● Cap. 9




● Cap. 9 – Voltando para casa.

 The Calling - Adrienne


I've been thinking about you, my love
Eu estive pensando em você, meu amor

And all the crazy things that you put me through
E todas as coisas loucas pelas quais vc me fez passar

Now I'm coming around, throwing it back to you
Agora eu estou vindo, jogando de volta para você

Were you thinking of me, when you kissed him
Vc esteve pensando em mim, quando beijou ele



Nenhuma palavra foi dita no trajeto até a casa dos Evans. A única coisa que se ouvia eram os soluços de Lílian. James também chorava, lágrimas escorriam pelo seu rosto.

Ouvindo o choro da ruiva, James sentiu pena. Achou que tinha sido um pouco duro com ela. ‘Não, ela precisava ouvir a verdade. Quem sabe assim ela não ‘cresce’, pensou consigo.

Quando chegou em casa estacionou o carro na garagem e esperou que Lílian saísse, mas ela não saiu. James olhou então e viu que a ruiva havia adormecido no bando detrás.

Não havia outra escolha. Desceu do carro, abriu a porta de detrás e antes de pegar a ruiva no colo procurou na bolsa da garota a chave da casa.

Abriu a porta e subiu com a ruiva nos braços, levando-a até seu quarto. Colocou-a na cama, retirou suas sandálias e a cobriu. Ficou um tempo olhando para o rosto de Lílian, e colocou uma mecha ruiva atrás de sua orelha. Não conseguiu se conter e acariciou a face da garota.

- Me perdoe, querida. Eu sei que fui cruel, mas você precisava ouvir aquilo. – aproximou-se e depositou um beijo na bochecha de Lílian.

Antes de sair do quarto e fechar a porta, pôde ouvir Lílian sussurrar em sonho:

- James, me desculpe. Não me abandone, eu te amo.


- Querido, desde que voltou sinto que sua mãe melhorou. – James conversava com sua tia no corredor do hospital do Texas.

- Mas ela ainda está muito doente. Eu só tenho metade do dinheiro, tia. E se não der tempo? E se eu não conseguir salvá-la?

- Shh, querido. Não pense assim, tudo vai dar certo. – a tia o abraçou. James desejou que Lílian estivesse o abraçando também.

Mas as coisas que a ruiva havia feito ainda estavam nítidas na cabeça de James. Ele estava sofrendo, ela estava sofrendo.

A mãe de James estava dormindo. Ele aproveitou para dar uma volta, até que ela acordasse. O celular que adquiriu quando estava em Miami, estava sempre ao lado, como se quisesse que o número de Lílian aparecesse. Mas ele não aparece. ‘Ela não me perdoou. Mas, sou eu que tenho que perdoá-la, não?’

Ele sabia que amava Lílian. Aquele jeito teimoso, estourado e provocante de Lílian já o havia conquistado. Ele a queria, mas pelo jeito ela não o queria. Por um instante se arrependeu de ter sido tão duro com ela e afastá-la de si, mas sabia que tinha feito o que era certo. ‘Só assim Lílian vai crescer’.


Enquanto isso em Miami, Lilian se via perdida em seus pensamentos que por mais que ela se esforçasse sempre paravam na imagem de James ali dizendo aquilo tudo para ela.
A vida de Lilian não estava sendo fácil ela havia finalmente entendido que tudo que a envolvia e que ela dizia “importante” não passava de pura besteira.

Naquela tarde ela havia decidido ir para o shopping se encontrar com suas amigas para arejar um pouco seus pensamentos.

Quando estava com suas amigas, Lilian conseguia se desvencilhar dos pensamentos que a atormentavam, o seu grupo de amigos havia entendido sua mudança e a estavam acompanhando na sua nova fase.

- Gente vamos tomar um sorvete? – perguntou Lilian

- Acho melhor não – disse Sirius um pouco nervoso.

- Por que ‘ta com medo de engordar?! Isso deveria ser nossa preocupação! – disse Lilian rindo com as meninas.

- Deixa disso Sirius. Vamos logo! – falou Remus.

Sirius se dando por vencido seguiu o grupo, chegando lá ela viu o que temia, Victor beijando uma menina do 2° colegial. Lilian parecia não acreditar no que via, e imediatamente pegou um copo de Milk Shake lotado e se aproximou de Victor, derramando-o todo em sua cabeça.

- Lílian, eu posso... – Victor não teve tempo de terminar a frase, sentiu a mão pesada de Lilian atingindo seu rosto.

- Seja lá o que ainda tinha ente nós... Acabou aqui. – e saiu dali sem perder a pose.

As amigas sentiram-se orgulhosas de Lilian, mas ela estava acabada. Justamente quando havia decidido mudar pra melhor, nada dava certo em sua vida, faltava alguma coisa ou alguém e, ela sabia exatamente quem era esse tal “alguém”.

Enquanto isso no Texas, James olhava a chuva que caia na cidade pela janela do hospital onde zelava pelo sono de sua mãe.
As noticias que o médico lhe trouxe foram às melhores que teve, sua mãe havia tido uma recuperação excepcional, graças ao tratamento que - com a ajuda do Sr. Evans - James conseguira pagar, e pelo seu quadro clinico sairia dali daqui alguns dias ou uma semana, mas James ainda sentia que faltava alguma coisa e foi nesse momento que sua mãe despertou:

- Filho – disse ela meio sonolenta ainda.

- Sim mamãe – disse James sorrindo e se aproximando de sua mãe.

- Já soube que meu estado de saúde melhorou, e devo isso a você – disse a mãe dele com lágrimas nos olhos.

- Não fiz mais que a minha obrigação, mãe – disse James em um sorriso triste.

- Mas você não parece tão feliz assim.

- Claro que estou. Mamãe, a senhora melhorou e você é tudo pra mim, por que não estaria feliz?

- Meu sentido de mãe diz que isso tem alguma coisa a ver com Miami e com o nome que você suspirava enquanto dormia na poltrona hoje de noite: “Lily” – disse Celina rindo.

-Ah, mamãe nada te escapa, hein?! – disse James rindo também.

- James, seja o que for que tenha acontecido em Miami, entre você e essa menina, não deixe o orgulho superar o que você sente. E não vai ser parado aqui que você vai conseguir alguma coisa. – disse a mãe sorrindo.

James abismado com o tanto que sua mãe o conhecia concordou com a cabeça e foi nesse momento que decidiu:

- Obrigado por tudo mãe a senhora é demais. – disse dando um beijo na bochecha dela – Terei que voltar a Miami pra resolver coisas pendentes por lá. – e saiu do quarto com um sorriso no rosto.

James sabia: ‘é agora ou nunca’.


Três dias depois, a mãe de James recebeu alta. E James chegou com uma surpresa para a mãe.

- Mamãe, que tal Miami?

- O quê?

- Que tal conhecer Miami?

- Eu? Ir para Miami? Quem dera meu filho.

- Venha comigo, mãe. Por favor?

- Isso, por algum acaso, tem haver com aquela garota?

- Bem, digamos que eu preciso de suas habilidades por lá.

- O que eu não faço pelo meu filho mais lindo! – disse a mãe apertando a bochecha dele.

- Mãe, eu sou seu único filho.

- Exatamente. – os dois riram. – Quando partimos?

- Amanhã. Arrume suas malas.

- Claro, claro. Quer que eu arrume as suas coisas também?

- Minhas coisas estão na casa da Lily, quer dizer do Senhor Evans. Voltei correndo pra cá e deixei tudo lá.


Era estranho para James se imaginar, novamente, em Miami. Mas o destino prepara cada uma. Estava sentindo o mesmo frio na barriga do primeiro dia. Da primeira vez era pelo fato de tudo ser diferente e desconhecido ainda, mas agora ele tinha quase certeza de que a culpada era Lílian.

Do aeroporto, James e sua mãe tomaram um táxi até a casa do Evans. Apertou o interfone, exatamente como no primeiro dia. E ouviu a mesma voz simpática:

- Boa Tarde.

- Sra. Evans, sou eu James Potter.

- James! Entre, meu rapaz. - exclamou a Sra. Evans.

James e a mãe seguiram até a porta da mansão, onde a Sra. Evans os esperavam com um imenso sorriso no rosto.

- Senti sua falta, James. – Jane Evans o abraçou.

- Também senti falta daqui. Sra. Evans, está é minha mãe Celina.

- Muito prazer, Celina. Por favor, chame de Jane.

- O meu prazer é meu, Jane. Quero agradecer por cuidar do meu filho enquanto ele esteve aqui e lhe dar um emprego. Graças a ele eu estou aqui hoje.

- James, é um verdadeiro herói. Lily tomou jeito por sua causa.

- O que quer dizer com isso? – ele perguntou.

- Lily doou metade do seu closet para entidades carentes, vai a escola a pé, e nunca mais vi ela sair de casa para ir ao shopping.

- O quê? Não pode estar falando da mesma Lily que eu conheci.

- Ela não é a mesma Lily, James. Ela mudou por você, ela acreditou que você a perdoaria. Ela sofreu, coitadinha. Ela viu Victor a traindo, ela viu você partindo. Eu acho que nunca vi minha filha desse jeito. A única coisa que ela faz é ficar o dia todo em seu quarto lendo, ou na piscina ouvindo suas músicas depressivas.

- James, o que você fez pra essa menina? – a mãe perguntou séria.

- Eu não fiz nada, mamãe. Muita coisa aconteceu. Bem, eu vou até a casa dos fundos buscar minhas coisas. Com licença.

- Sente-se, Celina. – Jane indicou o sofá.

- Agradeço, Sra. Evans, mas eu queria na verdade conhecer a sua filha Lílian. Quero ver a garota que toma conta dos sonhos do meu filho.

- Lílian está na piscina. Por aqui. – Jane levou Celina até os fundos da mansão, atravessando o jardim e mostrando a ruiva deitada na grama com fones no ouvido.


James rumou até casinha e não pôde conter um suspiro quando viu Lílian ali por perto. A ruiva já tomara conta de seus sonhos e pensamentos, na verdade, tomara conta de sua vida.

Lílian permanecia de olhos fechados e levou um susto quando ouviu passos perto de si. Abriu os olhos e viu passando por perto o moreno mais atraente que já conhecera na sua vida, o causador daquela mudança nela mesma.

Os olhares se encontraram, mas permaneceram ambos em silêncio. Aquele olhar transmitia tudo o que queria dizer, mas faltava coragem para colocá-las em palavras.

James continuou andando em direção a casa e Lily voltou a fechar os olhos, querendo impedir as lágrimas de chegarem.

Viu uma senhora com um rosto simpático se aproximando. Sentou-se na grama esperando para cumprimentar a senhora.

- Olá. – a ruiva pronunciou.

- Lílian?

- Sim, sou eu. E a senhora?

- Celina Potter.

- Ah, a mãe de James.

- Sim. Você é realmente muito bonita, não é a toa que não sai da cabeça do meu filho.

- O que a senhora disse?

- James tem dito seu nome enquanto dorme. Ai querida, ele está apaixonado por você, mas é teimoso demais para admitir.

- Não é isso. Eu fiz coisas horríveis para ele, ele tem razão em não me querer por perto. Eu fiz o sofrer quando ele precisava de apoio. Eu me odeio. Me perdoe, sra. Potter.

- Ei querida. Se você fez algo assim tão ruim é pra ele que precisa pedir perdão.

- Mas como? Ele não quer me ver nunca mais. Ele disse isso antes de ir embora.

- Tenho certeza de que ele estava de cabeça quente. Eu conheço meu filho, e sei que ele te ama.

- E como posso tê-lo de volta? Como vou fazer que ele me perdoe, sra. Potter?

- Talvez eu possa te ajudar. – Celina respondeu com um sorriso no rosto.

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n/a: ooie. gente, prometi ontem o cap e não pude postar. sorry ;)
postei atrasado essa semana pois estava tendo interclasse na escola e sabe como é !? futebol, gatinhos e torciida ( HAUSHAUSA ) abafaa . pois então, ai está o nono e infelizmente o penúltimo capítulo da fic "/
espero que gosteem e agradeço a TODOS que comentaram e continuam lendo e comentando nessa fic . valeeu, gente (y) . beeijo;*

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