Poção Polissuco




Capitulo 4:
Poção Polissuco

Hermione, Harry, Ron e Lilly estavam no banheiro das garotas, dando os toques finais na Poção Polissuco. Hermione havia dito que só faltavam mais alguns ingredientes e a poção já estaria pronta à noite.

-Só falta um detalhe. – disse Hermione, despejando umas plantas esquisitas dentro do caldeirão. – Uma parte da pessoa em que iremos nos transformar.

-Uma parte da pessoa em que iremos nos transformar? – repetiu Ron, com nojo – Você está querendo dizer...Fio de cabelo ou alguma coisa do gênero?

-Sim, é claro – disse Hermione, mexendo o liquido pegajoso no caldeirão – Você acha que é só beber a poção e pronto?

Ron ficou quieto, mas fez umas caretas de nojo enquanto Hermione não olhava.

-Ok. Está quase pronta. – disse ela – Vocês se lembram em quem vão se transformar?

-Eu vou ser a Pansy, ela e a Kate parecem ser bem amigas. – disse Lilly. – E o Harry e o Ron vão ser Crabbe e Goyle. E você vai ser...?

-Emilia Bulstrode. – ela tirou um frasquinho com fios de cabelo do bolso – Peguei isso de suas vestes enquanto estávamos duelando. Eu e Lilly iremos falar com Kate e vocês dois irão tentar falar com Malfoy. Combinado?

-Sim! – disse os três ao mesmo tempo.


~~*~~


A noite já havia chegado, e Harry e Ron estavam voltando para o banheiro das garotas com o frasquinho com fios de cabelos de Crabbe e Goyle.

-Tomara que Malfoy nos conte alguma coisa útil – disse Ron, sacudindo o frasquinho – Essa experiência tem que valer alguma coisa boa.

-Acho que Lilly e Mione vão saber mais que nos – afirmou Harry, e os dois viraram o corredor, entrando no banheiro feminino.

Hermione e Lilly já estavam usando as vestes Sonserinas, e Hermione estava colocando a poção em quatro copos. Ela entregou as vestes Sonserinas pros dois garotos e eles se trocaram, e depois Lilly entregou a cada um um copo.

-Coloquem os cabelos. – disse Hermione, esvaziando o conteúdo do
frasquinho dela. – Saúde.

Os quatros brindaram silenciosamente e tomaram o conteúdo nojento e pegajoso do copo. O sabor era tão repulsivo que Hermione, Lilly e Ron ficaram enjoados.

Uma Pansy saiu de um boxe, e olhou o reflexo no espelho.

-Funcionou! – disse a Lilly-Pansy. – Ron, Hermione, venham pra cá!

Ron-Crabbe apareceu, e sorriu ao ver que havia funcionado.

-Hermione, vamos! – chamou Harry-Goyle – Você disse que a poção não dura muito...

-Vão indo sem mim! – exclamou Hermione, ainda dentro do boxe, e eles
estranharam que a voz dela parecia de um gato – Estou bem, vão indo!


Os três saíram do banheiro e foram descendo as escadas, até chegaram a um corredor escuro iluminado apenas por archotes acessos pendurados nas paredes.

-Chegamos às masmorras... – sussurrou Lilly, e eles pararam quando viram um retrato de uma mulher vestida de preto, e sua expressão não era amigável – Oh-oh... Alguém sabe a senha?

-Eu que vou saber coisa sobre a Sonserina? – sussurrou Ron – A única coisa que eu sei que esses sonserinos detestam qualquer pessoa que não seja Puro-Sangue...

A mulher do retrato sorriu e o retrato deslizou para o lado, mostrando uma passagem.

-Muito bem, Ronald! – disse Lilly, sorrindo. Ela olhou para o relógio em seu pulso – Ok, se lembrem, temos apenas 37 minutos...

Ron e Harry se sentaram no sofá, onde encontraram Malfoy lendo o Profeta Diário. Lilly foi até o canto do Salão Comunal, onde Kate estava sentada numa mesa fazendo dever de casa.

-Hey Kate! – falou Lilly, sentando na frente da Kate – O que você está fazendo?

-Dever de casa de poções. – disse ela, sem tirar o olho do caderno. – E agora você está falando comigo?

Lilly fez cara de desentendida.

-Você não se lembra que parou de falar comigo? – disse Kate, agora guardando o caderno na mochila e olhando para Lilly – Porque eu disse que nascidos trouxas não são uma perda de tempo e espaço?

-Sério? – falou Lilly, surpresa. Finalmente uma Sonserina que não odiasse nascidos trouxas – Quer dizer, eu esqueci... Que tal deixar isso para o lado?

Kate parecia desconfiada, mas concordou.

-Falando em nascidos trouxas... O que você acha desses ataques? Quem você acha que é o tal herdeiro?

-Essa não foi a exata conversa que fez a gente brigar? Pansy, você não anda meio esquecida?

-É, eu bati com a cabeça – disse Lilly, já impaciente – Mas então, o que você acha?

-Está bem, então – falou Kate, já muito desconfiada – Eu acho que esses ataques são malignos, e que deviam parar. E em quanto ao herdeiro, eu já lhe disse que eu não sei quem é.

Quando Kate disse a ultima frase, sua voz estava meio falhada, e ela havia desviado o olhar para a janela.

Lilly se lembrou que outra coisa que devia perguntar era sobre os pais dela, como Hermione havia pedido, por causa do Chapéu Seletor.

-Como vai sua mãe e seu pai? Os Jackson? – perguntou Lilly, um pouco ansiosa com a resposta.

Nos lábios de Kate apareceu um sorriso meio sem graça, e ela segurou o pingente em seu colar.

-Eu não sou filha dos Jackson, eles me adotaram. – e depois sua voz falhou, e Lilly achou que ela iria chorar – Nunca conheci meu pai e minha mãe morreu quando eu era uma criancinha.

Lilly sentiu pena dela, e esqueceu por um instante o fato dela ser suspeita de ser a herdeira de Slytherin e a causadora de ataques aos nascidos trouxas.

Lilly abriu a boca para dizer algo, quando ela notou que alguma coisa se mexia na mochila da Kate. Uma cobra pequena saiu de dentro da mochila e rastejou até Lilly. Ela se apavorou de medo, e toda a cor que tinha em seu rosto desapareceu.

-O que houve? – perguntou Kate - Você está com medo? Mas não foi há duas semanas atrás que você brincava com ela, sem medo?

Lilly olhou para Kate, e a Sonserina estava de sobrancelha erguida, suspeitando de algo.

-Foi a batida na cabeça – disse Lilly, olhando para a cobra.

Harry olhou para o canto do Salão e viu Kate, Lilly e a cobra. Enquanto Malfoy falava com o olhar para o outro lado do Salão, Harry cutucou Ron e apontou para onde as garotas estavam. A cobra ficou parada olhando para Lilly, e Harry conseguiu ouvir a cobra falando.

-Ela não é Pansy. É falsa.

Kate olhou para a cobra, depois para Lilly e finalmente para os dois garotos no sofá.

-Vocês vão entrar em uma encrenca se alguém descobrir que beberam Poção Polissuco – disse Kate para Lilly – Acho melhor você, Lilly Jones, Potter e Weasley saírem daqui antes que alguém perceba.

Kate guardou o resto do material na mochila e a cobra entrou dentro do bolso da frente, e depois Kate subiu para o dormitório. Lilly se levantou, ainda confusa, e puxou Harry e Ron pela gola da camisa, deixando Malfoy falando sozinho.


Os três voltaram para o banheiro feminino e Lilly começou a explicar o que havia presenciado.

-Kate é ofidioglota! E ela não odeia os nascidos trouxas! – falou Lilly, se sentando na pia, e observando seu cabelo crescer e ficar ruivo.

-Uma característica para ser a herdeira, e outra para desclassificá-la como herdeira... – falou Harry, colocando os seus óculos.

-Como assim, não odeia os nascidos trouxas? – perguntou uma voz esganiçada vindo de um boxe.

-Ela disse que não acha que eles são perda de tempo e espaço, como a maioria dos sonserinos. – respondeu Lilly – Hermione, você está bem?

-Estou! Mas ela falou mais alguma coisa? – perguntou Hermione.

-Não... Mas ela tem uma cobra. E ela descobriu que nos tomamos Poção Polissuco.

-Como? – perguntou os dois garotos ao mesmo tempo.

-Sei lá! Aquela garota é muito estranha... – disse Lilly, e depois eles ouviram um miado vindo do boxe da Hermione – Hermione, tem certeza que está bem?

Ela se levantou e abriu a porta do boxe. Ron começou a rir, e Harry e Lilly ficaram espantados.

-Era pêlo de gato na roupa de Emilia – disse Hermione, que agora tinha orelhas, pêlos, rabo, olhos e garras de gato – Olha só o que aconteceu!


~~*~~


Havia se passado uma semana desde o incidente com a poção de Hermione, e Harry, Ron e Lilly estavam saindo da aula de feitiços, comentando sobre a amiga.

-Como Hermione está? – perguntou Harry a Ron.

-Está bem, mas Madame Pomfrey disse que ela só vai poder sair assim que parar de cuspir bolas de pêlos.

Lilly riu, e depois quase caiu no chão quando escorregou.

-Merlin! – disse ela, que agora olhou para o chão encharcado – O que deve ter acontecido?

-Murta deve ter inundado o banheiro... – disse Harry, e eles andaram até chegar ao banheiro feminino, onde encontraram Murta choramingando.

-Vocês vieram jogar mais algum livro em mim? – perguntou Murta, irritada.

-Não! – respondeu Lilly – Porque iríamos?

-Alguma garota achou engraçado jogar um livro em mim! – disse Murta, apontando para um caderno de capa preta no chão.

-Alguma garota? – Harry e Ron se entreolharam – Você viu como ela era?

-NÃO! – respondeu Murta, secamente – Você acha que eu tenho que reparar nesses pequenos detalhes?

Ela entrou dentro de um boxe e continuou a choramingar baixinho.

Lilly se abaixou e pegou o caderno no chão, e o abriu. Não havia nada escrito, exceto no canto da capa.

-Tom Marvolo Riddle – leu ela. – Quem será que é?

-Tom Marvolo Riddle... – repetiu Ron – Eu sei quem é! O nome dele está em um troféu!

-Como você sabe? – perguntou Harry.

-Na minha detenção, eu tive que polir os troféus...Ele tinha ganhado um troféu de Serviços Prestados a Escola, há quase cinqüenta anos atrás.


~~*~~


À noite, Harry, Lilly e Ron haviam descido para o Salão Comunal para tentar descobrir alguma coisa sobre o diário. Harry e Lilly estavam sentados numa mesa, tentando todos os feitiços que conheciam para ver se tinha algo escrito. Ron, no entanto, roncava na poltrona.

-Que ajuda, não é mesmo? – disse Harry, rindo.

Lilly riu e pegou uma borracha cor de rosa e esfregou numa pagina.

-Estranho... Essa borracha me ajudou a ler o diário de Jean Luc... – disse ela, absorta em seus pensamentos.

-Jean Luc? – repetiu Harry.

-Um garoto chato de Beauxbattons. – ela voltou a atenção para o diário. – Nada!

-Acho que Riddle ganhou de natal e não quis mais o presente.

-Mas olha só que estranho, - disse ela, apontando para a data – É realmente de cinqüenta anos atrás! Ron finalmente prestou atenção em algo útil!

-Vai ver é do avô de alguém...

-Harry! Você ainda não entendeu? – Lilly deu um tapa de leve na nuca do Harry – Cinqüenta anos atrás, Tom Riddle, Troféu de Serviços Prestados a Escola... Você não disse que ouviu Dumbledore falar algo sobre a Câmara Secreta ter sido aberta novamente?

Harry começou a entender aonde ela iria chegar.

-Você está dizendo que esse Tom Riddle pode saber alguma coisa sobre a Câmara? – perguntou o garoto – E que ele ganhou o troféu por causa disso?

Lilly sorriu.

-Tudo faz sentido! – disse ela, animada – Tenta escrever alguma coisa!

-O quê? – perguntou Harry.

-Qualquer coisa!

-“Meu nome é Harry Potter.

A tinta sumiu, como se o papel a houvesse sugado. Os dois estranharam, e de repente palavras começaram a se formar com aquela mesma tinta.

Olá, Harry Potter. Meu nome é Tom Riddle. Como foi que você achou meu diário?

A tinta desapareceu de novo, e Lilly e Harry se entreolharam, surpresos.

-“Alguém tentou se livrar dele no banheiro

Que sorte eu ter registrado as minhas lembranças com alguma coisa mais durável do que tinta. Mas eu devia ter adivinhado que haveria gente querendo que este diário não fosse lido

-“Como assim?

”Este diário guarda lembranças de coisas terríveis. Coisas que aconteceram na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts

É onde eu estou. Coisas terríveis estão acontecendo aqui. Sabe alguma coisa da Câmara Secreta?

Harry e Lilly esperaram a resposta, cheios de curiosidade, e Lilly quase derrubou o tinteiro em cima do caderno de tanta ansiedade.

Claro que sei. No meu tempo, disseram que era apenas uma lenda, que não existia. Mas mentiram. No meu quinto ano, a Câmara foi aberta e o monstro atacou vários alunos e matou um. Peguei a pessoa que a abriu e ela foi expulsa. Mas o diretor, Prof. Dippet proibiu-me de contar a verdade.

-“E o que está acontecendo, outra vez. Houve três ataques. Quem foi da ultima vez?

Tom Riddle não respondeu. Passou um bom tempo sem resposta, e Lilly e Harry olharam desapontados para o diário. Eles já iam fechando quando outras palavras apareceram.

Posso lhe mostrar, mas não precisa acreditar no que digo

O diário se autofolheou, até chegar à data do dia 13 de Julho. Uma janelinha começou a se abrir na página, e um brilho enorme saiu de dentro dela, envolvendo os dois grifinórios.


~~*~~


Hermione já havia saído da Enfermaria e estava conversando com Lilly e Harry sobre o que eles viram no diário de Tom Riddle. Ron estava junto deles, um pouco envergonhado por ter caído no sono.

-Hagrid? – perguntou Hermione, confusa – Como Hagrid pode ser o herdeiro de Slytherin?

-Para mim, esse tal de Riddle é um mentiroso e dedo-duro! – disse Ron, finalmente dizendo algo na conversa.

-É, eu também acho que seja difícil ser Hagrid, - disse Harry – Mas que outro suspeito temos?

-Draco Malfoy? – sugeriu Lilly – Kate Jackson?

-Mas você não disse que Kate não odiava nascidos trouxas? Como ela pode
ser a herdeira, quando o propósito dos ataques é aniquilar todos os nascidos trouxas?

-Ela pode estar mentindo! – disse Ron – Ela é uma Sonserina, fala com cobras, sempre fica desconfortável que o assunto é a Câmara, e ainda por cima, você disse que ela tinha sangue nas mãos no dia do primeiro ataque!

-Ronald, não foi você mesmo que disse que ela não podia ser a herdeira, por ser uma Jackson? – falou Hermione, seriamente.

Harry e Lilly sentaram num banco, e Harry se lembrou da segunda vez que encontrara Kate. Ela havia dito que não era exatamente filha dos Jackson.

-Lilly, você e Hermione não ouviram o Chapéu Seletor, no primeiro dia de aula, selecionado a Casa em que a Kate iria? Você não disse que o Chapéu mencionou algo sobre os pais dela? – perguntou Harry – Antes de eu vim para cá esse ano, os Durlsey fizeram um jantar para os novos vizinhos, os Jackson. Kate estava com eles, e eu acabei conversando com ela. Ela disse que não era filha dos Jackson. Isso quer dizer que ela NÃO é uma herdeira de Ravenclaw.

Lilly se lembrou de um detalhe que havia quase se esquecido, sobre a conversa que tivera com Kate sobre seus pais.

-Ela não é filha dos Jackson. – confirmou Lilly em voz baixa – O pai dela morreu antes dela nascer e a mãe morreu quando ela era pequena.

Só Hermione pareceu ter ouvido o que Lilly havia dito. Harry continuou, com certeza em sua voz:

– Tudo faz sentido! Ela, como o Ron disse, deve estar mentindo! Ela possui características de Slytherin; como ser ofidioglota. Ela também é da Sonserina, tem uma cobra de estimação... Acho que já sabemos quem é a pessoa por trás dos ataques.

Ron sorriu, e os quatro grifinórios estavam indo em direção ao escritório de Dumbledore para dar a noticia, quando um Neville afobado apareceu, correndo.

-Harry! Ron! Vocês têm que ver o que fizeram no dormitório masculino! – falou ele, assim que tomou fôlego – Eu não sei quem fez, mas destruiu tudo!






**


N/A:
Primo Barney: Haha, eu também não aguento a "mesmice" das férias de Harry, sempre com os Dursleys.. Você até me inspirou um capitulo para eu escrever na II parte... =)
Bom, eu vou tentar achar um tempo livre para ler a sua fic "Harry Potter e as Crônicas do Primo Barney", parece ser bem legal!


Serena Denouement: Obrigada! Eu realmente estou gostando de "reescrever" a história do Harry Potter, acrescentando outros detalhezinhos e mistérios... Eu já acabei de escrever a I parte, e coloquei bastante mistérios, espero que você goste!
Haha, sua opnião dos personagens é ótima... A Kate, realmente não é uma flor que se cheire, que nem você disse.


Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.