ESTUPEFAÇA! – gritou uma voz conhecida. Harry e Gina se viraram e deram de cara com Moody, Mclagan, Sr. Weasley, Tonks e Dumbledore. Dumbledore, estavam salvos, pensou Harry.

- Vamos, venham logo! – gritou a Sra. Weasley. Harry segurou na mão de Gina e a puxou com ele. A Sra. Weasley abriu a porta para eles entrarem e eles se enfurnaram lá dentro, ofegantes da corrida.

- O que está acontecendo? – perguntou Harry.

- Os comensais que fugiram do Beco Diagonal estão aqui. Sorte que foram poucos. Só uns cinco ou seis. – disse Hermione. A Sra. Weasley saíra correndo da casa e tinha deixado os quatro lá, sozinhos, no Hall de Entrada. Rony não conseguiu se conter.

- Mas cara... O que é que vocês dois estavam fazendo lá fora? – perguntou ele, que parecia muito curioso. Harry e Gina coraram.

- Nós... Estávamos... Nós estávamos... Conver... Conversando... – tentavam explicar Harry e Gina muito corados e muito constrangidos também.

- Vocês se beijaram? – perguntou Hermione sem rodeios. Harry e Gina se entreolharam e coraram ainda mais, se é que isso era possível. Mas eles não tiveram tempo de explicar. Dumbledore, Moody, Mclagan, Sr. Weasley, Tonks e a Sra. Weasley entraram na casa e foram direto devolver as varinhas de Harry e Gina.

- O que aconteceu? – perguntou Harry. – Conseguiram prender todos os comensais?

- Não. Alguns fugiram quando me viram, outros ficaram e lutaram. – ia dizendo Dumbledore. – No final, eles fugiram também. – terminou ele, parecendo muito velho e cansado.

- Um número surpreendente, se me permite dizer. Acho que os comensais que estavam em Azkaban já foram libertados por Vocês-sabem-quem. – disse Moody.

- Eu tenho certeza disso, Alastor. – disse Dumbledore, sentando-se. – Acho que só falta nós irmos verificar. Agora, que eles fugiram eu tenho certeza.

- Bom, acho que já está na hora de vocês irem dormir, não? – perguntou a Sra. Weasley. E sem esperar resposta, os enxotou dali. Harry, Rony, Hermione e Gina subiram cabisbaixos as escadas até seus respectivos quartos. Rony entrou direto no quarto, mas Harry esperou Hermione entrar no quarto para chamar Gina.
- Ei! Gina! – chamou Harry baixinho. – Vem cá.

- O que foi, Harry? Nós temos que ir dormir! – sussurrou ela.

- Eu queria saber... Assim... Sobre o... Sobre aquilo... Sabe... O beijo... – ia dizendo Harry, enquanto ia corando. Gina também corou.

- Ah... Não se preocupe, eu não vou contar pra ninguém... – disse Gina.

- NÃO! – gritou Harry. E baixando a voz: – Desculpe. É porque... Eu acho que nós devíamos contar pra o Rony e a Hermione, sabe... Acho que eles... Hum... Gostariam de saber... – disse Harry corando loucamente.

- Também acho... Então... Era só isso? – perguntou Gina. Harry a olhou. Ela ficava linda no escuro. Harry não resistiria. Não PODIA resistir. Era muito difícil. Ele se segurou. Não por muito tempo.

- Harry? Você está bem... ? – perguntou Gina.

- Estou, mas é que... Eu não consigo... – ia dizendo Harry cada vez mais vermelho. – Eu acho que não consigo...

- Não consegue o que, Harry? – perguntou Gina assustada.

- Não consigo resistir... á... á... – tentava dizer Harry.

- Á o que, Harry?

- A você! Pronto! Falei. – disse Harry, realmente muito vermelho. – Eu sei que pode parecer bobagem, mas... Eu não consigo... Não posso parar de pensar naquele beijo... – disse Harry, quase num sussurro. Os olhos de Gina se encheram de lágrimas. Ela não demonstrou com palavras, mas com gestos. Quando Harry ia voltar a falar, ela pôs a mão nos lábios dele para impedi-lo de continuar e foi se aproximando lentamente. Gina nunca tinha tomado a iniciativa de alguma coisa, e essa já era a segunda vez que fazia isso. Tomando a iniciativa por um beijo. Mas beijar Harry não era como beijar qualquer um. Era diferente. Quando Gina estava a menos de um centímetro da boca de Harry, ela fechou os olhos. Harry também. Ela tocou seus lábios no dele lentamente e depois entreabriu os seus para que a língua dele entrasse na sua boca. Gina o beijou com todo o amor e com todo o carinho que tinha reprimido durante seis anos. Harry não tentou impedi-la. Muito pelo contrário. Ele a abraçou pela cintura e a puxou pra perto. Ela o puxou pela nuca e o fez ficar ainda mais perto dela. Harry era alto. Foi um beijo como eles nunca podiam ter imaginado. Um beijo doce, ardente, desejoso, junto com amor, carinho, emoção. Tudo junto em um único beijo. Um beijo que ia marcar pra sempre a vida dos dois. A única coisa que eles não sabiam era que alguém observava com muito ódio tudo aquilo e prometia vingança.

Cinco minutos depois, Harry entrava no seu dormitório com cara de garoto sonhador e encontra Rony sentado na cama esperando por ele.

- O que aconteceu? – perguntou Rony. – Que cara é essa? – perguntou ele com um sorriso maroto.

- Eu vou lhe contar. – disse Harry. Contou tudo. No começo, Rony ficou boquiaberto e Harry chegou a pensar que ele ia começar a gritar com ele e ralhar por ter beijado a sua irmã. Estava enganado. Em seguida, Rony fechou a boca e tornou a abri-la num sorriso.

- Que bom cara! Já não era sem tempo! Demorou muito! – disse Rony sorrindo. Depois fez uma cara séria e disse: - Eu só peço uma coisa, Harry. Não a machuque. Eu não quero vê-la sofrendo novamente, por favor.

- Não se preocupe, Rony. Dessa vez o sentimento é o mesmo. Pelo menos é o que eu penso... – disse Harry. É verdade, ele não havia parado pra pensar se ela ainda gostava dele. Rony deu uma gargalhada.

- Isso eu tenho certeza, Harry! Eu li no diário dela que ela ainda te amava. Foi antes de você ir lá pro Caldeirão Furado. Dizia que ela havia desistido de você. Não esquecido. Ela ainda te ama, cara. Pode ter certeza. – Harry não pôde deixar de conter um sorriso.


Era 1 hora da manhã, Harry estava no seu quarto, esperando Rony, que tinha ido buscar alguma coisa lá embaixo. Harry pensou no beijo de Gina. Ele não conseguia parar de pensar nisso. De repente a porta abre e fecha. Harry toma um susto e se levanta com a varinha em punho, pronto pra atacar.

- Lumus! – disse Harry. A ponta de sua varinha acendeu e ele começou a olhar o quarto ao seu redor. – Quem está aí? – perguntou ele. Ninguém respondeu. – Quem está aí? – perguntou Harry novamente.

- Sou eu, Harry. – disse uma figura sentada em sua cama. Harry se aproximou. Era uma menina.

- Tá. Mas quem é você? – perguntou Harry intrigado. Foi quando ela respondeu:

- Primeiro apague essa varinha. Vou acender os archotes e você vê quem eu sou. – disse ela. Harry obedeceu e no momento seguinte estava deitado na cama com a menina em cima dele arrancando sua blusa. No começo, Harry não teve reação, pois seu cérebro ainda estava ingerindo a informação, mas depois ele tratou de tirar a menina de cima dele e jogou-a para o lado, levantando da cama e tentando acender os archotes. Não foi muito eficiente. A menina era muito forte e veio com tudo para uma segunda tentativa. Ela o segurou pelas costas e o puxou de volta pra cama. Ele só teve tempo de respirar porque a menina começou a beijá-lo. Harry se enojou com aquilo. Não pensou em mais nada. Ele jogou novamente a menina pro lado e procurou rapidamente a sua varinha. Achou-a na mesa de cabeceira e murmurou: Lumus. A ponta da sua varinha se acendeu e ele pôde ver quem era. Harry se assustou.

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