Homens, Covardia e Maldições

Homens, Covardia e Maldições



Parte O1:

    A chuva era fraca. As vezes Richard tapava os olhos, mas viu a maioria do duelo. A gritaria era constante. Os pedidos de socorro, as ordens para faze-lo parar. A agonia. O medo. Era tudo tão real. Meu Deus, como era real...
    Dez anos de idade, era o ano de seu início em Hogwarts, uma escola de magia conceituada. Richard ainda não sabia nada sobre magia. Estava a um pouco menos de 20 metros dos dois. Tentava correr para fazer seu pai parar de maltrata-la, mas não conseguiu, havia um tipo de campo de força, Richard não conseguia atravessa-lo, era como uma parede invisível.

Parte O2:

    Melissa gemia. A dor era inimaginável, aquela sensação de ter seus ossos moídos e quebrados não era nada boa. Sua varinha já estava nas mãos de Albert Kraham, seu marido. E ele sorria. Gargalhava alto.
- Sua tola ! Não acredito que não tenha desconfiado de nada. - Seu sorriso sumiu do rosto por um instante, concentrou-se e brandiu a varinha na direção de Melissa. A mulher gritava ainda mais.
- Sabe... - Kraham caminhou até ela, ouvindo os berros de seu filho Richard por trás do feitiço que havia conjurado.
- Eu sempre soube que iria te matar algum dia. Sempre. Tirou uma varinha das vestes. Era exuberante. Prateada com detalhes pretos.
- Agora, isso daqui, vai para milord. - Com um rápido movimento, Kraham chutou o rosto de sua esposa. A mulher de 32 anos, que antes era linda, agora estava deformada.
- E você sabe o que ele irá fazer com ela, não sabe? Claro que sabe! - Kraham se virou para seu filho, achava-o patético. De alguma maneira, Lorde Voldemort tinha mexido com sua mente, feito uma espécie de lavagem cerebral, assim como fazia com todos os seus seguidores. Voltou a fitar ela, aquela que pediu a mão em frente aos seus pais, aquela que Kraham se esforçou para dar tudo que tinha aquela que ele amou. Ela, Melissa, aquela que iria matar.
- Avada Kedavra !
Melissa desapareceu dali. Kraham deu uma última olhada para seu filho. Anulou seu próprio feitiço e chamando Rick com os dedos, dizia:
- Vem cá. Me mate. Vingue a morte da vagabunda de sua mãe. - O menino correu como nunca tinha corrido na vida. Tinha sangue nos olhos, o ódio tomou conta de seu coração e de seu corpo. Kraham gargalhou. Quando Rick estava alcançando seu pai, Kraham aparatou. A chuva ficou mais forte e Richard ajoelhou chorando, havia perdido sua mãe e seu pai. Havia perdido a fé. Richard, com apenas 10 anos, havia se transformado em um homem.

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