Dolores Jane Umbridge



Capitulo 4:
Dolores Jane Umbridge

Escadarias intermináveis. Corredores com inúmeras portas. Ladeiras sujas de sangue. Névoa. Mansões assombradas. Casas com portas e vidraças quebradas. Eclipse. Ossos espalhados nas ruas. Portões trancados. Tabuleiro de xadrez em chamas. Escuridão. Lagos de sangue ao invés de água.

Morte.

Bem vindo à LetumVila.

-Harry? – chamou alguém ao seu lado.

Harry esfregou os olhos com as costas da mão. A sua visão estava turva, enegrecida. Aos poucos voltou ao normal. Piscou e sentou-se, vendo Hermione ao seu lado, e Ron e Lilly em sua frente.

-Harry? – tornou a dizer Hermione – Está tudo bem?

-Sim. – disse, a voz rouca.

Um pesadelo. Apenas um pesadelo.”, pensou Harry, tentando sacudir as imagens na sua cabeça.

-Falta muito para chegarmos em Hogwarts? – disse Harry, tentando mudar de assunto. Olhou para a janela do Hogwarts Express e viu paisagens de campos e bosques.

-Uma meia hora, acho. – disse Lilly, estudando o olhar de Harry.

-O que houve? – perguntou Harry, já começando a se irritar quando viu todos os olhares virados para ele.

Ninguém respondeu. Continuaram o resto da viagem em silêncio, e Hermione e Ron saíram da cabine para poder fazer seus deveres de monitores. Harry viu Kate e Malfoy passaram pela porta da cabine, os dois também com os distintivos de monitores nas vestes. Ao ver Kate passar pela porta, as imagens do pesadelo se fortificaram, ficando gravadas atrás de suas pálpebras.

O que significava todos esses pesadelos? Começando pelo o que tivera no ano passado, onde Kate estava agindo como um fantoche, depois o do corredor com a porta que não abria, o sonho da casa sombria, e finalmente esse...
Harry apenas soube que tinha a ver com a Kate, e com certeza, era algo ruim.


~~*~~


Quarenta minutos se passaram, e o majestoso castelo de Hogwarts já estava a vista na janela do trem. Este parou e Hagrid apareceu, chamando os alunos do primeiro ano, e todos começaram a sair do trem. Os mais novos alunos seguiram Hagrid em meio da escuridão em direção ao lago, enquanto um funcionário chamava os mais velhos em direção das carruagens.

Harry e Lilly levaram um susto quando vieram as carruagens. Um cavalo desfigurado, de aparência ossuda e com asas enormes, estava na frente da carruagem. Os dois grifinórios pararam no lugar que estavam.

-O que é...isto? – disse Lilly, se referindo ao cavalo negro que estava à centímetros de Ron.

-Isto o que? – perguntou.

-Essa...Essa coisa, puxando a carruagem, - disse Harry, se aproximando. – Do seu lado!

-Não há nada, Harry. – disse Hermione, sacudindo a cabeça negativamente.

Harry e Lilly se entreolharam, mas ficaram quietos. Apreensivos, se aproximaram de Hermione e Ron, e viram que só havia uma carruagem restante, esta ocupada por Neville, que segurava uma planta similar a um cacto; e uma garota de cabelos loiros claro, que estava lendo uma revista de cabeça para baixo.

-Vocês não estão loucos. – disse uma voz atrás da revista. – Eu os vejo também.

A garota abaixou a revista. Tinha os olhos azuis claríssimos, de maneira sonhadora, e estava usando um colar com uma rolha de cerveja amanteigada e um brinco de rabanetes. Ela sorriu docemente.

-Olá, Ron. – disse ela, cumprimentando Ron.

-Oi, Luna. – retribuiu Ron, as orelhas imediatamente ficando vermelhas. Lilly segurou uma risadinha. – Essa é a Luna, melhor amiga da Gina.

Eles subiram na carruagem, Hermione lançando olhares de superioridade para a revista que a garota estava lendo.

-Como vocês se conhecem? – perguntou Lilly para Ron, enquanto Luna voltava a ficar entretida com sua revista.

-Ela é a melhor amiga de Gina, ela já foi várias vezes lá em casa. – disse Ron. – Ela estava no Baile de Inverno ano passado, você não viu?

Lilly balançou a cabeça negativamente, e o resto do caminho até o castelo todos ficaram quietos. Só ouviam o folhear das páginas da revista de Luna e a carruagem passando por cima das folhas secas. A lua brilhou em cima deles, dando a tudo um aspecto brilhante e azul.


~~*~~


Em tempos antigos, quando eu era novo
E Hogwarts mal havia começado
Os fundadores dessa nobre escola
Achavam que nunca se separariam:
Unidos por um objetivo comum, Eles tinham a mesma aspiração,
Fazer a melhor escola de magia do mundo
E passaram todo o conhecimento deles.
'Juntos nós construímos e ensinamos'
Os quatro bons amigos decidiram
E nunca sonharam que eles
Seriam divididos algum dia,
Pois onde poderia haver amigos
Como Slytherin e Gryffindor?
A não ser se fosse o segundo par
De Hufflepuff e Ravenclaw?
Então como pode ter dado tão errado?
Como pode tal amizade falhar?
Bem, eu estava lá e posso contar
Todo o triste, pesaroso conto.
Disse Slytherin 'Nós ensinaremos apenas aqueles
Cujo ancestral é puro'
Disse Ravenclaw 'Nós ensinaremos aqueles
Cuja Inteligência é perfeita'
Disse Gryffindor 'Nós ensinaremos todos aqueles
Com bravos atos em seu nome'
Disse Hufflepuff 'Ensinarei a laia,
E os tratarei como iguais.'
Essas diferenças causaram poucas discussão
Quando pela primeira vez vieram à luz,
Pois cada um dos fundadores tinha
Uma casa em que podiam
Pegar somente o que ele queriam, então,
De início, Slytherin
Pegou somente bruxos de sangue puro
De grande astúcia, que nem a ele,
E apenas aqueles com a mente afiada
Eram ensinados por Ravenclaw
Enquanto os mais bravos e destemidos
Foram com o audacioso Gryffindor.
Boa Hufflepuff, ela pegou o resto,
E ensinou a eles tudo que sabia,
No entanto as casas e seus fundadores
Permaneceram com a amizade firme e verdadeira.
Então Hogwarts trabalhou em harmonia
Por muitos felizes anos
Mas então a discórdia cresceu entre nós
Alimentando nossas falhas e medos.
E as casas, que como quatro pilares
Tinham uma vez segurado nossa escola,
Agora se viraram uma contra a outra,
Divididas, procuravam dominar.
E por um tempo parecia que a escola
Encontraria um fim próximo,
O que com duelos e lutas
E a colisão de amigos com amigos
E então veio a manhã
Em que o velho Slytherin partiu
E então a luta morreu
Ele saiu bem magoado
E nunca, desde os quatros fundadores
Que foram reduzidos a três,
Tiveram as casas unidas
Como elas uma vez foram.
E agora o Chapéu Seletor está aqui
E todos vocês sabem o porquê:
E selecionarei vocês nas casas
Porque é por isso que eu estou aqui,
Mas esse ano eu irei mais longe,
Ouçam atentamente a minha canção:
Mesmo que condenem, eu separarei vocês
Ainda que eu ache isso errado,
Mas eu devo completar meu propósito
E devo dividi-los em quatro todo ano
Ainda eu espero que seja qual for a seleção
Não traga o fim que temo.
Oh, saiba os perigos, leia os sinais,
A história de aviso mostra,
Que nossa Hogwarts está em perigo
De externos, mortais inimigos
E nós devemos nos unir dentro dela
Ou nós iremos nos despedaçar
Eu os falei, eu os avisei...
Agora que a seleção comece



-Exagerou um pouco este ano, não é mesmo? – disse Ron, de olhos arregalados.

Harry não falou nada. Normalmente, o Chapéu Seletor apenas dizia as características principais de cada casa, e não dava conselhos... Ele ficou observando o Chapéu ficar sem expressão, quieto no banquinho que Minerva havia colocado, refletindo sobre a nova canção... A união entre as casas, menos discórdia... Seria meio difícil conseguir isso com as inimizades com a
Sonserina...

-Eu me pergunto se ele já deu conselhos anteriormente. – disse Lilly, também observando o Chapéu com curiosidade.

-Oh, sim. – disse Nick-Quase-Sem-Cabeça, pairando por cima da mesa da
Grifinória. – Quando ele sente que as casas estão em conflito ou quando os
tempos estão ficando escuros, ele sempre dá um conselho para as casas... Deve ser por ficar no escritório do diretor, e ai ele ouve tudo...

Ao final da seleção e o jantar, Dumbledore se levantou, e todo mundo no Salão caiu em silêncio.

-Agora que todos se deliciaram com o nosso magnífico banquete, gostaria de avisar aos alunos de primeira viagem que a Floresta Proibida é completamente proibi...

-Hem, hem.

Alguém havia interrompido Dumbledore. Os alunos trocaram olhares e cochichos, surpresos. Ninguém, nunca, havia interrompido algum discurso de Dumbledore. Os diretores também estavam alarmados, e uma mulher velha com uma cara que lembrava muito de um sapo, se levantou da cadeira, olhando para Dumbledore.

Dumbledore, meio surpreso, assentiu com a cabeça e se sentou em sua cadeira, dando a deixa para a mulher falar. Harry se lembrou dela; ela estava em sua audição. Vestida completamente de rosa e babados, cheia de jóias e penduricados, a mulher não passava despercebida por sua altura baixa.

-Obrigado, Diretor. – sua voz era aguda e muito feminina, como se estivesse falando com um monte de criança de cinco anos. - Hem, hem. Meu nome é Dolores Jane Umbridge, e serei a professora de Defesa Contra as Artes das Trevas. Estou muito contente de ver todas essas carinhas sorridentes viradas para mim! Tenho certeza que seremos ótimos amigos!

Ela deu uma risadinha, e examinou todo o Salão. Ninguém estava sorrindo.

-Hem, hem. O Ministério da Magia considera de importância vital a educação para jovens bruxos e bruxas. As táticas de feitiçaria e bruxaria são legendárias, e são passadas e aperfeiçoadas por aqueles que os ensinam. – Ela sorriu, revelando dentes inexplicavelmente brancos.

Alguns alunos começaram a conversar em murmuros, perdendo a atenção no discurso da professora. Ela continuou falando, falando, e pouco a pouco, mais pessoas se desinteressavam no discurso dela e começavam a cair no sono ou se entreter com a pessoa do lado. Harry viu Ron com a cabeça nas mãos, provavelmente dormindo; Lilly arrumando e desarrumando sua gravata; Kate conversando com Draco e outras pessoas da Sonserina e Hermione, prestando atenção na fala de Umbridge.

O que pareceu meia hora depois, o discurso monótono de Umbridge parou, e Harry voltou sua atenção à mesa dos professores, onde Umbridge havia voltado a se sentar e Dumbledore havia se levantado, acenando com a cabeça a Umbridge.

-Obrigado, Professora Umbridge, pelas palavras iluminadoras. Agora, como eu estava dizendo, a Floresta Proibida é estritamente proibida para os alunos de qualquer ano...

-É, com certeza foi iluminador. – disse Hermione, em voz baixa.

Harry, Ron e Lilly lançaram olhares atônitos para ela.

-Eu disse iluminador, não interessante! – disse Hermione. – Ela mencionou coisas importantes.

-Sério? Para mim pareceu um monte de blá-blá-blá. – disse Ron.

-Tinha coisas importantes no meio do “blá-blá-blá” – disse Hermione, com seu constante ar de sabe tudo.

-O que significa? – perguntou Lilly, observando Umbridge.

-Significa que o Ministério da Magia vai interferir em Hogwarts.

Eles ficaram quietos, e logo depois, Dumbledore havia mandado todos de volta para os dormitórios. Como monitores, Hermione e Ron ficaram para trás para auxiliar os alunos do primeiro ano. Harry olhou para Kate, que estava junto a Draco, os dois também com funções de monitores. Ele e Lilly saíram do Salão Principal, cansados, e foram a Torre da Grifinória, em silêncio.



~~*~~


-Hem, hem. Bom dia, alunos! – disse Professora Umbridge, caminhando até a mesa do professor. Os alunos caíram em silêncio, observando cada movimento da professora. – Cada um pegue sua cópia de “Teoria da Magia Defensiva”, de Wilbert Slinkhard, e guardem as varinhas, por favor.

Os alunos, relutantes, guardaram as varinhas na mochila e pegaram o livro.
Umbridge apontou a varinha para quadro e três palavras apareceram.

-Níveis... Ordinários... da Magia - ela leu. – Mais conhecidos como N.O.M’s. Estudem bastante, e serão recompensados. Falhem e as condições podem ser severas.

Ela sorriu e passou entre as mesas.

-Abram na página 5 e comecem a ler. Não haverá necessidade para falar.

Uns instantes depois, Hermione levantou a mão, e Umbridge parecia determinada em ignorá-la. Ao passar do tempo, todos estavam com a atenção em Hermione, que tentava desesperadamente chamar a atenção da professora.

-Sim, Srta...?

-Granger. – complementou Hermione – Professora, eu não pude deixar de notar que o livro não fala nada sobre usar feitiços defensivos.

-Eu não vejo nenhuma necessidade de usar feitiços em minha sala, Srta. Granger. – disse Umbridge, com sua risadinha afetada.

-Não iremos usar magia? – perguntou Lilly.

-Vocês aprenderão a teoria de defesa numa maneira segura, sem riscos, aprovada pelo Ministério. – disse Umbridge.

-Como teoria irá nos preparar para o que está lá fora? – perguntou Harry, não se contendo.

-Estudantes iram levantar a mão quando quiserem falar em minha aula, Sr. Potter. – disse Umbridge friamente, e depois voltou a sorrir. – Não há nada lá fora, querido. Quem você acha que gostaria de atacar crianças como vocês?

-Hum, não sei... – disse Harry, num tom falso pensativo, e depois acrescentou, ironicamente. – Talvez... Lord Voldemort!

Ele sentiu Kate pisar no seu pé em baixo da mesa. Ela lançou um alarmante para ele, botando as mãos nos lábios, como se pedisse para ele ficar quieto.
Todos os alunos olharam para Harry e depois para Umbridge, que parecia que iria explodir. Ela respirou calmamente, e sorriu falsamente, examinando o rosto de cada aluno na sala de aula.

-Ouçam. Vocês foram avisados que um certo bruxo das Trevas ressurgiu. Isso é uma mentira.

-Não é uma mentira! – exclamou Harry, ignorando Kate ao seu lado, que o estava beliscando no braço para ele ficar quieto – Eu vi ele, eu lutei contra ele! Você deve saber disso!

-BASTA! Sr. Potter, detenção, sexta à tarde, no meu escritório. – disse
Umbridge, e depois voltou a sorrir – Espero que isso dê conta do recado. Agora, por favor, continuem a ler o capitulo um.
























**



Serena: Ás vezes, sonhar muito não é tão ruim... :D

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.