A forasteira




*i*Capítulo dois: A forasteira*/i*

*p*- E se você sair um dedinho da linha... – Snape praticamente enfiou o dedo entre os olhos da moça, o olhar ameaçador.
*p*- ...vou ficar de castigo pelo resto da eternidade, eu sei – ela revirou os olhos, suspirando entediada. Aquela conversa já estava começando a cansar... – Você já disse isso um milhão de vezes...
*p*- Mais respeito, mocinha! – vociferou Severo.
*p*- Olha, eu realmente não estou a fim de brigar com você no meio de uma plataforma cheia de gente...
*p*- Lê-se “uma plataforma cheia de pretendentes em potencial”, não é mesmo? – o homem estreitou os olhos astutamente, estudando o rosto da garota que observava com interesse um grupo de adolescentes de seus dezesseis anos de idade, todos trajando o uniforme da Corvinal e empurrando pesados malões.
*p*- Possivelmente... – concordou, espichando o pescoço para ter uma melhor visão das costas dos rapazes. Mordeu o lábio, soltando uma risadinha ao ver a cara escandalizada do homem à sua frente – Ora, não faça essa cara! Veja só aquele ali, que bundinha, Santo Merlin! Vai dizer que não reparou?
*p*- Não costumo reparar nas áreas glúteas de meus alunos, Samantha – ele respondeu friamente, a voz letal.
*p*Samantha descruzou os braços, lançando-lhe o habitual olhar maroto. Ah, ele odiava aquela mania dela de querer transformar tudo numa grande piada! Justamente como seus dois maiores desafetos que ele rapidamente localizou no meio da multidão de alunos e pais. Tiago Potter e Sirius Black encontravam-se conversando há alguns metros de distância, rindo e falando excessivamente alto, como de costume. “Dupla de acéfalos!” – pensou com desgosto, lançando um olhar de desprezo para os dois.
*p*- Hum... Yummy! – Samantha exclamou, seu sotaque nova-iorquino aflorando.
*p*Severo seguiu o olhar dela só para constatar que ela via o mesmo que ele, mas certamente não do mesmo *i*jeito*/i* que ele. Os grandes olhos escuros da moça corriam pelo corpo de Black, bebendo com avidez todos os detalhes. Snape chegou até a se preocupar que ela fosse se afogar na própria baba de tão concentrada que estava.
*p*- Pare já com isso, Samantha! Que falta de vergonha é essa? O homem tem idade para ser seu pai! – Snape tratou de colocar-se na frente da moça, impedindo-a de continuar olhando para Black.
*p*- Mas não é! – ela empurrou o homem para o lado, acrescentando maliciosamente em seguida – A não ser, é claro, que Claire Anderson, minha querida mamãe, tenha tido um caso tórrido e picante com Sirius Black...
*p*- Não fale isso nem brincando, garota... – Severo a segurou com força pelo braço, logo acima do cotovelo. Estava decididamente furioso com o ultraje da garota. Como ela tinha *i*coragem*/i* de insinuar algo assim, sabendo de seu ódio mortal por Black? Menina petulante, desavergonhada...
*p*- Uhhhhhhhhhhh! Se sentindo ameaçado, Sev? – Samantha insinuou, afastando-se do homem como se ele fosse o portador de uma doença mortal.
*p*- Já falei para não me chamar assim! – Snape urrou, fazendo-a rir suavemente – E eu nunca me sentiria ameaçado por esse... Esse descerebrado arrogante e inútil!
*p*- Ah, mas eu discordo...
*p*Samantha o mirou com escárnio mal disfarçado, encostada sob a janela de um dos primeiros vagões da locomotiva vermelha. Vagão este que fora reservado à ela muito tempo antes quando o pontual Severo Snape chegara à estação, praticamente arrastando-a pelos cabelos. Ela odiava pontualidade e, acima de tudo, odiava acordar cedo. E aquele velho rabugento a fizera praticamente madrugar para “não se atrasar”. Resultado: Os dois foram um dos únicos idiotas o bastante para chegar na plataforma com duas horas de antecedência. E agora ela tinha que esperar o embarque pacientemente. Paciência, outra virtude que não possuía. Assim como o respeito e a responsabilidade, como Snape fizera questão de destacar em seu sermão interminável.
*p*- Como?
*p*- Eu discordo... – ela repetiu lentamente, como se estivesse conversando com uma criança de cinco anos – Mamãe me contou sobre a história “tenebrosa”. Se é que me entende...
*p*Ele entendia. Samantha apelidara de “tenebrosa” aquela horrível passagem de sua vida justamente por ser uma de suas piores lembranças da juventude. E um dos maiores motivos de seu ódio incondicional por Potter e Black. Bem, talvez mais por Balck do que por Potter naquela memória em particular. Não que odiasse mais um do que o outro, os odiava igualmente, mas sofrera mais nas mãos de Black quando este lhe roubara a pessoa mais importante do mundo, o amor de sua vida...
*p*- Não quero falar sobre isso. E não lhe dou o direito de comentar sobre esse assunto, entendeu? – ele disse muito sério, franzindo ligeiramente as sobrancelhas – Assim como não dei o direito à sua mãe de comentar sobre isso com você... Mas ela tinha que abrir a boca, como sempre...
*p*- Pelo menos ela conversa comigo – Samantha retrucou como quem não quer nada, os olhos ainda postados no grupinho animado formado pela família Potter e Black – Enquanto você...
Snape lançou-lhe um olhar oblíquo, como se estivesse tentando decifrar um hieróglifo. Ela encolheu-se levemente, abaixando o rosto ao sentir-se observada tão intensamente. Após um minuto de análise, ao qual Samantha permaneceu incomodada e desconfortável, a voz suave dele pôde ser ouvida, aparentando ligeiro e incomum arrependimento:
*p*- Olhe, Sam...
*p*- Não me chame assim – ela reclamou, fungando – Só meus *i*conhecidos*/i* me chamam assim, e como eu nem *i*conheço*/i* você direito...
*p*- Ora, Sam... Samantha! – ele corrigiu-se, bravo – Não seja tão infantil, você não tem mais quatro anos de idade...
*p*- Ah, é mesmo? – Samantha riu, balançando a cabeça de um lado para o outro. Algumas mechas loiras escorregaram por sua testa com o movimento. Loiras, ele pensou desgostoso, observando o cabelo claro e brilhante da garota. Cabelo este que um dia já fora escuro... Podia-se notar pela raiz dos fios que escurecia rapidamente. Ainda não podia acreditar que ela tinha pintado o cabelo. E ainda por cima o havia feito por meios trouxas, ao invés de poções que eram muito mais confiáveis. Garota tola, teimosa... – Pensei que não se lembrasse desse “pequeno” detalhe, já que não me vê desde que eu tinha essa idade. Não me espantaria nada se você não soubesse nem quantos anos eu tenho agora...
*p*- Dezessete – ele respondeu mecanicamente – Você tem dezessete anos.
*p*- Ah, bom... – ela pareceu espantada, mas logo mascarou seu espanto com um sorriso irônico que ela reservava somente à ele – Acredito que minha idade deve ter sido mencionada na carta de expulsão...
*p*- E nós ainda temos que ter uma conversinha sobre esse sua expulsão, mocinha!
*p*- Mais do que já conversamos? – Samantha gemeu.
*p*- *i*Muito*/i* mais do que já conversamos! – Snape sibilou – Não tive oportunidade de tratar desse assunto com sua mãe justamente porque tudo aconteceu rápido demais, mas você com certeza vai ouvir. O que deu nessa sua cabeça de vento, hein, pirralha? Um dia você estava na escola. No outro não. Ora, Sam, você tinha que ser expulsa logo no primeiro dia do ano letivo?
*p*- Ah! Deixa de ser tão chato... Foi um trote! Eu sou veterana. É minha *i*obrigação*/i* dar um trote nos novatos, só isso! Nada de mais! Aqueles diretores carrascos é que aumentaram todos os fatos...
*p*- Pois você deveria ficar agradecida por eles não terem quebrado a sua varinha! – Severo vociferou ferozmente – E não pense que você vai sair impune desses seus “trotes” quando chegar a Hogwarts, ouviu, mocinha? Eu vou estar de olho em você...
*p*- Oh, estou tremendo de medo, *i*Professor*/i* – Samantha caçoou, levantou uma mão até os cabelos e apanhou uma mecha solta entre seus dedos, torcendo-a distraidamente – Acho que talvez... Talvez essa história de escola inglesa seja até divertido... Apenas talvez, entendeu? – apressou-se a completar ante o olhar meio divertido, meio desconfiado do homem.
*p*- Mas não espere regalias só porque é minha...
*p*- Eu não sou nada sua – ela disse num sussurro, impedindo-o de completar a frase – E também não espero que me trate como se fosse. Afinal, eu não vou ser uma sonserina...
*p*A cena a seguir seria cômica se não fosse trágica: Snape congelou. Seu rosto perdeu a pouca cor que tinha e um músculo começou a tremer involuntariamente no canto de sua boca. Ela lutou bravamente para conter um sorriso e teve que colocar os nós dos dedos dentro da boca para não rir quando o mestre de poções a olhou visivelmente decepcionado, falando com sua voz de seda que gotejava veneno:
*p*- E para qual casa você planeja ir? Grifinória?
*p*- Se eu contar com a sorte...
*p*Samantha mordeu os lábios com tanta força que pensou que podia feri-los. A visão que teve a fez ter vontade da cair na gargalhada. Snape estava roxo de raiva. Mas era esse o seu intuito, provoca-lo para que ele ficasse furioso. Era esse o seu passatempo favorito. Provocar a fúria do velho “Sebosão”.
*p*- Olha aqui, garota, você nem pense em me dar essa vergonha, entendeu? Uma filha grifinória, que desgosto... Preferiria me afogar no lago para que a lula gigante comesse o meu cadáver e me livrasse de um mundo tão cruel onde meus herdeiros estão compactuando com a Grifinória!
*p*Sam teve uma forte e incrível vontade de dizer que nem a lula gigante aceitaria “comer” um cara seboso, macilento e ranhoso que nem ele, mas novamente teve de se controlar. Não por respeito ou nada disso, mas por saber muito bem que ele lhe daria outro sermão interminável sobre modos e regras e blá, blá, blá. E foi com arrependimento que ela viu Snape tomar fôlego para iniciar sua falação novamente. Rezou para que algo a salvasse de seu destino cruel. Mas não foi “algo” que a salvou, foi “alguém”.
*p*- Ora, mas vejam só quem encontramos! O nosso velho amigo Ranhoso! O que nos dá o prazer de sua tão estimada companhia, Snape?
*p*- Certamente nada relacionado à sua hostil presença, Black...
*p*Severo e Sirius se mediram com mútuo desprezo. Pela expressão de puro desdenho nos rostos dos rivais, Sam pôde ter uma boa idéia dos pensamentos que passavam pela cabeça dos dois. Certamente estavam imaginando maneiras diversas de afogar um ao outro num caldeirão. Mas suas reflexões sobre os desejos homicidas que Snape e Balck compartilhavam tiveram de parar com a chegada de mais pessoas ao grupo.
*p*- Tudo bem aí, Almofadinhas? – chamou Tiago Potter, aproximando-se junto com um rapaz que Samantha supôs ser seu filho, pois a semelhança entre os dois chegava a ser assustadora. Tiago deixou escapar um sorriso malvado ao reconhecer Snape – Ah... Ranhoso! Você por aqui?
*p*- Não, Potter, este é somente o espectro de mim mesmo que morri e voltei para puxar o seu pé e atormenta-lo por toda a eternidade... – Snape respondeu sarcástico.
*p*- Sério? – Tiago piscou, exalando uma inocência que certamente não lhe pertencia. Em seguida voltou-se para um divertido Sirius que olhava para Severo como se ele não passasse de um verme particularmente nojento – Então acho que teremos de jogar um saco cheio de galeões na estátua dos Irmãos Mágicos, Almofadinhas – disse solenemente – Porque, *i*obviamente*/i*, todos os nossos desejos foram realizados... O velho Ranhoso finalmente bateu as botas! Oremos por isso, irmãos! Aleluia! Aleluia!
*p*- Tiago, não seja tão infantil... – uma voz suave cortou o coro de Tiago.
*p*Uma mulher ruiva de olhos vivamente verdes tinha os braços cruzados, mirando Black e Potter com visível desagrado. Tiago logo se empertigou, sua voz antes marota passou a um tom mais grave e agradável que ele sempre usava quando se via frente a frente com a “justiceira” que atendia pelo nome de Lílian Evans Potter.
*p*- Ora, Lily querida, estou apenas tendo uma conversa amigável com um velho colega de escola. Qual é o problema nisso? – Tiago mentiu, fazendo uma cara de anjinho tão convincente que só faltava a auréola para poder ascender aos céus. Samantha o olhou com admiração, pensando em pedir umas dicas de atuação para o homem.
*p*- Bonito, hein, Tiago Potter? – Lílian replicou, balançando a cabeça – Que exemplo que você está dando para os seus filhos! Mentindo para a esposa, brigando com antigos “coleguinhas” da escola!
*p*- Hei! – Tiago e Severo protestaram ao mesmo tempo. Tiago pela bronca e Severo por ter sido reduzido ao “coleguinha do Potter”. Sirius deixou escapar uma de suas risadas-latido, mas quando Lílian voltou-se para ele com os olhos estreitos, ele engoliu em seco.
*p*- E você, Sirius Black? Que exemplo está dando para sua filha? – apontou para uma menina de pele bronzeada com olhos e cabelos escuros que segurava a risada, o braço entrelaçado ao de Harry Potter – Que exemplo está dando para a Carol?
*p*Sam notou a sombra que perpassou o rosto de Snape ao mirar a filha de Sirius, Carol, que sorria marotamente, entreolhando-se com o filho de Tiago. Erguendo uma sobrancelha, Sam desceu o olhar até o distintivo que a garota usava sob a blusa. Ele era vermelho e tinha a forma de um garboso leão que rugia ferozmente. Percebendo o repentino interesse de Sam pelo distintivo, Carol sorriu e apertou-o contra o peito, fazendo aparecer uma mensagem em letras negras: MALFOY FEDE.
*p*Usando de toda a sua força de vontade adquirida ao longo dos anos, Samantha controlou-se para não rir. Sabia muito bem quem era o alvo da chacota de Carol. Draco Malfoy, o garoto metido e filhinho de papai que aprendera a odiar desde que fora apresentada a ele. Garotinho idiota, fora o que pensara quando apertara a mão pálida. Involuntariamente, um sorriso de aprovação formou-se em seus lábios e ela percebeu que pontos extras foram creditados logo de cara a desconhecida Carol Black. E a Harry Potter também, pois ela notou que ele usava um distintivo idêntico. Mas não foi só isso que ela notara, *i*felizmente*/i*...
*p*Seu olhar desceu pelas pernas do garoto, reparando que elas estavam bem mais expostas do que Snape consideraria “decente”. Bem, não que isso fosse grande coisa, afinal Snape era o rei dos pudicos e até noviças da Irmandade das Carmelitas não eram decentes o bastante para ele. Mais voltando ao assunto... E que assunto, Meu Deus! Samantha pensava, transpirando a mais pura malícia ao olhar as pernas de Harry, desnudas nos rasgos da calça jeans. Quando retornasse aos Estados Unidos faria campanha para que os garotos de sua vizinhança passassem a usar calças assim também... Tudo pela visão de um bom par de pernas masculinas...
*p*E Harry certamente as possuía. Ah, se possuía... E não era só ela que parecia notar esse “dom” que Deus oferecera ao sorridente Harry Potter. Muitas garotas viravam o pescoço para ter uma melhor visão do presente da natureza que ele recebera. Entre elas estava a rainha da descrição: Uma ruivinha de vestes visivelmente gastas e remendadas que olhava para Harry com o queixo tocando o chão e os olhos castanhos arregalados em pura admiração. Sam riu baixinho, observando a garota que, aparentemente, não fazia questão alguma de manter oculta sua atração pelas pernas do rapaz.
*p*Atraído pelo som da risada de Samantha, Harry franziu as sobrancelhas e direcionou seus olhos verdes para o ponto fixo que ela estava olhando. Sorriu arrogantemente ao perceber o olhar incessante da ruivinha sobre si. E esta, quando notou que fora pega em flagrante, reuniu toda a dignidade que lhe restava e acenou para ele com um sorriso malicioso, as bochechas coradas contrastando com a calma que ela tentava a todo custo manter. O sorriso de Harry ampliou-se ao perceber isso e ele tratou de dar uma voltinha para a garota, expondo o “material”.
*p*Samantha olhou-o com um sorriso divertido, achando graça no total desapego à vergonha que ele demonstrava ter. Já a ruivinha, que Sam logo ficara sabendo se chamar Gina Weasley, parecia não ter se desapegado totalmente do embaraço, pois corou loucamente sob o olhar de predador que Harry lhe lançava, caçoando dela.
*p*- Ai, essas meninas de hoje... – Harry sussurrou pelo canto da boca, de modo que só Samantha e Carol ouviram – Umas desavergonhadas, todas elas. Principalmente você, Caroline Black. Onde estão seus modos? Me secando desse jeito tão grotesco em frente de uma *i*forasteira*/i*!
*p*- Ah, cala boca, ô garanhão! – Carol deu um soco de leve no braço dele, sorrindo para Harry. Após a troca de sorrisos entre os dois, ela voltou-se para Samantha – Não liga para o Harry aqui, ele é um total retardado...
*p*- Retardado? – Harry protestou, segurando a mão de Carol na sua e plantando um beijo em sua palma, fazendo-a estremecer ligeiramente – E agora? Ainda sou retardado?
*p*- Harry Potter! Jogando charme pra cima de mim? Não sabe que eu já conheço todos os seus truques e cantadas? – Carol brincou, puxando sua mão de volta – Porque você não tenta a sorte com a *i*forasteira*/i*? Ela talvez não conheça a sua fama...
*p*- Conheço agora – Samantha retrucou maliciosa – E pode ter certeza que estou adorando...
*p*A risada de Harry ecoou pela estação, chamando a atenção de vários alunos que o olhavam perguntando-se se ele havia experimentado algum narcótico. Snape o olhou com desprezo, direcionando o olhar em seguida para Samantha que olhava para Harry com apenas uma sobrancelha erguida, ainda apreciando a desenvoltura do jovem. Severo segurou seu braço com força, furioso por ela estar compactuando com o filho de seu inimigo mortal. Dessa vez Sam não se afastou, percebendo que esse ano seria realmente *i*muito divertido*/i*...
Havia acabado de encontrar uma nova maneira de atormentar o velho Severo. E essa maneira não lhe desagradava em absolutamente nada. Iria conquistar Harry Potter. Ou não se chamava Samantha Anderson Snape...

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