O Teste - PARTE 2



Capítulo 6: O Teste – PARTE 2




Harry sentia-se endurecido por dentro enquanto caminhava para a sala onde aconteceria os teste práticos.


O treinamento rígido que impusera a si mesmo nesse verão havia dado resultado, pois mesmo nervoso com o teste, não transparecia para os outros esse sentimento. Esforçara-se muito esse mês para evitar que os Dursley’s reparassem em sua tristeza, senão logo voltariam a importuna-lo. E essa tática se mostrou útil a Harry ao ler um manual que Tonks lhe mandara. Nesse manual havia algumas disciplinas e características básicas para o sucesso na carreira de auror. Dentre as características, uma das mais importante era o sangue-frio para analisar uma situação e não deixar transparecer seus sentimentos, e apesar da grande dor que ainda sentia dentro de si, Harry continuava a sorrir para os amigos – mas ele percebeu que Hermione estava desconfiada...


Pegaram o elevador e chegaram em um andar bem baixo, onde puderam ver várias salas enormes e retangulares enquanto caminhavam pelo corredor. Quase no final entraram em uma sala que parecia ter sido dividida por cinco paredes, que a cruzavam e pareciam separa-la em seis retângulos menores. Os avaliadores se dirigiram a cada repartição chamando os garotos com eles. Apenas Quim ficou parado na porta da sala e Harry junto dele.


- Bom, agora começarão os testes práticos – disse o auror, e sua voz forte ressoou como um estrondo nas pedras. – vocês primeiro apenas demonstrarão alguns feitiços básicos que relacione qualquer disciplina, depois terão um tempo para demonstrarem azarações que achem eficazes em um duelo ou em determinadas situações que vocês possam passar no meio de um ataque ou uma fuga. Logo após demonstrarão um conhecimento básico de transfiguração e depois algumas transfigurações que gostariam de mostrar. Lembro que esse tempo livre é opcional e se vocês não tiverem o que apresentar não perderão ponto, mas se mostrarem alguma coisa isso pode ajuda-los a acumular pontos. Depois disso demonstrarão um conhecimento básico para venenos e poções de cura, que são de grande importância para um auror. – falava Quim calma e pausadamente para os garotos. – Após essa maratona de exercícios iremos ao que interessa: o duelo.


Os meninos fizeram que iam perguntar alguma coisa, mas Quim já havia se virado e seguido para a repartição que sobrara vazia.




XXXXX




Harry seguiu Quim, resistindo ao máximo para não demonstrar o nervosismo. Primeiro o avaliador pediu para Harry lhe apresentar sua varinha a dar suas características, e o garoto pode perceber o transtorno do auror quando Harry terminou de enumerar suas qualidades:


- Mas... Harry, essa varinhas apresentas as mesmas características da...


- Varinha de Voldemort. – completou resignadamente. – Sim, são varinhas irmãs, feitas com a pena de uma mesma fênix.


- Mas, isso não interfere em nada? – perguntou o Homem, agora impressionado.


- Não, mas isso já salvou a minha vida – Quim soltou uma exclamação, agora olhando a varinha de perto. – mas espero que não diga isso a ninguém, não gostaria que as pessoas comentassem...


- Tudo bem... então vamos começar logo com isso. - O homem conjurou uma prancheta e postou-se ao lado esquerdo do garoto. – Quero que você comece com um feitiço para desarmar, em seguida me mostre algumas azarações Harry.


O teste de feitiços foi bastante simples para Harry, e no tempo livre ele se sentiu a vontade para testar algumas azarações avançadas que aprendera no livro que Hermione o mandara. Harry percebeu que seu avaliador ficou realmente impressionado quando o menino produziu seu patrono, que saiu cavalgando pelo cubículo e parou perto de Quim, antes de se dissolver como névoa enquanto o homem esticava sua mão para acaricia-lo e antes que seu avaliador esperasse Harry murmurou – Orchideous maximus! – e uma chuva de pétalas de rosas surgiu e uma bela rosa vermelha pairou sobre a mão de Harry, o garoto sorriu:


- Sei que esse feitiço não é muito útil em um duelo – disse em tom de desculpa-, mas é realmente importante na hora de conquistar uma garota, não acha? – terminou zombeteiro enquanto o homem ria abertamente.


- Bom, vejo que acabamos por aqui Harry! Agora vamos ao exame de transfiguração e poções para terminarmos logo. – terminou ainda rindo. – mas eu fico com a rosa, okay?


Harry sorriu, sentia que estava indo muito bem e percebeu que ganharia muito se agradasse seu avaliador. Era questão de pensar em qual transfiguração o impressionaria mais, avaliava isso enquanto praticava algumas transfigurações simples.


Quando Quim disse que o tempo livre estava em aberto Harry se lembrou de uma transfiguração relativamente simples e que era muito útil para um auror. Imediatamente conjurou uma chave e murmurou um feitiço, depois disso a chave começou a se transformar sucessivamente, adquirindo diversas formas, como se escolhesse uma exata.


- É uma chave mágica – explicou Harry – Bastante útil para um auror, pois abre qualquer porta, estando com encantos ou não. Esta é programada para abrir portas com feitiços com um nível de dificuldade dos N.I.E.M.s – disse o garoto confiante. O homem parecia um pouco desconfiado e ergueu a varinha conjurando uma porta. Logo depois a trancou. Pegou a chave da mão de Harry, que ao chegar perto da porta assumiu uma forma única. Quim olhou impressionado e girou a chave na porta. Com um clique ela se abriu. O homem se virou para Harry após fazer a porta desaparecer.


- Como você aprendeu esse feitiço?


- Em um livro. O conceito é de transfiguração pura. Achei ele bastante interessante, mas parece ser muito velho, como se pertencesse a um tempo antes de surgirem os feitiços que invalidassem as proteções. E, além disso, a chave só pode ser destruída por aquele que a conjurou. Legal, não?


Harry viu o homem tentar quebrar a chave sem nenhum sucesso. Depois ergueu a cabeça para o garoto e comentou: - Os seus testes acabaram. Mas você terá que me ensinar isso, tudo bem? – nesse momento o sinal tocou novamente. Harry simplesmente assentiu com a cabeça, muito feliz por ter terminado o teste sem precisar fazer coisas muito difíceis.




XXXXX




Harry encontrou os amigos logo que saiu. Alguns tinham cara de dúvida e discutiam sobre o que viria a seguir: O DUELO!


Logo os avaliadores fizeram com que as repartições desaparecessem e nos seu lugar surgisse um palco retangular com cadeiras projetadas do lado esquerdo. As portas se abriram e um grupo de bruxos entrou, Harry reparou que muitos dos que estavam no salão circular de manhã compareceram, e dentre os outros os garotos puderam ver Cornélio Fudge e Alvo Dumbledore.


Os dois se dirigiram aos avaliadores, que conversavam reservadamente em um canto do salão. Uma bruxa apareceu perto dos garotos e lhes apontou algumas cadeiras que estavam do lado direito do grande palco e fez com que eles se sentassem. Harry podia ver que todos os amigos estavam nervosos assim como ele, e principalmente por ter tantos bruxos ali para verem eles duelando. O garoto olhou para os outros imaginando com quem duelaria, mas nesse momento Cornélio Fudge subiu ao palco e Harry pode perceber os avaliadores sentando-se perto deles.


- Todos nós sabemos que estamos aqui para avaliar o desempenho dos avaliados no último desafio do teste. Depois nos reuniremos para discutirmos o desempenho deles nas preliminares e nos testes práticos. – disse voltado à Comissão. Virou-se então para os garotos. – Recebi informação de que todos estão indo muito bem, mas agora chegou o momento de mostrarem seu valor. Vocês duelaram com seus respectivos avaliadores e...


- O QUE? – gritaram todos, assustados.


- Vocês não sabiam? – perguntou Fudge assustado, e olhando com desaprovação para os avaliadores que sorriam. – Mas é verdade, vocês duelarão com seus avaliadores e o duelo acabará quando um for estuporado ou declarar derrota. No mais, é com vocês. – abriu um envelope e exclamou – O primeiro duelo é da Srta. Granger contra a aurora Tonks!


Harry pode escutar Mione ao seu lado soltar uma exclamação baixinha e se por de pé. Tonks já subira ao palanque, mas antes que Hermione também o fizesse Harry e Rony seguraram suas mãos. A garota os olhou assustada, mas depois sorriu ao ver os olhares encorajadores dos amigos. Melissa lhe mandou um beijinho no ar e murmurou um boa sorte. Luna e Neville concordaram. A menina tomou coragem e subiu. Todos prenderam a respiração.


Enquanto Harry observava o duelo se sentia orgulhoso do desenvolvimento impressionante que Hermione apresentava. Estava claro que os aurores tinham ordem de serem um pouco brandos com os garotos pela falta de experiência deles. Mas Harry pode ver que Tonks aumentava o nível de dificuldade aos poucos até que Hermione, Harry não viu como, se utilizou do “protego” até chegar bem perto da mulher a apontar a varinha para seu pescoço. Nesse momento Tonks abaixou a guarda da varinha, se declarando vencida. Muitos aplausos percorreram o salão e os garotos gritavam. Hermione desceu arquejando e sem forças e Lupin a ofereceu uma poção restauradora enquanto os meninos festejavam. Nesse momento Fudge se levantou anunciando o próximo duelo. – Lovegood contra Wright.


Todos ficaram impressionados com Luna. Em cinco minutos seu duelo tinha acabado, pois ela tinha estuporado sua avaliadora de um jeito muito estranho, mas mesmo assim válido. Todos da Comissão murmuravam em tom aprovador e a garota desceu as escadas como se não tivesse feito nada.


- Como você fez isso? – quis saber Rony, impressionado.


- Prática – respondeu simplesmente, deixando todos boquiabertos. Mas o próximo duelo já havia sido proclamado: Longbottom contra Shwam.


Neville parecia tremer da ponta dos pés ao topo da cabeça! Mas assim que seus olhos se encontraram com os de seus amigos ele pareceu tomar uma decisão. Luna se levantou e deu um beijo estalado na bochecha do garoto e mesmo vermelho ele se virou para ela a disse “Eu vou vencer!”. Os garotos ficaram simplesmente impressionados com a cena, mas o Neville que subiu naquele palco não era mais o Longbottom de sempre...




XXXXX




O duelo foi impressionante. Neville apanhou muito e quase foi atingido por um estupefaça, mas conseguiu de última hora que seu “protego” atingisse um tamanho bom para repelir o feitiço. Depois disso ele passou a atacar ferozmente, como se tudo dependesse daquilo e Shwam percebeu, porque passou a se defender em vez de atacar até o momento em que não tinha mais saída, com isso abaixou a varinha em sinal de derrota e um Neville bastante cansado voltou para os bancos.


Mas, mesmo feliz por Neville, Harry estava preocupado com o próximo duelo: Rony contra Moody. O amigo estava nervoso e todos podiam perceber que Moody tinha o completo domínio do duelo. Mas chegou uma hora que Harry não agüentou e levantando-se gritou:


- ANDA RONY, VOCÊ PODE FAZER MAIS QUE ISSO, TODOS SABEMOS QUE VOCÊ PODE FAZER MAIS QUE ISSO! ERGA ESSA VARINHA E DUELE DE VERDADE!!!


Lupin e os outros olharam com reprovação para Harry, mas o menino viu Dumbledore lhe dar um pequeno sorriso. Nesse momento Rony se levantou de mais uma azaração de Moody e erguendo a varinha bem alto gritou: - Estupefaça! Um poderoso jato prateado saiu da varinha de Rony e atingiu Moody bem no coração, antes que o homem tivesse alguma reação. Ele caiu pesadamente para o lado, enquanto Rony caia de joelhos, completamente exausto.


Hermione imediatamente pulou o palco e correu até o amigo, Harry fez o mesmo, mas logo Quim apareceu e mandou os amigos saírem para ele poder tirar Rony dali. O garoto deitou em uma maca e tomou uma poção revitalizante enquanto Gina começava a duelar.


Harry estava longe, ao lado de Rony na maca, mas mesmo assim ficou impressionado com a perícia da jovem Weasley com uma varinha e em 10 minutos ela já havia conseguido vencer o duelo deixando seu adversário desmaiado. Agora só faltavam ele e Melissa. Ele deixou Rony aos cuidados de Hermione e foi se sentar, mas o próximo duelo seria Melissa contra Remo. A garota deu um breve sorriso para Harry e se foi.




XXXXX




Harry podia imaginar várias coisas sobre a menina, mas com certeza nenhuma delas estava relacionada à surpreendente apresentação que agora fazia. Ela e Lupin se deslocavam com tal intensidade que era difícil de dizer quem estava acertando quem e Harry percebeu, pelo rosto do ex-professor, que ele estava duelando de verdade. A menina fazia meneios grandes com a varinha, produzindo raios longitudinais inconstantes, e era difícil para Lupin defende-los, mas logo o homem se aproximou dela e começou a usar raios concentrados e possantes, que recebidos a queima-roupa poderia deixar a pessoa desacordada. Agora todos do salão olhavam impressionados para aquilo, ninguém conseguia escutar os encantamentos proferidos, mas com certeza o duelo estava sendo difícil para os dois, até que Melissa demonstrou sinais de cansaço e Lupin passou a atacar.


Mas de repente, com se uma força oculta se manifestasse, a garota começou a avançar e a atacar o homem. Harry olhou bem para ela e viu seus olhos ficarem de um amarelo brilhante e sua mão crispar sobre a varinha. Ela estava completamente irreconhecível, e Dumbledore na mesma hora se levantou.


Tudo foi muito rápido. Harry se assustou com a demonstração de temor estampada no rosto do Diretor, mas ele mesmo se sentia aterrorizado ao acompanhar o embate feroz. Lupin foi sendo encurralado e mesmo assim demonstrava uma vitalidade impressionante, mas pelo seu semblante percebiam o quão perplexo estava, e sem saída deixou-se baixar a guarda da varinha.


Nesse momento ela proferira um encantamento poderoso, indo na direção de professor, que estava sem defesa. Harry se levantou assustado, um pensamento se formou: “Ele será morto!” e gritou a plenos pulmões:


- MELISSA, NÃO!!!


Ao ouvir a voz de Harry a menina pareceu acordar do transe em que estava e, como se faz com um chicote, mudou a trajetória do raio, que atingiu o chão deixando um buraco grande a poucos centímetros dos pés de Lupin. Ela olhou assustada para ele e depois para Dumbledore, que estava com o cenho franzido pelo temor. Ela rapidamente levou as mãos à boca, ficando parada e deixando a varinha cair, fazendo ecoar pelo salão, agora completamente silencioso, o estalido da madeira de encontro à pedra. Lupin olhava para ela impressionado, mas os vestígios do medo ainda percorriam sua face. Harry arfava e, de um pulo subiu o palanque para ver como ela estava. Sentia pavor em pensar que ela poderia adquirir aquela fisionomia assustadora novamente e precisava se certificar de que ela estava bem. Ao se aproximar viu seu olhar desfocado e a mão que segurara a varinha ainda crispada, como se recebendo um castigo duro por algum crime. O garoto encostou de leve sua mão sobre a dela, e pode ver um movimento repentino de Dumbledore, como se ele quisesse impedir o toque, mas Harry não se importou e voltou sua atenção para a garota. Ela percebeu sua presença, e Harry pode ver pelo seus olhos o transtorno interno da menina. De repente uma enorme vontade de protege-la se apoderou do garoto e a abraçou forte, deixando claro que não achava que ela tinha culpa de nada. Harry ainda pode ver Lupin se aproximando e confortando a menina também. Ela levantou os olhos, que estavam marejados, e murmurou um fraco “Desculpa”, que o homem aceitou com um gesto de cabeça, sorrindo cansadamente.


Harry olhou para os bruxos de Comissão, mas eles não pareciam tomar

conhecimento do que ocorria naquele instante no palco, pois estavam todos excitados, conversando e fazendo anotações sobre o fascinante duelo que haviam presenciado. Mas Dumbledore continuava de pé, como que se recuperando de um baque muito forte. Harry não pode entender o porque dessa reação, mas que aquilo era fora do padrão de Dumbledore era, e ele descobriria a verdade.


- Harry, eu já estou bem. – disse a garota depois de alguns instantes aninhada no peito do garoto. – Tudo bem, não se preocupe. Você tem que dar atenção ao seu duelo, depois conversamos. – disse em tom encorajador, dando um sorrisinho fraco e descendo com a ajuda de Hermione.


O garoto se virou. Quim já estava lá, Harry olhou para os lados e viu os amigos acenando afirmativamente para ele. Rony e Hermione seguraram seu braço e Melissa sorria, as lagrimas ainda nos olhos. Harry deu as costas a eles e enquanto andava para o centro do palco encarou Dumbledore. O diretor estava serio, mas alguma coisa dizia a Harry que aquilo não era entre ele e Shacklebolt, mas sim entre o garoto e o diretor. Ele mostraria que era capaz. Cumprimentou o homem a sua frente e contou 20 passos...




N\A: Espero que tenha gostado dos duelos... particularmente, achei difícil escrever todos! Mas, no final, gostei do resultado...!!! Beijo pra todo mundo está lendo e MUITO OBRIGADA pelos comments!! Agradeço a Clah (tb txamu d+!), o Franco (brigadim pelas dicas... andei olhando uns sites de Diablo...), a Lele, Alulip, a Maira, a Gi ( o cap 12 ficou d+, guria...), shadow shi, Bruna, Fernanda Dativo e mais alguém q tenha esquecido, mas q jah comentou (num lembro agora!!! Sorry...). Esperem pelo cap 7... jah escrevi e achei ele muito bom!!!!!!!! Modéstia parte... o duelo do Harry foi o que mais gostei!!! Ateh o próximo... bjus.. Lice

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