Uma conversa quase civilizada

Uma conversa quase civilizada



Quarta, 4 de outubro.


Aula de Adivinhação era a pior que existia, na opinião de Draco Malfoy. Não havia aula mais desnecessária, até a pouca matéria de História da Magia aprendida naquele colégio tinha mais utilidade do que todos estes misticismos tolos.


Assim, nada mais comum do que ele estar com a mente em qualquer lugar menos na classe durante a aula de Sibila Trelawney. E foi no meio de um desses devaneios que a ideia surgiu. Sentado em algumas almofadas, a cabeça apoiada na parede, Draco fingia entrar em transe quando, na verdade, pensava em algum jeito de aproximar-se de Ginevra. Sem querer, o loiro lembrou-se das palavras de Pansy de algumas semanas atrás. Por que você não pode ser mais romântico? Todas as bruxas ganham presentes, e cartas, e pelúcias, e o máximo que eu ganho de você é um bom dia, quando muito! Ainda lembrava daquela voz irritante reclamando de como era injusto ela, sendo melhor do que qualquer grifinória, nunca ganhar nada.


Talvez fosse inteligente mandar algum agrado para a ruiva. Talvez fosse um bom começo, alguns bons presentes para fazer a Weasley cair de amores. Aquilo deveria funcionar para uma aproximação, ele esperava. E depois, daria um jeito. O quão difícil era fazer alguma menina sair com ele, afinal?


"Ei," Draco murmurou, tentando chamar a atenção do rapaz duas almofadas à sua frente. "Zabini!"


Parecia que aquele dia estava propício para a realização de milagres, pois conseguira a atenção imediata do outro loiro. O único problema era que além de Blaise, Sibila também voltou sua completa atenção para o sonserino. Do sofá onde estava sentada ela olhou diretamente para Malfoy, demandando uma explicação.


"Quantas vezes eu já disse que, para uma visão dar certo, tem que haver SILÊNCIO?" A professora fez questão de enfatizar a última palavra, ajeitando pela quinta vez seus óculos que insistiam em escorregar.


Draco estava preste a fechar seus olhos novamente quando Blaise começou a dar a explicação mais absurda já ouvida por ele. No entanto, o esclarecimento pareceu enganar muito bem a professora, já que esta havia ficado levemente empolgada com a "visão compartilhada" tida pelos dois.


"E que visões seriam essas, senhores Zabini e Malfoy?"


"Visões professora! Diga a ela Malfoy, conte sobre as visões!" O bruxo falava, parecendo esperar Draco responder alguma coisa. "Draco, você pode contar sobre as visões? Eu imagino que elas tenham relação com a cor vermelha! Você não acha?" Draco talvez nunca segurara tanto o riso. Naquele momento, se não tivesse mordido o lábio inferior teria caído na gargalhada. Contar sobre as visões, vulgo falar abertamente sobre sua ideia.


"Cartas! Muitas, incontáveis cartas!" Ele respondeu, sua voz mantendo um drama ainda mais carregado do que a de Blaise.


"Cartas? Não sei se vejo muitas cartas." O amigo fechou os olhos, a classe inteira agora observando os dois alunos. "Vejo plumas, plumas caindo de um teto cheio de velas. E unicórnios!"


O que?


"Unicórnios, Malfoy, unicórnios," Ele parecia tentar achar a palavra certa. "Estufados!"


"Estufados?"


"Estufados, sabe." Draco fez que não. "Gordos!" Zabini apontou com a cabeça para uma das almofadas, e o loiro finalmente entendeu o que ele estava tentando dizer.


"Ah, estufados! Sim, eles eram estufados," Malfoy tossiu, tentando esconder uma gargalhada que queria sair. "Mas eram dragões! E dragões verdes e vermelhos!"


Aquelas visões ainda seriam contadas por muito tempo se a aula não tivesse acabado. Levantando-se, ainda tentando não rir, Draco recebeu alguns olhares estranhos dos colegas de classe. Ignorando-os, foi direto falar com Blaise.


"Dragões, então?" Zabini perguntou, levantando-se com seus livros nos braços.


"Sem dúvida. E definitivamente, nós temos que fazer isso mais vezes."




A ideia da carta ficara na sua cabeça pelo resto do dia, apesar da negativa de Zabini sobre isso. Tinha feito um rascunho entre os tempos livres das aulas da manhã, mas o relendo sabia que nunca teria coragem de mandar aquilo - e que ele era um lixo para escrever qualquer coisa romântica. Transformou o pergaminho em pó. Tentou fazer outros, mas não conseguia mais pensar direito naquele dia.


Assistia à última aula, Poções Avançadas, impaciente. Aquele professor novo dava uma breve introdução da poção que os alunos preparariam na próxima aula e começava a formar as duplas. Mal o professor acabara de juntar os alunos o sinal que anunciava o fim das classes do dia tocou, e Draco nunca saiu tão rápido de uma sala de aula. Era quase inacreditável o fato do dia finalmente estar no fim, nunca que uma quarta feira passou tão devagar.


"Apressado?" Malfoy quase não viu a tempo o moreno parado em sua frente.


"Flint?" Não teve escolha à não ser parar, já que o moreno não o deixaria em paz até que ele o ouvisse. Essa conversa poderia rumar para dois caminhos, conhecendo o sonserino: ele iria perguntar se havia recebido a última carta de sua querida família, ele iria xinga-lo pelo último treino de quadribol. Draco resolveu criar uma terceira alternativa. "O que você está fazendo nas masmorras? Era pra você estar atrás dela agora! Não vai achar seu alvo aqui." Por um momento Flint pareceu confuso. "Liana? Sua garota?"


"E o que você acha que eu estou tentando fazer?" O moreno enrugou a testa. "Você não podia ter arranjado alguém pior-"


"É, deve ser realmente difícil para você achar a garota, já que nem mesmo deve saber o caminho da biblioteca." O loiro cruzou os braços, impaciente. Ainda tinha que escrever uma carta estúpida, encomendar penas de algodão, e achar um maldito dragão de pelúcia, então o que ele mais queria era que Flint desconversasse logo e saísse de sua frente. "Vai desistir da aposta? Admitir sua derrota?"


"Ah, cala a boca Malfoy!"


"Flint, se você acha ou não a garota isso não é problema meu. Você só tem que ter ela nas mãos até uma semana antes do fim do mês, essa foi a aposta!" Mafoy começou a andar, dando as costas para o outro sonserino. "Agora me deixa em paz, que eu estou tentando ganhar esse jogo! Ou você acha que a Weasley é assim fácil de achar?"


Não esperou mais um segundo para voltar a correr para fora das masmorras.




Estava quase dormindo. Com a cabeça apoiada no livro que ela deveria estar lendo junto de sua tutora, seus olhos estavam cada vez menores, quase fechando.


"Gin, vamos lá, só mais cinco minutos!"


Ginevra esfregou os olhos com força, levantando a cabeça numa tentativa de permanecer acordada, pelo menos até o fim daquela explicação. Conteve um bocejo quando Hermione começou a fazer pequenas anotações em um pergaminho qualquer.


Preciso dormir mais. Preciso dormir mais.


"E então você pega a Desdêmona e extraí o óleo de seu caule, do jeito que está mostrando a figura. Anotei aqui um macete," Ela mostrou uma parte do papel. "Para não esquecer mais. Fácil, não?" A bruxa terminou de explicar, ainda escrevendo.


Claro, mais fácil impossível! Talvez se eu me lembrasse do que é uma Desdêmona, eu poderia tentar entender esses exercícios.


"Mione?"


"Que foi?"


"Tem certeza de que isso é matéria de quinto ano?"


Ginevra tinha passado suas últimas duas horas livres do dia sentada naquela biblioteca, tentando entender a matéria de Poções que Slughorn ensinara nas aulas de terça-feira. No entanto, ela não se lembrava nem da metade de todo o conteúdo que Hermione estava lhe explicando naquele momento.


"Gina, se você não souber desse básico, nunca vai conseguir preparar a poção!"


"Isso é só o básico?" A ruiva disse, incrédula. "Eu realmente não quero ver o avançado."


"Gina, você precisa começar a ficar mais atentas nessa aula, esse ano são seus N.O.M.s!" A a amiga a repreendeu. "Foram duas horas já hoje," A morena fechou o livro. "Se você concordar, paramos por hoje. Mas continuamos na próxima terça, tudo bem?


"Por Merlin! É tudo que eu mais quero!" A ruiva disse alto demais, recebendo alguns olhares aborrecidos dos alunos sentados na mesa ao lado. "Foi mal." Desculpou-se, um pouco sem jeito.


A amiga reuniu seus livros e despediu-se, dizendo ir ver o treino de quadribol dos garotos para finalmente conversar com Ronald. Ginevra respondeu que ficaria na biblioteca por mais um tempo, culpa da pesquisa sobre alguns feitiços de defesa que precisava entregar nas aulas de amanhã. Tentando acabar com seu sono e reunindo suas últimas forças, foi para uma parte mais deserta do recinto, onde sabia que encontraria os livros procurados para a análise.


Parou diante de uma prateleira um tanto empoeirada e começou a procurar. Dez minutos depois, havia revirado prateleira e enchido seu cabelo e suas vestes de pó. Espirrava agora de cinco em cinco segundos por causa de sua alergia e não tinha nas mãos nenhum dos malditos livros que precisava. Merlin parecia estar contra ela naquele dia.


Pensou em desistir, mas desconsiderou a possibilidade ao lembrar qual era o professor que lecionava DCAT naquele ano, e no quanto ela já estava em maus lençóis com ele desde aquela segunda feira. Tentou a prateleira seguinte, e mais dez minutos foram gastos em vão, pois novamente não havia nada que lhe fosse útil. Agora ela estava irritada, completamente empoeirada e morrendo de sono - sem contar o nariz vermelho e escorrendo de tanto espirrar.


Já passavam das sete e meia quando Ginevra resolveu descansar um pouco, voltando a sentar-se frente a mesa de antes, notando que ela novamente era a única na biblioteca.


"O jantar já está sendo servido."


A voz que quase a matou do coração a fez perceber que havia mais alguém além dela ali. Alguém bem perto. Ao lado dela, Gina pôde ver ao virar a cabeça. Alguém bem improvável de estar falando com uma Weasley.


"Malfoy?"


"Weasley." Ela o olhou como se ele estivesse louco. "O que foi?"


"Malfoy?" Um espirro.


"Saúde, Weasley. Está doente?" E ela que teve a vaga esperança de se safar dos desaforos, pelo menos naquele dia. Agora ele provavelmente começaria a discursar sobre como sua família era pobre, e como nem mesmo sobrava dinheiro para pagar um medi-bruxo. Afinal, ele só poderia estar ali para ofende-la de algum jeito, certo? "Deveria ir até a enfermaria."


Se ela estivesse com algo na mão, seja o que for, teria ido parar no chão. Se estivesse de pé, teria caído dura no piso da biblioteca. Ela tinha ouvido direito? Ele, Draco malfoy, sugeriu que ela, Ginevra Weasley, fosse até a enfermaria? Sem nenhum desaforo?


"Quer um lenço?" O loiro tirou de um dos bolsos da capa um pedaço de tecido branco, impecável. Ele estava se importando ou era só impressão? "A doença está afetando a audição também ou o gato comeu a sua língua, Ginevra?"


Ginevra? Agora ela tinha certeza de que estava ouvindo coisas. Onde estavam as palavras habituais? Fogueteiros, ruivos nojentos, pobretões. Ela não pôde evitar a pergunta.


"Malfoy, está se sentindo bem?"


"Melhor impossível. Não, na verdade, seria possível sim estar melhor. Mas acho mais seguro parar com esta frase aqui, ou vou levar cinco dedos na cara. E então eu não estaria mais tão bem."


"Isso foi uma frase?"


"Foram várias."


"Você também está no time dos que não consegue se controlar ao ver uma saia?" A bruxa revirou os olhos e voltou a atenção para seu material, colocando os livros, pena e pergaminhos de qualquer jeito dentro de sua mochila. Aquele estava sendo, com certeza, o momento mais confuso do dia. "Malfoy, você é doente."


"Eu sou perfeito. Você está doente."


"Eu não estou doente! Isso é só uma alergia e," Por que diabos ela estava se dando ao trabalho de explicar aquilo? "Qual o seu problema, furão?" A ruiva perguntou, colocando a mochila nas costas, finalmente levantando da cadeira e virando-se para sair dali, quando deu de cara com o sonserino.


"Furão?" Só quando ele repetiu a palavra foi que Ginevra notou a proximidade perigosa que seus lábios se encontravam dos dele.


"Furão." Sua voz saiu rouca, seus olhos castanhos confusos.


Por um momento, ela pensou que aqueles lábios cobririam os dela. Mas ela não iria recuar, quem ele achava que era para intimida-la daquele jeito? Não conseguiu evitar um arrepio percorrer sua espinha após segundos parada, encarando com certa irritação aqueles olhos cinzas. Irritou-se consigo mesma ao pensar que aqueles olhos, apesar das olheiras mais profundas do que o habitual, eram muito bonitos.


Recomponha-se Ginevra, é Malfoy.


"Sabe, muitas garotas de Hogwarts dariam tudo para estar no seu lugar agora."


"Eu não sou qualquer garota." Ela quase rosnou. "Eu ainda penso quando você está por perto!"


"Ah pensa? Gostaria de saber o que aconteceria se eu me aproximasse só mais um pouquinho."


E ele realmente aproximou-se mais, e foi automático para jovem impulsionar seu corpo para trás, mais rápido e com menos destreza do que gostaria. Ela iria cair de cabeça no chão, e já estava se preparando para o impacto com o piso frio da biblioteca quando dois braços a envolveram pela cintura.


Ginevra sentiu seu coração acelerar, os lábios rosados do sonserino agora ainda mais próximos. Sentia que a mão dele contra sua cintura estava tão gelada quanto o chão provavelmente estaria. Não pôde deixar de perceber que o bruxo tinha um cheiro agradável de grama, como se antes dali tivesse estado nos jardins do castelo.


"Até que foi uma resposta criativa." A ruiva quis gritar naquele momento, tanto pela resposta do garoto como pela volta da perigosa proximidade entre os dois. Engoliu seco, inconscientemente mordiscando seu lábio inferior. "Muda novamente?" Ela só poderia estar em choque, era a única explicação possível para a bruxa ainda estar naquela posição. "É, você falou a verdade há segundos atrás." Por que ele não podia parar de olha-la e porque ela estava tão nervosa com isso? "Você ainda pensava comigo tão perto. Agora já não pensa mais." Sentia que seu coração estava prestes a explodir.


"Me solta, Malfoy!" Ginevra teve que se conter para não gritar. A última coisa que queria era Madame Pince achando os dois naquela posição. "Se você está necessitado, vai procurar a sua namorada idiota!"


O que aconteceu no momento seguinte a pegou completamente de surpresa.


"Se eu estiver necessitado, como você diz," O sonserino aproximou-se mais, mas seus lábios pararam a centímetros de sua orelha. "Eu certamente não vou te procurar, Weasley."


O bruxo definitivamente cheirava a grama, Ginevra decidiu, quando voltou a respirar com ele agora tão próximo. Só naquele momento que notou que suas mãos - suadas pelo nervosismo - estavam agarradas as mangas da veste sonserina, segurando-as com mais força do que o necessário.


"Então o que você está fazendo agora?"


Ginevra esperava um xingamento. Esperava ser empurrada. Esperava uma risada, enquanto Malfoy se afastava e via seu estado. Mas a bruxa não esperava que, no próximo segundo, os lábios que antes estavam quase nos dela tocariam seu pescoço. Ela quis morrer quando outra vez um arrepio passou pelo seu corpo. Quis morrer mais quando sentiu suas pernas trêmulas, e ela não soube dizer se isso acontecia por causa do toque delicado do rapaz ou por causa do medo de que alguém os visse daquele jeito. As mãos do rapaz ainda seguravam sua cintura, e as dela própria soltavam as mangas que seguravam e subiam para o pescoço do sonserino. Michael nunca a fizera sentir-se assim. Dino, muito menos. Suas mãos foram parar nos fios loiros, tão macios contra seus dedos, e a grifinória fechou os olhos - era dali que vinha aquele cheiro tão agradável.


Foi quando ele a empurrou um passo para frente, quase sentando a bruxa na mesa, que Ginevra conseguiu processar direito o que estava acontecendo e acabou fazendo a primeira coisa que lhe veio à cabeça: agarrou e puxou forte a primeira coisa que suas mãos conseguiram alcançar.


"Malfoy, seu doente!" Não se importou com o tom de sua voz enquanto uma mão puxava alguns fios platinados, enquanto a outra empurrava o peito do bruxo. Finalmente conseguindo se livrar do rapaz, ela acabou caindo de costas no chão, a mochila amortecendo um pouco a dor da queda. "O que você acha que está fazendo?" Perguntou, sua face vermelha de raiva. "Quem você acha-"


"Você não estava reclamando de nada segundos atrás." O loiro disse, massageando de leve o couro cabeludo, um sorriso cínico nos lábios.


Gina abriu a boca para responder mas estava sem palavras. Levantou-se o mais rápido que pôde, agarrando o pote de tinta seu que havia ainda em cima da mesa, e saiu correndo sem olhar para trás. Teria que arranjar uma boa desculpa para amanhã para não entregar aquela pesquisa.




Draco ainda ria baixo, sentado no chão, quando Zabini o encontrou na biblioteca.


"De duas, uma: ou você encontrou sua ruivinha, ou você pirou de vez."


Blaise puxou uma cadeira, sentando-se ao lado do amigo. Ele ria, de vez em quando massageando o couro cabeludo, seu cabelo completamente bagunçado. Demorou ainda alguns segundos até o jovem reunir forçar para parar de gargalhar e se por de pé, indo sentar na cadeira que antes Ginevra ocupava.


"Mais calmo agora?"


"Finalmente. Nunca uma visita a biblioteca valeu tanto a pena." Ele riu novamente lembrando-se de como ela havia puxado seu cabelo, achando que aquilo tinha o machucado de algum jeito. "Essa Weasley até que é bonita. Ela não devia ser tão feia assim antes de segunda-feira." Admitiu, percebendo que havia ficado com o perfume da jovem no uniforme. "Ela cheira doce."


"Baunilha." Respondeu Zabini. "Storms andou comentando que ela tinha cheiro de baunilha."


"Storms foi aquele menininho que a convidou para sair, não é?"


"Ciúmes do Lufa-lufa, Malfoy?"


"Apenas defendendo minha futura propriedade." Explicou-se, retirando de dentro da capa um pergaminho, uma pena e um pote de tinta.


"Claro, e parece estar fazendo isso muito bem, fazendo a Weasley sair correndo pelos corredores como se tivesse visto a própria morte aqui dentro." O amigo reprovou. "Deixei o dragão embaixo da sua cama, reze para Pansy não acha-lo antes de você."


"Depois do escândalo que ela armou? Ela está me dando um gelo, segundo a melhor amiga dela."


"Aquela sonserina que se ofereceu para você na festa passada?"


"Essa mesma. Com amigas assim, ela realmente não precisa de inimigos. Enfim," Desenrolou o pergaminho, molhando a ponta da pena na tinta. "Espero que ela me dê um gelo por pelo menos o resto do mês. É inédito, mas sonhar não custa nada."


"Reze para ela não te pegar com sua propriedade." Blaise levantou-se, empurrando a cadeira de volta para seu lugar. "Bem, só passei aqui para tirar minha dúvida quanto a pressa da ruiva. Minha intuição anda boa, você era realmente o causador do desespero da menina."


"Sua intuição não anda boa, você apenas pensou o óbvio, Zabini."


"Tomara. Porque se o que eu acho acontecer no final, não vai ser bonito." O loiro escuro respondeu, antes de desaparecer pela porta.

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