Gentil



O professor chegou na sala e Hermione logo se esquivou de Harry. Marcos pediu para que pegassem os livros, e todos pegaram os seus, menos Harry. Ele ainda não havia comprado seu material. O professor nada disse, apenas comentou que precisaria do livro para a próxima aula sem falta.

- Posso acompanhar com você?

Hermione não disse nada, e colocou o livro em suas pernas para que Harry também conseguisse enxergar o que estava escrito. A morena não via a hora da aula acabar, estava com uma enxaqueca daquelas, quase não conseguia ficar em pé. Foi então que se lembrou que sua mãe havia dito no carro que ela teria que ir embora de ônibus, pois ela e seu pai não teriam tempo para ir buscá-la.
O dia de Hermione não podia ter sido pior. Ingrid, sua tia, dor de cabeça e ainda teria que ir embora de ônibus. Não que ela se importasse para isso, nunca ligou, na verdade, mas estava tão mal que não tinha condições. Ela colocou as mãos na cabeça, estava com frio e tremia ferozmente.
A aula acabou e Hermione saiu cambaleando da sala, com pressa. Harry a seguiu preocupado.

- Ei Hermione! Você ta legal?

- To... – disse e cambaleou um pouco, se segurando na parede para não cair.

- Não, você não ta legal. Vamos, venha. Te levo até a portaria. – Harry segurou nos braços dela, pegou os materiais da garota e a ajudou a descer as escadas.

- Quer ligar para seu pai?

- Não, não é necessário...eu vou ter que pegar o ônibus para voltar pra casa. – disse ela com a voz fraca.

- O QUE? Não vou deixar que isso aconteça.

Harry pegou o celular e ligou para sua tia, Petúnia.

- Alô? Tia?

- O que você quer garoto?

- Posso dar uma carona para uma amiga? Ela está doente e não tem condições de voltar para casa sozinha.

- Ligue para Valter. Se ele deixar, sorte sua. Se não, azar. – e desligou.

Harry olhou para Hermione, não deixaria ela ir embora sozinha, não naquele estado.

- Tio, preciso da sua ajuda.

- Estou ocupado.

- Mas é urgente, e você tem que vir aqui me buscar de qualquer jeito.

- É, você realmente é uma pedra em meu sapato. – Harry ignorou a má educação – O que você quer?

- Minha amiga está doente, não tem condições de voltar para casa sozinha.

- E cadê os pais dela?

- Não vão poder buscá-la hoje. Posso dar uma carona para ela?

- Não.

- Mas ela está péssima.

- Pede para ela ligar para os pais, o problema não é meu. – o tio desligou o telefone.

Harry olhou do telefone para Hermione, e agora? A garota estava sentada no chão, encostada na parede, se remoendo de dor.

- Hermione, posso ligar para seus pais?

- Não adianta, eles não vão poder vir.

- Eles têm que vir, Hermione, olhe só para você! Me passe o número deles.

Hermione passou o número do telefone de seu pai para Harry, e o moreno sem recear ligou para o homem.

- Alô, quem fala?

- Bruce Granger. Quem é?

- Oi..é, sou amigo de Hermione aqui na escola de Francês, e ela está muito mal, em péssimo estado, e não tem condições de ir para casa sozinha. O que eu faço?

- Hermione? Eu vou buscá-la imediatamente.

- Obrigado, Sr. Granger.

- Obrigado você garoto.

Bruce desligou o telefone, desmarcou o próximo paciente e saiu correndo para buscar Hermione. O tio de Harry chegou, e ele fez o tio esperar até que o pai de Hermione chegasse.

- Anda logo, garoto! Estou perdendo meu tempo aqui!

- Não saio daqui até que o pai dela chegue.

- Se ele demorar mais cinco minutos, eu vou embora!

Harry se sentou ao lado de Hermione no chão e esperou junto com ela. Passaram-se dez minutos e nada do pai de Hermione chegar. Seu tio já havia ido embora, mas Harry não importava, ele daria um jeito depois, faria isso com qualquer um, não podia deixá-la sozinha. O pai de Hermione chegou, Harry pegou os materiais da garota e a ajudou a levantar.

- O que você tem, filha? – disse Bruce saindo, e dando a volta no carro abrindo a porta para a filha entrar.

- Dor de cabeça. – disse Hermione, sua voz quase não saía agora.

- Não é possível que seja só dor de cabeça. – Hermione entrou no carro com a ajuda de Harry, o mesmo colocou seus materiais do banco de trás. – Muito obrigado...qual é seu nome mesmo?

- Harry, Harry Potter senhor.

- Obrigado mesmo, sempre que precisar de ajuda, pode contar conosco.

- Eu fiz o que deveria fazer Sr. Granger.

- Por favor, me chame de Bruce. – disse ele fechando a porta do carro do lado de Hermione e seguindo para o outro lado do mesmo. – Seus pais vão demorar muito? Eles já deviam estar aqui, não? Pelo que vejo, todos já foram embora.

- É...er...na verdade, meu tio veio me buscar, mas não quis esperar o senhor chegar e já se foi. Mas, sem problemas, eu dou um jeito.

- Claro que não! Eu te dou uma carona! Onde você mora?

- Obrigado, Bruce. Obrigado mesmo.

- Vamos, entre!

Harry correu, pegou seu material e entrou no carro de Hermione. A garota estava sentada na frente com a cabeça encostada no apoio do banco, pálida. Harry explicou o caminho para sua casa, estava preocupado com Hermione. Chegou em sua casa, agradeceu a Bruce e entrou em casa.

- Como conseguiu vir, moleque?

- Graças a Deus existem pessoas melhores que vocês, e isso não interessa agora.

Harry entrou em seu quarto preocupado, tirou a blusa, e deitou em sua cama. Olhou para seu quarto inteiro, estava lotado de coisas modernas. Claro que seus tios não haviam dado tudo aquilo a ele, fora seu padrinho, Sirius Black quem lhe dera essas coisas. Harry sabia que não podia contar com seus tios para nada, dava graças por seu padrinho existir, queria morar com ele, só que não era possível até completar sua maioridade, pois seu padrinho não era seu parente de sangue.
Não havia contado para Hermione que seus pais haviam morrido pelas mãos de um assassino, não a conhecia muito bem para ter essa confiança. Mas tinha certeza que ela, um dia, seria uma de suas melhores amigas, pois tinham muitas coisas em comum, e ele gostava de conversar com ela, até mais do que gostava de conversar com Luna ou Rony. Nunca na vida havia se identificado com uma garota, como havia com Hermione, ela era...diferente.

- EI MOLEQUE! VENHA JANTAR!




Hermione estava deitada em sua cama, com as luzes apagadas, na tentativa de dormir um pouco. Havia tomado banho para ver se o mal estar passava, e seu pai tinha lhe dado um remédio para dor de cabeça, ela melhorou um pouco, mas achou melhor dormir, assim passaria mais rápido.



Ingrid estava jantando com seus pais, pensava em Hermione e em como ela a irritava profundamente.

Ela me bloqueou e ainda por cima consegue ficar amiga daquele gato, e eu não! Ela ainda vai sofrer, ô se vai...

- Filha, no que está pensando? – perguntou Beth.

- Nada não mãe....é, só estou preocupada com a prova de química de amanhã...é, estou preocupada...

- Tudo bem filha, vai dar tudo certo. Agora coma, se não, ficará doente.

Ingrid odiava aqueles discursos de mãe e vó, dizendo que precisava comer porque estava muito magra, e que ela ficaria anêmica, só que elas não entendiam que tinha que ficar bonita para conseguir os garotos. E nesse momento, ela queria Harry, mesmo ele sendo mais novo que ela.

Um dia você vai ser meu...



Harry acordou no outro dia mais tarde do que deveria, estava atrasado para a escola, e ele ainda tinha que pegar carona com seu tio que saía cedo, e ele tinha certeza, depois do fato de ontem, que seu tio não o esperaria. Se trocou o mais rápido que pôde, escovou seus dentes e desceu, seu tio estava saindo com o carro, correu atrás dele, deixando de tomar café da manhã.



N/A.: Ai gentee! O que vocês estão achando? Por favor, comentem! Como eu vou saber se vocês estão gostando ou não? :X

P.S.: Desculpe pela falta de espaço no começo de um parágrafo, é que eu digito antes do Word, e quando eu posto, sai sem os espaços. Eu já tentei consertar na floreios mesmo, mas não adiantou. Não sei o que está acontecendo. O.o

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