Vidas Reconstruídas









Hermione observava, distraída, uma prateleira cheia de ursinhos e bonecas da terceira loja que visitava no Beco Diagonal. Gina ficara do lado de fora, a fim de evitar a bagunça que James fazia sempre que via algum brinquedo interessante. Mas nada daquilo estava realmente agradando Hermione... Ainda não havia conseguido comprar nada. O barulho agudo do sino da porta alertou-a para a entrada de mais alguém na loja.

- Você não vai querer comprar nada aqui Ast – ela reconheceu a voz desdenhosa de Draco Malfoy antes mesmo que pudesse vê-lo.

- Eu te disse que quero mais um abajur verde esmeralda – disse a mulher que o acompanhava.


Hermione segurou o impulso de raiva e repugnância que Draco provocava nela, virou-se, parando frente a frente com uma mulher ligeiramente mais alta, com os cabelos castanhos tão claros que alguns chamariam de loiro. Os olhos de um verde amadeirado, e os traços do rosto finos como o de uma boneca de porcelana. “Astoria Greengrass” pensou, lembrando-se da reportagem que lera na parte social do Profeta Diário alguns anos atrás, anunciando o casamento de Malfoy. “E pelo jeito está grávida também...” concluiu observando a barriga enorme da outra. Draco estava parado atrás da mulher, altivo e arrogante como sempre.

- Oi – disse Hermione da maneira mais cordial que conseguiu.

- Oi – responderam os dois juntos, automaticamente, assustados ao vê-la.


Pelo jeito como Astoria a olhava, Hermione teve certeza de que a havia reconhecido, fosse por fotos de jornal, fosse por algo que Draco dissera, pois a loira parecia ligeiramente curiosa, observando Hermione com interesse. Já Malfoy a encarava com um misto de embarasso, e, se ela não estivesse enganada, receio.


Eles ficaram em silêncio por um momento, sem saber o que fazer. Hermione não tinha idéia do que dizer àquelas pessoas, antes tão opostas, mas que agora, como ela, também tentavam refazer suas próprias vidas. Uma situação, no mínimo, estranha – Hum... Parabéns pelo bebê.

- Ah... Obrigada – disse Astoria confusa. Draco continuou calado – Suponho que você também mereça os parabéns – completou ela rapidamente, apontando para a pequena barriga de Hermione.

- Obrigada. Se vocês me dão licença, tenho que ir.


Os dois se afastaram, dando passagem para ela. Aliviada em sair daquela situação constrangedora, Hermione ganhou a rua, vendo-se em meio a um bando de estudantes de várias idades, excitados pela aproximação das aulas. União, cordialidade e tolerância eram indispensáveis em uma situação tão delicada quanto o pós-guerra... “Todos têm direito a uma segunda chance” pensou.


Olhou a volta, colocando-se nas pontas dos pés para procurar Gina. Avistou mãe e filho se deliciando com um sorvete de morango que derretia com o sol forte, sentados em uma mesa do lado externo da sorveteria Florean Forstescue. Na verdade, era o filho de Florean quem cuidava da sorveteria agora, tendo seu pai desaparecido durante a guerra. Guerra, guerra... Por onde andasse, por mais felizes e recuperadas que as pessoas estivessem, Hermione sempre encontrava algum vestígio do horror. Coisas irreparáveis e inesquecíveis.


Gina acenou para ela, sorrindo e indicando o sorvete, enquanto Hermione corria pela ruela em sua direção.

- Outro sorvete de morango, por favor – pediu Gina a um rapaz que estava atrás do balcão.

- Ótima idéia – disse Hermione sorrindo, enquanto se sentava.


A ruiva estava concentrada em limpar o rosto de James, que tinha sorvete nas bochecas, no queixo e na pontinha do nariz. O garoto, inquieto, arriscava sair de perto da mãe com passos ainda cambaleantes de quem está aprendendo a andar. Hermione recebeu seu sorvete e começou a atacá-lo, impressionada com a fome que a gravidez vinha lhe causando.

- Não comprou nada?! – perguntou Gina.

- Não consigo gostar de nada... – respondeu Hermione, enquanto se deliciava com o sorvete – Mas tive um encontro bem interessante dentro da loja...

- Quem você encontrou? – perguntou a ruiva, curiosa.

- Draco Malfoy e Astoria Greengrass.

- A esposa dele?

- Isso mesmo. E adivinhe?! Ela também está grávida! Provavelmente de uns sete meses – disse Hermione em um tom de fofoca que só utilizava com a cunhada.

- Você não pode estar falando sério! – disse Gina espantada – Malfoy? Pai? Coitada da criança!

- Gina!

- Mas é verdade Hermione!


As duas riram juntas – Hei! Aqueles não são Harry e Rony?! – perguntou Gina apontando para um lugar distante, no alto da rua.

- São sim! Mas já?!


Os dois desciam pela ruela, tentando passar despercebidos no meio da multidão de crianças e pais que faziam suas compras. Algumas pessoas apontavam, outras davam uma segunda olhada, mas os rapazes seguiam em frente fingindo não notar.

- Oi – disse Rony se abaixando e dando um selinho na esposa – Não precisa me encarar com esse olhar de basilisco enfurecido! Nós já pintamos o quarto do meu garotão aí!

- Não chame o bebê assim Ronald! – disse ela tapando a pequena barriga com as duas mãos, como se a criança pudesse escutar – Ainda não sabemos se é menino ou menina!

Ele se sentou na cadeira ao lado dela, rindo – Eu sei que é homem Mione! Eu sinto!

- Ah certo! Vamos confiar na sensibilidade afiada do meu irmão! – disse Gina debochada, ganhando um olhar feio de Rony e risadas de Harry.

- Falando nisso... Qual cor você usou para pintar o quarto?! – perguntou Hermione, encarando o marido com um olhar suspeito.

- Eu não tenho nada a ver com essa parte... – Harry disse em voz baixa e culpada.


Hermione estreitou os olhos, olhando para o ruivo de maneira assassina.

- Eu não vou contar! Vai ser uma surpresa, ok? – disse Rony se aproximando dela e pegando o sorvete de morango de suas mãos – Confie em mim. Já comprou tudo que queria?

- Bom... Na verdade não – disse ela desanuviando a expressão – É difícil escolher quando não se sabe o sexo.

- Eu já te disse que existe um teste bem simples...

- Eu sei disso Gina. Mas quero que seja surpresa!

- Por que? – perguntou Harry, que agora brincava com o filho no colo.

- Porque... Porque é mais emocionante.

- Logo você Hermione. Tão ansiosa. Pensei que iria ser a primeira coisa que gostaria de saber – disse Gina dando mais uma colherada de sorvete na boca do filho, depois na do marido.

- Eu não sei... Acho que devemos amar o bebê independente do sexo – disse ela acariciando a barriga com as mãos, sendo logo acompanhado por Rony no ato.

- Você sabe que vamos amá-lo de qualquer jeito Mione – disse o ruivo de maneira carinhosa.


Ela permaneceu calada, olhando para um ponto fixo da mesa. Os outros terminaram de comer seus sorvetes.

- Você veio na moto Harry? – perguntou Gina.

- Vim. Deixei do lado de fora do Caldeirão Furado.

- Ah que bom! Teddy vai adorar!

- Ele me pediu... Achei que não custaria nada.

- E você Ron? Veio como? – perguntou Hermione, desconfiada.

- Vassoura, claro!

- Ah não... Você sabe que eu não me sinto bem em cima de uma vassoura.


Rony levou as mãos até a nuca dela de maneira carinhosa, puxando-a para um beijo – Sabe? Já estou cansando de repetir isso. Mas será que dá pra confiar em mim?! Eu nunca deixaria você cair.


Ela o beijou, balançando a cabeça de maneira afirmativa e conformada.

- Vocês vêm buscar o Ted com a gente? – chamou Gina – Depois podem jantar lá em casa.


Harry, Rony e Hermione trocaram olhares cúmplices, sabendo que o convite do jantar já havia sido feito algumas horas antes sem o conhecimento da ruiva.

- Nós vamos sim – respondeu Hermione.

- Podemos passar no Jorge primeiro?! Faz um tempão que não vou na loja... – pperguntou Rony, empolgado.


Todos concordaram. Rony e Hermione foram à frente, abraçados, enquanto Harry e Gina iam atrás empurrando o carrinho de James. As Gemialidades Weasley agora tomavam o que antes seriam três lojas normais, com um letreiro gigantesco e luminoso se estendendo entre elas. Continuava sendo o centro das atenções de jovens, crianças e alguns adultos no Beco Diagonal. Jorge administrava tudo sozinho, incluindo a loja aberta recentemente em Hogsmeade, com a ajuda de Verity, sua antiga vendedora.


Rony entrou na loja, se espremendo entre o amontoado de crianças, e se dirigiu diretamente ao fundo, onde ficava o balcão. Harry o acompanhou.

- Harry! Rony! A que devo essa ilustre visita?! – exclamou Jorge avistando-os e dando a volta no balcão para se aproximar.


Harry não pôde deixar de evitar reparar que ele parecia bem mais animado do que nos últimos tempos. Mas ver Jorge e não esperar que Fred aparecesse a qualquer momento completando as gracinhas do irmão era praticamente impossível. O ruivo parecia ter envelhecido mais do que o normal depois da guerra. Talvez alegria e sorrisos dessem uma aparência mais jovem à pessoa. Uma fisgada de mágoa assaltava o estômago de Harry sempre que se encontravam. Os cabelos ruivos de Jorge agora eram mantidos propositalmente grandes; o suficiente para esconder o buraco que ele tinha no lugar da orelha.

- Aumentando os negócios? – perguntou Harry.

- Claro! Vocês têm que visitar a nova loja em Hogsmeade! – respondeu entusiasmado, estendendo a mão para cumprimentar ambos – Por enquanto Verity está cuidando de tudo por lá, mas eu apareço para ajudar nos fins de semana em que Hogwarts libera os alunos para a visita. Onde estão minha irmãzinha, meu sobrinho e minha cunhada predileta?

- Não deixe Fleur e Audrey te ouvirem – disse Rony rindo.

- Elas estão passeando pela loja com James – respondeu Harry.

- Me desculpe, mas tenho que te avisar que suas compras de graça pelo resto da vida não se estendem ao seu filho, cunhado – disse Jorge com uma piscadela.

- Você não sabe o prejuízo que teria... – disse Harry com um suspiro cômico.

- E aí vêm elas! Já visitaram a seção para bebês? – perguntou Jorge ao ver Hermione e Gina se aproximarem.

- Na verdade estávamos procurando a seção feminina – respondeu a ruiva manobrando o carrinho de James entre os clientes e se aproximando.

- Faz tanto tempo que não vemos você Jorge – disse Hermione abraçando-o com carinho – Muito trabalho?

- Negócios exigem muita atenção – respondeu ele orgulhoso – Mas eu me arrisco a dizer que vocês têm trabalhado mais do que eu nos últimos anos.

- Nem me fale! – exclamou Rony – Mas estamos todos de férias agora! A primeira desde o fim da... Bom, desde que começamos no ministério.


Hermione olhou curiosa para o marido. Rony sempre evitava falar sobre a guerra e tudo de ruim que aconteceu naquela época, como se aquilo devesse ser simplesmente esquecido e ignorado.

- Não se esqueçam de visitar a mamãe – disse Jorge – Ela deve estar ficando doida com o sumiço de vocês.

- Vamos todos visitar a Molly amanhã – disse Hermione, animada.

- Mas agora temos que ir Jorge – disse Gina – Vamos buscar o Teddy. Ele vai passar as férias com a gente.

- Certo então. Voltem sempre!


Eles deixaram a loja, acenando em despedida para Jorge.

- Ele parece bem melhor do que na última vez que o vi – observou Hermione – Pelo jeito o namoro com Angelina está fazendo muito bem a ele.

- É... Ele está se recuperando – disse Gina com uma expressão repentinamente triste.




~~~~ §§ ~~~~





Hermione agarrou a cintura do marido com mais força, sentindo o vento gelado chicotear em seu rosto e entrar por sua jaqueta congelando sua pele. Mesmo com o tempo quente, um vôo de vassoura não era nada agradável na opinião dela.

- Eu já sei o que vou fazer! – gritou na orelha de Rony, tentando ultrapassar o barulho do vento – Vou comprar um carro!

- Você vai o que? – perguntou ele ainda mais alto, sinalizando que não havia escutado direito.

- Deixa pra lá!


Ao lado dos dois, Harry guiava a antiga motocicleta de Sirius, que Arthur concertara recentemente. Gina havia colocado James em uma espécie de mochila, que o mantinha em frente ao corpo dela e atrás do de Harry.


Não que Hermione pudesse ver tudo isso nesse exato momento, porque Harry usara o botão da invisibilidade para escondê-los da vista dos trouxas. Só o ronco da motocicleta era escutado, ainda que abafado pelo vento. Ela e Rony haviam se desiludido.


Quando não conseguia mais mexer as pontas dos dedos, e sentia a pele do rosto em carne viva, percebeu Rony inclinar a vassoura ligeiramente para baixo, em descida. Hermione soltou a respiração, aliviada.


Pousaram suavemente em um trecho de grama verde, e ela desmontou da Firebolt cambaleante, tentando recuperar o movimento dos braços e das pernas dormentes. Ela desiludiu Rony e a si mesma. Os Potter reapareceram assim que o feitiço de invisibilidade foi desacionado.

- Padrinho! Padrinho! – o grito agudo de uma criança chegou ao ouvido deles, vinda da casa logo à frente.

- Estou aqui Ted! – respondeu Harry com um sorriso largo.


O garoto de cabelos azul-turquesa vinha correndo na direção deles, com uma mochila nas costas. A fisionomia idêntica à de Lupin. Assim que ele se aproximou, Harry engatou-o por debaixo dos ombros e puxou-o para o colo com dificuldade.

- Mas você está muito pesado! – disse ao garoto que o abraçava apertado pelo pescoço – Quantos anos você tem mesmo?

- Você sabe que é sete! – disse Teddy respondendo à pergunta que lhe era feita a cada encontro.


Harry colocou-o no chão mais uma vez e se adiantou até a porta da casa enquanto o garoto abraçava Rony, Hermione e Gina. Lá estava Andrômeda, sorrindo para as estripulias do neto. O corpo magro, os cabelos castanhos compridos caindo em ondas pelas costas, os olhos escuros. Rastros de uma beleza que se esvaía lentamente a cada dia.

- Olá! – disse Harry estendendo a mão e cumprimentando-a – Espero que não ligue de eu levá-lo para ficar tanto tempo.

- Bobagem – disse ela sacudindo a cabeça – Ele adora! Isso é o que importa.

- Sabe que está convidada também.

- Eu sei. Obrigada – respondeu com um leve sorriso – Mas acho que consigo segurar minha saudade por alguns dias.

- As férias inteiras – lembrou-a Harry com um tom de brincadeira.

- Bom... Sendo assim, espero que o traga para passar um dia ou dois comigo.

- Sem problemas – respondeu Harry sorrindo – Já vamos indo então – ele estendeu, novamente, a mão para ela – Lembrarei a ele de te escrever.

- Obrigada Harry. Não sei o que seria de Teddy sem você. Muito obrigada mesmo.

- Não precisa agradecer Andrômeda. Eu adoro o garoto.


Ela sorriu e acenou para todos os outros, que já se preparavam para alçar vôo novamente. Teddy se acomodou no sidecar da moto, escondendo a cabeça no capuz da jaqueta que usava, e acenou um adeus para a avó, mal controlando o estado de euforia em que se encontrava. Decolaram mais uma vez, sumindo pelo céu que escurecia gradativamente.




~~~~ §§ ~~~~





O fogo estalava na lareira, mesmo que desnecessário pelo calor que fazia. Rony, Hermione e Harry se sentavam em volta da enorme mesa da cozinha, enquanto o último se esforçava para encontrar a melhor maneira de começar o que tinha a dizer.

- Você não quer mesmo esperar a Gina? – perguntou Hermione – Não acho certo esconder nada dela, Harry.


Ele soltou o ar, exasperado. Esperava compreensão e ajuda de Rony e Hermione, mas não estava acostumado a dividir esse tipo de dúvida com a esposa. Não queria assustá-la, nem parecer fraco diante dela, principalmente se fosse só alguma coisa tola de sua imaginação.

- Gina está colocando as crianças para dormir... Eu quero ouvir a opinião de vocês primeiro, antes de falar com ela.

- Então você não pretende esconder, o que quer que seja? – perguntou Hermione desconfiada.

- Não.

- Ótimo, porque ela ficaria uma fera.

- Deixa ele Mione – disse Rony lançando um olhar repressor à esposa – Nós estamos aqui para ajudar ou o quê?

- Certo então. Fale Harry.

- Na verdade... Não sei exatamente o que aconteceu. Foi... Muito estranho – começou Harry, direcionando suas palavras para o tampo da mesa, incapaz de encarar os amigos. Rony e Hermione trocaram um olhar preocupado.

- Não precisa ter vergonha, Harry. Só diga – incentivou ela.

- Bom... Eu estava acordado de madrugada, olhando pela janela do meu quarto – disse ele, tentando recapitular a cena – Eu sei que vocês vão pensar que fiquei maluco, ou que estou imaginando coisas, mas eu estava bem acordado e tenho certeza do que vi.


Hermione incentivou-o a continuar com um aceno de cabeça. Ela e Rony tinham os olhos focados em Harry por cima da mesa.

- Um vulto... Com uma capa comprida e um capuz escondendo o rosto, estava entre as árvores da praça – disse ele engolindo em seco – Um vento frio entrou no quarto... Ele baixou o capuz, olhando diretamente para mim, como se quisesse me ver melhor, entende? E eu não tenho certeza, não dava pra ver direito mas... Olha... Ele se parecia muito com o Sirius.


Os três ficaram em silêncio por alguns segundos, enquanto Harry esperava, ansioso, por alguma resposta, olhando de uma expressão pensativa para a outra. Finalmente, Hermione desfranziu a testa e começou a falar:

- Por que com o Sirius? O que o fazia parecer com o Sirius, se estava todo encoberto pela capa?

- Então você acredita em mim? – perguntou Harry esperançoso.

- Eu não sei... Só estou tentando entender.

- Eu não tenho certeza porque o achei parecido com o Sirius – respondeu ele se esforçando para lembrar – Os cabelos eram compridos... Acho que o formato do rosto era igual... Mas foi mais do que isso – continuou ele, se empolgando – Eu senti. Foi como se eu soubesse de alguma maneira que... Que aquela pessoa tinha alguma coisa a ver com Sirius.

- Então você não está afirmando que era o Sirius, está? – perguntou Rony, receoso – Poderia simplesmente ser alguém parecido?

- É... Talvez. Mas Monstro o viu também! Eu perguntei. Ele me falou do mesmo vulto e disse alguma coisa sobre pensar que o último senhor Black estivesse morto.


Rony e Hermione trocaram mais um de seus olhares cheios de significado.

- Escutem – recomeçou Harry – Quem quer que seja, essa pessoa está rondando minha casa. E eu não gosto disso.

- Mas se você se lembrou de Sirius ao olhar para ele... – disse Rony tentativamente.

- Mas... A maneira como me olhou. Não era bom. Definitivamente não era bom.


Os três ficaram em silêncio mais uma vez, cada um mergulhado em seus próprios medos e dúvidas.

- Pronto! – disse Gina abrindo a porta e entrando de supetão. Os três se sobressaltaram - Dormiram como anjinhos.


Ela se jogou em uma cadeira ao lado de Harry, abraçando-o pelos ombros – O que foi? Sobre o que vocês estavam conversando?


Harry olhou para os amigos, a procura de ajuda, mas Hermione permaneceu resolutamente calada e Rony parecia não saber o que dizer.

- Nada – respondeu Harry, forçando um sorriso – Estávamos só discutindo alguns casos do trabalho.


Gina encarou cada um deles, desconfiada, mas nenhum dos dois desmentiu a afirmação do amigo.

– Não vamos falar de trabalho, ok?! – disse Gina revirando os olhos - Vamos aproveitar estas férias.


Os três assentiram com acenos de cabeça. Gina se levantou e foi até a dispensa. Aproveitando que a ruiva não poderia ver, Hermione sussurrou para o amigo:Diga pra ela, Harry!

- Shh!

- Mais cerveja amanteigada pra todo mundo! – disse Gina aparecendo pela porta da dispensa e distribuindo três garrafas com acenos da varinha – Vocês vão dormir aqui?

- Vamos sim! – respondeu Rony, apressado – Não vou deixar que você veja o quarto antes da hora – adicionou para Hermione, que revirou os olhos – E pode deixar a decoração por minha conta também.

- Mas...

- Você mesma disse que está achando difícil! E eu já sei o que fazer – disse ele com uma piscadela e um sorriso.

- Não se esqueça de que pode ser menina...

- Eu sei!




~~~~ §§ ~~~~





N/A: Olá meus leitores!


Mil vezes obrigada pelo apoio!
Por enquanto estou no meio de uma onda criativa para essa fic, então estou aproveitando!
;]

Mas não se sintam abandonados leitores da Depois da Tempestade! O próximo capítulo já está em desenvolvimento.

Ainda estou me adaptando a escrever mais H/G, então espero que não se incomodem de ter muitas coisas no ponto de vista da Hermione nesse capítulo.

Houveram algumas dúvidas quanto a idade de James... Ele já tem um aninho!

Hum... Eu aposto que algumas pessoas estão curiosas com essa aparição do Malfoy... Sim! Ele terá bastante participação na fic! [Vocês já devem ter percebido que eu adoro o Draco... rsrs].

Eu tinha que colocar a parte com Jorge Weasley, porque a morte que mais me abalou foi a do Fred e eu queria ver o Jorge bem, pelo menos na minha fic. Verity aparece no sexto livro como vendedora da loja dos gêmeos. Resolvi desenvolver a personagem, assim como explorarei outros que aparecerão no decorrer da fic.

Ai! Já me apaixonei perdidamente por Teddy Lupin! É o mesmo caso de Jorge, eu precisava escrevê-lo feliz e rodeado de pessoas boas depois da morte dos pais. As coisas vão começar a ficar mais obscuras daqui pra frente... Alguns dos mistérios serão revelados... Alguém tem algum palpite?

Por enquanto é isso pessoal!

Responderei aos comentários sobre esse capítulo no próximo. É algo que eu gosto muito e vou tentar fazer sempre que puder.

Muitíssimo obrigada pelos elogios, comentários e críticas!

Comentem! Não sejam tímidos!

E não se esqueçam de votar também!


Beijos!


Ana Fuchs

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