She fucks like a star.



 porcelain and the tramps - fuck like star



Fuck Like A Star

Vulgar, desprezível. Daquelas que a maior vontade de todos é lhe dar uns belos tapas em seu rosto perfeito, mas que nunca sobra dignidade o bastante para o fazê-lo. Afinal, não há motivos para quebrar o salto de vulgaridade de uma mulher quando ainda se tem oportunidade de lhe abrir as pernas.



Sempre com um maço de cigarro nos lábios vermelhos. Outro entre os dedos finos, ou guardado dentro do bolso. Gostava de brincar com os cigarros, ora soltando a fumaça rapidamente, ora demorando vários segundos para então lançar toda a fumaça no rosto de alguém.

O alvo preferido era o primo mais novo, sempre. Não que isso a impedisse de ter outros alvos, porque tinha; muitos outros.

“Entediado”, murmurou, aproximando o rosto do dele. “Incrível como você nunca arranja diversão fora daquele castelo estúpido.”

Olhou-a sem mudar em nada a expressão monótona do seu rosto. Ah, como odiava o sorriso superior que Bellatrix sempre tinha nos lábios. Mesmo sabendo que era uma das maiores vadias da sociedade, ainda achava-se superior; mas um dia ia acabar com isso, era uma promessa.

“Nem mais as reuniões familiares você poupa?”, indagou, enquanto admirava a morena levar o cigarro até os lábios cheios de batom e tragar lentamente.

Fechou os olhos e balançou a cabeça de um lado para o outro, os cabelos indo e vindo com sincronia. Ainda não havia aberto os olhos quando começou a soltar a fumaça pelos lábios entreabertos, fumaça que chocou-se contra o rosto bem feito do garoto. Abriu os olhos e sorriu maliciosamente para ele, em contraste com a expressão fria no rosto dele.

“Essas reuniões são as melhores ocasiões”, explicou, admirando o cigarro entre os seus dedos.

A expressão de desagrado no rosto de Sirius aumentou, ao mesmo tempo em que não conseguia desviar o olhar dela. Alguma coisa, alguma coisa que ficava entre o cigarro e a vulgaridade, alguma coisa que o fascinava. Não, nunca admitiria isso.

No máximo iria admitir que a prima o atraía e o excitava. Como se isso fosse uma novidade para qualquer homem em sã consciência. Bellatrix exercia um certo poder sob todos os que desejava e, céus, ela desejava tantas pessoas.

“Não sobrou ninguém da sua enorme lista?”, primeiro o desdém, sempre. Somente depois poderia se mostrar interessado.

Abriu um sorriso e tragou mais uma vez, para depois usar o cigarro como guia.

“Veja Rodolphus”, indicou o noivo com o cigarro. “já está tão indisposto! Acho que este é o defeito de ter um futuro marido poderoso demais: eles costumam ser velhos.”

Riu e tragou novamente. Sirius mexeu as mãos incomodamente, se controlando para não tomar o cigarro das mãos dela. Pareceu ter notado isso, já que levou o cigarro para longe dele, dessa vez apontando para um homem louro que conversava com Rodolphus Lestrange.

“Lucius sempre é uma boa opção, você sabe. Mas ele...me enjoa.” Suspirou fingidamente, e então os seus olhos brilharam. “Oh, como pude me esquecer de Narcissa?!”

Assistiu o sorriso malicioso de Bellatrix aumentar ao analisar a irmã, que estava de mãos dadas com Lucius Malfoy.

“Você é doente.”

Olhou-o, como se não entendesse o que ele havia dito.

“Incesto nunca foi sinal de loucura na nossa família, Sirius.”

Revirou os olhos.

“Ser um Black nunca foi sinal de sanidade.”

“É exatamente aí que está a graça!”

Voltou a soltar a fumaça no rosto dele, com um sorriso superior nos lábios. Levantou-se, sem encará-lo, e rumou para fora do salão.



Abriu, desastrosamente, a porta de seu quarto e entrou. As mãos logo voltando a se ocupar com as coxas de Bellatrix, que haviam se enrolado ao redor do seu corpo, os lábios novamente grudados nos dela. Fechou a porta em um chute e rumou para a sua cama.

O quarto cheio de recortes de revistas trouxas, a maioria dos detalhes em vermelho e alguns em dourado. Tudo para irritar a família. Até mesmo ir para a cama com a prima mais velha, apesar de isso ter deixado de ser um protesto involuntário contra a família há algum tempo.

Eram doentes, os Black’s.

Insanos nos pensamentos e, como um dia aconteceria com Bellatrix, doentes fisicamente. Ou era isso que Sirius desejava, em seus desejos mudos de que ela tivesse alguma doença por causa dos inúmeros maços de cigarro que fumava. Ah, como desejava a sua morte.

Como se lesse os seus pensamentos, Bellatrix pôs uma das mãos no peito do garoto, o afastando um pouco de si. Foi obrigado a parar com os beijos e mordidas que dava no pescoço da mulher e a encarou.

“Onde esconde os seus cigarros?”, perguntou com simplicidade.

“Você acha que eu sou um viciado como você?”

Ergueu a sobrancelha e curvou o canto direito dos lábios, em uma tentativa de não gargalhar. Empurrou-o com mais força, fazendo com que ele saísse de cima de si. Sentou-se na beirada da cama e abriu a primeira gaveta do bidê posto ao lado da cama.

“Hum. Cartas e mais cartas. Pelo visto algumas declarações de amor!”, comentou após remexer um pouco no conteúdo da gaveta.

“Na última gaveta.”, resmungou ao perceber que Bellatrix começava a abrir o envelope de uma das cartas.

Sorriu contente consigo mesma e abriu a última gaveta, logo achando a carteira de cigarros que procurava; restavam menos de meia dúzia.

“Eu espero que um dia você morra disso.”, praguejou, com o olhar grudado no maço que ela acendia e levava até a boca.

Com o cigarro preso entre os lábios, Bellatrix fechou a gaveta e virou-se para ele. Ficou de joelhos sob o colchão e, logo depois, colocou cada perna de um lado do corpo de Sirius. Sentou-se confortavelmente sob o ventre dele, sorrindo ao constatar o estado em que ele se encontrava.

“Espero ter a chance de te matar antes disso.”, disse, após soltar a fumaça prazerosamente.

Fez uma careta e, em um ato brusco, tomou o cigarro das mãos dela. Tragou vagarosamente, enquanto Bellatrix deitava-se sobre ele e começava a beijar o seu pescoço. Algumas tragadas e mordidas depois, a camisa do garoto já encontrava-se jogada no chão do quarto.

Contornou a cintura de Bellatrix com as mãos, subindo pelas costas e procurando pelo zíper do vestido. Antes de se encontrar completamente amassado, poderia ter sido considerado bonito e, oh!, descente. Os vestidos de Bellatrix costumavam ser o oposto dela. Dela e de suas lingeries.

“Odeio, odeio os seus vestidos.”, murmurou, meio desconexamente, enquanto tirava o vestido dela. Quando conseguiu, afastou-se um pouco para olhar o corpo da mulher. “Mas eu amo o resto das suas roupas.”

Gargalhou e jogou a cabeça para trás, afastando o cabelo do rosto. Ela mesma tirou o seu sutiã, no que o garoto logo rumou seus beijos para seus seios.

Os gemidos de Bellatrix costumavam ser friamente calculados, era o que Sirius gostava de pensar. Via a mulher como uma prostituta fria e maquiavélica. Não, não via. Ele só preferia pensar desse jeito e continuar com a sua indiferença. Era a sua defesa. A única defesa de Sirius Black.

Sempre fingindo que não queria o seu corpo e repugnava a sua alma. Mas sempre se entregava, quando Bellatrix mexia-se rapidamente em cima dele, uma mão em seu ombro, apertando-o com força, a outra mão nos próprios cabelos, na tentativa de que os fios negros não grudassem no rosto levemente suado. E para, quando o êxtase chegasse, ela pudesse ver todas as defesas de Sirius desmoronando de forma nada sutil. O garotinho cedendo à mulher malvada.

Oh, não. Comensal da Morte ou não, não era dessa forma que ele a via. Existiam características muito mais repugnantes nela do que o fato de participar de uma matança aos trouxas. Existia outra coisa, ainda mais ridiculamente fascinante.

“Vadia”, murmurou quando os gemidos cessaram e ela saiu de cima do seu corpo.

Um sorrisinho tomou conta dos seus lábios já sem maquiagem.

“Vadia, vadia, vadia! Não tem mais nenhum adjetivo para mim?”, questionou enquanto se levantava da cama.

“Eu tenho um conceito.”, respondeu e moveu-se pela cama, até chegar à sua borda e se sentar. “Quer ouvir?”

Bellatrix parou de colocar seu sutiã no meio da tarefa, uma das alças caída pelo ombro magro. Balançou a cabeça em sinal positivo, mas teve que aguardar mais algum tempo para receber a voz dele novamente.

Sirius estava ocupado demais admirando o seu corpo bem feito, pensando na idéia que martelava a sua cabeça há tanto tempo. Precisava olhar, admirar, prestar atenção em cada detalhe nojento do corpo de Bellatrix, para então lhe falar. Desde os pés, que já calçavam a sua costumeira sandália de salto altíssimo, depois as pernas longas, a intimidade escondida vulgarmente pela lingerie vermelha, os seios fartos bem apertados no sutiã, o colo cheio de pontos vermelhos e algumas marcas que não haviam sido feitas por ele. Até chegar no rosto. Os lábios já não parecia tão tentadores sem o batom vermelho, nem mesmo a pele parecia tão macia após a maquiagem ter saio.

Mas os olhos... Esses sempre brilhavam. Em malícia, vulgaridade.

“Você é bem mais bonita com maquiagem, com um vestido caro e sem um cigarro entre os lábios.”, parou por um momento, se levantou e ficou em frente a ela. “Ou seja: você é muito mais bonita quando não parece você.”

O sorriso não vacilou, a malícia não foi embora.

“Você acha que isso me atinge?”, falou, em tom de desdém. “Vadia, puta, vagabunda. Os seus adjetivos são iguais aos seus conceitos. Eu continuo sendo a mesma de sempre.”

Deu um passo em direção a ele, com leveza. Ele morreria, mas não admitiria o óbvio: tinha classe, a vagabunda.

“Se acha muito direito, não é mesmo? Puro! Puro enquanto fode a prima mais velha que é noiva de um cara que te partiria em mil pedaços! Puro enquanto quer me bater e me destruir, mas o desejo não deixa. Onde está a sua integridade nessas horas? Prefere continuar a me ter do que a tomar uma decisão!”, riu das próprias palavras e estendeu a mão, tocando o peito dele. “Onde está a sua integridade agora? No exato momento em que você está louco para me foder da forma mais selvagem que encontrar.”

Cravou as unhas na pele alva dele, no que ele, por reflexo, levou a mão até o próprio peito e tocou a mão magra dela. Apertando-a com força, desejando quebrar todos os ossos do corpo dela.

“Você...”, começou, com firmeza, mas foi interrompido.

Não queria ouvir, queria gargalhar. Gostava de rir na cara dele, o seu hálito se álcool e nicotina batendo contra o rosto dele.

“Não importa o quanto tente, nunca vai conseguir ofender uma vadia.”

Tirou a mão dela de si em um impulso de raiva.

“Você fode como uma estrela.”, disse, e só então a gargalhada insana de Bellatrix parou.

Por alguns poucos segundos, já que pouco tempo depois elas voltaram. Voltaram em um sorriso convencido.

“Uma estrela?”

Também sorriu e encaminhou-se até a porta.

“Uma estrela que brilha, brilha e brilha.”, tocou a maçaneta. “E então perde o brilho.”

A raiva apenas passou pelos seus olhos e logo depois foi embora. Nada atinge uma vadia. Então a satisfação tomou conta dos seus lábios.

Acabou de colocar o sutiã e depois o vestido preto. Quando já estava devidamente vestida como uma dama da família Black, deu alguns passos até chegar onde ele estava. Sirius abriu a porta após ela postar-se na sua frente.

“E você vai passar o resto da vida procurando o meu brilho. Não é mesmo, garoto?”

Não precisava perguntar, mas precisava ouvir. Ouvir a confissão dos lábios dele, pela voz rouca dele.

“Sempre, Bellatrix. Em cada vestido vulgar, em cada fragmento de maquiagem. Em cada vadia que eu encontrar.”, apenas Merlin poderia saber o como ele tentou ser irônico em cada palavra, só Merlin.

Seu sorriso aumentou. Sempre sorrindo, sempre. Um dia ainda ia quebrar aquele sorriso, era o que sempre prometia a si mesmo, mas não naquele dia, não naquele momento.

“Mas nunca nenhuma vai ser tão boa quanto eu.”

“Nunca. Por isso vou precisar da eternidade inteira para procurar o seu brilho, e mesmo assim será em vão.”

Passou a língua pelos lábios.

“E para me esquecer.” Completou, por fim, olhando fixamente para os olhos dele, que agora eram feitos de fogo.

Resistiu à tentação de fechar a porta e tê-la colada em seu corpo novamente.

“Suma logo da minha vida!”

Gargalhou estridentemente.

Vadia, doente. Estrela.




(N/A):
Normalmente, quando eu ouço uma música, eu logo penso em fazer uma song fic e, normalmente, eu procuro encaixar a letra em histórias s/b’s. mas existem músicas que simplesmente não precisam serem encaixadas porque, dude, elas parecem ter sido escritas pra algum personagem!
Sejam sinceros, a Bellatrix é uma vadia (L)
Enfim. comentem nessa fic obscena que a lisi começou a escrever durante a aula de português e terminou de escrever enquanto deveria estudar.
Beijos,
Lisi Black

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