Capítulo 7



Capítulo 7

Dois meses se passaram depois que Hermione e Draco haviam voltado a namorar. Mikael não havia trocado mais nenhum palavra com a menina. Pedira um tempo para organizar suas idéias e sentimentos. Ela concordara. Era uma manhã de sábado e eles iriam para Hogsmead. Draco bateu na porta.

-Anda, Mione! A gente vai se atrasar.

-Espera, Draco.

-Merlin! Que demora.

-Pronto. –disse abrindo a porta e beijando-lhe a boca.

-Você fica linda de qualquer jeito. Vamos logo.

Eles chegaram a Hogsmead e foram direto para a livraria. Depois de ficar algum tempo lá, Draco sentou-se em uma cadeira.

-Vai demorar muito tempo? –perguntou apoiando o rosto nas mãos.

-Um pouco, amor. Por quê?

-Ah, eu ainda quero ir comprar umas coisas pra vassoura antes de almoçarmos.

-Vai indo lá. E daqui há um tempo você me busca aqui e a gente almoça.

-Certo. –e saiu.

Hermione passou o dedo por um livro bastante empoeirado e o tirou da estante. Do outro lado estava Mikael, olhando-a.

-Oi, Mika. –cumprimentou sem graça.

-Mione... Espere. –e deu a volta.

-Como você está? –perguntou a menina sorridente.

-Eu to bem e você?

-To também.

-Já tem um tempo que queria falar com você.

-Pode falar. –sentiu um formigamento no estômago.

-Eu sinto muito sua falta. Como amiga! –ele se adiantou logo.

-Eu também, Mika. Muito mesmo.

-Eu pensei muito em nós dois. E queria voltar a ter sua amizade. Me faz tanta falta...

-Eu concordo com você. –e o abraçou.

Eles sorriram. Hermione sentia-se feliz, mas sabia muito bem que Draco não gostaria nem um pouco de saber que eles agora estavam se falando.

-Mika, eu tenho que ir encontrar o Draco...- ela começou sem graça.

-Ah, tudo bem. Depois a gente se fala. –ele sorriu e foi embora.

-Draco... –ela começou quando encontrou o namorado, um tempo depois.

-Fala, amor. –disse abraçando e observando os fios fininhos de sua sobrancelha.

-O Mikael... Ele veio falar comigo.

-O que ele queria? –o garoto a soltou bruscamente, fazendo-a exclamar um palavrão.

-Por que toda vez que eu falo dele você age assim? Que saco! –ela se irritou.

-Esse é o problema. Você fala dele.

-Ah, me desculpe, eu não posso falar dos meus amigos, agora.

-Seu amigo? –ele levantou a sobrancelha cético.

-É.

-Não sabia que ele tinha voltado a ser seu amiguinho.

-Draco, você é tão irritante. –a menina cuspiu as palavras.

-Eu não sou irritante, Hermione. Eu só to cansado de ficar tendo que tirar esse bando de homem de cima de você.

-Draco, pára com isso. –pediu chorosa.

-É verdade, Hermione! É sempre assim.

-Eu não quero brigar com você. Por favor, Draco. –ela foi se aproximando.

-Não, Mione. Pára com isso? –o loiro ficou sério tentando fazer com que ela parasse de acariciá-lo.

-Draco... Pára com isso... –ela ia pedindo.

-Mas que droga Hermione... –sua voz ia vacilando.

O que essa garota conseguia fazer com ele, era o que Draco se perguntava todas as noites antes de dormir desde que tinha descoberto que estava apaixonado por Hermione.

-Puta merda...-ele disse baixinho antes de beijá-la, amaldiçoando-se por ser tão fraco e não conseguir falar o que queria.

Draco estava sentado no banco, tomando água, na segunda-feira quando viu a figura de Pansy se locomover até ele.

-Você fica incrivelmente gostoso nessa roupa. –ela falou ao se aproximar, sentando-se no banco.

-Eu sei. –disse dando um sorriso modesto.

-E a sua namoradinha? Já terminou com ela?

-Não, e nem pretendo.

-Ah, eu posso te dar muito mais do que ela te da, Draquinho... Você sabe disso... –a menina agora estava enroscada em seu pescoço com a boca extremamente próxima à sua.

-Muito bonito. –ele ouviu uma voz que reconhecia muito bem atrás dele.

“Puta que pariu”, pensou o sonserino empurrando Pansy que sorria como se já soubesse que isso aconteceria. Draco a fuzilou com o olhar.

-Mione... –virou-se e deu de cara com a namorada de braços cruzados.

-Que porcaria é essa? –ela perguntou absorta apontando pra o que tinha acabado de ver.

-Essa maluca fica me agarrando. –Draco apontou pra Pansy.

-Ah, ela é maluca? Mas tadinho do Draco... Ele não tem mãos para se defender.

-Hermione, você sabe muito bem... –ele encostou nela e a garota se afastou.

-Sai de perto de mim. –ela foi andando rápido em direção ao castelo.

-Ah, não. Você vai me ouvir. –disse segurando seu braço quando os dois estavam sozinhos perto de uma árvore grande.

-Eu não sei por que eu perco meu tempo te namorando. De verdade.

-Ah não?

-Sinceramente, não.

-Eu vou te mostrar o porquê então. –e a beijou.

Hermione não correspondeu.

-Mione, me beija? –ele pediu olhando-a nos olhos.

-Não, Draco.

-Me beija? –tentou mais uma vez encostando seus lábios nos dela, depois seguindo para sua nuca.

“Se dá certo comigo...”

Ela não cedeu. Permaneceu ali, imóvel. Resistindo àquela vontade imensurável de beijá-lo.

-Hermione, você é foda! –disse por fim soltando-a.

-Hã? –ela indagou sem entender nada.

-Isso mesmo. Quando você faz alguma coisa que eu não gosto, o que acontece na maioria das vezes - ele enfatizou essa parte-, e eu fico puto de verdade, você vem cheia do seu charminho, me beijando e eu te desculpo. Sabe por quê? Porque eu te amo. E você? Eu to aqui te beijando, tentando fazer com que a gente não brigue e você não consegue ser capaz de resistir. Sabe por quê? –ele gritou muito mais alto- Porque você ta pouco se fodendo pra como eu me sinto. Você só pensa em você! –gritou o loiro irritado, deixando-a parada completamente atônita sozinha, embaixo da árvore.

Hermione começou a chorar. Ela amava Draco. Como ele podia dizer isso? O que ela tinha feito de errado?

“Eu sei como a Pansy é. Não devia ter feito isso tudo.” Convenceu-se um tempo depois.

Amaldiçoou-se por não ter beijado Draco quando ele quis. Sabia que tinha errado. Ele estava certo. Ele sempre cedia quando ela jogava essa tática. Sentiu-se mal. Por Draco. Na mesma noite bateu na porta do quarto do loiro.

-Draco... –chamou várias vezes e não obteve resposta.

Deixou alguns bilhetes embaixo da porta para quando ele chegasse ou quando estivesse com a cabeça fria, passar no quarto dela. Sabia que ele não iria. Não depois do que tinha acontecido. Do jeito como ela tinha sido.

Hermione nunca se sentiu tão idiota na vida. Odiava-se por ter sempre insistido em estar tão junto de Mikael, sabendo o quanto Draco sentia-se mal com isso. Odiava-se por não ter demonstrado que o amava mais. Odiava-se por não ter correspondido àquele beijo, que por mais que ele achasse o contrário, ela lutava para não corresponder.

No dia seguinte, ele não apareceu no café da manhã, no almoço e muito menos na aula em que eu tinham preparado. Não ouviu barulhos no quarto do menino, não o viu em parte alguma. Seu coração começava a apertar. Era horrível não saber onde ele estava, o que estava pensando. Foi até a torre de astronomia. Nada.

-Draco... eu sei que você está aí. Te procurei pelo castelo todo. –ela dizia na porta, arranhando com a unha bem lentamente. –Deixe-me entrar. Nós precisamos conversar.

Não obteve resposta. Chorou ali mesmo durante um bom tempo e depois rumou para sua cama, cansada.

Não dormiu, não conseguiu tirá-lo de sua cabeça.

-Mione, você ta péssima. –notou o amigo no outro dia.

-Você queria que eu estivesse como? –respondeu grossa.

-Calma, não precisa me dar patada.

-Desculpe. –ela pediu quase chorando.

-Tudo bem, hei, não chora. Olha, o Malfoy ali. –ele apontou para o loiro que entrava no salão praticamente se arrastando.

-Eu vou falar com ele. –pulou da mesa e correu em direção ao garoto.

-Draco, eu fiquei preocupada com você... –começou.

Ele não a olhou, continuou andando lentamente para a mesa da Sonserina.

-Nós precisamos conversar...

-Eu não quero...-ela mal o ouviu dizer, sua voz era quase nula-...conversar agora.

E continuou andando, sem olhar pra trás e vê-la triste. Hermione desistiu. Tentaria mais tarde.

Quando estava esperando a aula começar, Mikael apareceu nas masmorras trazendo não só um sorriso imenso estampado no rosto.

-Eu não acredito! Os ingressos pro show? –ela falou alto.

-Sim, nós vamos, certo? –ele perguntou.

-Claro que nós vamos! –respondeu óbvia sem perceber que Malfoy estava ali atrás.

O garoto olhou-a decepcionado e ela se chamou de burra mentalmente durante toda a aula que se seguiu. Estava tentando entender como conseguia fazer tantas besteiras em tão pouco tempo. Sentia-se cada vez menor, cada vez mais sozinha.

Quando a aula terminou, tentou novamente.

-Você vai continuar me ignorando, Draco?

-Hermione, a única coisa que eu ainda não consegui entender é o motivo de você ainda perder o seu tempo vindo falar comigo. Mas fique tranqüila, eu estou me esforçando muito. Logo descubro. –falou com a força que tinha.

Draco realmente achava que Hermione gostava de vê-lo sofrer. Chegou até a pensar que talvez, tudo que eles tivessem vivido no passado não fosse uma maneira dela fazê-lo sofrer por tantos anos em que ele fizera isso com ela. “Ela não atuaria tão bem...” Pensou depois. Mas estava crente de que ela não o amava. Não do mesmo modo que ele.



N.A.// Desculpem a demora. Eu tenho estado realmente ocupada. Mas agradeço de coração à quem ainda está acompanhando a fic, mesmo tendo uma autora tão idiota que demora anos pra atualizar. Eu tive realmente ocupada com o livro que escrevi e quando acabei, logo comecei outro e agora to tentando dedicar meu tempo à ele. :D

Enfim, eu gostaria MUUUUITO que vocês comentassem, pra eu saber se tão gostando e cara, vou falar que os comentários me estimulam MUITO a escrever *-*

Beeeeeeeeeeeijos, gente.

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