Draco Malfoy



O terceiro inverno rigoroso depois da morte da mãe de Giulia havia terminado e a vida dela piorava a cada momento. Lucius Malfoy se mostrava cada vez mais estúpido e grosseiro, Narcisa Malfoy fingia que não existia outra criança na casa, além de seu filho, e Draco Malfoy era arrogante e adorava importuná-la tanto quanto a Dobby, a única criatura na casa que gostava dela.

Seus dias eram marcados por palavras que a feriam e a faziam chorar compulsivamente no seu travesseiro junto com o pequeno e velho dragão.

- Olha só! – o Malfoy-miniatura havia trazido seus ‘amiguinhos’, chamados de seguidores por Giulia, para ‘brincar’, ou basicamente inferniza-lá. – A traidora tá com aquela coisa imunda.

Giulia apertou o pequeno dragão contra o peito e tentou passar reto.

- Onde pensa que vai, traidora? – Ela fechou os olhos pedindo que tudo acabasse, enquanto os garotos riam.

- Cala boca!

- Seu pai não lhe ensinou a ser educada, Black? – o tom de deboche faziam os amigos rirem mais ainda, aquilo não tinha graça, a garota pensou, estão apenas querendo deixar Malfoy feliz. – Ah me desculpe, seu pai era um assassino e está preso em Azkaban.

Os olhos cor de lua brilharam mais que nunca, as lagrimas começavam a brotar dos cantos dos olhos enquanto os garotos apenas riam.

Pela primeira vez Draco Malfoy olhos para as orbes tristes da garota, e sentiu pena.

- Malfoy, você é o ser mais desprezível que eu já conheci em toda a minha vida. – as lágrimas começaram a rolar soltas e os olhos de Draco se arregalaram em evidente desespero.

A morena saiu correndo em direção ao quartinho imundo, onde mais uma vez chorou agarrada ao pequeno dragão.

Draco esperou até Crabbe e Goyle irem embora para fazer algo. Ele desceu as escadas e se viu parado em frente à porta que dava para o corredor sombrio, lembrou-se dos avisos de seu pai para não entrar lá e pela primeira vez Draco Malfoy desrespeitou seu pai.

Ele seguiu até a portinha feia e sem graça e girou a maçaneta. Giulia estava com as pequenas luas contornadas de vermelho, acariciando o dragãozinho.

- Er.. – a menina pulou de susto olhando feio para Draco. – Posso entrar?

- Já está dentro. – a voz saiu rouca e com desprezo. – O que você quer?

- Eu quero pedir desculpas... – os olhos da menina se arregalaram de surpresa. – Mas não quer dizer que eu quero ser seu amigo ou algo assim – o menino completou desesperado.

- Como eu fosse te desculpar... Por que você veio se desculpar?

- Por que eu não sabia que você ficava tão triste e eu não gostei de te ver chorar.

- Hum... Ok, desculpas aceitas. – o garoto sorriu disfarçadamente e foi em direção da porta.

- Mas já te disse, Black – a voz voltara a ser rude. – Isso não quer dizer que sou seu amigo.

A garota apenas sorriu e ele fechou a porta.

Sem perceber, Draco acabara de arranjar uma amiga.

N/A: DESCULPA GENTEEEEEEEE!! Eu juro que não é culpa minha! Eu estou tentando postar faz mais de um mês... Eu não falei nada, mas eu estou nos EUA por 10 meses (agora so faltam 9) e fica dificil escrever/postar... Estou fazendo o meu maximo! Tudo por vocês, que não me deixam nem uma review... Espero que estejam apreciando o que estou fazendo, é muito complicado viu?

Beijos!

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