Confiar ou não confiar? Eis a

Confiar ou não confiar? Eis a



Capítulo 9: Confiar ou não confiar? Eis a questão.

Quando Draco e Gina apareceram de mãos dadas no quintal, fez-se um repentino silêncio entre os presentes. A primeira pessoa a falar foi Gui:
-Viu mãe? Eu disse que ela não iria faltar.
-Seria melhor que não tivesse vindo. É uma vergonha se associar com esse tipo de gente. –Rony disse em alto e bom som.
-Ronald Weasley! Eu proíbo que fale dessa maneira com a sua irmã. Gina sempre foi muito ajuizada, confio que seu namorado seja uma boa pessoa. –A sra Weasley disse e Gina de certa forma sentiu um peso na consciência.
-No dia em que o Malfoy for uma boa pessoa, irá chover canivetes até haver um dilúvio –Rony zombou e os gêmeos concordaram.
-Cale a boca Rony!!! Não admito que fale assim do Draco. –Gina repreendeu Rony com os olhos faiscando.
“Interpretação digna de um Oscar de melhor atriz” Gina pensou.
-Mas a ceia é entre família. Você não tinha o direito de trazê-lo. –Fred disse.
-E se eles se casarem? Draco entrará para a família. –Fleur disse.
-É claro. –Draco e Gina responderam tentando ao máximo não demonstrar o quanto abominavam a idéia.
-Merlin que nos livre de ter um Malfoy na família. –Jorge disse.
-Nem se atreva a casar com ele Gina! –Rony disse.
“Quanto a isso não precisa se preocupar Rony”. Gina disse em pensamento.
-Silêncio! –o Sr. Weasley disse se impondo –Parem de ofender o Draco, estão me decepcionando. Se Gina o trouxe, ele é considerado um convidado e merece ser tratado com respeito. Entenderam?
O Sr. Weasley se adiantou e estendeu a mão:
-Seja-bem vindo, Malfoy. Espero que me perdoe pela implicância dos meus filhos.
A ruiva lançou a Draco um olhar sugestivo e Draco apertou a mão de Arthur:
-Obrigado, pra mim é uma honra cear com a família da minha Gina. –Draco disse se esforçando para que não soasse artificial demais.
O Sr. Weasley abriu um sorriso e apontou dois lugares que estavam vagos. Os dois sentaram-se:
-Convenci Gui a colocar uma cadeira a mais. Sabia que traria o seu deus do sexo. –Fleur cochichou entusiasticamente ao ouvido de Gina.
-Fleur, será que você pode fazer o favor de calar a boca? Se alguém escutar isso, eu juro que te mato! –Gina cochichou de volta.
-Você está de mal humor Gina?
-Não, imagina. –ela ironizou, mas Fleur não percebeu.
-Ah bom! Eu estava dizendo pra Luna e pra Hermione que você estava atrasada, porque estava se divertindo com o seu namorado. –ela disse sorrindo sugestivamente.
-Se você considera um puta engarrafamento como diversão...
-Ah, trânsito... –ela concluiu desanimadamente.
“A Fleur não tem jeito mesmo! O que a Luna e a Mione pensaram de mim? No que eu fui me meter?” Gina pensou inconformada.
O jantar transcorreu normalmente. Com Rony e Harry se revezando para lançarem olhares carrancudos para Draco. O loiro por sua vez tinha um trejeito de sorriso irônico nos lábios e em seus olhos frios podia-se notar diversão pela insatisfação de Harry e Rony. Bem, na verdade não só de Harry e Rony, mas também dos gêmeos. Gui, Carlinhos e Percy ficaram na deles. Fleur não percebera o clima tenso, estava entusiasmada com a variedade da comida. Luna parecia perdida em pensamentos e Hermione olhava de Gina para Draco fazendo uma cara perplexa.
“Nunca pensei que a Gina namoraria o Malfoy. Eu tenho certeza que eles se odiavam!” Hermione pensava.
Apenas o Sr. E a Sra. Weasley se mostravam sorridentes:
-Sua comida estava deliciosa. –Draco elogiou a Sra. Weasley e ela encheu-se de orgulho.
“Nisso você não puxou a sua mãe?” Draco pensou claramente olhando para Gina.
“Eu sei cozinhar bem sim! Mas pode tirar o cavalinho da chuva que eu não vou cozinhar pra você!” Gina pensou de volta.
“E quem disse que eu te pedi?”
“Humf...”
-Obrigada! –Molly agradeceu o elogio de Draco –Pegue mais. –ela o incentivou.
-Eu já estou satisfeito. –Draco respondeu tentando soar gentil.
“A comida estava boa, mas estou morrendo de tédio”. Ele pensou.
-Sabe, Gina não falou como se conheceram. Pode nos contar? –O Sr. Weasley perguntou curioso.
-Ora pai, isso não importa! –Gina disse com veemência.
-Satisfaça a nossa curiosidade, sim? –A Sra. Weasley pediu.
-Bem... –Draco começou –Desde Hogwarts nós nos conhecemos como todos sabem. Apenas não sabíamos que havia algo mais do que ódio.
-Há um tempo atrás fui até o Beco Diagonal para renovar o meu estoque para poções e encontrei o Draco. Ele me convidou para tomar um drinque e eu aceitei. –Gina continuou.
-A partir daí eu e Gina passamos a nos encontrar escondidos, até que virou namoro. –Draco finalizou a explicação inventada.
-Me surpreende que você tenha caído na lábia dele. Pensei que fosse mais esperta Gina. –Rony disse –Na minha opinião ele está espiando a nossa família para você-sabe-quem.
-Não seja idiota Rony! O Draco não está fazendo isso! Além disso, ninguém pediu a sua opinião. –Gina defendeu Draco.
-Como se Voldemort fosse perder tempo com isso. –Draco disse a Rony.
-Não admito que fale o nome de seu mestre em minha casa. Seu comensal de uma figa. –Rony respondeu.
-Quero ver você provar isso, Weasley! –Draco desafiou Rony.
-Pare com isso Ronald!!! Vamos embora Draco. –Gina disse levantando-se e puxando Draco.
-Malfoy, você é um fraco! Precisa que a Gina o defenda. Se esconde debaixo da saia dela. –Rony o provocou também se levantando.
-Agora você passou dos limites!!! –Draco disse puxando a varinha e apontando direto para o coração do ruivo.
-Vamos Malfoy, mate-me! Isso só confirmará que você é um Comensal da Morte.
-Draco! –Gina gritou –Não dê ouvidos a ele, por favor!!!
“Que vontade de mandar esse Weasley pelos ares...” ele pensou.
Então respirou fundo e se segurou:
-Vamos embora Gina. –Draco disse guardando a varinha no interior do terno.
-Ronald Weasley, você foi longe demais! –Arthur o repreendeu severamente.
-Mas pai...
-Não tem meio mas, nos fez passar uma vergonha enorme. –a Sra. Weasley disse.
Draco e Gina ouviram apenas essa parte da longa discussão que se iniciava, pois logo depois aparataram em Veneza:
-Como eu queria ter explodido aquele Weasley em pedacinhos. –o loiro confessou a Gina –Agora já sei de onde vem esse seu gênio insuportável!
-Eu sei que o Rony passou dos limites, mas que bom que não seguiu sua vontade. Isso só complicaria mais as coisas pra você. –ela disse tentando manter a calma.
-E desde quando você se importa comigo, Weasley? –Draco perguntou com desdém.
-Não me importo. Mas acontece que estamos juntos nessa. Se tivessem certeza de que você é um comensal, a barra pesaria pro meu lado também. Meu pai é Ministro da Magia e Potter é o chefe dos aurores, com certeza estaríamos em problemas.
-Como é que você se controlou vendo Potter e a Sangue-ruim juntos? Comigo você age como se fosse a pessoa mais descontrolada do planeta.
-Foi como eu te disse, aquele não era o momento para tirar satisfações. Outra: Eles não vieram me provocar diretamente, coisa que você sempre faz.
Os dois ficaram sem assunto e Draco estava a encarar Gina:
“Será que ele vai dizer que eu estou bonita?”
-Por que está me olhando desse jeito? –ela perguntou.
-Hum...gostei do seu vestido, teve bom gosto.
-Ahn...obrigada.
-Pena que a pessoa a usar esse vestido seja você. Aposto que ficaria melhor em qualquer outra mulher. –ele acrescentou.
-Já vai começar, Malfoy? Eu vou dormir, cansei de perder o meu tempo com você. –ela disse abrindo aporta para entrar em seu quarto.
-Espere Weasley! –ele a chamou.
-O que foi agora? –ela perguntou de cara fechada.
-Quero te desejar uma noite tão ruim quanto o seu gênio.
-Tomara que você tenha um ataque de sonambulismo e pule pela janela. Meu dia começaria bem se te visse espatifado no chão logo pela manhã.
-Morra e me deixe em paz Weasley!
-Morra você Malfoy, é um estorvo em minha vida. Pelo menos no inferno você teria convivência com os seus iguais.
-Se eu morresse, eu voltaria só para fazer da sua vida um inferno. Eu não te suporto!
-E eu te odeio! Se pudesse escolher, nunca mais veria você.
-Faça das suas palavras as minhas em relação a você! –ela disse e bateu a porta na cara dele.
Gina tirou a maquiagem, desfez o penteado e preparou-se para dormir. Sentia-se cansada, mas sua mente estava inquieta. Isso possibilitou que tivesse sonhos esquisitos:
“Chovia muito e ela corria por um caminho enlameado. Corria o máximo que podia, mas cada vez que olhava pra trás, a imagem de um homem encapuzado se aproximava sem mais. Gina tropeçou e caiu de cara no chão.
“Agora eu estou perdida” ela pensou se virando de modo a ficar sentada.
A chuva gelada encharcava Gina até os ossos. Era uma noite escura, mas os raios iluminavam a expressão aterrorizada que ela tinha. O homem encapuzado estava na sua frente, era tarde demais para correr:
-Achou que podia fugir de mim? –o homem encapuzado perguntou.
-Quem é você? –Gina perguntou tentando não parecer tão assustada.
O Homem baixou o capuz:
-Eu sou Lorde Voldemort e vigio cada passo que você dá, Weasley. Ninguém engana o Lorde das Trevas e agora irá pagar por isso!”
Gina acordou, levantou-se de um salto e permaneceu sentada na cama. Seu coração parecia que ia sair pela garganta a qualquer momento e a garota ofegava como se realmente tivesse corrido.
“Oh meu Deus! Isso só pode ser um aviso. De qualquer forma já cheguei a suspeitar que Voldemort estava me vigiando. Também uma missão tão importante... Resta saber como. Ele pode estar usando um feitiço, o Malfoy e até mesmo outro comensal. Mas e se for o Malfoy? Preciso descobrir! Mas como farei isso?”
Deitou-se novamente e mudo de lado na cama. Após alguns minutos veio o sono e com o sono mais sonhos:
“Gina estava na Toca. Foi até a cozinha e sua mãe estava sentada em uma cadeira:
-Sente-se Gina. –a Sra. Weasley pediu e ela obedeceu.
As duas ficaram em silêncio por um tempo e então a Sra. Weasley começou a falar:
-Sinto sua falta, filha.
-Eu também.
-Você parece abatida.
-Sim, eu estou cansada de tudo. Cansada de fingir ser quem eu não sou e de conviver com quem eu não quero.
-Me explique isso melhor, talvez possa ajudá-la.
-Não, não pode. É complicado esse meu problema e eu não quero envolvê-la nisso.
-Entendo...mas eu gostaria de poder ajudá-la. Está me parecendo tão desnorteada, é duro pra uma mãe ver a filha assim.
-Estou confusa sobre uma pessoa. Preciso confiar nela para cumprir uma missão, mas não sei se devo. Essa pessoa já me deu tantas razões para não fazê-lo, -Gina lembrou-se das coisas ruins que Draco já fizera e falara pra ela –mas algumas vezes não é assim. –Gina finalizou lembrando-se das ameaças que ele não cumpriu e principalmente quando eles riram após rolar colina abaixo. Aquele era o único riso verdadeiro que o vira dar.
-Hum... –a Sra. Weasley respondeu –Então tem relação com aquela sua missão misteriosa que não pode contar pra ninguém.
-É, exatamente. Não sei o que fazer mãe. Você sempre me deu bons conselhos, agora preciso de um mais do que nunca. A minha sobrevivência depende de uma decisão que preciso tomar.
-Gina, o que precisa entender é que nem eu ou qualquer outra pessoa pode decidir por você. O conselho que te dou é: Siga o seu coração, ele é o seu melhor guia, e descubra se deve escolher confiar ou não nessa pessoa.
-Seguir o meu coração? –Gina perguntou a si mesma.
A Toca e Sra. Weasley se dissolveram em um redemoinho de cores.
Agora Gina estava afundando numa piscina de sangue em forma de interrogação, estava se afogando em sua própria dúvida:
-Alguém me ajude! –Gina gritou.
De repente um bote apareceu a sua frente e Draco estava nele:
-O que você está fazendo aqui? –Gina perguntou enquanto tentava se manter sobre a superfície.
-Ora, mas que pergunta idiota! Eu vim salvá-la.
-Como posso saber que não vai me delatar a Voldemort e me levar até ele para que o próprio “cuide” de mim.
-Delatar? Por que eu faria isso? Você não fez nada que não devia. Agora confie em mim e dê-me a sua mão.
“Ele diz isso porque não sabe que sou espiã e quero que ele me ajude”. Pensou enquanto seus músculos já doíam do esforço para não continuar a afundar.
-Por que eu deveria confiar?
-Descubra por si mesma. –Draco respondeu.
Gina já estava muito cansada, seus músculos protestavam a continuar.
Se continuasse assim se afogaria a qualquer momento e tinha conhecimento disso. Sendo assim, estendeu uma mão para Draco e ele puxou para dentro do bote:
-Obrigada! –ela agradeceu –Para onde estamos indo?
Draco abriu a boca para responder, mas Gina nunca chegou a ouvir a resposta. Novamente tudo se dissolveu em um redemoinho de cores e o sonho mudou. O mesmo sonho que Gina já tivera outras duas vezes.
“Ela corria esbaforida em um campo de flores. Sabia que fugia, mas não sabia de quem ou de que. Procurava desesperadamente por algo ou talvez alguém que pudesse dar confiança, conforto ou segurança. Alguém que pudesse tirá-la daquela situação de desespero em que se encontrava. Então Harry apareceu em sua frente e ela tentou abraçá-lo, mas não conseguiu. O chão abriu-se e ela foi caindo na escuridão, Harry não poderia ajudá-la. Se Harry não podia, quem poderia? Gritou por socorro:
-Alguém me ajude!!!
Porém, só ouviu o eco da própria voz enquanto caía sempre mais. Já estava em completa angústia quando ouviu uma voz que a encheu de esperança, uma voz que ela não conseguia identificar a quem pertencia:
-Segure a minha mão. –foi o que a voz disse.
Gina não enxergava nada na crescente escuridão, mas confiou na voz e estendeu a sua mão direita a fim de achar algo em que pudesse se segurar. Milagrosamente sua mão foi segurada e a escuridão desapareceu. Estava em uma floresta iluminada pelos raios de sol que penetravam por entre as árvores. Ela arregalou os olhos ao ver quem lhe segurava a mão, quem fora capaz de salvá-la. Inacreditável sim, mas sem sombra de dúvidas quem estava parado a sua frente era Draco Malfoy. Ela levou um susto quando ele puxou-a para si e começou a beijá-la, contudo se surpreendeu mais ao se ver correspondendo àquele beijo que lhe tirava o ar ao mesmo tempo em que a enchia de vida. Draco parou o beijo de repente e olhou em um ponto atrás de Gina, então ela olhou curiosa para o mesmo lugar que ele. Viu o vulto preto que vira na noite anterior a partida do Japão, depois olhou novamente para o loiro e viu que ele segurava um punhal erguido:
-Diga adeus Weasley. –Draco disse e...”
Gina acordou sobressaltada. Nunca conseguira chegar ao final desses sonhos, apesar de parecer deveras óbvio:
-Eu não agüento mais ter pesadelos! –ela disse respirando aceleradamente –E o pior é que eles não chegam ao final.
Toc, toc, toc. Gina ouviu baterem e então ouviu a voz de Draco:
-Weasley, abra a porta do conjugado. Eu quero falar com você.
Gina bufou, levantou-se e dirigiu-se lentamente até a porta e parou em frente dela:
-Weasley abra logo!
A garota então girou a chave na maçaneta:
-O que você veio fazer aqui Malfoy? Torrar o resto da paciência que ainda tenho?
-Não. Posso entrar? –ele perguntou e sem esperar por resposta foi entrando.
-Hei! Eu não disse que você podia entrar.
-Mas também não disse que não. –Draco falou e se sentou na cama de Gina.
-O que você veio fazer aqui? –Gina tornou a perguntar de cara fechada e sentou-se ao lado dele.
-Eu ouvi você gritando por socorro. Por que fez isso? Não estou vendo nenhum perigo eminente. –ele disse olhando à volta.
-Eu estava tendo pesadelos, se você quer saber. E você estava em quase todos.
-Sonhando comigo, é? –ele perguntou com um olhar estranho que beirava um lascivo.
-Mas não é nada do que você possa estar pensando. –ela adiantou –E se for só isso que veio fazer, já pode ir embora.
-Acontece que se você continuar com esses pesadelos “silenciosos”, vai acordar o andar inteiro.
-Ah, é? Mas eu não consigo controlar isso.
-Accio poção. –Draco disse apontando sua varinha para a direção da porta do conjugado e um frasco voou para suas mãos –Isso é uma poção para dormir sem sonhar.
-E você espera que eu a beba? –Gina perguntou e Draco fez que sim com a cabeça –Pois pode esperar sentado!
-Por que não beber?
-Mas é muito cara-de-pau mesmo! Lembre-se que da última vez que eu aceitei beber algo oferecido por você, eu agi como uma idiota.
-Eu sei que pra se tornar uma auror você teve que se dar bem em Poções. Então pode examiná-la e tenho certeza que reconhecerá a poção.
Gina pegou o frasco:
-Lumus. –e uma pequena luz apareceu na ponta de sua varinha.
Draco perguntou-se porque tinham ficado na semi-escuridão (apenas um abajur iluminava o quarto) até aquele instante.
Gina observou a cor da poção (roxa), a consistência, o cheiro e fez um feitiço parta saber a temperatura. Ao término parecia convencia de que estava certa:
-Parece estar o.k. –ela respondeu.
-Eu não disse? Eu também te dei a poção correta no dia em que se tornou uma comensal. –ele disse se levantando.
-Mas de alguém como você, é sempre bom checar. –ela justificou e o acompanhou até a saída.
Pararam na porta:
-Não deixe de beber, está bem? Eu não quero ser acordado pelos seus gritos de novo.
-Já entendi, Malfoy. –ela respondeu com uma ponta de aborrecimento antes de fechar a porta.
Tle, tlec. Gina ouviu um barulho.
“O que o Malfoy quer agora?” a ruiva pensou.
Tlec, tlec. Ela ouviu de novo, mas dessa vez percebeu que o barulho era na janela.
Gina abriu a janela e por ela entrou uma coruja parda.
“Quem será que quer falar comigo?” Gina pensou pegando a carta e abrindo-a:

Srta. Weasley,
Preciso saber o andamento de sua missão.
Já achou o mapa? Como vai o seu relacionamento com o Sr. Malfoy? Contou a ele a sua verdadeira intenção? Já pediu a ajuda dele?
Ass: A.D.

Gina sabia que era de Dumbledore, por isso foi logo respondendo no verso:

Caro Sr. A.D.,
Eu e Malfoy já achamos o mapa. Ele é incompleto e nos mandará (e já mandou) para vários lugares do mundo, isso até ser completado (aí mostrará a localização do elixir).
O mapa foi encontrado no Egito, nas mãos do Gui, mas é óbvio que ele não sabia a serventia daquele pergaminho.
Sobre meu relacionamento com o Malfoy...bem, é que brigamos todos os dias e quando digo todos os dias, não tem nem um pouco de exagero. Mas pelo menos não brigamos as 24h que um dia tem.
Malfoy vive me irritando e o Senhor sabe que não sou de levar desaforo pra casa. Eu tento, mas é muito difícil me dar bem com ele.
Além disso, eu não sei se devo confiar nele, por isso ainda não falei nada sobre as minhas verdadeiras intenções. Vai que eu conto e ele vai correndo me dedar pro Voldemort, aí eu poderei ser considerada morta (literalmente).
Não estou dizendo que não contarei à Malfoy, apenas quero dizer “tudo a seu tempo” e que não dá pra revelar uma coisa dessas agora. Mas dou minha palavra que ele saberá antes de encontrarmos o elixir.
Atenciosamente,
G.W.
P.S.: Não me envie mais cartas, porque Malfoy pode ver e ficará desconfiado. Quando eu já tiver contado à ele, eu escreverei.

Gina amarrou a carta na perna da coruja e ela levantou vôo. Depois disso a ruiva fechou a janela e pegou o frasco da poção que Malfoy lhe dera:
“Se a coruja tivesse chegado momentos antes, eu ainda estaria conversando com Malfoy...eu teria tido sérios problemas, ainda bem que tive sorte”. Ela pensou e bebeu de uma só vez o conteúdo do frasco. Logo depois ela começou a se sentir sonolenta e desabou na cama em um sono profundo.

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