O Início da Missão

Era uma noite de quarta-feira como tantas outras, tirando o facto de a sala comum dos Gryffindor estar mais calma do que de costume. Não se ouviam gritos nem discussões. A causa? James Potter e Lily Evans não se encontravam lá.
Sirius Black, Remus Lupin e Peter Pettigrew – os melhores amigos de James – encontravam-se sentados nas melhores poltronas da sala comum a tentar copiar o trabalho de grupo de História da Magia de Danielle Smith, Jennifer Tompson e Alice Cavendish – as melhores amigas de Lily. Sirius, Remus, Peter, James, Danielle, Jennifer, Alice e Lily eram a turma do 6º ano dos Gryffindor.
Sirius, Remus e Peter nunca se tinham dado muito com Danielle, Jennifer e Alice. Como Lily andava sempre com elas, e detestava terminantemente os Marotos (com excepção de Remus que era Prefeito também), ficava difícil a convivência entre eles.
- Vocês podem-me explicar uma coisa? O trabalho é para amanhã, e pelos vistos vocês estão a começar agora! – perguntou Danielle, que escrevia rapidamente num pergaminho algo que estava a ver em três livros diferentes.
- Minha querida Dany, olha quem fala! – Sirius deu um dos seus sorrisos sedutores. – Vocês também estão a fazer o trabalho agora!
- Não tem nada a ver! – começou Jennifer. – O Binns pediu o trabalho há um mês, e nós começamos a fazê-lo logo no próprio dia, só porque a Lily exigiu, mas acabamos por esquecer o trabalho, e éramos para acabar hoje, se ela não tivesse inventado de ir vigiar a detenção do James! Com ela aqui era tudo mais rápido, de certeza.
O motivo de James e Lily não estarem na sala comum era o que Jennifer tinha referido: James estava em detenção e Lily tinha-se encarregado de vigiar a detenção que ela própria lhe havia dado. A detenção era limpar a sala de troféus, sem magia, e o motivo de James ter que a cumprir era apenas o de ter rido alto demais nos corredores. Para Lily, qualquer motivo servia para dar detenção a James.
Todos sabiam que a Prefeita dos Gryffindor era extremamente injusta quando se tratava de lidar com James Potter. Lily não se cansava de dizer às amigas que James a tirava do juízo e não havia ninguém em Hogwarts que não ouvisse uma discussão entre os dois!
Mesmo assim, quem sofria mais com tudo isto eram as amigas de Lily. Ela passava o tempo todo a falar nele, e mal, por sinal! Só parava quando as estava a obrigar a fazer trabalhos ou a estudar para os exames que iriam fazer no final do ano. Lily chegava mesmo a ser aborrecida: completamente viciada nos estudos, sempre certinha, mas praticamente histérica quando o “parvo do Potter”, como ela mesma o referia, se chegava perto dela.
Sirius, Peter e Remus (este último muito relutante) continuavam a copiar entusiasticamente o trabalho de Alice, Danielle e Jennifer, que nem queriam imaginar o que aconteceria quando Lily descobrisse que eles tinham copiado. De repente, Alice lembrou-se de uma coisa.
- Olhem lá vocês os três, o James gosta verdadeiramente da Lily? – perguntou ela, curiosa.
- Não, Alice. – Sirius disse, com uma voz sarcástica, ele não se esticava muito com Alice porque ela tinha namorado, Frank Longbottom, que andava no sétimo ano dos Gryffindor. Se havia coisa que para Sirius era sagrada, era as namoradas dos seus amigos. – Remus, relembra-me, quantos “nãos” é que o James já levou da Lily?
- Precisamente cento e quatro, vinte e oito no quarto ano, trinta e seis no quinto e este ano ele já bateu o record porque já vai nos quarenta. – respondeu Remus, prontamente.
- E quantas chapadas é que ele já levou dela? – perguntou Sirius, de novo.
- Dez, duas no quarto ano, três no quinto e este ano já vai em cinco. – respondeu Remus de novo.
- Então, Alice, diz-me lá uma coisa: achas que se o James não gostasse mesmo da Lily ia suportar estas humilhações todas? Ainda me lembro daquele estalo no meio do salão principal... O James foi gozado pelo Snivellus durante semanas!
- É verdade... – disse Jennifer. – E nós é que aturámos a Lily durante imenso tempo a vangloriar-se porque deu um estalo ao James no meio do salão e porque devia ser uma heroína porque demonstrou a liberdade e independência às raparigas todas da escola que são perseguidas por rapazes.
- A Lily consegue ser bem estranha em relação ao James, de vez em quando. – disse Danielle.
- Pois eu acho que é porque ela também gosta dele. – disse Alice fazendo com que todos os outros a encarassem de boca aberta.
- Sabes que eu já pensei nisso?! – disse Remus com ar satisfeito. – A Lily insiste em afastá-lo mesmo quando ele não está por perto, tenta odiá-lo dizendo coisas horrendas sobre ele, e às vezes nem há motivo...
- Talvez ela tenha medo de se apaixonar... – disse Jennifer. – Afinal ele é um Maroto, certo?!
- Pois eu continuo a dizer que ela já está apaixonada. – disse Alice. – E acho que os dois precisam de uma mãozinha que nós podemos dar...
- E qual é o teu plano? – perguntou Sirius interessado.
- Para dizer a verdade, ainda não sei ao certo. Mas proponho que criemos um grupo secreto, só nós os seis. E a nossa Missão... Juntar Lily Evans e James Potter antes do final do sétimo ano.
- Conta comigo! – disse Sirius animadíssimo.
- E comigo! – disseram Remus e Danielle ao mesmo tempo.
- Comigo também! – exclamou Jennifer. – Faço tudo para deixar de ouvir a Lily reclamar sobre o James.
- E comigo também. – disse Peter.
- Então estamos combinados. A operação James/Lily vai começar!

Continua…

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