Uma Dura Prova



-UUUUUUUUUUUUHHHHHHHHHH!!!!!
A platéia gritava, urrava, berrava de animação.
-E ele quase matou nosso amigo Carlinhos!!
A professora falava como se fosse um jogo de quadribol.
-Nossa essa foi por pouco, quase que ele queima todos nós como espetinho de gato!
Uma garota ao lado da professora assistia o jogo, berrando a cada passo do dragão, Studioworks já começava a se sentir um tanto quanto surda.
A turma ria-se com o que a professora falava, mas ao mesmo tempo era preocupante a cena de Carlos Weasley, ele já estava todo sujo de terra e areia, suas roupas um tanto quanto rasgadas e o garoto se mostrava cansado, e isso era de extremo risco, em um golpe falho o garoto viraria fumaça, ou melhor, cinza!
O dragão corria, voava e atirava fogo pela boca despreocupantemente, apesar de já ter levado alguns feitiços, mantinha-se de pé, enfurecido cada vez mais.
-NOSSAAAAAAAAA, ESSA FOI POR UM TRIZ!!
A professora estava animada vendo tudo aquilo, mas sempre atenta a cada movimento, a qualquer hora teria que impedir o resto da aula se necessário.
-EXPELLIARMUS
O garoto falava apontando a varinha em direção ao imenso dragão, que voava longe e caia do outro lado do estádio, rapidamente balançou a cabeçorra e alçou vôo, indo na direção de Carlinhos.
-PETRIFICUS TOTALLUS
Ele rodopiou em círculos no ar e caiu bruscamente em cima de Carlinhos.
-OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOHHHHHHHHHH!!!
A professora saiu correndo arquibancada a baixo, indo na direção do dragão e do garoto.
-VINGARDIUM LEVIOSA!!
O dragão flutuava um pouco para o lado, e dava-se para ver o garoto caído ao chão, estagnado.
-Ai meu deus, se esse garoto morrer eu to morta!
A professora estava entrando em pânico, falava consigo mesma, dando tapinhas na face do rapaz, tirou um liquido viscoso e grudento do bolso, abrindo-o e colocando o conteúdo na boca do garoto, que, aos poucos dava sinal de vida. Os lábios dela se contraiam para um imenso sorriso, pegando no braço dele fortemente e o erguendo, orgulhosa.
-Temos aqui um campeão! Mostrou do que é capaz!!
Ela erguia o braço do rapaz no alto, contudo se não fosse a ‘’ajudinha’’ da professora, nem isso ele faria, estava realmente MUITO cansado, e com fortes dores pelo corpo todo!A maioria o aplaudia,algumas meninas até berravam coisas que a própria professora não entendia muito bem, mas sabia que eram boas, pois elas riam entre si. Rapidamente seus dedos passaram para dentro de sua capa, pegando um saquinho e entregando ao garoto.
-Aqui, tome! Trato é trato!
Ele pegava com um leve sorriso.
-10 de nota de 20 pontos para grifinória, por suas habilidades indescritíveis e coragem gigantesca!
Ela ria consigo mesma, dando um leve tapinha no ombro do rapaz.
Em um movimento circulas o estádio voltou a ser sala, ajudava o garoto a se levantar aos poucos, dando-lhe outro frasquinho.
-Tome, beba que em alguns minutos vai estar novo em folha!
Ela falava sorridente.
-Meninas, o ajudem por...
Nem precisava terminar a frase, varias meninas vinham ajuda-lo a ir pra outra aula e levar seu material.
-Obrigada!!
Ela sorria amigavelmente, com um lento toque de varinha fazendo as roupas do garoto ficarem limpas e novas, intactas.
-Am.... só uma coisa antes de irem embora, o q aprenderam hoje??
Os alunos a olhavam sem entender.
-Aprendemos que NUNCA devemos mexer com dragões!!
A sala caira na gargalhada, mas no fundo a professora tinha plena razão.
-Ah, nada de contarem o que se passou aqui... Os detalhes nem nada hein! Se alguém contar vai se ver comigo depois... Dispensados!
Os alunos ficaram um tanto quanto assustados com o q ouvia-se da professora, mas todos se organizavam para sair.
-Ah sim, antes que eu me esqueça, 5 pontos para cada casa, por serem uma platéia tão ...’’comportada’’...
Seu tom de ironia era gigantesco, mas ela realmente faria aquilo, achava que uma aula como aquela não era de se dispensar! Quem sabe, mais para frente, não faria mais aulas tão divertidas e animadas como esta, mas sem tanto perigo.
Estava muito cansada, e teria uma hora livre, aproveitaria para relaxar, começando a se jogar em sua cadeira, fechando os olhos e encostando a face nas mãos lentamente, mas certamente não ficaria assim por muito tempo, Joe voltava voando freneticamente, adentrava a sala, atirando um papel em cima da mesa, piando e pousando no ombro de Studioworks, que apenas deu um longo suspiros, se espreguiçando, quase fazendo o animal cair, fazendo-o se agarrar a ela, pegou a carta para ler, sabia que com Joe ali, não teria paz mesmo. Pegou um biscoitinho no bolso da capa e deu a sua amada ave, que lhe bicou a ponta da orelha carinhosamente.

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