Ciúmes?!? Eu não!



Capítulo 18: Ciúmes?!? Eu não!





Já era 9h da manhã, quando Draco acordou e abriu os olhos. A 1ª coisa que ele se perguntou foi...

“Por que é que a cabeça da Weasley está apoiada no meu peito? Por que estou a abraçando, caramba?” pensou, tirando seus braços de envolta dela. “E, principalmente... por que é que sempre ao acordar eu estou perto demais dela? Puxa vida, isso é embaraçoso. Eu não faço de propósito. Acontece enquanto estou dormindo, eu não posso controlar. Apenas não sei como sou capaz de abraçá-la enquanto durmo”.

- Acorde Gina. – falou, olhando para o teto. – Será que a madame poderia deixar de me usar como travesseiro?

As palavras no início soaram meio distantes, mas ao entender o que Draco disse, ela saiu de cima dele e sentou-se na cama num átimo de segundo.

- Eu agradeço por ter saído de cima de mim.

- Ora, me desculpe! Acho que realmente devo ter te confundido com o meu travesseiro, apesar de ter estranhado estar sobre um travesseiro tão duro.

- Sério isso? – perguntou, sentando-se também – Quer dizer estão que isso não foi o desejo do seu inconsciente de me agarrar?

- Mas que absurdo!!! Do que é que está falando, Malfoy? Eu estava dormindo e ás vezes agarro o meu travesseiro. ESSA É A EXPLICAÇÃO!!!!!!!!

- Como quiser, ruivinha nervosa, não vou discutir com você. – disse, fazendo um tipo de cafuné nela.

- Tire a mão de mim, Malfoy. E eu não te deixei me chamar de ruivinha.

- Oh! A Gininha continua brava. – ele provocou.

- Já disse para não me chamar de Gininha. Se você não parar de se referir a mim por diminutivos, eu vou te azarar. – falou, vermelha de raiva e com a cara emburrada.

- Que bom que voltou ao normal, é assim que eu gosto... – ele falou, passando a mão pelo rosto dela.

“Eu te odeio, Malfoy!” ela pensou, o fuzilando com o olhar.

- Odeia, é? Será que já quer acabar coma nossa trégua forçada?

- Você me tira do sério, sabia?

- Sim, eu sabia. Mas não respondeu a minha pergunta.

- Claro que não quero acabar com a trégua forçada, mas você é que está acabando com ela ao me irritar...

- O problema é que é muito fácil te irritar...

Gina o interrompeu.

- Nem tanto assim, VOCÊ tem o poder de me irritar facilmente.

- Tudo isso é ódio? Você não me odeia a sério?!? – era uma pergunta e uma afirmação.

- Como pode saber?

- Não odeia, se odiasse não teria respondido com uma pergunta.

- O.K. Talvez eu não te odeie, mas continuo não te suportando. Bem... é outra história... O fato é que quero a sua amizade e se você parar de ser chato, eu não terei do que reclamar.

- Então você me acha chato... – Draco disse, se afastando dela, saindo da cama e indo em direção ao banheiro.

- Vou checar o mapa, tá bom?

- Sim, faça isso. – respondeu antes de fechar a porta atrás de si.

A ruiva pegou a varinha (que estava em cima do criado-mudo do seu lado) e murmurou:

- Finite Incantatem. Alorromora. – e a gaveta se abriu.

Ela pegou o pergaminho e o abriu. Havia um ponto em algum lugar dentro de Paris.

- Mas como é que vou saber onde é o lugar real desse ponto? – perguntou, segurando o mapa.

Olhou, olhou e... olhou para o bendito ponto, mas de nada adiantou. Precisava falar com alguém que conhecesse Paris melhor que ela. Nesse mesmo instante, Draco saiu do banheiro com o cabelo penteado e já sem a cara de sono, mas ainda de pijamas.

- Draco, - Gina chamou – vem aqui um pouquinho.

Ele foi e ela entregou-lhe o mapa.

- Hum. E o que você quer que eu diga?

- Que lugar está o ponto?

- Eu não sei exatamente, mas tenho uma noção. Vá s arrumar e então sairemos à procura do lugar.

Gina levantou-se, pegou rapidamente umas coisas e foi direto para o banheiro. Uns 10 minutos depois ela saiu de lá com uma bota tipo coturno, uma saia estilo colegial com uma meia arrastão e uma blusa de meia manga. Tudo preto, menos a blusa que era azul para combinar com o xale que lhe caía sobre os ombros.

Draco também já tinha se trocado. Ele estava com uma calça jeans azul, uma blusa preta de lã e tênis preto. Uma estranha coincidência eles terem se vestido com as mesmas cores...

- Vamos indo então. – o loiro disse, a puxando pelo braço.

Ele continuou a puxando pelo braço até chegarem ao saguão, então Draco foi entregar a chave enquanto Gina já se encaminhava para a saída.

- Iremos de táxi. – Draco anunciou, seguindo para um dos carros amarelos que estavam parados na frente do hotel e Gina o seguiu.

- Quero ir para o Jardim das Tuileries. – ele falou em francês para o motorista ao entrar no táxi.

- Que jardim é esse? – a ruiva perguntou quando o carro arrancou.

- Já ouviu falar do Central Park nos Estados Unidos?

– Hum-hum. Por quê?

- É a versão parisiense dele.

- Em qual entrada devo entrar? – o motorista perguntou.

- Hum, na norte. – o loiro respondeu.

Pouco tempo depois, estavam percorrendo a parte sombreada pelas árvores da Rua Castiglione e passando pela entrada norte do jardim.

- Algo mudou? – Draco perguntou.

- O ponto está maior, acho melhor descermos para investigar.

Draco disse ao motorista que parasse, pagou a ele e os dois saíram do carro. Gina olhou para o boulevard central do parque que circundava um lago redondo e olhou de volta no mapa. Dessa vez tinha uma seta.

- É por aqui. – a ruiva disse, começando a andar em direção ao final do parque.

Chegaram ao fim do Jardim das Tuileries que era assinalado por um arco de pedra gigantesco (o Arco do Carrossel) e ela parou de andar.

- E então?

- É aqui. – ela afirmou seguramente ao olhar para os símbolos que haviam aparecido no mapa.

- Como ter tanta certeza?

- Pelos hieróglifos que apareceram.

- Não estou vendo qualquer coisa estranha por aqui. O que está escrito?

Gina ficou calada enquanto analisava os hieróglifos e então finalmente os decifrou.

- Está escrito “O céu mostrará o caminho na primeira hora do 1º dia do novo ano”.

- Oh! Mas que básico... Quer dizer que teremos que estar debaixo desse arco 1h da manhã de 1º de janeiro. Eu mereço isso... Então teremos que ficar aqui até o dia 1º, né?

- É! Eu poderei passar o reveillon aqui! Que legal!!

- Menos, Virgínia. Todos os Weasley se empolgam com tão pouca coisa assim?

- Prefiro me empolgar com qualquer coisa do que não me importar com nada.

- Isso foi uma indireta?

- Não, foi uma direta mesmo. Você é indiferente e egoísta demais para se importar com algo que não tenha você no meio.

- Ótimo! Grande novidade, não vou nem levar como ofensa. Eu sou assim, você sabe disso e também sabe que não vou mudar.

- Faça como quiser, se você quer continuar sendo um idiota arrogante, o problema é seu e eu não estou nem aí.

- A ruivinha já está passando dos limites.- Draco avisou, com os olhos semicerrados e brilhando perigosamente.

Gina fez que não ouviu e mudou de assunto.

- Vamos ao Museu do Louvre? Eu aprendi em Estudos dos Trouxas sobre um cara chamado Leonardo da Vinci e o principal quadro dele... acho que uma tal de Monalisa, está lá.

- Arte trouxa? Você deve estar brincando. Eu não entro num lugar desses nem amarrado.

- Você é mesmo um insensível, não entende a beleza de uma obra de arte.

- E nem quero entender.- Draco disse, arrastando Gina pelo caminho que vieram.

- Me solta, Malfoy!

- Não faça escândalo. Não está vendo que já tem gente olhando horrorizada?

- Será que não é por que é horrível ver um homem arrastar uma mulher enquanto ela grita para que ele a solte?

Draco então a soltou.

- Ótimo! Faça o que quiser. Se quiser ir ao maldito museu, vá! Mas vá sozinha e se vire para voltar pro hotel.

- Como é que eu não posso te achar um chato?

- Tudo menos arte trouxa, vamos voltar. – disse, começando a andar e Gina, resignada, teve que o seguir.

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Ao chegarem de volta no Le Mare d’amour Pallace Hotel, a primeira coisa que fizeram foi entrar no refeitório para almoçar. Pegaram dois pratos e se dirigiram ao buffet. Gina estava se servindo e um cara murmurou algo que ela não entendeu, então a ruiva apenas sorriu em resposta e perguntou para Draco (que tinha uma expressão zangada no rosto) o que o homem havia dito.

- Você pode traduzir pra mim?

- Ele disse que o quarto dele é o número 57 q que adoraria que você passasse lá mais tarde para tomar um drinque.

- Mas que absurdo!

- E você ainda sorriu em resposta, aposto que o cara vai ficar te esperando.

- Que culpa eu tenho se não entendo francês? – perguntou e ela e Draco foram para uma mesa.

- Quer aprender algo em francês? – Draco perguntou com o olhar ilegível e levando o garfo à boca.

- Seria ótimo! – disse, tomando um gole de vinho.

- Je t’aime, mon amour.

- O quê? O que foi que você disse?

Draco olhou sério nos olhos de Gina:

- Eu disse: “Eu te amo, meu amor”.

A ruiva, que estivera mastigando, engasgou e teve que tomar uns goles de vinho para se recuperar.

- O que foi que você disse?

- Não se faça de surda. Não precisava de todo esse teatro, é obvio que o que eu disse não corresponde à verdade. Foi apenas para ver a sua reação que, a propósito, foi hilária. Pode ficar tranqüila, eu com certeza não te amo, Virgínia. Bem, mas você pensou que eu estivesse falando a sério, não é?

- Você falou tão sério e me pegou tão de surpresa que eu não pude evitar engasgar. Mas sabia que não era verdade, você não sabe o que é amor.

- E você por acaso sabe?

- Não atualmente...

- Você nunca ouviu um eu te amo de alguém e o 1º que foi o meu, é falso. Como se sente? Não, melhor... Como se sente sabendo que provavelmente nunca vai ouvir uma declaração verdadeira?

- Quanto a você ter sido o 1º a dizer, te dou razão. Mas que é você pra ousar fazer uma previsão maldita como essa? É você, Malfoy, que vai acabar sozinho por não saber dar valor a ninguém.

- Hahaha, Weasley. Sinto te decepcionar acabando com a sua liçãozinha de moral, mas tem muitas mulheres esperando ter uma chance comigo.

- Ah é? Devem ser todas umas desesperadas que não se dão valor!

- Ninguém nunca te quis de verdade, Weasley. Você é um fracasso! Um fracasso como mulher, você não sabe lutar pelo que quer. Você nem ao menos sabe ser franca com si mesma, não sabe reconhecer e muito menos assumir o que quer!

- Do que é que você está falando, Malfoy? Seja franco você!!!

Os dois se fuzilavam com o olhar. O rosto de Draco estava inexpressivo, então Gina resolveu fazer o jogo dele e deixou seu rosto sem expressão também.

Eles estavam segurando suas respectivas taças de vinho. A de Gina com ¾ do conteúdo inicial e a de Draco pela metade (ele havia tomado de uma vez só enquanto a ruiva falava). Quando, de repente, as duas taças quebraram-se nas mãos deles e o refeitório inteiro parou para olhar. A ruiva pegou o guardanapo, enrolou-o na mão e saiu de lá tempestivamente. Draco pegou se próprio guardanapo, enrolou-o na mão também e foi atrás dela.

O loiro alcançou-a perto de elevador:

- Precisava ter feito todo aquele showzinho? – perguntou e os dois entraram.

A ruiva não responde e muito menos olhou pra ele, apenas o ignorava.

- Não vai me responder? Precisava ter se descontrolado e quebrado as taças? Me responda, Virgínia! – Draco exigiu, colocando suas mãos nos ombros da ruiva, a fazendo olhar para si.

Aqueles olhos cinzentos a tragavam profundamente como um mar revolto. Gina estava fervendo de raiva. Como alguém podia ser tão intragável e insensível a ponto de ser tão estúpido com relação aos sentimentos dos outros? Ela estava decididamente dividida entre a vontade de esganá-lo, calá-lo com um beijo para não ouvir mais ofensas ou perguntas ou de se debrulhar em lágrimas.

Respirou fundo e disse:

- Eu só quebrei a sua taça, foi você quem quebrou a minha. – e os dois saíram do elevador.

- Eu quebrei? Nunca me descontrolei a ponto de usar magia. Você tem provas? – ele perguntou e abriu a porta do quarto.

Entraram e havia duas cartas em cima da cama (deixadas lá por uma coruja). Draco pegou as duas cartas e leu em voz alta a que era endereçada a ele:

Caro Sr. Malfoy,

Foi detectado o uso de magia por sua parte em presença de trouxas às 11h 40 min e 23s do dia 28 de Dezembro (hoje).

Para sua sorte, foi apenas uma infração leve. Mas devo adverti-lo que na próxima vez será punido severamente por desrespeitar a lei que proíbe o uso de magia perante trouxas.

Atenciosamente,

Jaqueline Quesnay

Ministério da Magia Francês.

A carta de Gina dizia a mesma coisa, única diferença era o destinatário.

- Eu te disse, Malfoy.

- Mas foi incrível as taças terem quebrado ao mesmo tempo. – Draco disse e Gina concordou. – Precisamos parar com essas brigas, se já estão ocasionando cartas do Ministério. Vamos passar uma borracha por cima desse incidente, certo?

- Não sei, você foi longe demais. O que me disse agride a fundo o ego de qualquer mulher. Digo, não é porque o Potter me trocou que nenhum homem não me acharia interessante.

- Eu sei que não fui lá muito legal com você. Mas o que eu poderia fazer para você esquecer?

- Você não pode fazer nada. Teria que mudar o seu jeito e isso você não consegue.

- Eu posso tentar... ser mais compreensível.

- O.K., fique a vontade para tentar. – Gina disse e Draco começou a contar as coisas que aconteciam na Sonserina e algumas piadas, de modo que conseguiram manter um diálogo agradável.

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Era 4h da tarde. Gina e Draco estavam dentro de uma sauna e nela havia mais duas mulheres (que não paravam de falar, gesticulando animadas) e três homens que aparentavam ter vinte e poucos anos. Dois deles estavam tentando sem sucesso puxar papo com as “matracas” e o outro estava lançando uns olhares quentes a Gina, tentando chamar a atenção dela.

Draco estava sentado ao lado de Gina a uma distância razoável, mas ao perceber as intenções do cara, ele sentou-se mais próximo da ruiva e passou uma de suas mãos por detrás do pescoço dela para abraçá-la pelo ombro.

- O que você está fazendo? – ela perguntou, surpresa.

- Está vendo esse cara na sua frente? – Gina fez que sim e ele continuou. – Ele estava pensando em realizar as mais quente e diabólicas fantasias sexuais com você. – falou baixinho no ouvido dela.

- Draco! – ela o censurou, corando loucamente.

- Eu sou homem e sei o que estou dizendo. Não sei como você não reparou nos olhares sugestivos dele. Bem, agora ele deve pensar que sou seu namorado e então que terá que guardar suas idéias libidinosas para si mesmo.

- Acho melhor sairmos daqui. – Gina sugeriu.

- Ótimo, eu não agüento mais ficar cozinhando nesse forno. – ele concordou e os dois se levantaram e saíram de lá.

Pularam na piscina de hidromassagem. Draco esparramado de um lado e Gina quieta do outro. Após alguns minutos, o Malfoy quebrou o silêncio:

- Por que está tão quieta, Gina? Foi só porque eu te revelei as intenções selvagens daquele cara?

- Não é bem por isso...

- É pelo que, então?

“Eu acho que estou com TPM”

- Você realmente me deixou depressiva com o que disse na hora do almoço. Precisava jogar na minha cara que minha vida amorosa é um desastre? – perguntou e finalmente o encarou.

Ele pareceu chocado:

“Ainda isso? Pelo visto a auto-estima e confiança dela são baixas”.

- Tenho mesmo baixa-estima às vezes e daí? O que você tem contra isso? – perguntou, continuando a encará-lo.

- Você não devia dar tanto crédito ao que os outros dizem. Eu não dou, por que é que você não faz o mesmo?

- Eu não sou igual a você. É tão difícil de perceber isso?

- Pare de se lamentar, eu estava irritado aquela hora e eu acabo falando tudo por pura maldade.

- Como você é cruel.

- Já cansei de ouvir essa “qualidade”, agora quase soa como música aos meus ouvidos.

- Bem, então pode me explicar por que estava tão irritado?

- Por nada!

- Nado não! Ninguém fica irritado sem motivo. Eu não falei nada que pudesse ter te irritado tão a sério.

- Assim como eu consigo te aborrecer, você também tem esse efeito sobre mim.

- Mas o que foi que eu fiz?

Draco deu um muxoxo e olhou para cima.

“Ah! E ficar se insinuando toda sorrisinhos para aquele cara no refeitório não conta, né? Odeio ver uma mulher se oferecendo pra alguém que não seja eu”. ele pensou.

- Pare de em fazer perguntas, você sabe que eu não gosto disso. – ele reclamou.

- Sempre que você evita responder algo, é porque eu estou te encurralando. Por acaso está escondendo algo de mim, Draco?

- Por que é que você não vai se encontrar no quarto 57 com o seu queridinho do refeitório? Ou melhor, volte na sauna e se agarre com aquele cara que estava te comendo com os olhos.

- É essa a idéia que faz de mim?!? Não quero mais ouvir nada vindo de você, Malfoy! – disse com raiva e saiu da piscina de hidromassagem.

- É uma solução para agitar a sua vida amorosa. Não é isso o que quer, Virgínia? – perguntou, enquanto ela vestia um roupão por cima do biquíni.

- Cale-se, Malfoy! – a ruiva disse, indo em direção ao vestiário.

- Mulheres! – Draco exclamou, jogando as mãos para o alto.

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Gina estava debaixo da água quente do chuveiro do vestiário com seus pensamentos e indagações.

“Como o Malfoy pode ser tão assim... um completo idiota. Sim, eu disse pra ele que a minha vida amorosa é um desastre, e realmente é, mas isso não quer dizer que eu vou sair agarrando e beijando o primeiro que aparecer na minha frente. Não, não é assim (pelo menos pra mim não é)... teve o Daniel, mas foi diferente... ele é o tipo de cara em que se vale investir. Eu simplesmente não acredito que beijei alguém como Draco Malfoy, eu odeio tudo nele. Prometi que não o beijaria mais e não vou quebrar essa promessa! O bom é que ele não está mais tentando me beijar, deve ter se tocado de que nossa relação não vai passar de profissional e no máximo o que pode ocorrer é ‘amizade’ (se é que algum dia nos entenderemos realmente). Por que é que ele ficou irritado na hora do almoço? Por que é que ele me abraçou na sauna? Pra dizer ‘Ela é minha!’? Bem, ele ficou zangado ao ter que me explicar o que o cara do refeitório queria comigo... Será que foi por isso que ele ficou bravo? Se eu estiver certa quanto essas duas situações, leva a crer que o Malfoy estava... com ciúmes?!? Mas ele? Com ciúmes de mim? Nah!!! Deve ter outra explicação pra isso que, mais cedo ou mais tarde, eu irei descobrir. O Malfoy não pode estar com ciúmes de mim, simplesmente não pode. ISSO É IMPOSSÍVEL!!!!!!”“.

Ao terminar o relaxante banho, a ruiva foi direto para a recepção pegar a chave e depois rumou para o quarto. Chegando lá, ligou a TV e se jogou na cama sem olhar para a tela, apenas ouvindo. Após um tempo, Draco chegou e jogou-se na cama ao lado dela.

- Se for pra me falar das suas idéias “brilhantes”, é melhor que fique quieto.

- Tudo bem, Virgínia. Eu já saquei que você não quer se envolver com qualquer um.

- Até que enfim.

- Podemos voltar ao status de amigos?

- Vou te dar uma chance. – ela respondeu, e os dois apertaram as mãos.

- E então?

- E então o quê?

- Sobre o que você quer conversar?

- Sei lá. Onde você acha que pode estar o elixir?

- Não tenho a mínima idéia. – respondeu sinceramente.

- Quanto tempo você acha que demoraremos para concluir essa missão? Se demorar muito, não vai ter desculpa que impeça minha mãe de ficar histérica.

- Não sei quanto tempo. Que desculpa deu a sua família?

- Eu disse para Luna contar à minha mãe que eu e você estamos fazendo um tour romântico para decidirmos onde iremos passar a lua-de-mel.- ela mentiu, pois não poderia dizer que era Dumbledore quem estava disfarçando a ausência dela.

- O quê? – ele perguntou, indignado. – Você deixou subentendido que iremos nos casar! Ficou maluca, foi?!?

- Eu sei que a idéia de nos casarmos é absurda, mas foi a única desculpa em que consegui pensar.

- Bota absurdo nisso.

- Mas não precisa se preocupar com isso, depois eu direi à minha família que não deu certo entre nós e por isso terminamos. É impossível que nos casemos e estamos cientes disso. Então, sem stress.

- Tá, mas imagine só a cara do eu irmão quando a Lovegood contou da viagem.

- O Rony deve estar realmente fulo da vida. E a Fleur deve estar radiante, achando tudo muito meigo.

- Pobres coitados, não sabem que é tudo mentira.

- Hum... onde você esteve ontem?

- Fui a um lugar trouxa.

- Onde e foi fazer o quê?

- Acha que fui a algum bordel, prostíbulo ou outros tipos de farra?

- Vindo de você é bem capaz.

- Mas eu não fui a nenhum desses lugares.

- Foi se encontrar com alguém, então?

- Por que está fazendo tantas perguntas? Está com ciúmes, Virgínia? – ele perguntou em tom divertido e esboçando um meio sorriso.

- Eu não! Foi você que ficou com ciúmes por causa do cara do refeitório e o da sauna. Eu não sou sua propriedade, então você pare de ter ciúmes de mim com outros caras. – ela o acusou.

- Pare você de querer saber se estou me encontrando com outras mulheres. – Draco respondeu e depois houve silêncio.

Por um tempo os dois ficaram olhando para o teto e então Gina suspirou e disse:

- Vamos esquecer esse assunto ou iremos brigar.

- Ótimo. Ninguém tem ciúmes de ninguém e não tocaremos mais nesse assunto. Certo?

- Sim, acordo feito.

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