A Última Tarefa



16.

Snape se aproximou de Chris e, ela o olhou friamente, do mesmo jeito que ele costumava olhar seus alunos, mas mesmo com o olhar tão frio, ela disse suavemente:
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-Será que posso entrar? Acho que temos algumas coisas para conversar. O que me diz?

Snape não podia acreditar, pela primeira vez desde que ela descobrira toda verdade, ela não falava com ele, e agora queria conversar. Snape abriu a porta e eles entraram. A masmorra estava fria, mas Chris a conhecia muito bem. Ela se sentou em uma cadeira grande e Snape fez o mesmo.
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-Você quer alguma coisa, um chá, biscoitos...?
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-Não, obrigada. Só estou aqui para você me esclarecer algumas coisas...- respondeu Chris polidamente.
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-Sim claro, e no que posso servi-la? Perguntou Snape ainda mais polidamente.
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-Bem, preciso saber o que significa esta marca no meu pescoço? Perguntou a menina sinistramente.

Snape não sabia como começar. Ele havia percebido que, se por ventura ela visse a marca, Harry teria contado a ela. Snape se preparou para responder quando Chris falou com uma voz mais letal do que a dele:
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-Sei o que você está pensando, mas Harry não me disse nada, não que ele não quisesse, mas ele não tem nada haver com isso.
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-Engano seu – respondeu Snape com a voz mais letal ainda – ele sabe tudo o que eu sei e, tem muito mais haver do que você pensa.
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-Tudo bem – disse Chris displicentemente – mas eu quero que você, que diz ser o meu pai, me responda...

Snape percebeu que Chris, quando queria, era mais fria e letal do que ele, mas, também tinha quem puxar. Durante um bom tempo, Snape lhe contou tudo. E principalmente o que aquela marca significava para o mundo da magia. Por fim, Chris lhe disse:
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-Obrigada por responder minhas perguntas, mas para terminar, tenho a última.

Snape ficou intrigado, mas já imaginava qual pergunta seria.
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-Quero saber se Voldemort sabe que eu estou viva e, se ele sabe, se ele pretende me destruir de novo?

Snape respirou fundo e disse:
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-Sim Chris, ele já sabe, mas não pensa em te destruir se...
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-Se eu o quê? Perguntou a menina.
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-Ele não te destruirá se você se aliar a ele.
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-Nunca – respondeu Chris ficando de pé – eu nunca me aliarei aquele mostro.

Snape imaginou que essa seria sua resposta, mas tinha certeza que se acontecesse algo contra alguém que ela gostasse muito, ela iria pensar melhor. Chris se despediu solenemente e saiu da masmorra sem olhar para trás. Snape sentou-se em seu lugar habitual e ficou pensando no porque Chris foi procurá-lo, talvez ela o tivesse aceitado como pai, talvez.

Ao sair da masmorra, Chris foi direto para o Salão Principal, pois já estava atrasada para o almoço.
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-Onde você estava? Perguntou Harry quando Chris se sentou à mesa da Grifinória.
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-Bem, eu estava... estava lendo e esqueci da hora. – respondeu Chris com um meio sorriso.
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-Sei... – respondeu Harry não engolindo a desculpa.

Chris começou a almoçar quando Mione disse a todos presentes:
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-A nossa poção ficará pronta hoje.
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-Ainda bem – respondeu Rony – porque a entrega da última tarefa, é amanhã e o morcegão ia ficar irado se os queridinhos da Grifinória não entregassem.

Todos riram e continuaram o almoço. Quando terminaram, Harry levou Chris para a sua aula Herbologia e depois foi para sua aula de Transfigurações. Depois das aulas da tarde, a maioria dos alunos estavam nos jardins do castelo descansando. De repente, Dumbledore chegou perto de Harry e Chris que estavam sentados debaixo de uma árvore e disse:
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-Sr. Potter, será que podes me acompanhar?
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-Aconteceu alguma coisa professor? Perguntou Harry se levantando de um salto.
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-Não se preocupe Sr. Potter – respondeu Dumbledore displicentemente – tenho certeza que o Sr. irá gostar da pequena surpresa.

Harry não entendeu, mas de qualquer forma estava curioso para saber qual era a pequena surpresa. Chris foi com Harry até a entrada do escritório de Dumbledore e depois seguiu para a biblioteca. Ao entrar no escritório, Harry não viu nada de anormal. Dumbledore acomodou Harry em uma cadeira e fez o mesmo. Harry já estava ficando nervoso e disse eufórico:
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-O que está acontecendo Profº? Qual é a surpresa?
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-Ela não tarda a chegar Harry, é só esperar...

Harry continuou sentando e imaginava muitas coisas quando ouviu um leve toque na porta do escritório. Harry se levantou, mas Dumbledore fez com que ele se sentasse e disse calmamente:
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-Entre Srta. Mcgonagall!!!!

O coração de Harry deu um pulo, pois era sua tia que estava chegando. Anny entrou e sorriu. Harry conhecia muito bem aquele sorriso e não agüentou a emoção e a abraçou ternamente. Anny retribuiu o carinho do sobrinho e chorou de alegria. Eles sentaram-se bem pertinho um do outro. Harry queria fazer muitas perguntas, e Anny também, mas naquele instante a situação era outra e eles tinham assuntos muito importantes para tratar. Dumbledore começou dizendo:
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-Temos que ficar em alerta, pois os Comensais estão em toda parte e trazendo muita desordem também.
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-Temos que nos proteger – disse Anny aflita – pois sabemos muito bem as pessoas que correm perigo.

Harry a olhou e se lembrou da carta. É claro, ele , Chris, Snape e até mesmo sua tia corriam perigo. Harry então perguntou:
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-Os aurores já estão a postos?
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-Alguns Harry, os que são fiéis a Dumbledore – respondeu Anny – pois o nosso “queridinho” Ministro não quer se meter e não quer deixar os aurores em nossas mãos.
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-Do que ele tem medo? Perguntou Harry.
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-Não sei – respondeu Dumbledore – mas ele ainda não acredita em nós, mesmo com os Comensais fazendo isso.

Eles continuaram conversando e decidiram que teriam que fazer uma grande reunião e chamar a todos que tivessem dispostos a ficar ao lado de Dumbledore. Anny continuou no escritório de Dumbledore e Harry desceu eufórico para contar a novidade aos seus amigos e a Chris. Quando Harry chegou na Sala Comunal ele não viu ninguém e, caiu em si e foi para o Salão Principal, pois já estava na hora da janta. Harry chegou no grande salão e Rony, Mione e Chris esperavam ansiosos pela sua chegada, eles estavam muito curiosos e perguntaram em coro quando Harry se sentou a mesa da Grifinória.
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-Qual foi a Surpresa?
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-Minha tia. Anny está aqui em Hogwarts.
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-Que maravilha – disse Rony divertido – chegou o colírio para os nossos olhos.

Ao dizer isso, Rony recebeu um grande chute na canela que conseqüentemente veio de Hermione, Rony deu um sorriso amarelo e ficou quieto.
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-Então quer dizer que vou conhecer sua tia, Harry?

Perguntou Chris contente.
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-Sim meu anjinho, vai conhecê-la e adorá-la tanto quanto eu.
E

les continuaram a conversa e jantaram felizes. Mas, do outro lado do salão, Draco Malfoy olhava desconfiado, pois deveria ser algo de muito bom para ver aquele idiota do Potter feliz. Quando eles terminaram, decidiram ir para a sala comunal para ver a poção do esquecimento. Harry ia subindo as escadas quando viu mais abaixo Severo Snape e sua tia Anny. Ele pensava no quanto seria bom se Anny conversasse com Chris sobre o Snape. Harry então decidiu que falaria com sua tia pela manhã.

Amanheceu em Hogwarts. As quatro casas estavam muito preocupadas, pois era o dia da entrega e eles sabiam do que Snape era capaz. Quando os alunos chegaram no Salão Principal, viram que as quatro mesas estavam em frente à mesa dos professores. Todos se se sentaram à mesa de suas casas e esperavam o momento certo para os selecionados fossem chamados para a última tarefa. Quando Anny Mcgonagall entrou no salão, muitos alunos ficaram surpresos (menos os do 1ºano) e felizes com a sua volta, pois ele era a melhor e mais bonita professora que eles já tiveram. Anny então sentou-se ao lado de sua tia Minerva e de Snape. De repente Dumbledore se levantou e disse:
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-Queridos alunos, o profº Snape não está muito bem, então ele pediu que a Srta. Mcgonagall avalie a poção de vocês.

Os alunos vibraram, pois Anny era calma e justa. Harry sorriu para sua tia e Chris disse indignada:
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-Isso quer dizer que sua tia terá que provar todas as poções?

Todos da mesa da Grifinória riram e Harry a explicou:
-

-É claro que não anjinho. Tem vários meios de ver se a poção está correta ou não sem precisar experimentá-la.

Chris deu um pequeno sorriso de satisfação e foi junto dos seus amigos selecionados entregar a poção. Anny ficou muito feliz de rever seus alunos e abraçou um por um dos selecionados. Quando chegou em Chris, Harry fez ok com a mão e Anny disse:
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-Prazer em conhecê-la Srta. Tackthov, ou seria futura Sra. Potter?
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-O prazer é todo meu – respondeu Chris emocionada – e seja bem vinda a sua casa e aos seus.

Foi a vez de Anny se emocionar. Elas se abraçaram e Snape se emocionou ao ver aquela cena, pois agora ele tinha certeza que poderia se reconciliar com sua filha.

Anny começou pela Lufa-lufa, ela colocou a poção dentro de uma solução gasosa e balançou levemente. Dentro do frasco ficou um tom de amarelo- esverdeado e, conseqüentemente a poção estava quase certa. Anny então deu 60 pontos para a casa. Ela vez o mesmo com a poção das outras 3 casas restantes, Corvinal obteve 80 pontos, pois a solução ficou verde clara e, Grifinória e Sonserina obtiveram as notas máximas, pois a solução esta verde musgo, completamente correta. Os alunos voltaram satisfeitos para as suas mesas e tomaram um magnífico café da manhã. Enquanto todos tomavam o café da manhã, Anny conversava com Snape na mesa dos professores. Na mesa da Grifinória, Chris perguntava a Harry:
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-Como pode!!! Sua tia tão boa conversar com aquele crápula do Snape?
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-Não fale assim do seu pai, Chris – respondeu Harry indignado – pois seu pai e minha tia são grandes amigos.
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-Amigos como??? Que eu saiba esse ai não tem amigos...
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-Não vai adiantar te explicar – disse Harry com raiva – pois você vê defeito em tudo que diz respeito ao Snape.

Chris ficou quieta, pois Harry tinha razão. Eles continuaram o café calados e Harry decidiu que falaria com sua tia para que ela pudesse ajudar a cabeça dura da Chris com o pai.

Na mesa da Sonserina, Draco Malfoy prestava atenção em tudo, pois naquele mesmo dia mandaria uma coruja ao seu pai dizendo tudo que estava acontecendo em Hogwarts e principalmente à volta de Anny Mcgonagall.

Quando todos já tinham terminado o café, Dumbledore se levantou e disse a todos os presentes:
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-Já temos a pontuação correta e a casa campeã do torneio, mas somente amanhã à noite iremos informar a todos. Então se preparem, pois amanhã terá uma festa para todos e a indicação da casa campeã que acumula pontos para a taça das casas.

Os alunos adoraram a idéia de ter uma festa e as meninas saiam do salão pensando em qual vestido elas colocariam e os meninos pensavam em qual menina chamaria para dançar.
Harry saiu do salão principal e acompanhou Chris até sua aula de Herbologia. Ele a deixou e saiu correndo de volta ao castelo para encontrar sua tia. Quando Harry chegou no hall de entrada, ele ouviu uma voz fria e arrastada que ele deduziu por ser de Draco Malfoy. Este conversava com alguém que Harry não consegui ver e nem ouvir. Harry passou alguns minutos escondido até que , os dois ali presentes, saíram para lados opostos. Harry ficou intrigado, pois Malfoy tinha como pai um grande Comensal da Morte atuante. Harry subiu as escadas e foi se encontrar com sua tia que estava na sala dos professores.

Harry chegou e entrou direto, pois a porta estava aberta. Ao ver aquela figura angelical sentada perto da lareira, o coração de Harry estremeceu, pois desde que soubera que Anny era sua tia, seus sentimentos por ela haviam mudado, mas ele a admirava mais do que qualquer outra pessoa. Anny percebendo a aproximação de Harry sorriu e levantou-se. Harry a abraçou com muito carinho. Anny lhe ofereceu uma cadeira e disse calmamente:
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-Como você está querido?
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-Muito melhor agora tia!!!

Os dois conversaram muito um sobre o outro. Eles queriam saber tudo o que tinha acontecido em suas vidas. Depois disso, Harry a perguntou:
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-Será que você pode e ajudar com a Chris?
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-De que forma, Harry?
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-Bem – disse Harry coçando a cabeça- acho que você já sabe que Chris é filha do Snape. E, consequentemente ela não o aceitou como pai, pois acreditava ser outro...
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-Já sei dessa história – respondeu Anny constrangida – mas no que posso ajudar?
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-Eu gostaria que você conversasse com ela. Para saber o seu sentimento em relação ao Snape.
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-Ficarei muito feliz em poder ajudar – respondeu Anny sorrindo.

Depois de toda conversa Harry se despediu de Anny , mas quando ia saindo ele pergunto:
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-Tia, hoje eu vi o Malfoy conversando com alguém que eu não consegui ver. Será que ele está ajudando Voldemort?
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-Não sei Harry – respondeu Anny pensativa – mas acho melhor você ficar de olho nele. Tudo bem?

Harry assentiu com a cabeça e deixou sua tia pensar sobre o assunto.

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