Três .





● Terceiro Ano

Depois da ‘briga’ do ano anterior, eu nunca mais falei com James.

Ele vinha sempre atrás de mim, pedindo que o ouvisse. Nossos amigos também, mas eu tinha um defeito terrível! Eu era teimosa feito uma mula. Eu ouvia isso todos os dias em Hogwarts.

Eu só fui ‘perdoá-lo’ no final do terceiro ano.

-


- Lily, o que custa voltar a falar com James? – Lice perguntou pela 5788100448188 vez naquele ano.

- Lice, ele defendeu aquela lá...

- Não defendeu não! Ele só te impediu de cometer uma besteira, ele livrou você de um castigo, Lílian. Larga mão de ser cabeça dura e vai logo falar com ele!

- Alice.

- AGORA, LÍLIAN ELIZABETH EVANS!

- ‘Tá parecendo até minha mãe, Lice.

- Vai!

- Liiiice... – choramingou Lily.

- Agora, Lily.

- Ai, ‘tá bom! Mas só pra vocês pararem de me encher.

- SOME LÍLIAN, VAI LOGO.

Lílian atravessou a porta do quarto e procurou James pelo salão comunal. Ali ele não estava. Foi até a janela e avistou James perto do lago. Ele não parecia, olhando assim, um garoto de treze anos. Sua postura indicava maturidade, mesmo que sua mentalidade não.

Desceu as escadas, passou pela porta e correu pelos jardins do castelo até chegar ao lago. James estava atento, olhando o lago, com as mãos nos bolsos das calças e sem as vestes da escola.

- James. – Lílian chamou-o timidamente.

O rapaz virou-se e olhou surpreso para a ruiva em sua frente.

- Lily?

- Eu... Vim... Bem, eu vim pedir desculpas.

- Tudo bem. ‘Tá desculpada. – ele respondeu.

- Só isso? Eu venho aqui, peço desculpas, e é só isso que você me fala?

- O que mais eu posso dizer?

- Que também sente muito por ter defendido ela, talvez.

- Mas eu não a defendi. Eu protegi você. Você poderia ter se metido em uma encrenca ou até mesmo num duelo que acabaria em tragédia.

- Está dizendo que ela é uma bruxa melhor do que eu?

- Lílian, eu não disse nada. Pare de transformar em ofensas tudo o que eu digo.

- Eu não transformo nada.

- Chega, tá? ‘Tá desculpada, agora pode ir.

Mas a garota não se mexeu. Ficou ali olhando furiosamente o garoto mais irritante que conhecera.

- O que você está esperando? – ele perguntou a ela.

Ela não respondeu. Irritado, foi em direção à ruiva e deu um selinho em seus lábios.

- Agora você pode ir. – repetiu, mas foi ele que saiu andando rumo ao castelo.

-



● Quarto ano

Então estava eu em meu quarto contando os dias que faltavam para o quarto ano em Hogwarts. Há uma semana atrás eu tinha completado 14 anos. O que não foi uma grande mudança. Eu cresci alguns centímetros, meu corpo mudou, estava ganhando forma agora e não mais aquele corpo esquelético de criança.

Eu me sentia até bonita. Credo, há um ano atrás eu me achava criança e agora um ano depois já me achava linda e adolescente. Estranho esse negócio de crescer.

Eu havia recebido uma carta da Alice ela estava novamente viajando com a família, e até me mandou um presente. Era um álbum bruxo de fotografias.

“Os momentos mais marcantes da sua vida, guardados pela eternidade”, era o que se lia na capa do álbum. Era bonito. Tinha a cor vinho e as letras belíssimas escritas em prateado.

Só tinha um problema, eu não sabia como abriria aquilo. Tinha uma espécie de chave para abri-lo. Acho que Alice esqueceu de mandar a chave junto com o álbum.

Alguns minutos depois uma outra coruja chegou. Era a coruja da Lene. E ela também me mandou um presente, uma agenda. Ela sabia que era tinha sido criada como trouxa e que eu adorava escrever.

“Pode desabafar sua raiva e até mesmo falar mal do Potter”, ela escreveu na carta me fazendo rir.

-


Lílian estava no quarto mexendo em sua mala e achou os presentes que ganhou das meninas no começo do ano de aniversário.

E lembrou que não havia agradecido elas pelos presentes. Pegou os dois e desceu até o salão comunal onde seus amigos faziam as tarefas de casa.

- Lene, Lice! Eu me esqueci de agradecer. – a ruiva chegou dizendo.

- Pelo o quê, Lily?

- Pelos presentes de aniversário.

- Nossa, faz mais de seis meses.

- Eu sei, me desculpem.

- Lily, você agradeceu por carta.

- Mas o certo é agradecer pessoalmente.

- Não há de que, então. – as duas disseram.

- Ah, só tem uma coisa Alice.

- O quê?

- O álbum que você me deu. A chave para abri-lo não veio.

- Ah, não? – a garota perguntou. – Nossa que estranho, né? – disse num tom de que SABIA sim onde estaria aquela chave.

- Alice, você não está planejando nada, não é?

- Imagina, Lily. Pra que eu esconderia a chave do seu álbum?

- Tem razão. Deve ter um outro jeito de abri-lo, não deve?

- Apenas a chave pode abri-lo, Lily. – foi a vez de James dizer.

- Eu prometo que vou procurar a chave. – Alice falou olhando para James.

Era tarde quando todos foram para seus quartos. James havia ficado no salão comunal e lia um livro, quando decidiu subir reparou que Lílian adormecera na janela.

Cuidadosamente, ele a pegou nos seus braços e a levou escada acima. Depositou-a em sua cama e não pôde se conter. Deu um simples e carinhoso beijo nos lábios da ruivinha.

-



● Quinto ano

NOM’S, isso era o que mais que preocupava no meu quinto ano. Além de outras coisas também. Como, por exemplo, o James.

Ele começou a me perseguir, literalmente. Todos os dias eu recebo convites dele para sair, ir até Hogsmead. E ele está até me dando medo. Mas o que mais me assustou, foi o que aconteceu aquele dia à noite no salão comunal da grifinória...

-


- Gente, eu estou morta de sono. Não agüento mais estudar. – reclamou Lene.

- Os NOM’s estão chegando, Lene. – Lily a alertou.

- Eu sei, eu sei. Mas isso enche o saco!

- A Lene tem razão. Isso é muito chato. – comentou Sirius.

- Sabe, acho que vou seguir o exemplo de Alice e ir para a cama. – disse Remus se levantando e subindo as escadas. – Boa noite, pessoal. – gritou lá de cima.

- Boa noite. – todos responderam.

- Pra mim chega! Eu vou acabar dormindo em cima desses livros. – Lene se levantou, murmurando um ‘boa noite’ e foi para o quarto das meninas.

- E eu vou tacar esses livros na lareira se eu continuar mais um segundo aqui. Boa noite pra vocês. – Sirius disse e foi em direção ao quarto também.

O silêncio permaneceu, chegando a ser palpável. Lily tentava entender algo sobre os animagos e James lia desatento algo sobre os lobisomens.

James tirou os olhos do livro e pôs-se a observar a ruiva à sua frente. Ela estava tão diferente. Não tinha mais a cara de menininha irritante. Seu rosto tomara a feição mais meiga que James já vira e sua postura indicava maturidade. Há muito tempo percebeu que começara a ver Lílian com outros olhos.

Suas tentativas de conseguir um encontro com a ruivinha eram em vão. Ela não confiava nele, não plenamente. James não podia negar que fora um galinha nesses anos, mas qual é a graça de ser o cara mais cobiçado do colégio sem poder tirar uma casquinha disso?

- O que ‘tá olhando? – perguntou Lílian, tirando James de seus devaneios.

- Nada. To só pensando.

- Huum.

Lílian voltou a atenção para o livro, mas James não tirou os olhos dela. Ela era tão linda. Riu quando a ruiva fez careta lendo o livro.

- Sério, o que foi? – ela perguntou novamente.

- Nada. Estou apenas rindo das suas caretas.

- Ah. É que é estranho...

- O que é estranho?

- Ser um animago.

- O que há de estranho nisso? – ele perguntou não entendendo.

- Não necessariamente estranho... Quero dizer, você não pode escolher em que animal se tornar, então imagine se você se transforma em um... Sei lá, um rato ou até um carrapato. Urgh!

James começou a rir.

- Você tomará a forma de seu patrono, Lily. Mas sabe que eu já ouvi dizer que uma mulher se transformou numa barata, quando virou um animago ilegal, e acabou sendo esmagada.

- Coitada.

- É. Vida difícil essa.

Eles olharam um para o outro e depois desataram a rir.

- Você fica muito melhor assim. – James falou para Lílian.

- Assim como? – ela perguntou sem entender.

- Sorrindo. Quando não está brava ou irritada comigo.

- Coisa que é muito rara.

- Não sei o por que.

- Será por causa de que você ama me irritar?

- Eu te irrito apenas pelo fato de existir, não é?

- Não é isso. É que, me irrita você querer sair comigo.

- O que de mal tem isso?

- Eu não quero ser iludida como as outras, James. Eu não como elas que agüentam qualquer só para ter você, nem que for, por um segundo.

- Você tem razão. Você não é como elas, Lily. Você é mais especial, é mais bonita, é mais irritante e é a mais importante pra mim.

A garota não teve tempo de responder. Ou melhor, de pensar em responder. James havia quebrado a distância entre eles e beijando Lílian como jamais beijara antes.

A ruiva, em choque, não tinha reações. Ficou apenas sentindo a prazerosa sensação de James a beijando. E não pôde se conter. Correspondeu o beijo com o mesmo entusiasmo.

James cumpriu a sua palavra quando disse que ia ensiná-la o que eram beijos.

-



● Sexto ano

Aquele fora o único beijo de verdade que o James me deu. Bem, o único de verdade do quinto ano, né?

Não por falta de vontade, dele, devo dizer. É que os NOM’s tomaram conta da nossa cabeça e da nossa vida praticamente. E eu como uma boa aluna não poderia ir mal nas provas.

Mas nada o impediu de me agarrar no sexto ano...

-


- Oi ruivinha. – James sussurrou no ouvido de uma certa ruiva sentada na mesa da grifinória para o café da manhã.

- James, você sabe que odeio quando me chama de ruivinha.

- Mas por que? É um apelido tão carinhoso!

- Mas me chamando assim até parece que pertenço a você.

- Mas pertence.

- Quem disse?

- Bem, AINDA não pertence. Ruiva, eu já ganhei essa batalha contra o destino. Você está nas minhas mãos.

- Essa é boa. Boa não, ótima! James, Jayzinho quem você acha que é pra me dizer isso?

- Seu futuro namorado, noivo, marido e pai do James Potter Júnior.

- James Potter Júnior? Nem vem, meu filho não vai ter esse nome.

- Tudo bem, você pode escolher o nome então. – deu um selinho na ruiva e saiu.

- Bem, parece que alguém por aqui está aceitando a idéia de ter um filho com o Potter. – provocou Alice.

- Meu filho não se chamará James Potter Júnior. Harry Potter até que é bonito, mas James Júnior nunca! – Lílian falava praticamente sozinha, ignorando os risos dos amigos à sua volta.

- Acho que já sabemos como isso vai terminar. – disse Sirius. – E eu serei o padrinho do Potterzinho!

Lílian finalmente acordou de seus devaneios e levantou da mesa sem dizer nada a ninguém. Foi em direção às masmorras para a primeira aula do dia: Poções.

Mas foi interrompida de continuar em direção à sala, pois braços fortes a puxaram pela cintura e a empurrou para dentro de uma sala.

- James! – a ruiva gritou. – Quer me soltar, por favor?

- Não vou te soltar. Não até você me dar o que eu mais quero desde o ano passado.

- O que você quer?

- Um beijo.

- Vai ficar querendo. Eu já disse que não vou ser mais uma bonequinha nos seus braços que é só você estalar os dedos e corre até você.

- Eu não quero que seja assim. Eu só quero você, Lily.

- James. – ela o empurrou quando seus lábios já estavam consideravelmente próximos.

- Lílian! Custa acreditar que eu, realmente, gosto de você? Eu não farei você sofrer, eu te prometo.

- Não prometa o que não pode cumprir, Potter.

- Lílian, eu já provei de todas as formas que eu gosto de você...

- Provou de todas as formas? A única coisa que você faz é me beijar nos momentos em que eu me distraio. – essa parte fez James rir. – E é só.

- E o que mais você quer?

- Ai, está vendo? James, você só me terá quando eu tiver uma prova concreta de que me ama. Eu não serei mais uma na sua lista, Potter. Você não poderá ter meus beijos quando sentir vontade.

- Eu tenho poder sobre você.

- Essa foi a melhor que eu já ouvi de você até hoje. – ela disse entre risos. – Potter, você não NENHUM poder sobre mim.

- Se eu pedir um beijo você não me dá, mas agora... Se eu mandar, eu consigo.

- Tente! – ela o desafiou.

- Me beije, agora!

- É um pedido, ou uma ordem?

- Uma ordem.

- Sinto muito, querido. Mas suas palavras não são nada em comparação ao poder das minhas.

- Tente! – ele a desafiou também.

- Me beije. AGORA, sou eu que quero.

- Não vou obedecer, não vou dar esse gostinho para você Evans.

- Potter, me beije agora!

E, dessa vez, ele obedeceu.

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n/a: aee. finalmente cap. atualizado. me desculpem pela demora. isso ae se alguém ainda estiver lendo isso aqui. haha, mas isso aee. :D e gente quero perdir que vocês visitem 'Shut Up And Drive' fic by Ká e Bê Cullen ( eu e minha amiga :D ) que está na reta final. mais 3 cap. e acaba e tem recebi muiito elogios. enfim, obrigado à todos que comentam aqui e espero que gostem. beeijo;*

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