The long day is over



Feeling tired
(sentindo-se cansado)

By the fire
(em frente ao fogo)

The long day is over...
(o longo dia chegou ao fim...)


- Um bruxo conhecia uma jovem bruxa. Ela era simples e bonita, de seu próprio jeito, e isso o fazia ama-la, como nunca amara ninguém em toda vida. - os olhos azuis da criança pareceram sorrir as palavras da narração. - Ele admirava o jeito que ela sorria, o jeito que ela o olhava. A voz que ela somente usava com ele, a paciência que ela possuía. A maneira como seus cabelos estavam sempre cheirando a jasmim. E eram essas as coisas que importavam. - a cadeira balançou mais um pouco, embalando o recém-nascido. - Às vezes, raras vezes, ele dizia: eu amo voc. Então ela perguntava se isso era verdade, ou se ele somente estava apaixonado por ela. Então, ele dizia que as duas opções eram verdadeiras. Quando o bruxo dizia isso, a bruxa sorria, e os dois passavam o resto do dia um nos braços do outro, contentes por estarem juntos. - a pequenina deixou cair seu brinquedo, mas as palavras vindas do pai pareciam mais importantes que um simples chocalho. - Eles sentavam e conversavam, sobre pequenas coisas, sobre grandes coisas. Sobre coisas somente deles. O bruxo tentava demonstrar todo o amor que sentia pela bruxa, mas ele não era muito bom nisso. No entanto, ele tentava. Ele sempre tentava. E assim, o tempo passava. As nuvens iam e vinham, as árvores eram balançadas pelo vento, e nada mudava. Nada nunca mudava. E o amor que os dois sentiam somente crescia, mais e mais. E isso bastava para eles. - o bruxo sorriu, um real sorriso, ao ver a filha adormecida em seus braços, e se não estivesse tão cansado, teria continuado com ela por mais alguns minutos. Talvez amanhã, pensou. Assim, levantou-se, e delicadamente colocou aquela criaturazinha no berço, deixando-a dormir em paz com seu unicórnio de pelúcia.

Não percebera antes que havia mais alguém no quarto além dele e de Epona.

- Isso foi lindo, sabia? - a voz vinda da porta surpreendeu o pai. - Vai contar essa história para Henri também? - Virginia perguntou, de pé em frente a porta do quarto de sua nova filha.

- Henri não gosta de histórias. - Draco fez questão de lembra-la.

- Puxou o pai, claro. - a bruxa deduziu, andando até o marido. Olhou para sua filha dormindo e sorriu. - Quer dizer que você admira meu sorriso?

- Você deveria estar na cama, Virginia. - ele a repreendeu, um pouco sem jeito com a última pergunta. - Ainda está fraca, deveria estar deitada, repousando, mas não... - suspirou. - Ouviu a história toda? - a bruxa fez que sim e ele a abraçou. - Seus cabelos continuam cheirando a jasmim.

- Você gosta, não gosta? - ela perguntou, e ele disse que sim. - Então eles vão continuar cheirando assim. Vamos dormir? Está tarde, e amanhã você precisa ir trabalhar.

- Preciso ir mesmo? - a bruxa o olhou com um olhar reprovador, e o bruxo desistiu de tentar convence-la de que ela precisava dele, ainda. - Só vou porque sei que sua mãe está vindo para cá amanhã. Você ainda precisa de cuidados, só se passaram quatro dias!

- Preciso de cuidados, não de mimos excessivos! - Virginia comentou, tentando segurar o riso. Ela beijou de leve os lábios do marido e, pela mão, o puxou para fora do quarto.

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