Egocentrismo



Ela acordou com Rodolphus dando beijos nela. Por um delirante segundo ela pensou que fosse Sirius!
- Bom dia. – Ele sorriu para ela.
- É, pode ser. – Ela se sentou na cama e ficou olhando as próprias mãos distraidamente.
- O que está acontecendo com você, Bella? Está “bem-humorada” demais... – O marido parecia desconfiado.
- Nada, nada. Estou ótima. Aliás, onde está aquele elfo imprestável? Estou morta de fome! – Ela parecia ter voltado a ser ela mesma: a orgulhosa de sempre.
Um pequeno elfo apareceu à porta trazendo uma enorme bandeja. Era muito velho, e suas mãos tremiam.
- Perdão, Madame. – Ele fez a maior reverência à Bellatrix que conseguiu sem derrubar nada.
- Vou pensar no seu caso. Ande logo!
O elfo depositou a bandeja lotada de coisas à frente de Bellatrix e Rodolphus.
- Fora! – Rodolphus apontou para a porta, literalmente mandando o elfo embora.
Ele saiu ainda fazendo reverências e sem dar as costas aos seus senhores.
- Feche a porta, seu imbecil! – Gritou Bellatrix, sem a menor paciência para a pobre criatura.
- Me perdoe Madame. – Fez outra profunda reverência e fechou a porta.

Quando ela ia começar a comer suas torradas, seu marido a interrompeu:
- Bellatrix?
- Hum? – Ela nem parou para olhar para ele, e começou a comer.
- Você devia ter me dito antes.
- Dito o que, meu querido? – Ela fez força para não olhar para cima.
- Sobre você e o Black.
- Oras... Eu já não lhe disse ontem?
- Disse, mas não a verdade. – Ele estava muito sério.
- Que verdade você quer saber sobre uma sessão de tortura? – Estava sendo bem debochada.
- Meu amor... – Ele balançou a cabeça. – Eu sei que você dormiu com ele. – E sorriu.
Agora ela parou para olhá-lo. Como ele sabia?! Nem Voldemort sabia! Mas ela manteve muito bem as aparências.
Ela de uma gargalhada, se jogando nos travesseiros onde antes estava deitada. Estava simulando um belo ataque de riso!
- De onde você tirou essa idéia absurda, Rodolphus?
- Eu é que pergunto! Como você foi capaz de fazer isso?!
- Não imagine coisas, Rodolphus Lestrange! Eu jamais chegaria perto daquele traidor do próprio sangue imundo!
- É verdade! Você fez muito mais do que chegar perto! Bellatrix, você ficou com ele, dormiu com ele!
- Certo. É. Dormi, e daí? – Ela o encarava com aquele jeito autoritário que só ela tinha.
- E DAÍ? E daí que você, senhorita, é casada comigo, não com ele!
- Ai, meu amor, você não entende não é? Vou lhe explicar direitinho, certo? – E fez cara de professora tentando fazer o aluno entender uma conta de 2+2. – Eu não gosto de você, eu quero mais é que você se dane! E saiba que aquilo nunca mais vai se repetir, foi apenas uma fatalidade! Entendeu?
- HA! Fatalidade? É assim que você define o que você aprontou com o seu querido primo?!
- Basta. Saia. – E apontou para a porta, ainda olhando para o marido enfurecido.
- Como assim? – É... Ela o pegara de surpresa. Ele não esperava tanto.
- Saia-da-minha-casa! Rua! – Ela se levantou e começou a empurrá-lo para a porta.
Ele achou melhor não resistir. Ela teria o que merecia, ah se teria!
- Certo. Mas saiba que você vai se arrepender.
- Que seja! Agora, CAIA FORA! – Ela já gritava enfurecida.

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