A fuga ~







Era noite. O frio tomava conta da cela de número seis. Os dementadores circulavam por Azkaban, fazendo a proteção da torre. A prisão estava lotada de comensais, os que sobreviveram, lógico. Na cela seis havia apenas um comensal preso, mas o comensal que iria entrar para a história bruxa... Yaxley.


-- Largo Grimmauld, Londres, Inglaterra --

Aquela era a casa número doze. Estava um dia ensolarado em Londres, e aquilo atraíra vários turistas e até os próprios moradores, que freqüentavam mais os pontos turísticos. Mas, nenhum dos trouxas poderia ver aquela casa, a especial, a mágica.

Algumas pessoas chegaram ali. Harry, Rony, Hermione, a família Weasley... Todos os membros da ordem, menos os que morreram, claro. Parecia que havia uma festa, algo com muita alegria...


- Parabéns Alvo!


Era o que se escutava por toda a casa. Era o aniversário do filho de Harry Potter, Alvo Severo. Todos comemoravam animados, o aniversário de doze anos do rapaz. Ele fazia nas férias escolares, o que lhe dava uma melhor comemoração.


Harry estava no quarto de Sirius. A casa foi reformada, e aquele quarto estava impecável. Fora o que dera mais trabalho... Por todos os lados, fotos de seu padrinho, e fotos de outros aurores. Estava decidido que ali seria um cômodo para fotos e lembranças dos antigos membros da Ordem da Fênix.... Inclusive seus pais. Pegou uma das fotos, olhando-a com cuidado... Lílian e Tiago estavam tão felizes... não sabiam o que aconteceria... a morte, a dor.

Gina entrou no quarto, e fechou a porta. Olhava o homem com um rosto de tristeza.


- Harry vamos par...
- Vinte anos se passaram, e a dor continua...


Esta foi a frase que ele disse. Deixou a foto de lado e desceu com a mulher, para a simples mais alegre comemoração do aniversário de seu filho. O herói pensava em todos que morreram, por ele... A dor ainda estava na sua vida. Suspirou, voltando à festa.

Nem imaginavam, as pobres crianças, que o sofrimento viria... Parecia felicidade, diversão... Mas só isso?


Yaxley acordou. O seu rosto era marcado por cicatrizes da batalha, ocorrida a vinte anos atrás. Seus cabelos possuíam fios grisalhos, pois a idade estava chegando, junto com o tempo. O ódio continuava, tudo por causa de Potter... Mas a vingança viria, e rápido.

Olhou para as outras celas, observando os seus colegas. Levantou-se, um pouco zonzo: não comia a dias.


- É hora da liberdade, meus amigos! Hora da vingança!


Todos riram. Yaxley olhou-os com um olhar fulminante, de fogo puro. Iria deixa-los ali, mofarem, morrerem... Não acreditavam nele? Mas a ajuda estava vindo, ele iria sair daquele inferno.

Dias, semanas, meses se passaram. Nada da chegada da ajuda. Em uma das muitas noites de lua cheia, Yaxley deitava no portão da cela, esperava ajuda pacientemente. BOOM. O barulho ecoava por Azkaban. Uma loira, de corpo bem feito, apareceu no buraco, em cima de uma vassoura.


- Venha logo Yaxley, logo os aurores chegarão!
- Obrigada, Isabella.


Yaxley pulou na vassoura, atrás da moça. Ela voou pelo céu, gargalhando. O homem deixara todos ali, e em poucos segundos seguiu embora, para longe da torre.






A notícia de que um comensal fugira de Azkaban foi rapidamente publicada pelo profeta diário. Nenhum choque, tão grande... Quase ninguém conhecia e temia Yaxley, apenas os aurores temiam que ele fizesse algo. Com esta fuga, o trabalho de Harry apenas aumentou, triplicou, ficando mais longe da família. Logo Alvo voltaria à Hogwarts, e o pai não poderia levá-lo ao Expresso...


Longe dali, em uma pacata vila na Rússia, Yaxley aterrissava junto a Isabelle, em uma casa discreta. Entrou na velha casa,e a mulher tratou de limpa-la e arrumá-la com magia e etc. Era um ótimo esconderijo, ninguém iria à Rússia procurá-lo. Ali começaria seu plano.

Vários pergaminhos se amontoavam na mesa. Durante meses, Bella pesquisara sobre os Bruxos das Trevas desta era, e Yaxley as observava. Cada nome, cada família...



- Draco Malfoy? Bruxo das Trevas?

Yaxley gargalhou.

- D.. desculpe, deve ter ocorrido algum erro.
- hum, ok.



Seus olhos se depararam com um nome. Ao seu lado, três estrelas... Isto dizia o grau de qualidade, era o que ele pensava.


- Quero esse Dallas Howard... este Fillipe Schwärten...


Doze nomes ao todo, foram ditos pelo homem. Estava com uma aparência macabra, e bela ao mesmoa tempo. A singela moça se aproximou, e ele deu um belo e demorado beijo em sua boca.



- Você faria isto por mim? – disse, sorrindo.
- Claro, meu amor.



Isabelle saiu. Fechou e trancou a porta. Um estalado ocorreu, ecoando por dentro da casa. Vultos negros circundaram-na, e a jovem sumiu, indo para outro país.

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