(ShortFic)Pra sempre COME

(ShortFic)Pra sempre COME



Talvez fosse isso: aqueles cabelos, aquele olhar. Tudo nela o deixava louco. Não era certo, muito pelo contrario, era completamente errado, mas ele não resistia ao impulso. Precisava tê-la em seus braços nem que fosse por apenas mais aquela noite. Sirius Black estava sentado numa praça. Era tarde, talvez duas ou três da manha, ele não sabia ao certo e nem queria saber. Tudo ali era errado e, se parasse para pensar, tinha certeza de que morreria por não ter tido apenas mais uma noite com ela. Era tudo que ele queria, ele precisava sentir o gosto de seus lábios novamente, precisava sentir uma ultima vez como era estar dentro dela por completo. Era a gloria... Ele suspirou pesadamente. Desde que haviam começado essa loucura, ele não havia pensando em mais ninguém, nem feito mais nada. Era somente nela que pensava durante todo o dia. Toda sua vida estava uma bagunça, mas não importava. Tê-la em seus braços era tudo o que ele queria. Ele viu um vulto negro aproximar-se e segurou a varinha firmemente por dentro do casaco. Eram tempos difíceis e ele não poderia ser irracional. Ela tirou a capa e sorriu pra ele,aquele sorriso doce e meigo de sempre, que fez com que ele se apaixonasse. Ele a tomou em seus braços e beijou-a . Não era como o beijo de sempre, não era doce e delicado ou devagar, que deixava Lilian sempre excitada, mas era urgente e rápido. Ele queria provar cada detalhe, cada gosto daquela boca. Guardaria- os para a eternidade. No fim, sabia que ela se casaria com Pontas, mas precisava dela. Precisava, naquele momento, senti-la nem que fosse pela última vez. Em um quarto de hotel, ele a beijava e a apertava contra si. Ela se soltou, beijou-o, sorrindo docemente como sempre fazia. Ele gentilmente soltou sua capa. Ela vestia apenas uma fina camisola de ceda preta. Ele sorriu marotamente, deixando-se observar por aquela visão. Ele poderia morrer naquele momento e, se isso acontecesse, ele estaria feliz, realizado. Eles se beijaram, dessa vez vagarosamente. Ele queria todas as lembranças daquele beijo, cada gosto, cada sorriso, tudo, porque no final, ele só teria lembranças dela. Guiou-a até a cama e lá fizeram amor, o amor doce de sempre. Sirius adorava cada detalhe do corpo dela, já havia tomado-a outras vezes, mas toda as vezes em que fazia amor com ela sentia como se fosse a primeira vez e ele adorava redescobri-la. A cada gemido dela, ia ao céu e ao inferno de uma só vez. Padecer no paraíso, era justamente o que sentia, tendo-a nos braços e sabendo que ela não era sua por completo. Eles fizeram amor ate cansar e até ela adormecer nos braços dele. Ele adorava vê-la dormindo. Ela parecia um anjo de pureza e delicadeza. Ele sorria, fitando-a. Logo depois, adormeceu junto a ela. A despedida deles... No outro dia, acordou sorrindo. Ainda podia sentir o perfume dela no recinto. Ao abrir os olhos, viu-a sentada, vestindo sua camisa e o fitando. Ele sorriu, ela lhe deu um longo beijo nos lábios. Lilian também sentia que aquela fora a última vez, ela também sentia que o amor deles seria apenas mais uma lembrança. Isso fez seus olhos encherem-se de lágrimas, que ele fez questão de beijar uma a uma. Eles tomaram café naquela manha, como um casal, passaram o dia juntos. Ele sorria ao vê-la feliz, mas sabia que ela estava morrendo pro dentro assim como ele estava. Ele fechou os olhos e adormeceu nos braços dela, sentindo seu perfume, inebriado por felicidade. Felicidade essa que não sabia se merecia, ainda mais se ela fosse à custa do amigo. Quando acordou, era manha do outro dia. Ele encontrou uma rosa vermelha em cima do travesseiro. Ele ainda podia sentir o perfume dela. Ele chorou, vendo a rosa, como nunca havia chorando antes. Era hoje o dia em que a perderia pra sempre. Era hoje o casamento de Lilian e James Potter. Ele saiu do hotel ainda bem cedo. Andou pelas ruas, observando as pessoas. Ele estava morto, estava em pé, respirava, mas estava morto. Entrou em casa e sentou se no sofá. Havia aproximadamente cinco cartas de James em cima da mesa. Ele não pôde deixar de sentir ódio do amigo e jogou todas elas dentro da lareira, assistindo-as queimarem, como seu coração. Arrumou-se e, faltando uma hora para casamento, estava pronto. Fitava-se frente ao espelho e, por um momento, deixou-se devanear: ele seria o noivo naquele dia, ele se casaria com Lilian, eles seriam felizes para sempre, e, com ela, formaria a sua família. Ele bufou de raiva e deu um soco na parede. Logo as lágrimas correram novamente por seus olhos. Não chorava apenas pela dor em suas mãos, mas pela dor em seu coração. Ele não podia evitar, talvez fosse melhor falar com James que não poderia ir, raptar Lilian antes de ela chegar ao altar. Ele riu de seus próprios pensamentos. Aquilo era absurdo, não poderia fazer isso com seu melhor amigo. James era sue irmão, acima de tudo, e a família dele era a sua própria família. Não poderia fazer isso com eles. Seu destino estava traçado. Ele a perderia hoje exatamente às três da tarde. Quando seu relógio soou duas e meia ele aparatou em frente a uma pequena igreja. James e Remus já estavam lá a sua espera. Ele sorria e cumprimentava todos. Tudo aquilo era uma farça, um grande circo em que ele era o palhaço. Lilian entrou na Igreja como toda noiva, um pouco atrasada mais estava linda. Ele teve vontade de chorar ao vê-la. Ele ia perdê-la, perder sua felicidade para seu melhor amigo. Mas ele devia isso a James, não poderia fazer anda para impedir. Ele não estragaria o dia mais importante da vida dele, o único que realmente se importou com ele que foi seu irmão. O padre começou a falar. Ele a olhava sorrindo, um sorriso que ensaiado, perfeito e, claro, nunca ninguém descobriria o quanto Sirius Black amara Lilian Evans. -Você aceita James Potter como seu Legítimo marido para amar e respeitar(...) Ele teve vontade de gritar, de puxá-la pelo braço e dizer: “desculpe, James, eu a amo. Muito mais do que você possa imaginar,eu mereço mais que você essa mulher!” -Sim eu aceito! E nesse exato momento, Sirius Black havia morrido por dentro, perdido a felicidade e a alegria de viver. Não importava mais nada. Agora era definitivo, agora era pra sempre. Sem ela não era o mesmo, mas ele prometera a ela que ninguém nunca saberia e ninguém nunca soube. Ele foi sempre o fiel ao segredo de sua amada ate o fim. Ele fora fiel a ela.

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