A ida ao Coliseu e o almoço co

A ida ao Coliseu e o almoço co



Capítulo 12: A ida ao Coliseu e o almoço com Daniel


Draco demorou a dormir, ficou virando de um lado pro outro até pegar no sono. Quando o loiro acordou, sentiu uma respiração em seu rosto. Ele abriu os olhos e o rosto de Gina estava a milímetros do seu, por isso ele levou um susto e se levantou.
Saiu da cama e olhou para Gina.
“Parece um anjo. Parece tão delicada e indefesa. Mas em contrapartida dorme como uma pedra. Preciso para de reparar em como a Weasley dorme. Isso é uma total tolice!” pensou e se dirigiu para o banheiro.
Poucos minutos depois Gina acordou e ouviu o barulho do chuveiro ligado, mas continuou deitada. Quando o barulho cessou foi que ela resolveu se levantar.
Gina foi até sua mala para pegar uma roupa, ao se virar ela viu que Draco tinha acabado de sair do banho. Ela fitou o loiro, ele estava apenas com uma toalha amarrada em volta da cintura, o cabelo molhado lhe caia pelos olhos e seu corpo escultural estava à mostra com gotas d’água.
Draco tirou o cabelo dos olhos e deu um sorriso ao ver como Gina o estava olhando:
-Bom dia Gina.
-B-bom d-dia. –ela respondeu ficando vermelha e desviando seus olhos do corpo dele para o chão.
-Vou te esperar para ir tomar café, não quero encontrar aquelas duas malucas de ontem.
“Pelo menos não enquanto estiver sozinho.” Ele acrescentou em pensamento.
-Tudo bem, eu não demoro muito. –ela disse entrando no banheiro.
“Oh Deus! Eu preciso me controlar melhor, fiquei encabulada só porque vi um homem atraente de toalha. Mas esse homem é o Malfoy, eu não deveria achá-lo atraente. Mas acontece que ele estava tão sexy...Eu não deveria achar isso também!!!” ela pensou enquanto abria o chuveiro
Passaram-se uns trinta minutos e então Gina saiu do banheiro. Ela vestia uma bata e uma saia jeans, nós pés ela usava uma sandália sem salto de tirinhas e no cabelo uma tiara.
Gina olhou para Draco e para seu alívio (ou decepção?) ele estava vestido. Draco usava tênis, calças de moleton, uma camiseta e um casaco:
-Weasley, você está louca? –Draco perguntou tão surpreso que nem percebeu a ter chamado pelo sobrenome.
-Por que está dizendo isso?
-Lá fora está frio, vai acabar ficando doente.
“Agora ele está se preocupando comigo, é?”
-Eu sei disso, vou pegar uma jaqueta. Obrigada por se preocupar.
-De nada, é pra isso que servem os amigos.
“Eu acho que ele nunca teve nenhum amigo de verdade, pra estar se esforçando em ser legal. Vamos ver até aonde vai a calmaria.”
-Eu acho melhor irmos pro Coliseu logo depois do café-da-manhã. –Draco sugeriu.
Gina concordou e foi pegar o mapa.
Os dois tiveram uma refeição sossegada apesar de Mel e Sam estarem lá também. Gina percebeu que elas os estavam fuzilando com os olhos e então perguntou:
-Draco, o que você fez com Mellanie Wimbleton e Samantha Gardner? Elas parecem furiosas. Alguma coisa você deve ter feito, não?
-É que eu meio que as usei. –ele respondeu e levou uma colherada de mamão a boca.
-O que está dizendo? Não tem meio termo. As usou ou não? –Gina perguntou e tomou um gole de seu suco de manga.
-Usei. –Draco respondeu e virou metade de seu copo de leite de uma só vez.
-Usou para que Sr. Draco Malfoy? –ela perguntou séria.
-Para um teste de beijo. Eu beijei as duas ontem de tarde.
-Isso não se faz! Beijar três pessoas no mesmo dia...e o pior é que eu sou uma das três. É muita canalhice. Você não pode usar mulheres como se nos não nos importássemos, porque nos importamos. Não faça mais isso e muito menos comigo! Entendeu?
“Ela não vai ficar me dando ordens!”
-Sabia que não tem o direito de querer mandar em mim?
-Quando você faz algo que tem a ver comigo a situação muda. Fala sério! Teste de beijo? O que você tem na cabeça?
-Um cérebro assim como todo mundo.
-Ah é? Mas se você tem um, não sabe como usar.
-Escuta aqui Weasley, eu sei muito bem como usar o meu cérebro. Não vou deixar que me ofenda! Se continuar assim, acabamos aqui e agora com essa história de amizade.
Gina respirou profundamente e contou mentalmente até dez.
“Isso vai ser mais difícil do que eu pensava. Mas preciso manter uma amizade com o Malfoy.”
-Desculpe, Draco. Eu falei sem pensar. –ela mentiu, pois ela soubera exatamente o que ela quisera falar anteriormente –Apenas fiquei surpresa com a sua atitude. O que eu queria era perguntar o porque de ter feito o que você chama de teste.
“Eu queria provar que poderia sentir o que sinto beijando a Weasley se beijasse qualquer outra, mas falhei. Não posso e não vou confessar isso.” Draco pensou enquanto terminava de mastigar um pedaço de queijo branco.
-Eu aceito suas desculpas com uma condição. Não me pergunte porque fiz isso.
“Oh, como esse cara é complicado!” ela pensou tomando um último gole de seu suco.
-Certo então, não perguntarei.
Os dois se levantaram e saíram do refeitório (restaurante) do hotel. Foram até o saguão de entrada, mas antes de saírem do hotel, Gina passou na recepção para falar com Daniel:
-Oi Daniel. Tudo bem?
-Bom dia Gina. Eu estava bem, mas agora que te vi fiquei melhor.
Gina ficou vermelha e Draco fechou a cara:
-E-eu vim até aqui para te dizer que vou sair com o Draco para conhecermos a cidade. Na volta nós poderemos almoçar juntos, certo?
-Sim, é só vir me chamar. Estarei te esperando ansiosamente. Tenha um bom passeio.
-Obrigada. Então até mais. –Gina disse e se dirigiu para a entrada do hotel seguida por Draco.
Ao chegarem lá fora, Draco perguntou:
-Por que você dá corda pro Di Capizio? Ele é apenas um trouxa! O que é que você vê demais nele?
-Trouxa ou não, ele é muito bonito e parece ser um cara legal.
Gina olhou para Draco e teve que se controlar para não rir. Ele estava com uma cara de “Você não vai me elogiar também? Olha que eu vou ficar muito bravo!”
-Pra mim os trouxas sempre foram e sempre serão inferiores à nós bruxos.
-Concordo. –Gina disse mesmo não concordando, afinal ela era uma comensal e tinha que continuar atuando fingindo (atuando) para Draco –Mas isso não impede que eu me divirta um pouquinho com ele, impede?
-Você é quem sabe, mas eu não acho uma boa idéia. –o loiro disse entrando em um táxi –Para o Coliseu. –ele acrescentou ao motorista.
Gina entrou no táxi também:
-Não precisa se preocupar tanto, Draco.
-Você está afim dele? –perguntou mudando de assunto.
-E se eu estiver? Por que pergunta?
-Eu perguntei primeiro. Está ou não está? –ele insistiu.
-Não tenho certeza absoluta, mas acho que estou. Agora me responda: Por que quer saber?
-Por nada. –ele respondeu e Gina o olhou desconfiada –Apenas curiosidade. –ele corrigiu.
-Ah, então apenas por curiosidade eu também quero saber algo.
-O quê?
-Sinceramente, o que você acha do Daniel?
-Está me pedindo pra falar o que penso sobre o Di Capizio?
Gina fez um gesto afirmativo:
-É isso mesmo. E então?
-Bem, -Draco começou e fez uma pausa –eu acho que ele é um trouxa babaca que tem um péssimo gosto. Não leve a mal Gina, mas seu cabelo é chamativo demais. Chega até a ser extravagante. Você tem sardas, um gênio insuportável e age de forma ridícula.
-V-Você me a-acha ridícula? –ela perguntou com a voz um pouco embargada.
-Bastante. –Draco disse e ia continuar, mas ao olhar pra ela viu seus olhos cheio de lágrimas um momento antes dela olhar pra baixo.
“Eu a ofendi tanto assim?”
Ao ver que a tinha magoado, sentiu-se mal por isso. Nunca em sua vida tinha se arrependido de magoar alguém....muito menos algum Weasley, mas agora ele se arrependera e então tentou consertar.
-Não leve pelo lado ruim. Isso que eu falei, são características que pertencem a você. Se fossem de outras pessoas não cairiam tão bem quanto caem em você. São essas entre outras coisas que te fazem única. Você é...-Draco hesitou por alguns segundos e depois continuou –diferente das outras mulheres que já conheci. Esse diferencial é que te faz tão...adorável e simpática apesar de tudo. E eu acho que é por isso que o Di Capizio está de quatro por você. Ah...e por isso eu acho que se você está interessada...
-O quê? –Gina perguntou secando os olhos.
-Eu digo que vá em frente e fique com ele. –o loiro respondeu olhando pela janela.
Gina colocou sua mão por cima da de Draco e ele a encarou:
-Obrigada pelo apoio. –ela disse.
-Suponho que é isso o que os amigos fazem.
O carro parou, Draco pagou ao taxista e eles então saíram do táxi:
-Uau! –Gina exclamou olhando para a imponente e gigantesca construção –Que horas são?
-Faltam quinze minutos para o meio dia. –ele respondeu –Pegue o mapa e veja se algo mudou.
Gina tirou o mapa do bolso e o abriu. Havia um pequeno desenho, era uma miniatura do Coliseu e tinha uma seta vermelha apontando para dentro dele:
-Olhe. –Gina disse mostrando para Draco –Eu acho que devemos entrar.
O loiro concordou e os dois entraram. Uma vez lá dentro, Gina olhou novamente o mapa:
-É para irmos até o centro. –e eles foram.
-E agora? –Draco perguntou.
-Não sei, suponho que tenhamos que ficar parados. –a ruiva disse.
-Parecemos dois idiotas aqui parados desse jeito. Ainda faltam uns dez minutos, as pessoas já estão olhando e se perguntarão o que estamos fazendo.
-E o que você sugere?
-Eu aponto para um lugar e você finge fazer anotações. Assim pensarão que é um tipo de repórter ou sei lá.
-Boa idéia. –Gina disse e então começaram o teatro.
Quando deu meio-dia um raio de luz dourado atingiu o centro do lugar. Gina e Draco deram um pulo pra longe:
-O que é isso? –a ruiva perguntou.
-Não sei, só sei é que os trouxas não conseguem enxergar essa luz. Olhe pra eles! Continuam fazendo a mesma coisa que estavam fazendo antes.
Tentaram tocar a luz, mas não conseguiram. Então esperaram e poucos minutos depois ela desapareceu misteriosamente.
-O que fazemos agora? –o loiro perguntou.
-Acho melhor examinarmos o chão, no lugar onde a luz tocou.
Os dois se abaixaram e ficaram de joelhos. Os turistas trouxas os olharam bizarramente, mas Draco e Gina os ignoram e começaram a análise:
-Olha o que eu achei Draco.
-O quê?
-Tem uma coisa dourada aqui, está meio enterrada.
Draco localizou o desconhecido objeto dourado e começou a cavar em volta dele com as próprias mãos.
Após uns tensos (para Gina) e dificultosos (para Draco) minutos, ele finalmente desenterrou o tal objeto:
-É uma moeda e eu tenho razões para acreditar que aquela luz DOURADA fez essa moeda DOURADA.
-Uma moeda? Grande coisa...no que isso ajuda a saber qual é o próximo lugar que devemos ir?
-Espere aí, observe bem..uma torre.
-Essa não é a Torre...? Como é mesmo o nome? Não posso ter me esquecido.
-É a Torre Eiffel.
-Essa mesma! Mas é na França, em Paris. –Gina disse com um olhar ilegível.
-Lá mesmo, por quê?
Os olhos de Gina brilharam fervorosamente:
-Eu sempre quis ir pra Paris! –ela disse dando pulinhos de animação.
-É mesmo? Eu já fui pra lá, acho que três vezes. Como eu já te disse, tenho parentes franceses.
-E você viu os monumentos que tem lá?
-Não. Meu pai me proibia de ir em lugares em que tinham trouxas, mas eu não ligava. Pra mim ele estava certo.
-Eu vou poder finalmente visitar a cidade luz. –Gina disse sorrindo alegremente –Que máximo!
-Não se animem tanto, iremos pra lá a trabalho e não por diversão. Entendeu?
-Eu sei. Mas não custa nada darmos umas voltas, custa? Eu TENHO que visitar os pontos turísticos!
-Veremos. Se sobra tempo, quem sabe... –Draco disse indiferente.
-Isso foi um sim?
-Não...
-Mas também não foi um não.
-É, não foi. –ele respondeu impaciente.
Sem pensar no que estava fazendo e se deixando levar pela animação, Gina abriu os braços e abraçou o loiro:
-Obrigada Draco!
-Espere aí! Eu quis dizer talvez. Além disso, o que você pensa que está fazendo?
Gina afastou-se dele rapidamente:
-Oh! Me desculpe, eu acho que me empolguei demais. –ela disse corando.
-Tudo bem, eu só fiquei surpreso. –ele explicou –Vamos embora?
-Sim, é claro.
Eles pegaram um outro táxi e não se falaram durante o percurso. Quando chegaram, Gina foi diretamente para a recepção:
-Podemos ir almoçar agora? –ela perguntou.
-Sim, nós podemos. –Daniel disse e chamou outra pessoa pra substituí-lo na recepção –Onde você e o Sr. Malfoy foram? (Daniel sabia o nome de Draco porque já escutara Gina falando e o loiro assinara seu nome na recepção).
-Fomos até o Coliseu. –Draco disse entrando na conversa.
-No Coliseu? Gina, você sabia que no passado lá se realizaram grandes combates de vida ou morte entre gladiadores? Era considerado um espetáculo.
-É mesmo? Disso eu não sabia. –Gina disse interessada.
-Nem eu sabia. –Draco confessou –Esses trouxas romanos eram muito estranhos.
-Trouxas? O que quer dizer com isso? –Daniel perguntou com curiosidade.
Gina olhou feio para Draco.
“Você não deveria ter falado isso!” ela pensou.
“Desculpa...” Draco pensou de volta.
-Não é nada! –Gina se apressou em dizer –Ele apenas quis dizer que era uma barbaridade assistir aquelas mortes sanguinárias. –ela continuou –Não é Draco?
-Eu quis, é? –ele perguntou e Gina pisou seu pé –Ai, é, eu quis dizer exatamente isso.
Os três se serviram e Draco fez questão de sentar na mesma que Daniel e Gina. Porém estava meio arrependido por ter feito isso, a conversa dos dois era extremamente enjoativa e ele estava servindo de vela:
-Adoro os seus cabelos vermelhos, parecem tão brilhantes e sedosos.
-Obrigada Daniel, mas são seus olhos que são lindos. Quanto ao meu cabelo, nem todos tem a mesma opinião que você. Existem pessoas que os acham CHAMATIVOS DEMAIS e EXTRAVAGANTES. –Gina disse sem olhar para Draco e fazendo questão de pronunciar as últimas palavras com clareza.
-Não brinca! Quem seria idiota o suficiente para achar um defeito em você? Eu te acho linda. –o moreno disse segurando as mãos de Gina com delicadeza.
Aquilo foi a gota d’água para Draco.
“Se a Weasley quer ficar com esse cara, que fique! Eu é que não vou continuar servindo de vela.” O loiro pensou e foi se levantando.
-Diz isso porque não a conhece. Vou embora, se ficar aqui por mais um minuto acabarei vomitando o que comi. –ele disse e se virou para ir embora.
-O que deu em você, Draco? –Gina perguntou e Draco virou-se de volta.
Ele deu de ombros:
-Nada, apenas não tenho vocação para ser vela. E Di Capizio, aproveite bem a sua “Deusa Perfeita dos Cabelos de Fogo”, -disse sarcástico –porque hoje mesmo ela vai embora. –ele acrescentou e finalmente se foi.
-É verdade que você irá embora hoje, Gina? –Daniel perguntou preocupado.
-É sim. –ela respondeu sem olhá-lo.
-E se eu te pedir para não ir?
-Não posso ficar, tenho que partir. Eu não estou aqui de férias e sim a trabalho.
-Como assim trabalho? Você chegou aqui ontem e só saiu hoje para ir até o Coliseu. Que tipo de trabalho é esse?
-Sou jornalista de uma revista inglesa, faço um coluna de turismo –ela inventou e se surpreendeu com a rapidez que o fizera –Estou trabalhando em uma matéria sobre os principais pontos turísticos da Europa, já fiz a minha parte por aqui.
-Hum...entendo, -ele disse baixando a cabeça –Mas e o Sr. Malfoy? O que ele faz? É o seu chefe?
-Não, ele não é meu chefe. Ele é...ele é...um fotógrafo! Draco fotografa para as minhas matérias.
Hoje quando vocês saíram, eu não o vi com nenhuma máquina fotográfica e você não segurava nenhum papel ou caneta.
-Você viu o casaco que Draco estava usando? A máquina é de última geração e por isso pequena, cabe no casaco. E eu não faço as anotações na hora, prefiro fazer depois com mais calma. Dá pra analisar mais e escrever melhor em um lugar tranqüilo. Está desconfiando de mim Daniel? –Gina perguntou com a cara mais inocente que conseguiu fazer na hora.
-Não, é claro que não! –Daniel respondeu rapidamente –Quer sair comigo?
-O quê? –Gina perguntou espantada pela repentina proposta –Sair pra onde?
-Sei lá, podemos ir ao cinema... –ele sugeriu, mas Gina o interrompeu.
-Olha, eu adoraria...mas não vou poder. Eu tenho que arrumar minhas coisas. –ela disse sinceramente.
-Entendo... –Daniele murmurou tristonho olhando pra baixo.
-Bem, isso não nos impede de darmos uma volta pelo hotel.
-Você quer? –ele perguntou encarando-a.
-É claro que quero, a não ser que atrapalhe o seu trabalho.
-Não vai atrapalhar. Eu já terminei o meu turno de hoje. –ele disse pegando a mão de Gina e os dois se levantaram.

***
Draco resolveu ir para a suíte arrumar sua mala. Achou que se ocupasse suas mãos, não ocuparia sua mente com “besteiras”. Mas estava enganado a esse respeito...
“Então é isso o que eu fiz saindo de lá? Eu entreguei a Gina de bandeja para aquele trouxa! Mas e o que eu tenho a ver com isso? Eu nem a quero...A Weasley fica com quem ela quiser!!! A essa hora o Di Capizio deve estar se fartando com aqueles beijos maravilhosos dela...DESDE QUANDO EU ACHO MARAVILHOSO BEIJAR A WEASLEY?!? Todos os Weasleys são seres inferiores, eu não devo perder o meu tempo pensando nela. MAS EU NÃO CONSIGO!!! Será que estou ficando louco? Bem, possivelmente...louco de desejo por essa garota. NÃO, NÃO E NÃO!!!!! Eu simplesmente NÃO POSSO estar me sentindo atraído por uma Weasley.
Quando penso que aquele trouxa indigno pode colocar suas mãos em cima daquele pele de seda e beijar a mesma boca que eu já beijei...AH! EU FICO LOUCO DE RAIVA!!!” Draco pensou e respirou profundamente “PARE DE PENSAR NELA, DRACO MALFOY SUA MULA!!!”, mas de nada adiantou.
-Tudo bem, -ele disse dando um sorriso forçado e imaginando até onde iria a sua sandice (se já estava começando a falar sozinho) –Eu me amaldiçôo, mas eu assumo. Sim, a Weasley mexe comigo. É apenas desejo e nada mais. Não estou com ciúmes, só estou irado que ela se interesse por aquele trouxa e não por mim. Eu sou muito melhor que ele! –ele disse e terminou de arrumar sua mala.
Draco jogou-se na cama e fechou os olhos. Ele estava muito cansado pela noite mal dormida.
“A falta de sono deve estar me deixando estranho. Preciso dormir, assim talvez eu finalmente encontre a paz.” Foi o seu último pensamento antes de cair no sono.

***

Daniel e Gina foram para o mesmo jardim que ela havia ido com Draco no dia anterior. Os dois sentaram-se em um banco e começaram a conversar:
-Há quanto tempo é jornalista?
-Faz um ano. E você? Trabalha há muito tempo aqui?
-Apenas quatro meses.
-Por aqui sempre passam mulheres bonitas, não é? Você deve se dar bem.
-Bem, quanto a passarem mulheres bonitas você está certa.
-E quanto ao resto? –ela perguntou apressadamente antes que perdesse a coragem.
-Quanto a isso não. Eu procuro manter apenas uma relação profissional com as clientes desse hotel. Mas com você foi diferente, é a primeira por quem me interesso.
A ruiva ficou da cor de seus cabelos:
-Hum...mas é legal trabalhar aqui, não é?
-Sim, é legal. Eu queria saber uma coisa...
-O quê? –Gina perguntou curiosa.
-Desde quando conhece o Sr. Malfoy?
-Ele? Desde que eu tinha onze anos. Estudamos na mesma escola, mas em anos e casas diferentes. Ele é um ano mais velho que eu.
Daniel fez uma cara confusa:
-Casas?
Gina engoliu em seco:
-E-eu disse casas? Quis dizer...classes!
-Hum...e vocês se davam bem?Já foram namorados?
-Eu e ele? Nunca!!! Não suportávamos a presença um do outro e brigávamos toda a vez que nos cruzávamos pelo caminho.
-E agora? –Daniel perguntou querendo saber muito a resposta.
-Agora o nosso chefe nos obrigou a trabalharmos juntos, por isso estamos nos esforçando para sermos amigos. Mas chega disso, eu não quero falar sobre Draco. –e isso era verdade, ela não queria falar dele.
-Estranho eu não ter te perguntado isso. Quantos anos você tem?
-Eu tenho 18. E você?
-Mais que você, tenho 21. O que a sua família acha de você tão jovem, ter uma carreira que exige várias viagens? Ainda mais que você viaja acompanhada...por um cara.
-Na verdade eles não gostam muito disso, mas eles confiam em mim e compreendem que faz parte do meu trabalho.
-E o que você acha dessas viagens?
-Bem, eu sinto falta da minha família, isto é um fato. Contudo, eu gosto de conhecer novos lugares e pessoas. Mas ás vezes isso é um problema...
-Como assim?
-Se eu me apegar as pessoas, é duro ter que se despedir.
-E isso se aplica a mim? –ele perguntou esperançoso.
Ela sorriu antes de responder:
-Sim, se aplica. Olha Daniel, se eu não tivesse que partir, tenho certeza de que poderíamos ter algo. Mas...
Gina não pôde terminar de falar, pois Daniel levou seus lábios aos dela. A ruiva ficou surpresa por uns momentos com a repentina reação dele. Por alguns instantes ela ficou estática e piscou algumas vezes, mas logo fechou os olhos e começou a corresponder. Foi um beijo lento. Como se quisessem explorar cada pedacinho da boca um do outro.
Por um tempo a mente dela ficou em branco, mas depois ela lembrou que tinha que arrumar sua mala e partir e por isso quebrou o beijo. Daniel sorria e esperava claramente alguma reação por parte de Gina. A ruiva então sorriu também antes de dizer:
-Eu realmente tenho que ir. –ela disse se virando para ir embora e começando a andar.
-Espere! –Daniel pediu segurando a mão dela e ela parou –Posso te acompanhar até o quarto?
-Até a porta do quarto, -ela especificou –Draco deve estar lá e além disso, preciso arrumar minhas coisas ainda.
Ele fez um gesto afirmativo com a cabeça e os dois foram em direção ao quarto.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.