Lucy - REESCRITO



N/A: O começo deste capitulo é o ponto de vista de uma personagem que existiu há muito tempo, e não no tempo em que os personagens principais estão.

N/A²: este capitulo foi reescrito.

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QUINTO ANO


“A história de aviso mostra,
Que nossa Hogwarts está em perigo
De externos, mortais inimigos
E nós devemos nos unir dentro dela
Ou nós iremos nos despedaçar
Eu os falei, eu os avisei...”
Harry Potter e a Ordem da Fênix, J.K. Rowling






Capitulo 1:
Lucy

Lucy estava sentada numa cadeira em frente à lareira. Estava chovendo e estava fazendo frio, portanto se aproximou mais ainda da lareira. Ele ainda não chegaria; e por isso ela teria bastante tempo. Olhou para o pergaminho em branco em cima da mesa, e a pena em sua mão, que estava pingando gotas de tinta. Encarou o papel, tentando achar palavras para escrever, mas nada saia. Havia imaginado várias vezes o que escreveria, mas agora, sentada em frente ao papel, mas não achava nenhuma frase ou palavra.

Como começaria? Como terminaria? Como se despediria?

Um calafrio passou pelo seu corpo. Se despedir. Era difícil fazer aquilo – ela havia imaginado que seria mais fácil.

Porque havia sido tão boba para se apaixonar por ele? Era realmente tola o suficiente para acreditar que ele seria bom para ela? Xingou-se mentalmente.
Era uma tola. Uma tola apaixonada.

Percebeu que uma gota havia pingado no pergaminho. Sentiu seus olhos lacrimejarem, mas começou a escrever. Sua letra saiu tremida e borrada, por algumas lagrimas que havia caído no pergaminho. Jogou o papel fora.
Não queria parecer fraca ou vulnerável. Queria parecer forte. Queria demonstrar que era mil vezes melhor sem ele. Pegou outro pergaminho, suspirou fundo e começou a escrever.

Ficou impressionada que, quando começara a escrever e dizer tudo o que ficara escondido por muito tempo, as palavras brotavam rapidamente em sua mente. Escreveu, incrementou uma coisa ali, releu várias vezes e acrescentou outro parágrafo. Quando achou que estava boa, assinou seu nome e releu uma outra vez. Guardou o tinteiro e a pena no armário e percebeu que estava tensa. Quase deu um grito quando uma cobra passou perto do seu pé.

Acalmou-se e fechou a porta do armário. Sem olhar para a cobra, que a observava com atenção, pegou seu casaco que estava pendurado na porta e colocou no bolso sua varinha que estava em cima da lareira. Olhou para a carta em cima da mesa, e tinha certeza que ele encontraria e a leria.

Sentiu a cobra lhe acompanhar com o olhar enquanto abria a porta. Ignorou-a e pisou para fora, e sorriu ao perceber que uma enorme onda de felicidade e aliviou passou pelo seu corpo.

Caminhou pelo bosque que cercava a casa e nem se preocupou com a chuva. Parecia que esta lhe purificava, e ela estava contente que a chuva eliminava seus passos que ficavam marcados na terra.

Quando saiu do bosque, deu-se num vilarejo bruxo. Num barzinho, havia vários homens bebendo e celebrando algo. Pareciam extremamente felizes, e ela indagou-se o porquê. Os tempos que viviam eram de trevas, e havia poucos motivos para celebrar. Olhou em volta, todos pareciam felizes e estavam extremamente contentes. Homens e mulheres saiam pela rua, mesmo chovendo, se abraçando e sorrindo.

Curiosa, Lucy se aproximou de um homem que estava no bar.

-Porque estão todos celebrando? – disse Lucy, pouco ansiosa. Passou em sua cabeça se todos estavam celebrando por algum time de quadribol que havia ganhado.

-Você não sabe? – disse o homem, sorrindo de orelha a orelha. – Um milagre aconteceu!

Lucy continuou confusa. Um milagre não estava relacionado a quadribol. O homem notou que ela não havia entendido e se aproximou dela, quase derrubando firewhisky no chão.

-Está desinformada, hein? – disse o homem, não parando de sorrir. Ele estava começando a irritá-la com o suspense. – Aconteceu apenas a umas duas horas atrás!

-O que aconteceu? – perguntou Lucy, agora ansiosa.

-Você-sabe-quem foi derrotado! – exclamou o homem, enquanto o barman serviu mais um copo de firewhisky para ele. – Por apenas um bebê de um ano de idade!

-À Harry Potter, o garoto que sobreviveu! – brindou o amigo do homem.

Lucy havia petrificado no lugar. Uma mulher que estava na mesma mesa percebeu e deu um tapinha nas costas dela.

-Você devia estar comemorando! – disse a mulher. – Os nossos tempos de tristeza acabaram!

Lucy ignorou a mulher. Deu meia volta e deixou que seus pés a guiassem.
Não sabia para aonde estava indo, e pouco se importava. Deveriam estar alucinando. Como um garoto de apenas um ano de idade venceu um dos bruxos mais poderosos de todos os tempos? Bando de bêbados malucos.

Quando percebeu, estava correndo para lugar nenhum, com lágrimas em seus olhos.




~~#~~



Ele sabia que era errado. Mas nem se importava.

Christopher sentou-se em sua cadeira no seu quarto e ficou olhando para a parede. Cada pedaço dos sonhos de Kate se projetava em sua mente, e ele observava-os com cuidado.

Voldemort havia voltado, e Dumbledore havia lhe pedido esse favor. Receoso que Voldemort poderia invadir a mente da garota, Dumbledore pediu que ele visse os sonhos de Kate, para ajudá-la. E Christopher aceitou cumprir sem pensar duas vezes. Não deixaria ninguém machucá-la.

Haviam se passado apenas quatro dias desde o retorno de Hogwarts. O clima estava quieto, e nenhum jornal havia noticiado a volta do Lorde das Trevas. E Christopher sabia o porque; o mundo bruxo já havia se escurecido com o aparecimento de Voldemort. E ninguém gostaria que esse tempo voltasse.

Até agora, Kate não havia sonhado nada do que estivesse relacionado a Voldemort. Porém, Christopher havia ficado alarmado, no dia anterior, quando a imagem de Tom Riddle apareceu em um de seus sonhos. Ele não havia falado nem feito nada, só estava sentado em grande poltrona em frente a uma lareira.

O sonho que Kate estava tendo agora era esquisito, e de um modo estranho, familiar para ele. Um rosto conhecido aparecia, como se ecoasse no sonho, uma gargalhada fria e debochadora o acompanhava... Aquela voz lhe era conhecida, uma voz que o fazia ficar com uma profunda raiva...

O sonho começou a ficar mais nitido, e um homem de cabelos ruivos, e os olhos negros estava sorrindo para ele sinistramente. Ao lado dele surgia outra figura... Era alto, de cabelos espetados e olhos castanhos, com uma expressão irônica no rosto...

Eu achei que você gostaria de se juntar a nos, Christopher

A cena mudou. Uma garota loira de olhos cor-de-violeta, alta e pálida, estava caída no chão, com o lábio inferior sangrando e com cortes nos braços. Ele estava quase inconsciente. O mesmo garoto de olhos castanhos apareceu, e se ajoelhou ao lado dela.

-Lucy, Lucy, Lucy... Achei que você fosse mais resistente – disse ele, com uma voz fria.

Lucy estava lutando para permanecer consciente... O garoto sorriu maliciosamente, e seus olhos estavam escurecendo, tornando-se negros... Ele se aproximou dela, praticamente em cima dela, segurando seus pulsos com
ambas mãos, não a deixando escapar mesmo que tivesse força...

Ela ouviu passos, e no segundo seguinte, alguém havia conjurado um feitiço contra o garoto que estava em cima dela. Ele havia sido jogado contra uma árvore, e olhou para seu atacante.

-Ah... Achei que viria.



~~*~~



Um longo e escuro corredor estava em sua frente, e ao final, uma porta. Correu em direção da porta, mas o corredor parecia interminável. Corria o mais rápido que podia, e mesmo assim nunca chegava ao final do corredor.
Passou-se uns instantes e estava perto. Se esticasse a mão, conseguiria tocar a maçaneta...

Harry acordou com uma coruja batendo com o bico em sua janela.
Sonolento, ele bocejou, colocou os óculos e se levantou da cama para abrir a janela. A coruja sobrevoou piando pelo quarto, e Hedwig lhe lançou um olhar repreendedor. Harry, sentindo que acordaria os Dursleys, pegou a carta amarrada na perna da coruja. Era de Kate.


Harry!

Primeiro, desculpa por escrever tão cedo. Irei viajar no fim de semana e Paris quer me levar para comprar uma mala nova. E segundo, desculpa pela carta ser tão curta, porque as coisas aqui em casa estão uma loucura. Vai ter um aniversário amanhã de um parente da família de Alan e a festa vai ser aqui. Paris me deixou convidar algumas pessoas, então... Quer vir? Eu convidei Ron e Hermione também, mas eles não podem vir. Enviei uma carta também para Lilly, não recebi a resposta dela.
Bem, me envie a resposta o mais rápido possível.
Beijos,

Kate.



Harry respondeu e mandou a coruja de volta. O bom seria que veria Kate de novo – e se pudesse, Lilly também – e também se afastaria dos Dursleys. Ele esperou a coruja sair e fechou a janela.

Harry se lembrou do ultimo dia de Hogwarts. Lilly ficara assustada quando
Harry lhe disse que estava namorando Kate, por causa de ela ser uma
Comensal e ser filha de Voldemort... Mas logo depois de Kate se juntar ao vagão no trem junto de Harry, Lilly, Ron e Hermione, Lilly e Kate começaram a conversar como se fossem amigas de longa data. Kate ficou amiga de Hermione e também, e Ron, que tinha medo de Kate, conversou com ela até saírem de King Cross. Havia sido uma reviravolta estranha, mas Harry tinha certeza que não ficaria amigo dos amigos de Kate. Draco
Malfoy, por exemplo. Lembrando-se dele, desejou que Malfoy não tivesse sido convidado.

Ainda com sono, deitou-se na cama e dormiu rapidamente.


~~*~~


Os Dursleys haviam estanhado quando Harry descera arrumado para o Hall. Quando eles perguntaram aonde ele ia, ele respondeu “Aniversário” e saiu pela porta. Lilly estava esperando do lado de fora, usando um vestido simples mas elegante. Havia um carro parado na frente da casa.

-É melhor chegar lá do jeito trouxa. – disse ela, sorrindo, enquanto o abraçava. – Bem, Kate me enviou o endereço, não é tão longe...

Os dois entraram no carro e Charles, um trouxa amigo dos pais de Lilly, os levou até a casa de Kate. Os dois não acreditaram no que viram.

O endereço os levou para uma mansão enorme, pintada em tons azuis, cremes e cobres, com uns três andares. O jardim era enorme, com roseiras bem cuidadas, e com um pequeno lago. O portão era grande, cor-de-cobre, e abriu automaticamente quando Lilly e Harry desceram do carro, de boca aberta e olhos arregalados. Os dois se entreolharam e se sentiram mal-arrumados.

A porta majestosa de entrada se abriu e Kate apareceu, acenando para os dois. Estava usando um vestido creme até o joelho, com um prendedor enfeitado no cabelo. Aproximou-se deles, e abraçou Lilly e beijou Harry, e depois os conduziu para dentro.

Se o lado de fora era majestoso, não era nada comparado com o interior. Era uma ampla sala, com o piso de mármore, com colunas ornamentadas e as paredes decoradas com artefatos e quadros. Uma mesa longa havia sido posta devido à festa, e havia enfeites em todos os lados. Os convidados estavam vestidos com roupas de grifes famosas, e eram extremamente elegantes.

-Er... Lilly, posso falar com você? – disse Kate, e depois se dirigiu a Harry – Não ira demorar muito.

-O que houve? – disse Lilly, quando elas se afastaram.

-Bom... Christopher me contou que você sabe sobre ele... E só queria lhe avisar que muitas pessoas aqui são iguais a ele. Está bem?

Lilly concordou e olhou ao redor. Viu Christopher conversando com Alice, Jasper e Brian, e com uma garota baixa, de cabelos castanhos, de nariz arrebitado e lábios finos.

-Ah não... – murmurou Kate quando viu a garota.

-Quem é ela? – perguntou Lilly.

-Ellen. – disse Kate, e saiu do campo de visão de Ellen – Prima de
Christopher, namorada de Brian. Uma vaca, na minha opnião.

Harry se encontrou com as duas e continuaram a conversar.



A festa foi passando, e depois veio a hora do jantar. Todos se se sentaram à mesa, e Lilly ficou corada quando percebeu que estava ao lado de Christopher, mas se obrigou a não olhar para ele. Ela percebeu que muitos, como Christopher, não comiam e nem bebiam, e apenas conversavam com os vizinhos. Estava tudo correndo bem, exceto quando apareceu a entrada principal.

Lilly estava cortando a carne em seu prato, e se distraiu conversando com Kate. Resultado: a faca escorregou e fez um corte em seu dedo. Ela levou o dedo à boca, e sentiu o gosto metálico de sangue.

A sala inteira ficou quieta, e praticamente todos os olhares estavam em Lilly. Christopher, que estava servindo água para Patrick, irmão mais novo do aniversariante, quebrou a jarra de vidro em sua mão. O clima ficou tenso, e ela sentiu alguém se aproximar dela quando de repente Kate agarrou seu braço e ela sentiu uma sensação de estar sendo puxada.

Quando abriu os olhos, estava num quintal pequeno de uma casa simples, e Kate e Harry estavam ao seu lado. Harry estava confuso, e Kate parecia furiosa com Lilly.

-Wow... Você sabe aparatar? – perguntou Lilly, cambaleando.

-Sim. – disse Kate, nervosa – LILLY JONES, COMO VOCÊ PODE SER
TÃO ESTÚPIDA A PONTO DE SE CORTAR EM FRENTE DE DEZENAS DE VAMPIROS?

Harry olhou para Kate e depois para Lilly. Ele não sabia que Christopher era um vampiro, e nem que metade dos convidados também era, e ficou confuso. Kate parou de berrar com Lilly e olhou para Harry, se lembrando que ele não sabia de nada.

-Er... Esqueçam o que eu disse. – disse Kate.

-Kate, onde estamos? – perguntou Lilly, querendo mudar de assunto.

Kate olhou ao redor. A verdade era que nem ela sabia, havia apenas fechado os olhos e aparatado o mais rápido possível. Mas ela reconheceu a casa, e seus olhos começaram a se encher de lágrimas.

-Estamos... Na minha casa... – disse ela, e entrou dentro da casa.

Estava como se lembrava, mas tinha alguma coisa estranha. Parecia que alguém havia enfeitiçado a casa para ela permanecer intacta; o sofá ainda estava um pouco desarrumado, seus desenhos espalhados pelas mesas e pelas paredes não estavam amarelados, e o bolo de aniversário estava em cima da mesa, inteiro depois de nove anos... Ela sentiu uma enorme raiva de si mesmo. Ela realmente gostava de comemorar o aniversário de seu pai? Ela realmente desejava que um dia, seu pai cruzaria a porta de entrada e a abraçasse?

Oh sim, ela realmente desejava. Mas não com o pai que tinha.

Harry e Lilly seguiram Kate. Ela subiu as escadas e deixou os dois sozinhos na sala.

-Então é verdade? – disse Lilly, sentindo um arrepio – A mãe dela foi
assassinada aqui?

Harry havia ouvido boatos sobre a mãe de Kate na escola. Se os boatos eram verdadeiros, ele realmente não sabia... Ele e Lilly ficaram quietos, olhando ao redor. A casa era realmente muito estranha, parecia que o tempo não havia passado ali...

Na parede, estava pendurado uma foto de Kate, com seis anos, e sua mãe. A mãe de Kate era alta, pálida, loira e de olhos iguais aos de Kate, cor-de-violeta. As duas estavam abraçadas e sorrindo, e Kate estava usando o colar que usava até hoje; uma corrente de prata com o pingente detalhado com esmeraldas.

Lilly, atrapalhada como era, esbarrou numa luminária que tinha ao lado de uma estante de livros. A luminária não caiu no chão, apenas deslizou para o lado, revelando uma maçaneta. Curiosa, Lilly empurrou o cômodo para o lado e abriu a porta.

-Mas que...? – disse Harry, vendo Lilly desaparecer.

-Tá, eu sei que eu sou uma enxerida e curiosa, mas Harry, vem ver isso! – disse Lilly, de dentro do compartimento.

Harry seguiu Lilly e se viu num quarto escuro, com prateleiras cheias de frasquinhos de vidros, e uma mesa com uma penseira e várias anotações em folhas e cadernos. Passando brevemente pelas anotações, ele viu que havia muita informação sobre os Comensais e sobre alguma coisa chamada Horcruxes, coisa que Harry nem fazia idéia do que era. Havia cartas endereçadas a Dumbledore, e para algum Christopher...

-Olha! – disse Lilly, apontando para os frasquinhos nas prateleiras – São memórias! Será que são da mãe de Kate?

-Devem ser... – disse Harry, ainda examinando as papeladas.

Lilly se aproximou da penseira, e começou a ver quatro garotas sentadas num sofá... Foi se aproximando mais e mais para poder ver melhor, e quando sentiu que estava caindo dentro da penseira, puxou Harry pela gola da camisa.

Os dois pararam na mesma casa em que estavam, mas na cozinha. Uma mulher alta e loira estava sentada numa cadeira próxima a mesa, segurando uma caneca de café na mão. Lilly e Harry a reconheceram como a mãe de Kate.

A mulher estava olhando para uma fotografia velha em sua mão, e parecia estar fazendo força para não chorar. Abaixou a fotografia e deixou na mesa e cobriu o rosto com as mãos e começou a soluçar. Lilly se aproximou para ver a foto: era a mulher, adolescente, sorrindo, abraçada com um garoto com ar extremamente familiar; tinha o cabelo castanho um pouco bagunçado, ar maroto e alto. Lilly ficou de olhos arregalados. Era Christopher.

Uma garotinha, aparentando ter quatro anos apareceu na sala. Estava segurando um bichinho de pelúcia e estava com uma expressão preocupada. Usava um colar prateado no pescoço, com um pingente detalhado com pedras de esmeralda.

-Mamãe, você está bem? – perguntou a garota, que Harry e Lilly reconheceram como Kate. – Porque está chorando?

-Eu estou bem, eu só me machuquei, não é nada demais. – disse a mãe, sorrindo e limpando as lágrimas. Levantou-se e pegou Kate no colo. –
Vamos, está na hora de você dormir.

Uns instantes se passaram e a mulher fechou a porta do quarto de Kate no segundo andar. Quando estava descendo, alguma pessoa havia batido na porta. Ela se assustou, mas se acalmou logo após. Pegou sua varinha e abriu a porta, receosa.

Lilly não conseguiu segurar um grito de susto quando viu quem era na porta. Harry estava de olhos arregalados, não conseguindo acreditar no que via.

-Christopher? – disse a mulher, surpresa como os dois. – O que você está fazendo aqui?

Christopher também estava com uma expressão de surpresa e choque. Estava molhado por causa da chuva que caia, mas não parecia se importar com o frio. Claro, era um vampiro.

-Eu estou contente que ainda me reconheça. – disse, em um tom frio e irônico. A mulher não falou nada, apenas cruzou os braços.

Christopher entrou e a mulher fechou a porta.

-Como você me achou? – perguntou a mulher, ainda de braços cruzados.

-Dumbledore me disse onde estava. – respondeu, como se fosse a coisa mais obvia do mundo. – Mas enfim, eu vim para alertá-la.

A mulher ergueu uma sobrancelha e se sentou no sofá. Lilly ainda olhava para Christopher com uma expressão de choque no rosto, mas prestou atenção em tudo que eles falavam, tentando descobrir como tudo aquilo estava acontecendo.

-Você precisa fugir, Lucy. – disse Christopher. – Dumbledore me pediu para alertá-la, já que não ouve mais ele. E ele diz a verdade. Podem vir atrás de você, e você sabe disso.

-Você realmente acha que um Comensal viria atrás de mim? – disse Lucy, com um ar desafiador. – Eles sabem o que eu posso fazer, e muitos têm medo de mim.

-Eu não estou apenas falando de Comensais. Você possui outros inimigos além deles, e você sabe muito bem disso.

-Eu não me importo! - Lucy começara a ficar irritada. – Eu não irei fugir, eu prometi fazer o melhor para Kate!

Christopher parecia estar confuso agora. Lucy tapou a boca, como se tivesse dito algo grave.

-Quem é Kate?

-Minha filha. – respondeu Lucy, em voz baixa.

-E quem é o pai? – perguntou Christopher. Seu tom de voz estava quase desaprovador, como se já soubesse qual era a resposta.

-Você sabe quem é. – Lucy sentou-se no sofá, e olhou para o chão, não querendo encarar o olhar desaprovador de Christopher.

Christopher sentou-se na poltrona em frente a Lucy, com o olhar vago. Olhou então para o segundo andar, onde tinha uma porta com um “K” pintado. Viu vários desenhos infantis espalhados pela casa, e viu um montinho de brinquedos no canto da sala.

-Eu estou tentando saber o por quê, sabia? – perguntou Christopher, incrédulo. – Porque você virou uma Comensal? E foi uma decisão praticamente do nada... E porque, porque Lucy, você foi se meter com Tom Riddle?

Harry e Lilly se entreolharam. A mãe de Kate também fora uma Comensal?

-Isso não é da sua conta. – disse Lucy, ríspida.

-É da minha conta sim, Lucy. Pelo que eu me lembre, estávamos noivos quando você se tornou uma maldita Comensal. E depois de tudo, como se não bastasse me largar, você engravidou de Riddle. Você acha mesmo que não é da minha conta?

Lilly quase caiu da cadeira onde estava sentada. Lucy começara a chorar, e desviou o olhar de Christopher.

-Não é assunto seu. – disse Lucy, entre soluços.

- Se apaixonou por ele, não é mesmo? – disse Christopher, ignorando a fala de Lucy. – E realmente foi estúpida em acreditar que daria certo. No final, ele te magoou e você fugiu, não é mesmo?

-Cale a boca, Christopher. – disse Lucy, agora olhando para ele em profundo ódio, ainda chorando.

Ele se levantou e abriu a porta com ferocidade.

-Bem, espero que vocês dois tenham sido felizes juntos. – disse ele, e depois bateu a porta. Lucy caiu do sofá no chão, e cobriu o rosto com as mãos, tentando abafar o choro.

Harry e Lilly viram uma porta do segundo andar abrir apenas alguns centímetros. Eles viram Kate, tentando ver o que acontecera. Quando a garota viu a mãe chorando, fechou a porta com delicadeza para não fazer barulho.

Harry e Lilly sentiram que estavam sendo puxados, e haviam retornado para o quarto escuro. Os dois se entreolharam, chocados.

-O que vocês acham que estão fazendo? – disse Kate, aparecendo na porta.

Eles ficaram sem resposta, observando Kate, e agradeceram que ela não estava furiosa. Querendo mudar de assunto, Lilly percebeu que havia uma carta no bolso de Kate.

-O que é isso? – perguntou ela.

-Ahm... Nada. – Kate afundou a carta no bolso – Acho melhor irmos, não concordam? A situação lá em casa já deve ter melhorado.



























N/A: Espero que tenham gostado desse big e misterioso começo de fic. =)
E quanto ao desenho, são duas pessoas tocando piano (eu sei que as mãos ficaram estranhas - e sim, a mão dele é esqueleto ;D )

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