Quase morte...



Capítulo vinte e nove: Quase morte...



Lupin era lobisomem. Nessa noite, depois dele ter visto a lua cheia, com certeza ele havia se transformado. Mais um problema pra eles se preocuparem.

- Merlim! – exclamou Luna com a voz chorosa.

- Lupin é um lobisomem. – disse Neville espantado.

- Agora que a lua iluminou a rua, podemos ver onde estamos. – disse Harry. Eles estavam perto da dedosdemel. Eles resolveram entrar lá.

A loja estava cheia de estudantes. Todos tremendo de medo, abaixados. Harry, Rony e Neville entraram primeiro, carregando Gina, Hermione e Katie. Luna entrou depois.

- Qu... quem... es.. está... aí? – perguntou uma voz medrosa.

- Harry, Rony, Neville, Luna, Gina, Hermione e Katie. – respondeu Rony. Todos os estudantes os olharam assustados.

- O que está acontecendo aqui? – perguntou Harry. Uma garota se levantou. Ela era alta, mas não mais que Harry. Ela se aproximou e ele pôde ver quem era.

- Cho? – perguntou.

- Eu mesma, Harry. Vamos tratar de assuntos sérios. Dementadores apareceram e sumiram. Eu e minhas amigas estávamos lá fora antes disso acontecer. Nós esperamos abaixar a poeira para sairmos. Aí todas as luzes se apagaram e ficamos aqui, morrendo de medo. Assustadas demais para darmos sequer um passo. Foi horrível! E algumas pessoas caíram desmaiadas sem nenhum motivo! Ficamos aterrorizados! – disse Cho chorando.

- Calma, Cho. Não chora... – disse Harry tentando consolar.

- AAAAAAAUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU! – outro uivo. Agora mais perto do que antes.

- Ai meu merlim! – exclamou Cho assustada. Nesse momento, uma pessoa entrou na loja e fechou a porta.

- TONKS? – perguntaram Harry e Rony juntos.

- Todos pro chão! Agora! Vão! – mandou Tonks. – Vocês também garotos! Venham aqui...

- O que houve? – perguntou Luna.

- Lupin se transformou em lobisomem, não foi? – perguntou Harry tristemente.

- Sim... foi horrível.... o sofrimento dele... é... nem sei explicar... – disse Tonks arrasada.

- Sinto muito. – disse Harry.

- Já tiraram os sugadores? – perguntou Tonks mudando de assunto e limpando as lágrimas.

- Eita! Esquecemos! Vamos fazer isso agora! – disse Luna olhando as pessoas.

- Rápido! Ele está chegando... – comentou Tonks olhando pela janela. Harry, Rony, Neville e Luna começaram a tirar os sugadores e as pessoas iam voltando á consciência.

- Agora levem todos para o porão! E se escondam lá! A senhora também... – disse Tonks a dona da loja.

- TONKS! – gritou Rony aterrorizado apontando para a janela. Tonks se virou junto com Harry. O lobisomem estava passando agora pela loja. Lentamente, caminhando pela rua.

- Ele tomou o remédio hoje... – comentou Tonks olhando o lobisomem passar. –... ou não... acho que sim e penso que não... Melhor não arriscar... Vamos... todos... entrem no porão, em silêncio. Ele pode estar calminho, mas se ouvir barulho vem aqui na mesma hora. Vamos...

- Por que o Lupin veio hoje, Tonks? Sabendo que ia se transformar em lobisomem. Por que? – perguntou Harry.

- Ele queria ver você, Harry. Conversar com você sobre uma coisa. Mas não te encontrou, até porque depois teve aquelas coisas todas. – disse Tonks.

- Onde estavam os aurores? Por que só você veio aqui? Onde estão os dementadores? – perguntou Harry rapidamente, mas baixo.

- Tem um auror em cada loja. Eu vim pra cá. Espantamos os dementadores assim que eles chegaram. Foram embora rapidinho, mas quanto á falta de luz... não sei porque aconteceu. – disse Tonks.

- Uma coisa que devíamos entender...

- BANC! – com um baque surdo, Neville derrubou a máquina de registrar no chão.

- Ô, ô... – exclamou ele.

- AAAAAAAAAAAAAUUUUUUUUUUUUUU! – o lobisomem uivou novamente.

- Entrem todos no porão! Rápido! – ordenou Tonks. Harry pegou Gina e foi direto para o porão. Foi o último a entrar. Ele pôde ver o lobisomem entrando na loja e se dirigindo á Tonks. Depois não viu mais nada. A porta se fechou e trancou magicamente. Harry respirava muito rápido. Não podia ter deixado Tonks sozinha. Tinha que ajudá-la. Mas quando ia se levantando, sentiu um movimento repentino.

Gina estava abrindo os olhos e parecia estar voltando a si.

- Harry?

- Gina... você acordou... – sussurrou Harry aliviado, envolvendo-a em seus braços. – Que bom.

- O que aconteceu? – ela perguntou com a voz fraca.

- Muita coisa... – murmurou Harry soltando-a. Por um instante tinha esquecido de Tonks. Mas...

- AAAHHHHHHHHHHHH! – o grito dela cortou a noite. Todas as pessoas se viraram depressa para a porta. Ela se abriu.

- Ora, ora, ora... veja quem temos aqui... – sussurrou uma voz fria e cortante. Parecida com voz de mulher. – Harry Potter.

- Quem é você? – Harry perguntou, embora já soubesse quem era.

- Lumus! – ordenou a voz. Então a pessoa apareceu. Rosto esquelético, sorriso enviesado, olhos penetrantes. Belatriz Lestrange olhava para todos sorrindo como nunca.

- Você! – Neville gritou desesperado.

- E vim acompanhada. – disse Belatriz olhando para trás. Lúcio Malfoy entrou no porão.

- Potter. Que prazer vê-lo novamente. – comentou Lúcio, fazendo Belatriz soltar uma risada maquiavélica assustando a todos.

- Pena que não posso dizer o mesmo. – disse Harry grossamente.

- Grosserias conosco, Potter. Tsc, tsc, tsc... você não tem jeito mesmo, não é? Puxou ao pai. – comentou Lúcio rindo. Ouviram-se risadas do lado de fora da porta.

- Lúcio... vamos chamar nosso querido amigo ali fora? – perguntou Belatriz com os olhos cheios de malícia.

- Claro, Bela. – Lúcio fez sinal com a mão e um homem baixinho e gordinho apareceu.

- Pedro... como você matou todas aquelas pessoas, anos atrás, com um único feitiço? – perguntou Belatriz.

- Foi fácil. Quase não consegui fugir por causa do Black. Ele quase me pegou. – disse Pedro Pettigrew. Várias pessoas soltaram exclamações de terror e surpresa.

- Mas agora, rabicho, meu querido priminho está morto! Eu o matei! Não foi, Potter? – pergunto Belatriz se virando para Harry e sorrindo maléfica. Harry não respondeu. Com certeza, se ele falasse alguma coisa, ia ser estuporado na hora. E se fosse pra falar, Harry ia esculhambá-los.

- Já aprendeu a lançar uma maldição imperdoável, Potter? – perguntou Lúcio. Ele, Rabicho e Belatriz riram.

- Essa é a sua namoradinha? – perguntou Belatriz apontando para Gina. Harry saiu de perto dela.

- Não! Ela não é minha namorada! É a irmã do Rony! Eu não gosto dela! – disse Harry rapidamente. – Nem converso com ela direito!

- Não minta, Potter! Caso não for ela... quem é então? – perguntou Belatriz.

- Não interessa! – gritou Harry enraivecido.

- Não fale assim comigo, seu menino insolente! Crucio! - Harry sentiu como se cada parte do seu corpo estivesse sendo perfurada. Como se estivesse em chamas. Ele gritava muito alto. Tão de repente como começou, tudo parou e ele caiu de joelhos no chão, arfando. Olhou ao redor e viu Belatriz estuporada, Lúcio duelando com três alunos, e Rabicho se concentrando em alguma coisa com a varinha. Gina chegou correndo até Harry.

- Harry! Você está bem? – perguntou ela preocupada.

- Gina... Rabicho... estupore... ele vai... vai... matá-los... – Harry disse. Depois, tudo ficou escuro e ele caiu no chão, perdendo os sentidos.



- Será que ele vai ficar bem? – perguntou uma voz conhecida. Harry abriu os olhos e viu Hermione, Rony e Gina na sua frente. Hermione estava machucada na cabeça e tinha alguns arranhões pelo rosto. Rony tinha um corte perto da sobrancelha que parecia profundo, e Gina era a que mais se machucara. Uma parte do rosto estava toda ensangüentada, tinham cortes na outra parte, e o corpo estava cheio de arranhões. Parecia que eles estavam andando.

- Não sei. Vamos levá-lo ao St. Mungus. Ele não acorda de jeito nenhum! – disse a voz da professora Mcgonagall se aproximando. Harry fechou os olhos novamente. Não tinha forças para abri-los. Não tinha forças pra nada.

- Pro St. Mungus? Mas será que é necessário? Madame Pomfrey não pode cuidar dele? – perguntou a voz de Rony. Ela soava preocupada.

- Não. Receio que o caso seja mais delicado do que imaginamos. – disse a professora Mcgonagall. Ela parecia aflita.

- É isso mesmo, Minerva. Harry tem que ser levado para o St. Mungus imediatamente. O feitiço causou mais danos do que eu imaginava. Mas eu não duvido nada, que Harry esteja nos escutando agora mesmo. Só não tem forças para se mexer. – disse a voz de Dumbledore. Então ele sabia. Sabia que Belatriz tinha lançado a maldição “cruciatus” nele.

- Nem posso imaginar o que teria acontecido se não tivéssemos chegado a tempo! – comentou a professora Mcgonagall. Harry ouviu passos e se sentiu carregado. Depois, ele sentiu uma picada, e dormiu.



Harry acordou devagar com o sol batendo no seu rosto. Tentou se levantar, mas ainda não conseguia. Abriu os olhos lentamente. Ainda estavam muito pesados, mas ele conseguia resistir. Olhou ao redor. Parecia uma enfermaria. Tinham remédios por todos os lados, cortinas em volta das camas e outras pessoas ao redor dela. Harry olhava tudo confuso. Ele não conseguia enxergar quase nada, porque estava sem os óculos. E nem podia pegá-los, pois não conseguia. A porta do quarto se abriu e por ela entrou uma mulher gordinha, loura, com um sorriso radiante.

- Harry Potter! Que bom que o senhor acordou! Vou colocar seus óculos! – disse ela indo até a mesinha ao lado da cama. Pegou os óculos e colocou-os no rosto de Harry. Agora ele podia vê-la melhor. – Não precisa agradecer, até porque eu sei que não pode. Graças a Merlim o senhor acordou! O natal é semana que vem! Pensávamos que não ia acordar até lá. Sofreu tanto! Mas isso não vem ao caso! Tente falar alguma coisa! Você tem que se acostumar! Vamos lá! - incentivou ela. Harry tentava abrir a boca. Até conseguia, mas não saia som algum. E ele estava meio pasmo por descobrir que passara um mês inconsciente.

- Você consegue! – disse ela.

- On... onde... es... tou? – Harry conseguiu perguntar por fim, com muita dificuldade.

- Que bom! Você está no St. Mungus, e vai receber alta para passar o natal com seus amigos quando conseguir falar, andar e se alimentar direito! – respondeu ela. – Meu nome é Ivana.

- Har... Harry. – disse Harry.

- Eu sei, bobinho! – exclamou Ivana sorrindo. Harry conseguiu sorrir.

- Mas... nã... não... é... difí... difícil? – Harry perguntou.

- Que nada! Você aprende fácil, fácil se praticar! – respondeu ela animada. – Agora mãos á obra!

Harry começou a falar rapidamente e dois dias depois já estava falando normal. Os movimentos do corpo estavam voltando aos poucos, mas voltavam. Harry já conseguia mexer da cintura pra cima e já se alimentava normalmente. Os movimentos das pernas ele só conseguiu recuperar dois dias antes do natal. Começou a andar pelo quarto e um dia antes andava direitinho.

Dumbledore veio visitar Harry no último dia que ele ficaria ali, á noite. Ele explicou que não havia permitido seus amigos de virem visitá-lo, para não perder tempo de recuperação. E seus amigos nem sabiam que Harry tinha se recuperado. Disse que queria que ele fizesse uma surpresa pra eles no natal.

- E foi por isso. – terminou Dumbledore.

- Ah... tudo bem. Mas eu tenho uma pergunta, professor. – disse Harry.

- Pode fazer.

- Porque o feitiço da Belatriz me atingiu tanto?

- Porque você estava fraco na hora.

- Só por isso?

- Não. Belatriz sentiu tanta raiva de você que toda essa raiva caiu sobre o feitiço. E como você estava fraco na hora, não pôde o reverter. Não era só você que estava sem forças. O seu coração estava vulnerável naquela hora. Harry, eu preciso lhe dizer uma coisa e quero que você me escute com muita atenção. E prometa que vai fazer o que eu pedi. – disse Dumbledore sério.

- Mas o que...

- Só prometa que vai fazer isso.

- Tá... eu prometo. Mas o que é?

- Harry, só porque você tem um inimigo mortal, no caso, Voldemort, não quer dizer que você não possa viver sua vida. Não deixe seus amigos de lado. Todos nós sabemos que você tem grandes responsabilidades, mas elas não precisam ser cumpridas agora. Você tem que esperar o momento certo de agir, e de encará-las. Você prometeu que ia viver sua vida. Agora cumpra essa promessa. – disse Dumbledore se levantando. Mas Harry sabia de quem ele estava falando. Era óbvio que era de Gina. Que ele não podia ficar com ela porque ela corria perigo ao seu lado. Harry resolveu reconsiderar isso.

- Vou cumprir. – sussurrou Harry pensativo.

- Ótimo. Amanhã vou mandar o Nôitibus para lhe levar á Ordem da Fênix. – disse Dumbledore.

- Tudo bem. Obrigado. – disse Harry.

- A propósito, eu tenho uma coisa pra você, Harry. – disse Dumbledore tirando uma pequena caixa do bolso da capa. Ele entregou a caixinha a Harry. – Só abra no natal. Feliz natal, Harry. Adeus. – e com um forte “Craque”, Dumbledore aparatou. Harry observou bem a caixinha e sentiu uma imensa vontade de abri-la, mas resistiu. Pensou em como seria o natal na casa dos Weasley e acabou adormecendo.



N.a: E aí, povo?! Tudo bem? Eu vou bem, obrigada. Mas isso não vem ao caso. Bom, espero que tenham curtido esse cap. e desculpem se decepcionei. Mas é um pouco difícil agradar a todos, não é?

Ah! Muito, muito, muito mesmo obrigada pelos coments! E comentem MUUUUUUUIIIIIIITTTTTTOO MESMO! Por favor!!! Estou precisando desesperadamente de coments! Mas, voltando ao assunto, espero que tenham gostado e eu vou mostrar uma prévia do próximo cap.:



” O céu estava escuro agora. Já eram sete da noite. Harry foi até o número doze, e abriu a porta para entrar. Harry foi direto para seu quarto. Mas no começo da escada ele não viu os guarda-chuvas e derrubou. A Sra. Black começou a gritar feito louca. Harry não perdeu tempo. Pegou suas malas e subiu correndo as escadas. Era difícil, porque Harry ainda não tinha todas as suas forças recuperadas. Por sorte o barulho dos seus passos foi abafado pelos gritos. Ele só parou de correr quando chegou são e salvo no quarto. Fechou a porta e jogou-se na cama, respirando rápido. Nem viu que tinha uma pessoa lá, escondida.

- Harry? – essa pessoa perguntou assustada. Harry se virou e acendeu os archotes. Ele se viu frente a frente com quem ele menos esperava”.



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