Elas...



 


Malfoy esperou que Hermione retornasse a cama. Ela não poderia descobrir que ele a vigiava.  Hermione era esperta e alerta, mas ultimamente estava parecendo distraída e desanimada. E ele sabia que era a culpa dele. Estar afastada do mundo bruxo deixava-a nesse estado inerte em que ela se encontrava agora.


Foi bom deixá-la afastada de tudo. Sabia que se não tivesse feito o que fizera, ela estaria morta. Ela não ficaria de braços cruzados. Deu-lhe tempo.  E ele tentou, tentou de verdade achar uma alternativa, achar uma forma de conter o que iria acontecer.


Engoliu seu orgulho, apelou a Harry Potter, ao CM13. Nada e nem ninguém poderia impedir o que se aproximava. No fim, ele falhara miseravelmente.


Ele pensou que elas se contentariam em matar todos os sangue-ruins do mundo bruxo, mas não era o suficiente. Era o caos que elas queriam, era sangue e horror. Não... elas não se restringiriam apenas ao mundo mágico. Elas estavam ali, em Londres, e em cada cidade trouxa, atacando trouxas, arrastando-os para a escuridão.


Podia escutar os gritos ao longe, misturando-se ao berro do homem lá embaixo. Os policiais agora tentavam ajuda-los. Iriam morrer todos.


Malditas! Malditas!!!


 


Viu uma ave negra cortar o céu e entrar pela janela sem vidros, naquele prédio abandonado. Myony pousou sobre os ombros do dono que retirou de sua perninha, o pergaminho enrolado. Embora gostasse de sua coruja de plumagem negra, a notícia que ela trazia não era agradável:


 


“Malfoy,


A situação se deteriorou por todo o reino. Rita Skeeter não pôde mais aguentar a pressão e o Profeta noticiará tudo...


Além disso, chegaram notícias de que sua ex-mulher Astoria desapareceu na Russia. Paschenko foi atacado, mas resistiu aos ferimentos.


Conforme suas ordens, Rony e eu estamos indo para Hogwarts com uma equipe de aurores para cuidar do resgate dos estudantes. Mandei também uma equipe atrás de Hermione.


Os aurores restantes foram dispensados. Foram buscar os familiares deles.


Boa sorte.


Harry Potter


Vice-Rei. “


A notícia da possível morte de sua ex-esposa Astoria abalara Malfoy. Já fazia mais de cinco anos que não estavam mais juntos, mas não a queria morta. Desde a morte de seu filho Scorpius, Astoria se transformara numa mulher completamente perturbada. Queria ter se divorciado dela muito antes, mas não o fizera por pena. Sentia-se culpado. Durante todos esses anos, Malfoy nunca pôde amá-la de verdade. Agora, era tarde para arrependimentos. Havia coisas mais importantes a fazer e, ficar aborrecido, não iria resolver nada.


O sol começou a raiar no horizonte e Malfoy sabia que antes que ele sumisse no entardecer daquele dia, poucos estariam vivos!


 


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Hermione acordou toda amarrotada. O “Profeta Diário” que costumava chegar bem antes disso ainda não estava ali. Sua coruja também não estava. Havia o risco de alguém abater sua querida ave, mas quem faria isso? Ela não estava mais envolvida em nada que pudesse oferecer perigo.


Levantou-se aborrecida pela noite mal dormida e ficou ainda mais mal-humorada ao ver que não havia agua no chuveiro ainda.


Tomou café com torradas, apanhou sua bolsa e o material daquela manhã e saiu. Antes de sair, certificou-se de que sua varinha estava dentro da bolsa, bem guardada. Embora não houvesse motivos para usá-la, ainda não conseguia sair de casa sem ela.


Quando abriu sua porta, Hermione não viu que sua coruja havia atravessado sua janela e pousado na mesa do seu quarto, depositando ali a última cópia do Profeta Diário. Hermione nem percebeu que a Ave fizera um barulho estridente tentando chamar a atenção da dona. Na capa do Profeta, as letras em caixa alta anunciavam: “ELAS ESTÃO AQUI...”.


 

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Comentários (1)

  • Uma filha de Netuno

    Nossa, sua fic fica cade vez mais misteriosa, (tipo adoravel prisioneira) eu adoro todas suas fics, gosto muito de misterio e romance, e principalmente Dramiones.

    2012-10-10
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